Buscar

Ensino Hibrido 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Ensino Híbrido: uma 
introdução ao tema 
 
Parte 2 – Modelos e Métodos 
do Ensino Híbrido 
 
Profa. Joyce E. Mateus Celestino 
 
Ensino Híbrido: uma introdução ao tema1 
 
Parte 2. Modelos e métodos do ensino híbrido. 
 
Como vimos, modelos de Rotação se caracterizam pelo revezamento dos estudantes entre 
diferentes atividades/conteúdos, mesclando características da sala de aula tradicional com 
características do ensino online, através de roteiros e/ou orientações pelo professor. Nesta parte, 
veremos os modelos Flex, A La Carte e Virtual Enriquecido. Estes, por sua vez, implicam numa 
disrupção 2 em relação à sala de aula tradicional e, portanto, em mudanças profundas com 
implementação a longo prazo. 
O modelo Flex se caracteriza por um programa no qual o ensino online é a base do aprendizado 
dos alunos, ainda que às vezes o modelo proponha aos alunos atividades off-line. Neste modelo, os 
alunos seguem uma rotina individualmente personalizada e que transita entre as modalidades de 
aprendizado, e o professor responsável fica disponível em sala de aula (CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 
2013). 
Programas com modelo Flex possuem uma plataforma online que abriga a maioria dos cursos. 
Neles os professores fornecem suporte, de forma flexível e adaptável, conforme necessidades de 
aprendizado específicas, por meio de sessões de tutoria pessoalmente e de sessões em pequenos 
grupos (STAKER, 2011). Os estudantes em programas Flex, conforme Christensen, Horn e Staker, (2013, 
p. 32) “não necessitam de grupos definidos por idade visto que todos se movimentam por cursos e 
módulos” cada qual em “seus próprios ritmos e planejamentos”. Muitos programas combinados de 
recuperação de créditos e/ou de alunos repetentes se beneficiam desse modelo. 
Um exemplo de modelo Flex é o AdvancePath Academics, o qual consiste em um provedor de 
serviços com fins lucrativos que faz parcerias com distritos nos Estados Unidos da América para educar e 
graduar população de segundo grau (repetentes) e de alto-risco (STAKER, 2011). Segundo a referida 
autora cada AdvancePath Academy apresenta quatro zonas: 
 
[...] (1) uma área de recepção dos pais e visitantes; (2) um laboratório de informática de 
tecnologia com uma proporção de 1 computador por aluno; (3) uma zona de leitura e escrita off-
line; e (4) uma área para instrução em pequenos grupos com professores. A intenção é que esse 
 
1 Doutoranda em Ciências da Engenharia Ambiental pela EESC USP, MSc. em Engenharia de Produção pela UFRN. Licenciada 
em Ciências Biológicas (UFRN) e Tecnóloga em Gestão Ambiental (IFRN). Com experiência no ensino superior e projetos de 
pesquisa em desenvolvimento tecnológico e industrial pelo CNPq. Foi pesquisadora visitante na Universidade de Strathclyde, 
Escócia. 
2
 Em linhas gerais, “a opção disruptiva é empregar o ensino online em novos modelos que se afastem da sala de aula 
tradicional” (Christensen, Horn e Staker, 2013, p. 26). 
 
ambiente de sentimento profissional promova um clima de respeito e estímulo ao estudo entre 
os alunos, bem como uma cultura de ensino e aprendizagem em equipe (STAKER, 2011, p. 20, 
tradução nossa). 
 
O modelo A La Carte é aquele no qual os alunos participam de um ou mais cursos inteiramente 
online, com um professor responsável online e, ao mesmo tempo, continuam a ter experiências 
educacionais em salas de aula tradicionais. Os alunos podem participar dos cursos online tanto nas 
unidades físicas ou fora delas. “A maioria dos programas A La Carte surgiram para atender a estudantes 
que de outro modo não teriam acesso a cursos como os cursos avançados e a aulas de línguas 
estrangeiras” (CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 2013, p. 32). 
Neste modelo, os alunos dispensam a participação em sala de aula tradicional para fazer cursos 
online, os quais são somados a seus cursos formais. Um professor online é o professor responsável 
pelos cursos deste modelo — embora as escolas certamente possam fazer disso uma parte intencional 
de sua estratégia — e em alguns casos oferecem a seus alunos uma variedade de apoios presenciais, 
como mentores em cybercafés (locais para fazer lanches que contam com internet e computadores) 
(CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 2013). 
 
O modelo A La Carte é o caso mais claro de disrupção pura. Olhando apenas para o curso e não 
para o resto da experiência dos estudantes, ele frequentemente não possui componente híbrido, 
mas é visto como parte da experiência educacional integral do estudante, ele representa um caso 
de ensino híbrido. Ele não deixa dúvidas sobre o fato de que a sala de aula tradicional está 
ausente do modelo, pois para os cursos completamente online, os alunos não utilizam uma sala 
de aula física, ainda que, em alguns modelos, os estudantes possam fazer suas atividades em 
cyber cafés ou laboratórios de aprendizado (CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 2013, p. 34). 
 
 
Um exemplo de modelo A La Carte, segundo Staker (2011), é a Escola Virtual de Michigan (MVS 
sigla em inglês) que consiste em uma divisão da Universidade Virtual de Michigan para fornecer acesso a 
um conteúdo ampliado do curso por meio do ensino online destinado aos alunos do ensino 
fundamental e médio no estado. “Como outras escolas virtuais que oferecem cursos online A La Carte, o 
MVS pode ser a espinha dorsal de vários modelos de aprendizagem combinada” (STAKER, 2011, p. 121, 
tradução nossa). 
 
A maioria dos alunos do MVS, o experimenta por meio do modelo de auto-mesclagem, ou seja, 
fazem cursos de MVS em um local remoto enquanto frequentam uma escola tradicional para 
seus outros cursos. A maioria possui um mentor distrital que se reúne pelo menos uma vez 
pessoalmente, ajuda a monitorar o progresso, tem acesso ao sistema de gerenciamento de 
aprendizado e pode se comunicar diretamente com o professor online (STAKER, 2011, p. 121, 
tradução nossa). 
 
O modelo Virtual Enriquecido, conforme Christensen; Horn; Staker, (2013, p. 27) é uma 
“experiência de escola integral na qual, dentro de cada curso (por exemplo, matemática), os alunos 
 
dividem seu tempo entre uma unidade escolar física e o aprendizado remoto com acesso a conteúdos e 
lições online”. Os estudantes que participam de programas Virtuais Enriquecidos raramente 
comparecem a uma sala de aula física todos os dias da semana. 
 
Essa desconexão proposital entre estudantes e cadeiras pretende proporcionar implicações 
significativas para a melhoria da utilização das instalações e estruturas. Por causa de seu 
potencial para economia de recursos financeiros, o modelo poderia ser um meio de criar mais 
maneiras de baixo custo para que os não-consumidores possam acessar, ao menos em parte, a 
experiência educacional em espaços físicos — assim como para que uma escola use suas 
instalações de modo mais eficiente e possa atender a muito mais estudantes (CHRISTENSEN; 
HORN; STAKER, 2013, p. 33). 
 
Diferente dos modelos rotacionais, por exemplo, nos quais há um esforço para incrementar a 
sala de aula tradicional, o modelo Virtual Enriquecido, segundo Christensen; Horn e Staker, (2013) 
começa com um esforço para melhorar os serviços das tecnologias que sustentam o ensino online. 
Segundo estes mesmos autores a história dos programas Virtuais Enriquecidos evidencia que “a maioria 
deles iniciou quando as escolas completamente virtuais precisaram adicionar um componente físico 
para melhorar os serviços oferecidos para estudantes online que estudavam de casa e demandavam 
apoio presencial” (CHRISTENSEN; HORN; STAKER, 2013, p. 33). 
 
Algumas considerações. 
Com a leitura e reflexão sobre os modelos/métodos de ensino híbrido, torna-se possível inferir 
que, assim como Bacich e Moran (2015) já haviam discutido, a integração entre sala de aula física e o 
ensino online é fundamental para quebrar barreiras e fronteiras à universalização da educação. Desse 
modo, há maior abertura da escola para o mundo e vice-versa,e isto favorece processos de 
comunicação mais eficazes, nos quais a comunicação pode ser mais fluida por meio de uma linguagem 
que se beneficia do uso de imagens, vídeos, fluxo de ideias, entre outros. 
Ao longo do curso foi possível conhecer as características básicas que compõem o ensino híbrido, 
assim como diferentes modelos/métodos deste ensino e suas especificidades. Tais informações 
favoreceram a percepção sobre os benefícios do EH ao ser considerado como metodologia de ensino, a 
qual permite integrar a sala de aula física e a sala de aula virtual com a mediação do professor e de 
tecnologias digitais de informação e comunicação, proporcionando, dentre outras, a possibilidade de 
individualizar o processo ensino-aprendizagem. Assim, se pode estimular a construção de conhecimento 
considerando as particularidades dos educandos e fornecendo caminhos e novas possibilidades aos 
professores, através da aplicação de atividades interativas e do uso de ferramentas online. 
 
Referências. 
 
BACICH, L.; MORAN, J. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, n. 25, jun., p. 
45-47, 2015. Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-
content/uploads/2015/07/hibrida.pdf>. Acesso em: 28 set. 2018. 
CHRISTENSEN, C.; HORN, M.; STAKER, H. Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma introdução à 
teoria dos híbridos. 2013. Disponível em: <https://www.pucpr.br/wp-content/uploads/2017/10/ensino-
hibrido_uma-inovacao-disruptiva.pdf>. Acesso em: 28 set. 2018. 
STAKER, H. The Rise of K-12 blended learning: profiles of emerging models. 2011. Disponível em: 
<https://issuu.com/acsathens/docs/the-rise-of-k-12-blended-learning/32> Acesso em: 28 set. 2018. 
 
 
 
O texto Ensino Híbrido: uma introdução ao tema – Parte 2 - Modelos e Métodos do Ensino Híbrido de Joyce Elanne 
Mateus Celestino está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. 
Para saber mais sobre os tipos de licença, visite http://creativecommons.org.br/as-licencas/ 
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf
https://www.pucpr.br/wp-content/uploads/2017/10/ensino-hibrido_uma-inovacao-disruptiva.pdf
https://www.pucpr.br/wp-content/uploads/2017/10/ensino-hibrido_uma-inovacao-disruptiva.pdf
https://issuu.com/acsathens/docs/the-rise-of-k-12-blended-learning/32
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
http://creativecommons.org.br/as-licencas/
http://creativecommons.org.br/as-licencas/
 
 
http://inovaeh.sead.ufscar.br/ 
http://inovaeh.sead.ufscar.br/

Continue navegando