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Eeeeeeeeeeeeeeeee . Ribeirão Preto 2019 RONALDO GARCIA CORTEZ FILHO ENGENHARIA MECÂNICA A COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE CICLO OTTO DE QUATRO TEMPOS Ribeirão Preto 2019 __________________________________________________________ A COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE CICLO OTTO DE QUATRO TEMPOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Participações Educacionais S.A. como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Mecânica. Orientador: Sra. Carla Palma RONALDO GARCIA CORTEZ FILHO RONALDO GARCIA CORTEZ FILHO A COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE CICLO OTTO DE QUATRO TEMPOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Participações Educacionais S.A. como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Ribeirão Preto, 20 de dezembro de 2019 Dedico este trabalho aos meus pais, que me deram a oportunidade de ter direito a uma educação acima de tudo, e por me apoiarem em realizar os meus sonhos!... E aos meus professores que se dedicaram a me instruir sempre e nos tratando como seres humanos acima de tudo!... AGRADECIMENTOS Inicialmente a minha família, meu pai Ronaldo Garcia Cortez, a minha mãe Vilma Baldini Cortez que sempre me deram apoio para realizar os meus sonhos e por sempre colocarem a minha educação em primeiro lugar. Aos meus amigos de curso que sempre trabalharam em equipe junto a mim, durante os cinco anos de curso, desejo a estes força para concluir suas trajetórias com sucesso. Aos meus professores que tiveram e tem a difícil missão de ensinar grupos de alunos com conhecimentos muito variado, mais sempre acreditaram que as dificuldades nos tornam mais fortes que além de nos ensinar sempre nos trataram como seres humanos que tem sonhos. A todos os funcionários da Anhanguera que com paciência nos ajudaram a entender o complicado sistema e que sempre estiveram à nossa disposição “Que teu orgulho e objetivo consistam em pôr em teu trabalho algo que se assemelhe a um milagre.” (Leonardo da Vinci) . RESUMO Elemento obrigatório. Consiste em texto condensado do trabalho de forma clara e precisa, enfatizando os pontos mais relevantes como natureza do problema estudado; objetivo geral; metodologia utilizada; principais considerações finais sobre a pesquisa, de forma que o leitor tenha ideia de todo o trabalho. Deverá conter entre 150 e 500 palavras, é escrito em parágrafo único, sem citações, ilustrações ou símbolos, espaçamento simples e sem recuo na primeira linha. Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3; Palavra 4; Palavra 5. (Obs.: São palavras ou termos que identificam o conteúdo do trabalho. Deixe o espaço entre o resumo e as palavras-chave. Escreva de três a cinco palavras chave, com a primeira letra em maiúscula e separada por um ponto-e-vírgula.) SOBRENOME, Nome Prenome do autor. Título do trabalho na língua estrangeira: subtítulo na língua estrangeira (se houver). Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em nome do curso) – Nome da Instituição, Cidade, ano. ABSTRACT Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira. Key-words: Word 1; Word 2; Word 3; Word 4; Word 5. (Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo) LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Motor de Combustão Interna ................................................................. 16 Figura 2 – Componentes estacionários do motor ................................................... 17 Figura 3 – Componentes móveis do motor ............................................................. 18 Figura 4 – Comparação das taxas de compressão nas montadoras no Brasil ....... 23 Figura 5 – Os estágios de um motor de ciclo Otto quatro tempo ............................. 26 Figura 6 – Diagrama: Pressão – Volume de um motor quatro tempos .................... 27 Figura 7 – ................................................................................................................ 23 Figura 8 – ................................................................................................................ 26 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Título da tabela ...................................................................................... 00 Tabela 2 – Título da tabela ...................................................................................... 00 Tabela 3 – Título da tabela ...................................................................................... 00 Tabela 4 – Título da tabela ...................................................................................... 00 Tabela 5 – Título da tabela ...................................................................................... 00 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Níveis do trabalho monográfico .............................................................00 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia NBR Norma Brasileira 13 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 2. MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 2.1. COMPONENTES DO MOTOR........................................................................17 2.2 FUNDAMENTAÇÃO COM A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA..............18 2.3 EFICIÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA..........................21 2.4 EFICIÊNCIA TERMICA E CONSUMO ESPECÍFICO DE COMBUSTÍVEL.... 21 2.5. PRESSÃO MÉDIA EFETIVA......................................................................... 22 2.6 TAXA DE COMPRESSÃO...............................................................................23 2.7 MISTURA AR COMBUSTÍVEL.........................................................................24 3. MOTORES DE CICLO OTTO E SUA EFICIÊNCIA .......................................... 25 3.1 MOTORES DE CICLO OTTO.........................................................................25 4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO) ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 31 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32 14 1. INTRODUÇÃO A criação do motor de combustão interna iniciou durante a revolução industrial (século XVII) que consiste na geração de energia mecânica a partir da energia térmica liberada pela combustão de um determinado combustível , ao comprimir o determinado combustível ao comburente em uma câmera de combustão, adicionado ao mecanismo de centelha , ocorre a explosão, resultando em gases nos quais se expandem e impulsionam o pistão em forma a transmitir movimento a um conjunto de eixos e engrenagens acoplados as rodas do veículo,resultando em movimento do mesmo No caso deste estudo bibliográfico sobre os motores de quatro fases de operação, chamados de ciclo Otto (desenvolvido pelo engenheiro Nicolaus August Otto. 1876). As quatro fases desde ciclo operacional são: admissão da mistura ar- combustível na câmera do pistão, a compressão pressurizando a mistura aumentando a temperatura no interior da câmera, a expansão iniciando a combustão da mistura causando a expansão dos gases e o escape descarregando os gases formados na combustão da mistura gerando o movimento do pistão novamente Com o desenvolvimento tecnológico e a crise do petróleo nos anos 70 como fonte energética que tende a escassez, a indústria automobilística passou desenvolver formas alternativas de combustível para substituir a Gasolina (combustível derivado do petróleo). No final da década de 70 o Engenheiro brasileiro Urbano Ernesto Stumpf criou o primeiro motor a utilizar Etanol Hidratado (derivado da cana-de-açúcar) como combustível, assim no início da década de 80 os motores de combustão interna de ciclo Otto foram modificados e preparados para as propriedades do Etanol visando alternativas para a substituição do combustível gasolina , combustível fóssil derivado do petróleo e a busca para aperfeiçoar seus motores Com essas adaptações e a diferença energética entre o Etanol e a Gasolina e a alta demanda na produção de Etanol através da cana-de-açúcar, a indústria automobilística criou o primeiro motor Flex (Flexible-fuel vehicle) que tinha como principal característica a capacidade de funcionar com mais de um tipo de combustível (Etanol e Gasolina) simultaneamente criando novas possibilidades de fonte energética e de novos motores mais eficientes. Todo o desenvolvimento tecnológico automobilístico foi focado em criar novas estruturas mecânicas do motor para suportar 15 novos combustíveis, mais complexos e de fonte renováveis sempre com o intuito de uma maior eficiência. Com isso inicia este estudo onde o foco é compreender os mecanismos e as tecnologias usadas nos motores para os diferentes combustíveis citados (álcool, gasolina e suas misturas) visando compreender suas propriedades químicas de combustão associados aos modelos desenvolvidos de motores para cada tipo de combustível e concluirmos a eficiência de cada motor associado ao seu combustível 16 2. MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA A criação do motor de combustão interna iniciou durante a revolução industrial (século XVII) que consiste na geração de energia mecânica a partir da energia térmica liberada pela combustão de um determinado combustível , ao comprimir o determinado combustível ao comburente em uma câmera de combustão, adicionado ao mecanismo de centelha , ocorre a explosão, resultando em gases nos quais se expandem e impulsionam o pistão em forma a transmitir movimento a um conjunto de eixos e engrenagens acoplados as rodas do veículo, resultando em movimento do mesmo. (Pulkrabek, 2003) Figura 1: Motor de combustão interna Fonte: Pulkrabek (2003) 17 2.1. COMPONENTES DO MOTOR Divididos em estacionários e moveis os principais componentes do motor de combustão interna são: Bloco, Cárter, Cabeçote, Árvore de Manivelas, Biela, Pistão e Válvulas. O Bloco é considerado o principal componente de um motor, nele estão acoplados os cilindros e os furos de arrefecimento. Ele funciona como o "chassi" do veículo, onde os demais componentes são instalados nele. Já o cárter é uma tampa inferior instalado abaixo do bloco, ele é responsável por armazenar o óleo lubrificante do motor. Por fim, o cabeçote funciona como uma tampa para o bloco encaixando a câmara de combustão do motor. Nele há o conjunto de válvulas (componente móvel) responsável pela admissão de combustível e exaustão dos gases. (Martins, 2013) Figura 2: Componentes estacionários do motor Fonte: Martins (2013) Entre os componentes moveis os principais que compõe o motor são: Arvore de Manivelas (virabrequim), Biela, Pistão, Válvulas de Admissão e Exaustão. A Árvore de Manivelas é o eixo do motor que causa a transmissão do movimento retilíneo dos pistões em movimento rotativo, é nele que se acopla a biela para estabelecer a conexão com os pistões e os demais componentes responsáveis pelo comando de abertura e fechamento das válvulas. A biela é o componente que faz a ligação do 18 virabrequim e o pistão, o êmbolo é o que se move em movimento retilíneo no interior do cilindro e compõe a câmara de combustão. Por fim, as válvulas são os componentes que permitem a passagem de fluidos (combustível e gases) para dentro da câmara de combustão (Martins, 2013). Figura 3: Componentes móveis do motor Fonte: Martins (2013) 2.2. FUNDAMENTAÇÃO COM A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA Segundo Çengel e boles (2006), a Primeira Lei da Termodinâmica de conservação da energia). Ela expressa que a energia não se cria nem pode ser destruída durante um processo, ela apenas muda de forma: calor; trabalho; e energia total (cinética, elástica e potencial gravitacional). A modelagem do ciclo será apresentada a seguir, considerando compressão e expansão dos gases. Esta modelagem será baseada na primeira lei da termodinâmica, na equação de estado para um gás ideal, lei de liberação de calor durante a combustão e transferência de calor para as paredes do cilindro. De acordo com Primeira lei da termodinâmica é dada como: 19 Para uma variação do virabrequim, reescrevemos a equação da primeira lei da seguinte forma: Relacionando com a Lei dos gases ideias de Clapeyron, utilizaremos a equação de estado e equação calorífica de estado. A equação de estado é responsável por descrever a forma com que as principais grandezas termodinâmicas (temperatura, volume e pressão) de uma substância se relacionam. Çengel e boles (2006) descreve que a equação de estado estabelecida pela lei dos gases ideais é: Podemos ainda reescrever a Eq. (3) nas seguintes formas: Onde R é a constante específica dos gases, que se relaciona com a constante universal dos gases. Assim podemos assumir o comportamento do gás ideal para a mistura de gases utilizada neste trabalho, pois as altas temperaturas associadas com a combustão interna do motor resultam geralmente em densidades suficientemente baixas para o comportamento do gás ideal, sendo uma aproximação viável. Considerando que o conceito de gás ideal é valido a energia interna pode ser adicionada como função única da temperatura, assumindo que o trabalho pode ser dado como, tem-se: 20 Onde a pressão, pode ser definida como: Para Çengel e boles (2006), os calores específicos à pressão constante e a volume constante são geralmente funções da temperatura e são formulados pelas equações caloríficas de estado: Realizando a diferenciação das Eq. (5) e (6), podemos expressar a formulação das funções para as alterações diferenciais de u e h, obtendo as Eq. (7) e (8): Os termos acima são referentes aos calores específicos de volume constante e pressão constante, respectivamente. Ainda segundo Çengel e boles (2006), as derivadas parciais (em relação ao volume específico) e (em relação à pressão) são iguais à zero para os gases ideais. A partir desta afirmação, e realizando a integração das Eq (7) e (8), tem-se: Onde os calores específicos de volume e pressão constante, podem ainda ser relacionado através da razão de calores específicos, que será utilizada nos cálculos de eficiência do modelo numérico. 212.3 EFICIÊNCIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA Segundo Bosch (2005), a eficiência é a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de modo que haja o mínimo de desperdício em um plano ideal. Sendo assim, eficiência energética, por definição, é a capacidade de produzir trabalho com o menor consumo de energia possível, com a menor quantidade de combustível. De um modo geral, a expressão de eficiência pode ser escrita conforme: Onde, representa a eficiência, o resultado desejado é a potência de saída do motor e o fornecimento necessário é a própria quantidade de combustível queimado. Segundo Çengel e boles (2006) essa forma de contabilizar a eficiência é muito abrangente em equipamentos e máquinas térmicas que utilizam o processo de combustão, reação química que ocorre a queima de algum material produzindo calor, utilizando-se o termo de eficiência da combustão, matematicamente pela equação: Onde, (c) representa a eficiência da combustão: Q é a quantidade de calor produzido e PC é o poder calorífico inferior do combustível. 2.4 EFICIÊNCIA TERMICA E CONSUMO ESPECÍFICO DE COMBUSTÍVEL De acordo com Bosch (2005) Para analisar a eficiência térmica dos motores de combustão interna não se pode desconsiderar a influência do tipo de combustível utilizado na reação de combustão. A eficiência é alterada de acordo com as 22 propriedades químicas do combustível, assim como outros aspectos de funcionamento do motor; para poder comparar o funcionamento dos motores de combustão interna em relação ao combustível utilizado, é necessário entender o conceito de consumo específico de combustível. Consumo específico é a vazão mássica de combustível necessária para gerar uma unidade de trabalho produzido. Segundo Heywood (1988), esta medida representa a eficiência do motor em relação ao seu insumo, como apresentado na Equação: Onde, (CE) representa o consumo específico, (W) é a potência de saída do motor e (m) é a vazão mássica de combustível. Utilizando outra forma de contabilizar a eficiência térmica onde: (t) representa a eficiência térmica; W é a potência de saída do motor; PC é o poder calorífico inferior do combustível; m é a vazão mássica de combustível. Logo, podemos associar o consumo específico de combustível e o poder calorífico com a eficiência térmica do motor: Onde, (t) representa a eficiência térmica do motor; CE representa o consumo específico; PC é o poder calorífico inferior do combustível 2.5. PRESSÃO MÉDIA EFETIVA De acordo com Halliday e Walker (2003) a pressão média efetiva (PME) é uma pressão “fictícia” que, de maneira geral, em motores está ligada diretamente ao torque que tende a se desenvolver sobre a arvores de manivela. A PME também pode ser 23 definida como o trabalho efetuado por quantidade de volume percorrido pelo pistão. Sendo assim podemos escrever Onde, W representa o trabalho gerado pelo motor; (R) representa o número de revolução do motor por ciclo; (Vd) é o volume do cilindro do motor e N é o número de revoluções do motor. 2.6 TAXA DE COMPRESSÃO Para Brunetti e Franco (2012) a relação volumétrica taxa de compressão é a relação entre o volume total (V1), quando o pistão se encontra no ponto morto inferior, e o volume morto (V2), quando o pistão se encontra no ponto morto superior, e representa em quantas vezes V1 é reduzido. Nos MIFs, a taxa de compressão não pode ser muito elevada, pois a ignição deve ser dada pela faísca lançada pela vela e assim evitar a ocorrência de autoignição antes deste momento. Figura 4: Comparação das taxas de compressão nas montadoras no Brasil Fonte: Nascimento et al. (2010) 24 2.7 MISTURA AR COMBUSTÍVEL A mistura de ar e combustível nos motores de combustão interna é definida com a ideia de disponibilizar a maior potência com a menor quantidade de combustível, diminuindo assim o consumo específico de combustível, tendendo a maior eficiência. A mistura ideal entre ar e combustível (AC) é chamada de mistura estequiométrica e pode ser representada pelas equações químicas genéricas para gasolina e etanol, conforme as Equações abaixo: Gasolina: Etanol: De acordo com BRUNETT (2012), a relação AC admitida dentro do motor pode ser expressa pela razão entre a massa de combustível e a massa de ar real, pelo mesmo valor estequiométrico, da seguinte forma: Onde, () representa a relação ar combustível; (Mc) representa a massa de combustível e (M a) representa a massa de ar. Na realidade, a maioria dos motores não trabalham com essa relação estequiométrica, = 1 pois estamos teorizando qual a maneira mais eficaz de utilização da mistura combustível. Geralmente eles trabalham em regime de mistura rica, ou seja, mais combustível do que estipula a reação estequiométrica, 1 . Já a mistura tida como pobre, representa uma mistura com carência de combustível, ou seja, 1. Métodos utilizados de maneira errada, pois cada motor é feito para aceitar especificamente um tipo de combustível, dessa forma encerramos o primeiro capítulo desta revisão bibliográfica, no próximo capítulo compreenderemos as características dos motores de ciclo Otto com os respectivos combustíveis, Etanol e Gasolina. BRUNETT (2012) 25 3. MOTORES DE CICLO OTTO E SUA EFICIÊNCIA 3.1 MOTORES DE CICLO OTTO Segundo Brunetti, Franco (2012) existem diversos protótipos e ciclos termodinâmicos que são adaptados em motores a combustão interna, dentre eles este estudo bibliográfico tem ênfase nos motores de ciclo Otto, implementado com sucesso pelo engenheiro alemão Nikolaus August Otto em 1876. Hoje, funcionando com mais de um tipo de combustível entre eles a Gasolina e o Etanol no qual este estudo é dirigido, os motores com ciclo termodinâmico Otto, também denominados por motores de combustão por faísca (MIF), são utilizados na imensa maioria dos carros de passeios e motocicletas do mundo. De acordo com Bosch (2005) este modelo de motor passa por quatro estágios: admissão, compressão, expansão e exaustão (escape). E pode funcionar com 2T (dois tempos), que correspondem a uma rotação de 360° por ciclo; ou 4T (quatro tempos), que correspondem a duas rotações de 720° para completar o mesmo ciclo. A explicação a seguir refere-se a um motor 4T, visto que este é o mais usual nos veículos automotores atualmente. Começando com o pistão localizado no PMS (ponto morto superior), é aberta a válvula de admissão e mantem-se a válvula de escape fechada, o pistão se desloca do PMS para o ponto morto inferior (PMI), causando depressão no cilindro e realizando assim a sucção do combustível para câmara de combustão pela válvula de admissão. A esse passeio do êmbolo é chamado admissão. Com a mistura ar-combustível na câmara de combustão e as válvulas fechadas, o pistão desloca-se do ponto morto inferior realizando a compressão da mistura até o ponto morto superior. Esse trajeto do embolo é chamado tempo de compressão do ciclo. Neste momento é inflada pela vela de ignição por faísca, que tem por objetivo iniciar a combustão da mistura comprimida ocasionando uma explosão no ponto morto superior. Essa explosão tem por objetivo gerar energia suficiente para aumentar a pressão da mistura combustível, que devido à expansão dos gases provenientes da reação deslocam o pistão para o ponto morto inferior. Este tempo do ciclo é chamado 26 de expansão. Ele é conhecido como o tempo útil, por ser nesse tempo que efetivamente se produz trabalho que impulsiona o pistão por todos os outros três tempos. Com o pistão no PMI (ponto morto inferior), é aberta a válvula de escape,que servirá como local para exaustão dos gases provenientes da combustão. Quando o êmbolo deslocar o pistão para o PMS (ponto morto superior), esse expulsa esses gases, tal fase é conhecida como exaustão. Então essa válvula se fecha e a válvula de admissão se abre, dando assim início a um novo ciclo. Figura 5: Os estágios de um motor de ciclo Otto quatro tempo Fonte: Adaptado de BRUNETTI, Franco (2012) Analisando em um diagrama (Pressão – Volume) os quatro estágios de um motor ciclo Otto de 4T, podemos compreender melhor o seu ciclo. (BRUNETTI, 2018, p.80) 27 Figura 6: Diagrama: Pressão – Volume de um motor quatro tempos Fonte: BRUNETTI, Franco (2018) Admissão (1-2): o pistão é deslocado em uma trajetória do ponto morto superior ao ponto morto inferior, com a válvula de admissão aberta, de maneira que o cilindro esteja em contato com o ambiente. A pressão em seu interior se mantém um pouco menor que a pressão atmosférica e depende da perda de carga no sistema de admissão devido ao escoamento da mistura combustível-ar que é succionada pelo movimento do pistão. Compressão (2-3): é fechada a válvula de admissão e a mistura ar-combustível lacrada no cilindro é comprimida pelo pistão que se desloca do PMI (ponto morto inferior) ao PMS (ponto morto superior). Nessa etapa, se observa a diminuição do volume do fluido ativo e ocorre o aumento da pressão. Antes do pistão atingir o PMS 28 ocorre a liberação da faísca no ponto (a) e se observa um aumento rápido da pressão devido à combustão da mistura. Expansão (3-4): Após a combustão da mistura ar-combustível, o pistão é empurrado pela força da pressão dos gases, deslocando-se do PMS ao PMI provocando o aumento do volume do fluido ativo (expansão) e a consequente redução de pressão. É nesse momento que o motor produz trabalho positivo (tempo útil). Escape (4-1): No ponto (b) é aberta a válvula de escapamento e os gases, devido à alta pressão, escapam exteriormente rapidamente até atingir uma pressão próxima à pressão atmosférica. O pistão é deslocado do PMI para o PMS expelindo os gases queimados contidos no cilindro e a pressão é mantida um pouco maior que a pressão atmosférica. Após alcançado o PMS, o ciclo é reiniciado pelo tempo de admissão. (BRUNETTI, 2018, p.80) http://dedmd.com.br/validacao/2019_1/MOTORES%20DE%20COMBUST%C3%83O%20INTERNA/Unidade%201/s2/#text-carousel http://dedmd.com.br/validacao/2019_1/MOTORES%20DE%20COMBUST%C3%83O%20INTERNA/Unidade%201/s2/#text-carousel 29 30 4. XXXXXXXXXX 31 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 32 REFERÊNCIAS CARVALHO, Márcio Augusto S. Avaliação de um motor de combustão interna ciclo Otto utilizando diferentes tipos de combustíveis, 147 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Industrial) – Instituto de Engenharia, Universidade Federal da Bahia - UFBA, Salvador, 2011. ANP, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Fatores de conversão, densidades e poderes caloríficos inferiores, valores médios para o ano de 2011. Disponível em: <http://www.anp.gov.br>. Acesso em: 23 set, 2015 NASCIMENTO, Silva Henrique J. Estudo dos processos físicos envolvidos nos motores que utilizam como combustível álcool e gasolina (ciclo Otto), 2008, 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Física) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2008. AMORIM, Jorge R. Análise do aumento da razão volumétrica de compressão de um motor flexível multicombustível visando melhoria de desempenho, 2005, 189 f. Dissertação (Pós-graduação em Engenharia Mecânica) – Escola de Engenharia da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, 2005 CARVALHO, M. A. S; Avaliação de um motor de combustão interna Ciclo Otto utilizando diferentes tipos de combustíveis. Dissertação de Mestrado em Engenharia Industrial - Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, 2011. DUARTE, H. V; PINHEIRO, P. C. C; KOURY, R. N. N; Simulação do efeito dos parâmetros operacionais do desempenho de motores de combustão interna. In: IV Congresso de Engenharia Mecânica Norte-Nordeste (IV CEM-NNE/96). 1996. p. 17-20. ANDRADE, F, S. A solução brasileira: História do desenvolvimento do motor a Álcool. São José dos Campos. sind CT. 2012. 175p CETESB. Emissões veiculares no estado de São Paulo .2015 http://veicular.cetesb.sp.gov.br/relatorios-e-publicacoes/ Farah, M. A. Petróleo e seus derivados: definições e características de qualidade LTC, 2012. 261.p Obert, T. F Motores de combustão interna. Porto Alegre, Globo 1971. 618p ÇENGEL Y.A., BOLES M. A. Termodinâmica. 5ª ed., MC Graw Hill, 2006. BRUNETTI F., Motores de combustão interna. 1 ed. Instituto Mauá de tecnologia 2012. Editora Blucher, 2012. HEYWOOD, J. B. Internal Combustion Engine Fundamentals. 1ª Ed, McGraw-Hill. New York, 1988. 33 MELO, T. C. C. Modelagem Termodinâmica de um motor do ciclo Otto tipo FLEX- FUEL funcionando com Gasolina, Álcool e Gás Natural. Dissertação de M. Sc., COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, 2007. PULKRABEK, W. W; Engineering Fundamentals of the Internal Combustion Engine. University of Wisconsin-Platteville; Junho de 2003; Disponível em: http://www.rmcet.com/lib/E- Books/Mechauto/Engineering%20Fundamentals%20of%20IC%20Engines%20%28 WW%20Pu lkrabek%29.pdf Acesso em: 21/07/1015
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