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Revisão Antibiograma-4

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FACULDADE KENNEDY DE BELO HORIZONTE
Roberta Priscilla dos Reis
Bruno Torres Evangelista
Revisão - Antibiograma
Belo Horizonte
Junho 2021.
FACULDADE KENNEDY DE BELO HORIZONTE
Roberta Priscilla dos Reis
Bruno Torres Evangelista
Revisão - Antibiograma
Atividade apresentada ao curso de Medicina Veterinária da Faculdade Kennedy de Belo Horizonte, para a disciplina Terapêutica Veterinária.
Prof. (o). Eduardo Lara Ribeiro
Belo Horizonte
Junho 2021.
Sumário
Resumo	4
Introdução	5
Antibiograma em medicina veterinária	6
Resistência de micro – organismo	7
Definição de antibiograma	8
Descrição técnica	8
Interpretação de resultado	9
Importância do antibiograma para o diagnostico e tratamento de doenças	11
Importância do antibiograma para a saúde publica	12
Conclusões.	13
Referêncial bibliográfico	13
Resumo
Os antibióticos substancia química produzida por micro-organismos como cogumelos e bactérias, ao longo da historia tem sido a principal forma de combate a micro-organismos e suas manifestações. Mas, com o uso constante alguns micro-organismos se tornaram altamente seletivos, deixando estas medicações ineficazes.
A resistência há estes agentes antimicrobianos é uma preocupação, e uma grande maioria de autores questiona este processo, e o risco que ele representa para a medicina veterinária. 
Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão sobre o antibiograma, a sua necessidade para uma boa eficácia no uso dos antibióticos n âmbito da medicina veterinária.
Palavras chaves: antibiograma, antibiótico, resistência, revisão, terapia antimicrobiana.
Abstract
			
Antibiotics chemical substance served by microorganisms such as mushrooms and bacteria, throughout history has been the main way of fighting microorganisms and their manifestations. But, with constant use, some microorganisms become highly selective, making these medications ineffective.
The resistance to these antimicrobial agents is a concern, and a large majority of authors question this process, and the risk it poses to veterinary medicine.
This article aims to carry out a review on the antibiogram, its need for a good effectiveness in the use of antibiotics in the scope of veterinary medicine.
Keywords: antibiogram, antibiotic, resistance, review, antimicrobial therapy.
Introdução
Os antibióticos são remédios que tem como principal função o combate às infecções, atacando estruturas especificas das bactérias. (Silveira et al. 2006). A resistência aos antibióticos se desenvolve como uma natural consequência da habilidade da população bacteriana de se adaptar. (QUEIROZ; 2014). Quanto mais usado um antibiótico, mais populações resistentes irão se desenvolver entre agentes patogênicos e entre bactérias comensais de um número crescente de animais em uma população exposta. No entanto, existe uma grande diversidade: enquanto algumas bactérias desenvolvem rapidamente resistência no indivíduo tratado, outras permanecem suscetíveis (COSTA, 1999). BARROS. (2013), afirma que o uso irracional de medicamentos na medicina veterinária, bem como a necessidade de controle de seu uso, torna-se um problema ainda maior quando usado em animais de produção de alimentos. Neste caso, existe a possibilidade de que quantidades mínimas de drogas e seus metabólitos ou resíduos, que permanecem nos tecidos comestíveis ou em produtos de origem animal, como a carne, leite, ovos, mel, e induzem a certos efeitos nocivos em seres humanos, que são os potenciais consumidores de tais alimentos. A respeito do uso de antimicrobianos na prática veterinária, este favorece o desenvolvimento de resistência intrínseca ou adquirida dos antimicrobianos, que é adquirida e desenvolvida devido ao uso generalizado e irracional das drogas, enquanto a resistência é o resultado das características intrínsecas estruturais ou funcionais, o que permite a tolerância de um determinado medicamento ou classe de antimicrobianos (SILVA, 2013). A resistência a antimicrobianos é um problema crescente e, desenvolver novas drogas não pode ser a solução para este problema. Algumas das causas comuns que contribuem para o desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos são o uso desnecessário de antimicrobianos, dose inadequada, insuficiente duração da terapia e a utilização de combinações de drogas antimicrobianas (MOTA, 2005).
Este trabalho visa fazer uma revisão sobre trabalhos relacionados a antibiograma na medicina veterinária e a importância na utilização do antibiótico certo, conforme a necessidade. 
Antibiograma em medicina veterinária
O médico veterinário tem grande importância e responsabilidade neste processo, pois, muitos dos agentes causadores de enfermidades são comuns aos animais e humanos, sendo grande a possibilidade de transmissão de patógenos. (MANTILLA et al., 2007.). Uma das preocupações está na produção de alimentos, onde o uso de antibióticos é demasiado. Seja com intuito terapêutico, preventivo, ou promotores de crescimento, este último recurso promove o aumento de produtividade, porém em contrapartida acaba ocasionando a seleção de microrganismos resistentes (MOTA et al., 2005). As infecções bacterianas são muito frequentes nos animais. O crescimento bacteriano em sítios anatômicos estéreis se deve, principalmente, às bactérias da microbiota normal do animal, como por exemplo, na infecção de trato urinário (ITU) ocorre ascensão de bactérias presentes na porção distal da uretra, muitas vezes originárias da microbiota intestinal (Saber Digital, 2020). 
O uso responsável e ponderado de antimicrobiano deve ser fortemente difundido e fiscalizado, a fim de evitar infecções resistentes em animais e consequentemente em humanos (LOEFFLER, 2010). Quando as drogas são usadas para melhorar a produtividade dos animais de alimentos destinados ao consumo humano, existe também a possibilidade de produzir efeitos adversos em humanos. Deve – se usar medicamentos racionalmente, ou seja, usá-los apenas quando eles são realmente indicados e, da maneira certa, na hora certa, na dose certa e respeitando o período de sua retirada. (ADAMS, 2003). É importante que o tratamento não seja ser mais longo do que o necessário, afinal, com tratamento prolongado, se torna aconselhadas reavaliações regulares do processo da doença e sobre as extensões ativas de tratamento (TAVARES, 2013).
Resistência de micro – organismo
O uso dos antimicrobianos tem se tornado cada vez mais frequente. Porém, algo que se deduzia ser uma solução permanente no combate das doenças contagiosas, se mostrou não ser algo tão definitivo com o aparecimento da resistência. “O antibiótico deveria ser prescrito de forma racional, com base em um diagnóstico concreto e não baseado apenas em dados epidemiológicos de determinados agentes etiológicos responsáveis por certas infecções” (KADOSAKI SOUZA, BORGES; 2011). A resistência antimicrobiana (AMR, da sigla em inglês para Antimicrobial Resistance) é considerada um dos desafios aos sistemas de saúde contemporâneos. (ESTRELA, 2014). O número de bactérias resistentes aos antibióticos na medicina veterinária e humana cresce mais rápido do que os novos medicamentos que estão se desenvolvendo na indústria farmacêutica. Somente 50% dos antibióticos produzidos são utilizados na terapia humana, à outra metade é empregada na profilaxia, tratamento, promoção do crescimento animal e no extermínio de pragas na agricultura (RODRIGUES, 2001).
Em 2017 a ONU divulgou novas diretrizes sobre o uso de antibióticos na agropecuária. São recomendações para conter o uso indiscriminado de antibióticos por produtores e pela indústria de alimentos, que usam os antibióticos para prevenção de doenças em animais saudáveis. É fato que os antibióticos só devem ser usados para tratar infecções bacterianas, assim a OMS recomenda a restrição completa dessa substância para o crescimento de animais bem como para a prevenção de doenças sem diagnóstico. (Saber digital; 2020). As principais doenças dos animais de produção tratados com antimicrobianos são as gastroentéricas,respiratórias, cutâneas e reprodutivas (TEUBER, 2001).
Definição de antibiograma 
“O antibiograma é uma metodologia utilizada para medir a sensibilidade de micro-organismos a antimicrobianos” (COSTA, 2016). Diferentes técnicas laboratoriais podem ser utilizadas para saber sobre a sensibilidade de uma bactéria a antibióticos. Este teste é a medida de sensibilidade bacteriana a um antimicrobiano, o qual possibilita a seleção do antimicrobiano mais eficiente no combate às bactérias. (ANVISA, 2013).
O antibiograma é uma técnica destinada à determinação da sensibilidade bacteriana in vitro frente a agentes antimicrobianos, cuja finalidade é verificar os antibióticos mais indicados para o tratamento da infecção bacteriana. A formação de halos indica os quais antibióticos a bactéria é sensível (MACEDO et al., 2018).
Quando há uma ação antimicrobiana a uma bactéria, ela é denominada de sensível ou suscetível à droga. Porém, se este antimicrobiano não for capaz de inibir ou matar a bactéria, o micro-organismo é considerado resistente. Esta resistência é natural ou adquirida. Deste modo, para cada micro-organismo existe um grupo de antimicrobianos eficazes e outros não, classificando-os em largo espectro e de espectro estreito. “Cada bactéria pode reagir de forma diferente a um determinado antibiótico. Quando este antibiótico é aplicado a um ser vivo, a reação dentro do organismo também pode ser diferente” (COSTA, 2016).
Descrição técnica 
Diversos métodos laboratoriais podem ser empregados para predizer a sensibilidade in vitro de bactérias aos agentes antimicrobianos. Muitos laboratórios de microbiologia clínica usam, de forma rotineira, o método de disco-difusão em ágar para testar patógenos comuns de crescimento rápido e certas bactérias fastidiosas. (NCCLS, 2003). O Método semi-quantitativo baseado em difusão, também conhecido como método de Kirby-Bauer: diversos discos no qual estão contidos antibióticos diferentes, ou discos de papel impregnado, são distribuídos em zonas distintas de uma placa que contém meio de cultura (meio rico em nutrientes no qual as bactérias multiplicam-se). O antibiótico difunde-se na periferia de cada disco, e um halo de lise bacteriana transparece. Uma vez que a concentração do antibiótico é maior no centro, e menor na periferia do halo, o diâmetro sugere a concentração inibitória mínima. A transformação do diâmetro em milímetros para a concentração inibitória mínima em µg/ml é feita com base em curvas lineares de regressão previamente conhecidas. ( Anvisa, 2013). O Método quantitativo baseado em diluição: diversos recipientes com diluições de antibióticos gradativamente mais baixos são inoculados com o micro-organismo analisado. O recipiente no qual o micro-organismo não conseguiu multiplicar-se possui a concentração inibitória mínima. (ANVISA, 2013)
Quando é estabelecido o cálculo da concentração inibitória mínima, esta pode ser comparada com os valores anteriormente conhecidos para a relação entre o micro-organismo e o antibiótico. Este dado pode ser de grande valia para o clínico, pois este poderá trocar o tratamento empírico por um tratamento direcionado para o caso em questão. (SBPC/ML, 2015).
Interpretação de resultado
Classificação baseada na resposta in vitro de um organismo a um agente antimicrobiano nas concentrações séricas ou teciduais que este agente pode alcançar quando as doses habitualmente prescritas deste agente são utilizadas. (NCCLS, 2003). Os objetivos do teste são detectar possível resistência ao medicamento em patógenos comuns e assegurar a suscetibilidade a drogas de escolha para infecções específicas. Os microbiologistas podem avaliar interações in vitro entre um micro-organismo isolado e os agentes antimicrobianos. O antibiograma liberado pode fornecer dados para ajudar o clínico a decidir as drogas de escolha ou, ainda, as doses dos agentes antimicrobianos adequadas ao tratamento da infecção. (SBPC/ML, 2015).
· As definições das classificações são:
Sensível: A classificação significa que uma dada infecção causada por tal microrganismo pode ser tratada eficientemente com a dose recomendada do agente antimicrobiano. (Silva, 2012). Categoria que implica que a infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente com a dosagem de um agente antimicrobiano recomendado para esse tipo de infecção e patógeno, salvo quando de outra forma indicado. (NCCLS, 2003)
Intermediaria: Esta classificação inclui organismos com valores de CIM (Concentração Inibitória Mínima) semelhantes àqueles atingidos por antibacterianos no sangue e tecidos e cuja avaliação da resposta venha a ser inferior a isolados "sensíveis". A classificação "intermediária" encontra aplicação clínica em sítios corpóreos onde as drogas são fisiologicamente concentradas (ex: quinolonas e beta-lactâmicos na urina) ou quando uma alta dose de droga pode ser usada (ex: beta-lactâmicos). A classificação intermediária também inclui uma zona tampão que preveniria pequenos fatores técnicos que possam causar diferenças na interpretação, especialmente no caso de drogas com limites estreitos de farmacotoxicidade. (Silva, 2012). Categoria de Interpretação ‘Intermediária’ do Teste de Sensibilidade Antimicrobiana, categoria que implica que uma infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente em locais do corpo, onde as drogas se concentram fisiologicamente ou quando for possível a prescrição de uma dosagem mais alta da droga que a habitual; também indica uma “zona tampão” (buffer zone) que deveria impedir que pequenos fatores técnicos e fora de controle causem grandes discrepâncias na interpretação dos testes. (NCCLS, 2003)
Resistente: O microrganismo não é inibido pelas concentrações usuais do antibiótico testado. Principais Fatores de Erro na Técnica: Erro na transcrição de dados - Erro na leitura dos halos de inibição - Erro na padronização do inoculo - Contaminação ou alteração na cepa-controle (ensaio qualitativo de controle de qualidade) - Padrão velho da escala de McFarlland (suspensão de sulfato de bário) - Espectrofotômetro não calibrado - Temperatura ou atmosfera impróprias para incubação - Semeadura não homogênea no ágar - Variações no desempenho do meio de cultivo - Perda de potência do disco durante o armazenamento (excesso de umidade, temperatura inadequada, expiração do prazo de validade). (Silva, 2012). Categoria de Interpretação ‘Resistente’ do Teste de Sensibilidade Antimicrobiana, os isolados considerados resistentes não são inibidos pelas concentrações do agente antimicrobiano normalmente prescrito em tratamentos habituais (frequência e dosagem) e/ou caem na faixa em que a ocorrência de mecanismos de resistência antimicrobiana específicos são mais provável (ex. betalactamases), e a eficácia clínica não tem sido confiável em estudos clínicos. Controle de qualidade, técnicas e atividades operacionais usadas para atender aos requisitos de qualidade. (NCCLS, 2003).
A análise de resultados deve ser feita de forma criteriosa, especialmente se tratando de fenótipos raros de resistência e nos casos de resistência intrínseca a antimicrobianos observados em alguns organismos. Documentos padronizadores, como Eucast e CLSI, publicam uma tabela com o perfil de resistência intrínseca dos principais micro-organismos de interesse médico. (SBPC/ML, 2015).
Importância do antibiograma para o diagnostico e tratamento de doenças
O contínuo aparecimento de novos mecanismos bacterianos de resistência a antimicrobianos tem gerado uma corrida das indústrias farmacêuticas para a produção e lançamento de um número crescente de novos compostos, tornando complexa a realização dos testes de suscetibilidade. (Quintiliani, 1999).
Tem-se observado ao longo dos anos o aumento da resistência aos antimicrobianos em diversas espécies animais, sendo que muitos dos microrganismos apresentam resistência aos antimicrobianos de uso humano, o que é preocupante, pois as bactérias isoladas podem ser reservatórios de genes resistentes, com papel na disseminação desta resistência às bactérias patogênicase comensais (SRINIVISAN et al., 2007)
A antibioticoterapias se fundamenta na premissa de que a doença é causada por um agente infeccioso em que o paciente é incapaz de eliminar eficazmente a infecção, sem a antibioticoterapias. (JONES, et al. 1983). Na hora de escolher o protocolo terapêutico adequado deve – se ter conhecimento do tipo de infecção que acomete o animal (vírus, bactéria, fungos) saber sua toxicidade, resistência e espectro de ação.(BLOOD et al. 2002)
Os antibióticos desempenham um papel importante na clínica e a escolha da preparação mais adequada é vital. Ao tratar uma infecção bacteriana a escolha do antibiótico deve ser baseada em uma expectativa de eficácia clínica, baixa toxicidade e a menor possível influência sobre a seleção de bactérias multirresistentes (REGITANO e LEAL, 2010). 
Importância do antibiograma para a saúde publica 
Antibiograma tem sido utilizado por hospitais para monitorar e identificar tendências na susceptibilidade a antibióticos e para fornecer orientações de tratamento empírico para médicos em suas instituições. (Klevens, 2021). A resistência aos antibióticos é considerada como um problema de saúde pública com maior relevância clínica, já que dificulta o controle das doenças infecciosas, favorece o aumento das morbimortalidade, diminui a eficácia terapêutica, promove a transmissão de infecções a outros indivíduos, traz risco à segurança do paciente e causa elevados custos para os cuidados de saúde (MONTEMAYOR et al., 2014).
A implementação de políticas efetivas de uso racional de antimicrobianos é essencial, além disso, a seleção do fármaco mais apropriado exige conhecimentos de quem esta prescrevendo sobre microbiologia, farmacologia e medicina clínica no tratamento de uma infecção com um antimicrobiano. A escolha, a dosagem, a via de administração e o tempo de tratamento podem ser responsáveis pela eficiência da terapêutica (SOUZA, 2016). A vigilância da resistência antimicrobiana e o uso do antibiograma é um mecanismo fundamental para o rastreamento de mudanças nas populações microbianas. A estratégia permite a detecção precoce de cepas resistentes de importância para a saúde pública e o apoio à pronta notificação e investigação de surtos. Os resultados da vigilância são necessários para definir terapias clínicas, orientar as recomendações de políticas públicas e avaliar o impacto das intervenções de contenção da resistência. (FIOCRUZ, 2019).
Conclusões.
O uso de antibióticos que não são adequados e eficazes para um micro-organismo atrasa a recuperação da pessoa, trata parcialmente a infecção e favorece o desenvolvimento de mecanismos de resistência microbiano, tornando a infecção mais difícil de ser tratada. É muito importante não utilizar antibióticos sem a orientação do médico e de forma desnecessária, pois isto pode acabar por selecionar microrganismos mais resistentes aos antibióticos, diminuindo as opções de medicamentos. Desta maneira, para evitar este uso desnecessário, os antibiogramas são ferramentas eficazes para se determinar o micro-organismo e o antibiótico correto para o seu controle. Evitando assim, que cepas se tornem resistentes, e fora de controle, criando uma cultura racional de utilização destas antibioticoterapias obtendo resultados satisfatórios. Evitando assim, que cepas se tornem resistentes, e fora de controle, criando uma cultura racional de utilização destas antibioticoterapias obtendo resultados satisfatórios. 
Os antibióticos são um meio excelente para evitar doenças na medicina veterinária, causadas por micro-organismos. Antibióticos são indispensáveis à manutenção da saúde animal e humana, mas não são substancias milagrosas. O uso inapropriado de antimicrobianos é um problema de difícil controle. (BEOVIC, 2006). O antibiograma é um teste essencial para um tratamento mais rápido e efetivo, é o método de analise indicado para a prescrição de antibióticos, de modo a evitar alternativas erradas para a cura de uma infecção.
Referencial bibliográfico 
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