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RESENHA CRÍTICA - USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS NA PROFILAXIA ODONTOLÓGICA

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RESENHA CRÍTICA - USO INDISCRIMINADO DE
ANTIBIÓTICOS NA PROFILAXIA ODONTOLÓGICA
MATOS, Karen A.
RESUMO:
A obra “Uso indiscriminado de antibióticos na profilaxia odontológica”, organizada por Bárbara Monteiro Chaves Bernardo, Camila Ananias de Lima, Ícaro César Bezerra Silva, Paula Regina Luna de Araújo Jácome e Agenor Tavares Jácome Júnior, destaca a prescrição de antimicrobianos sem intervenção clínica geral, implicando na ingestão de antibióticos de maneira inadequada e originando novas resistências bacterianas. Nesse sentido, a redução de opções de fármacos efetivos para determinados tratamentos é uma das conseqüências da ingestão de medicamentos que não são precisos. A obra é dirigida, principalmente, aos profissionais de saúde que prescrevem antimicrobianos sem análises de um antibiograma e aos indivíduos que se automedicam.
ABSTRACT:
The work “The indiscriminate use of antibiotics in dental prophylaxis”, organized by Bárbara Monteiro Chaves Bernardo, Camila Ananias de Lima, Ícaro César Bezerra Silva, Paula Regina Luna de Araújo Jácome and Agenor Tavares Jácome Júnior, highlights the prescription of antimicrobials without general clinical intervention, implying the ingestion of antibiotics inappropriately and giving rise to new bacterial resistance. In this sense, the reduction of effective drug options for certain treatments is one of the consequences of taking medications that are not needed. The work is aimed mainly at health professionals who prescribe antimicrobials without analysis of an antibiogram and at individuals who self-medicate.
RESENHA CRÍTICA:
A obra desenvolvida aborda a antimicrobianoterapia, cuja finalidade é de tratar doenças infecciosas ou combater agentes infecciosos em seus sítios de infecção. No seu desenvolvimento, o artigo destaca -com precisão- o aparecimento de certos antibióticos, soluções obtidas após determinadas ingestões e a importância de antibiogramas para detecção sobre quais medicamentos a bactéria mostra-se resistente, sendo a prescrição adequada somente após esta avaliação das resistências e fragilidades do determinado microrganismo. 
 Nesse sentido, vale citar a informação retirada de um documentário exibido pelo site “SCIELO”, onde se evidencia que os países do norte da Europa, que apresentam um menor consumo de antibióticos, são também os países onde o nível de resistência é menor, verificando-se o oposto nos países do sul da Europa, incluindo Portugal. Assim, torna-se claro que quanto mais antibióticos forem ingeridos de maneira inadequada, maior será o aparecimento de bactérias resistentes a determinados tratamentos, reduzindo-se então a quantidade de fármacos efetivos, sendo esta uma das grandes problemáticas da obra.
 	 Sabendo que a profilaxia clínica é indicada para prevenir desenvolvimento de infecção sintomática ou a propagação da doença, vale ressaltar esse uso no meio odontológico, o qual é abordado na temática da obra. Visto no decorrer do artigo que tem-se como base, a prescrição de antimicrobianos que exercem efeitos bactericida -matando o microrganismo- e bacteriostático -impedindo a ploriferação do microrganismo- feita por cirurgiões dentistas têm se tornado mais comum, considerando-se entre o período de 1996-2013 um aumento de 62,2% -sendo um maior aumento para usuários de 60 anos ou mais-. Nesse prisma, vale destacar que antibióticos formam uma classe de medicamentos fundamental, contudo, os organismos que são combatidos podem evoluir e tornarem-se capazes de resistir a antibióticos e transmitirem esses genes de resistência.
 Estima-se, segundo dados do Ministério da Saúde, que 50% dos usos de antibióticos seja inadequado. Logo, vale evidenciar que prescrições sem critérios e tratamentos incompletos são causas diretas para a formação de resistências bacterianas, estas sendo de difícil tratamento e matando diversas pessoas. Bactérias são organismos vivos, que podem sofrer mutações, porque possuem grande capacidade de adaptação ao meio. O uso repetido e indiscriminado dos antibióticos está fazendo com que muitas bactérias se tornem resistentes ao tratamento. Como não morrem, transmitem a imunidade para outras bactérias, o que propicia colônias de germes geneticamente modificados e resistentes.
	 Baseando-se em documentários apresentados por Drauzio Varella -médico, cientista e escritor-, a cada 20 minutos nasce uma nova versão de bactérias, entre elas versões mais resistentes, enquanto a indústria farmacêutica demora 10 anos para desenvolver um novo medicamento. Ainda na perspectiva do médico citado, criar novas drogas não é o caminho mais eficaz, é necessário um esforço conjunto de todas as partes envolvidas. Ao invés de chegar em um pronto socorro, reclamando de dor e sair com uma receita de antibiótico de amplo espectro, o correto seria fazer testes rápidos para identificar o agente infeccioso específico e só então receitar o antibiótico adequado e sua dose devida.
	Dessarte, a obra apresenta a finalidade de promover a conscientização de que todos envolvidos no tratamento tem papel fundamental, logo, profissionais de saúde precisam abandonar a prática de prescrever antibióticos antes de uma avaliação precisa sobre a quais antibióticos a determinada bactéria tem fragilidade, e também os pacientes precisam parar de exigi-los por qualquer motivo. Assim, a prescrição correta, sendo ingerida na dosagem adequada, solucionará o problema e não dará origem a bactérias resistentes.
REFERÊNCIAS: 
Sites: Scielo, http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpsp/v34n1/v34n1a11.pdf 
 Ministério na Saúde, https://saude.gov.br/
 Portal Drauzio Varella, https://drauziovarella.uol.com.br/
 Science Direct, https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S087090251500067X

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