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Apostila de Futsal -

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O inicio do futsal 
O futebol de salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como em outras modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que o futebol de salão começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo (SP), pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para jogar e então começaram a jogar suas ''peladas'' nas quadras de basquete e hóquei.
No início, jogava-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e frequentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi chamado de “Esporte da bola pesada”.
Há também a versão, tida como a mais provável, de que o futebol de salão foi inventado em 1934 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani Gravier, que chamou este novo esporte de “Indoor-foot-ball”. O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante. Em 1935, os professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após se graduarem no Instituto Técnico da Federação Sulamericana das ACM como secretários diretores de educação física da ACM, voltaram ao Brasil e introduziram o "Indoor Foot Ball" que passou a ser chamado futebol de salão. Por possuir características do regulamento, ainda a iniciar, o pequeno tamanho da quadra e o peso da bola, causavam muitos acidentes pela potência dos chutes.
Já no ano de 1948, passado João Lotufo para Secretário Geral da ACM São Paulo, transferiu Asdrubal Monteiro para o cargo de Diretor de Educação Física, com a proposta de que os dois resolvessem os problemas negativos da prática desse esporte, elaborando assim, um novo regulamento com elementos do futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo.
Durante dois anos, Lotufo e Monteiro, estudaram, observaram e ampliaram as novas regras, chegando ao protótipo do esporte que encontramos hoje, ou seja, o limite de cinco jogadores e as marcações da quadra. Ao chegar a um resultado satisfatório, que justificou na publicação dessa regra em 1950, o esporte foi intensamente praticado nas ACM de São Paulo e Rio de Janeiro.
Alterando ao curto prazo. Antes das regras serem estabelecidas, praticava-se futebol de salão com times de cinco a sete jogadores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa tentativa de reduzir sua capacidade de saltar e consequentemente sua frequente saída de quadra. A "bola pesada" acabou por se tornar uma das mais interessantes características originais do futebol de salão.
Em 1956, Luiz Gonzaga de Oliveira, da Federação Paulista de Futebol de Salão criou o primeiro Livro de Regras, posteriormente adotadas pela FIFUFA (Federação Internacional de Futebol de Salão).
Em 1957 surgiu a primeira iniciativa de se uniformizar as regras do esporte, através da criação do Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão, por Sylvio Pacheco, então presidente da Confederação Brasileira de Desportes (CBD).
Outro fato que dá ao Brasil a paternidade do futebol de salão é o fato da Federação Uruguaia de Futebol de Salão ser fundada em 1965, onze anos depois da brasileira.
Para se ter uma ideia da importância que este tema tem, tanto para o Brasil, como para o Uruguai, basta dizer que em 1967, com a finalidade de esclarecer o mesmo, Luiz Gonzaga, com o apoio de João Havelange (então presidente da Confederação Brasileira de Deporto) organizaram no Rio de Janeiro o I Congresso das Federações de Futebol de Salão. Assistiram ao congresso catedrático de educação físico ligado às ACMs (do Brasil e do Uruguai). Tudo indica que a primeira das conclusões a que chegaram foi que o futebol de salão é um esporte genuinamente brasileiro.
A evolução do esporte
As bolas eram de crina vegetal, serragem ou cortiça granulada e sofreram sucessivas modificações, diminuindo o seu tamanho e aumentando seu peso. Daí o fato de o futebol de salão ser chamado também de "esporte da bola pesada".
De início as equipes variavam de número, tendo cinco, seis e até sete jogadores, mas pouco a pouco foi fixado o limite de cinco. Acreditaram, porém, que o futebol jogado nos salões da ACM era violento demais, principalmente para os goleiros. Por isso, sua prática ficou restrita aos adultos, e assim mesmo esporadicamente.
Durante um curso promovido pelo Instituto Técnico da Federação Sulamericana da Associação Cristã de Moços, foram distribuídas cópias das regras a todos os representantes. Nas décadas de 60 e 70 o futebol de salão conquistava o continente como desporto ordenado e regulamentado.
Com a fundação da Confederação Sulamericana de Futebol de Salão, que congregava quase todos os seus países, surgiram os primeiros campeonatos Sulamericanos de clubes e de seleções nacionais. 
Em 1971 é fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão, na cidade de São Paulo. A entidade já contava com a filiação de 32 países que praticavam o futebol de salão nos moldes brasileiros.
No dia 15 de Junho de 1979, no Rio de Janeiro, foi oficialmente fundada a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, sendo os seguintes os estados fundadores: Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo, Sergipe, Amazonas, Pernambuco, Maranhão, Bahia, Paraíba, Mato Grosso, Brasília, Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amapá, Alagoas e Goiás.
Devido a sua praticidade, tanto no reduzido número de jogadores necessários em uma partida, quanto no espaço menor que exigia o esporte rapidamente adquiriu crescente popularidade, atingindo outras localidades, gerando novos torneios e conquistando adeptos em todas as capitais do país. Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a primeira federação do esporte no Brasil, a Federação Metropolitana de futebol de salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, tendo Ammy de Moraes como seu primeiro presidente. A Federação Mineira de Futebol de Salão seria fundada nesse mesmo ano, seguida da Federação Paulista, em 1955, e das Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956, a Catarinense e a Norte Rio Grandense, em 1957, a Sergipana em 1959. Nas décadas seguintes seriam gradualmente estabelecidas federações em todos os estados da União.
 PRIMEIRAS ENTIDADES OFICIAIS 
Habib Maphuz é um dos nomes que mais se destaca nos primórdios do futebol de salão. Maphuz era professor da ACM de São Paulo e no início dos anos cinquenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM paulista, este mesmo salonista fundou a primeira liga de futebol de salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços. Mais tarde o professor se tornou o primeiro presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão. 
Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, a primeira federação estadual do Brasil, sendo Ammy de Moraes seu primeiro presidente. Neste mesmo ano foi fundada a Federação Mineira de Futebol de Salão. 
 Em 1955 foi fundada a Federação Paulista de Futebol de Salão. O que se viu a partir de então foi o desencadeamento da origem de federações estaduais por todo o Brasil. Em 1956 as Federações: Cearense, paranaense, gaúcha e baiana. Em 1957 a catarinense e a norte-rio-grandense, em 1959 a sergipana. 
Na década de 60 foram fundadas as Federações de Pernambuco, do Distrito Federal, da Paraíba, enquanto na década de 70 tiveram origem as federações acreana, a do Mato Grosso do Sul, a goiana, a piauiense, a mato-grossense,e a maranhense. Nos anos 80 foram fundadas as federações: amazonense, a de Rondônia, a do Pará, a Alagoana, a do Espírito Santo e a Amapaense. E, finalmente, na década de 90 vieram as mais novas: Roraimense e a Tocantinense.
PRIMEIRAS REGRAS 
As primeiras regras publicadas foram editadas em 1956. As normas foram feitas por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, em São Paulo. Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz professores da ACM são considerados os pais do futebol de salão. Este esporte, relativamente novo, é sem nenhuma contestação a segunda modalidade esportiva mais popular no Brasil, somente atrás do futebol, e atualmente o esporte em maior crescimento em todo mundo. 
O futebol de salão brasileiro tinha no seu inicio, em meados dos anos cinquenta, várias regras. Foi então que em 5 de fevereiro de 1957 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos, CBD, Sylvio Pacheco criou o Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar divergências e dirigir os destinos do futebol de salão no Brasil. 
 Foram eleitos para este conselho com mandato de três anos: Ammy de Moraes (Guanabara), Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandez (São Paulo), Roberto José Horta Mourão (Minas Gerais), Roberval Pereira da Silva (Estado do Rio), Utulante Vitola (Paraná).
FUTSAL X FUTEBOL DE SALÃO
A respeito das divergências históricas, futebol de salão e futsal é tecnicamente o mesmo esporte, especialmente quando se leva em conta que as diferenças, nem sempre tão evidentes a primeira vista, acabam sendo ainda mais embaralhadas pelo emaranhado processo histórico que envolveu o cisma no esporte e pela prática comum nos círculos do esporte. São 5 jogadores para cada lado incluindo o goleiro. Em relação aos tempos são 2 tempos de 20 minutos, fazendo uma partida inteira ser de 40 minutos. 
O termo FUT-SAL foi originalmente cunhado pela FIFUSA em reação à proibição da FIFA de se usar o nome futebol por entidades que não ela própria. No entanto, acabou sendo adotado posteriormente sem o hífen pela própria FIFA, tornando-se assim associado à forma que o esporte adquiriu sob a autoridade desta entidade.
O futsal, em sua forma mais difundida hoje é administrado no Brasil pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão, filiada a FIFA. O Futebol de salão, por sua vez, tem como federação nacional a Confederação Nacional de Futebol de Salão, filiada a Associação Mundial de Futsal (AMF), cuja sede situa-se no Paraguai. 
Embora mantenha em comum sua essência, a criação de algumas regras diferenciadas criou peculiaridades em cada uma das modalidades: 
· O FUTSAL, com uma bola mais leve e com a valorização do uso dos pés adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o tornaram mais ágil, como por exemplo, permitir que o goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; 
· O FUTEBOL DE SALÃO, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as características de um esporte indoor-football, com um jogo mais no chão, reduzindo o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as mãos para maior controle e limitações à movimentação tanto do goleiro, restritos à sua área, como dos demais jogadores. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada. O fato de pertencerem a entidades diferentes, por certo deverá, com o passar do tempo, demarcar modalidades diferenciadas.
No aspecto dos agrupamentos políticos em torno do esporte, até meados da década de 80 o futebol de salão era administrado por uma entidade independente da FIFA, chamada Federação Internacional de Futebol de Salão ou simplesmente FIFUSA, com sede no Brasil. Posteriormente houve um acordo para a fusão das duas entidades, mas por motivos políticos o acordo não vingou e enquanto a FIFA passou a congregar as principais federações nacionais, a FIFUSA congregou pequenas federações e criaram novas como a Confederação Nacional de Futebol de Salão, já que a Confederação Brasileira de Futebol de Salão se filiou à FIFA; com isso a FIFA alterou o nome para futsal e criou as novas regras para o esporte, organizando os campeonatos mundiais da modalidade. À FIFUSA coube manter o esporte com o nome anterior e até mesmo com as mesmas regras, salvo pequenas alterações. A Confederação Brasileira realiza anualmente as disputas da Liga Brasileira de Futsal.
FUTSAL NO BRASIL
No início, a supremacia do salonismo no Brasil era disputada acirradamente por São Paulo e Rio de Janeiro. Nestes primórdios destacou-se o notável treinador carioca Fausto Meira, o Fatinho. Logo os cariocas assumiram a frente do "esporte da bola pesada" no Brasil, e somente vieram a perder esta liderança ao serem derrotados no V Brasileiro de Seleções. Após quatro vitórias seguidas, no quinto ano perderam para o Ceará, treinado por Aécio de Borba Vasconcelos, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol de Salão. Os cariocas somente perderam um jogo nos campeonatos de seleções no terceiro em 1963 realizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul: para o Ceará, por 3x1. Passamos ao domínio cearense, sucedido pelo surgimento da força do Futebol de Salão gaúcho e os destaques paulista, mineiro, catarinense, paranaense e pernambucano.
Devemos citar o desenvolvimento global que o Futebol de Salão teve e tem em todo o território brasileiro, listando dirigentes, treinadores e atletas que fizeram e fazem a história deste esporte. Do Rio de Janeiro destacamos dirigentes com Ararino Sallum de Oliveira, o homem responsável pelo Bradesco E.C., clube importantíssimo no cenário brasileiro, pela influência de sua amizade pessoal com João Havelange, para que o Futebol de Salão fosse integrado à FIFA. Outros dirigentes de relevância, como Haroldo Castelo Branco, Hamilton Pires de Castro e Osmar de Oliveira, atual presidente da Federação do Rio de Janeiro, também obtiveram destaque. Dos treinadores, citamos anteriormente Fatinho, sendo também destaques Rubinho, Rocha Pita, Gerson Tristão, Ricardo Lucena, Ferreti, Paulo Mussalém, Nei Pereira.Neste mesmo ano de 1957, em Minas Gerais, houve uma tentativa de fundar-se a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, a ata foi encaminhada ao Conselho Nacional de Desportos, mas o CND não acatou tal ata que foi registrada dia 30 de setembro de 1957 com o nº 2.551. Esta situação como conselho subordinado a CBD perdurou até 1979. Em 15 de junho de 1979 foi realizada a Assembleia Geral que fundou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, tendo sido eleito, para o período 1980/1983, como presidente, Aécio de Borba Vasconcelos. 
HISTÓRIA DE DEDICAÇÃO EM PROL DO FUTSAL BRASILEIRO
1957 – Primeira tentativa
A primeira tentativa de fundação da Confederação Brasileira de Futebol de Salão - CBFS deu-se no ano de 1957, em Minas Gerais onde foi realizada uma reunião com a presença, como convidado, do presidente do Conselho Nacional de Desportos, Sr. Geraldo Starling. A ata da reunião foi lavrada e encaminhada ao Conselho Nacional de Desportos, mas este não acatou o documento que foi registrado no dia 30 de setembro de 1957 com o nº 2.551.
1979 – Nasce a CBFS 
Vinte e dois anos depois da primeira tentativa de se fundar a CBFS, em 1979, quando os esportes brasileiros sofreram transformações, sendo a mais importante a extinção da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), responsável pelo futebol e por quase todas as modalidades que não tinham Entidades Nacionais organizadas. Decreto do governo João Batista de Figueiredo obrigou a criação da Entidade Nacional de todos os esportes, surgindo a CBFS.
Em maio de 79 foram marcadas as Assembleias de fundação das Confederações de todas as modalidades então dirigidas pela CBD, inclusive a de futebol (CBF), sendo adiada a da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) visto que os presidentes de federações preferiram permanecer ligados ao futebol, ideia não aceita por Giulite Coutinho, que presidia o Conselho Nacional de Desporto (CND).
Assim, no dia 15 de Junho de 1979, às 15 horas, no auditóriodo 2º andar do Edifício João Havelange, sede da Confederação Brasileira de Desportos - CBD, sito à Rua da Alfândega nº 70, na cidade do Rio de Janeiro, com a presença das Federações dos estados do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Sergipe, Amazonas, Pernambuco, Maranhão, Bahia, Paraíba, Mato Grosso, Brasília, Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amapá, Alagoas e Goiás, foi realizada a Assembleia Geral que fundou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão. Na ocasião, com treze, dos vinte e um votos, Fortaleza, capital do Estado do Ceará, foi escolhida como sede da nova Entidade. A Assembleia de Fundação foi presidida por Nelson Mallemont Rebello Filho, membro do CND, e secretariada por Ivan Paixão França.
O estatuto da nova entidade foi aprovado pelo CND em 26 de junho de 1979, homologado pelo Ministro da Educação, Eduardo Portela, no dia 5 de Julho e publicado no Diário Oficial da União de 11 de Julho de 1979 – página 9744.
Após a fundação da CBFS, no dia 27 de agosto do mesmo ano foi realizada Assembleia Eleitoral que elegeu a primeira diretoria da CBFS tendo sido eleito presidente da Entidade, para o período 1980/1983, o Dr. Aécio de Borba Vasconcelos. 
A primeira reunião de Diretoria da CBFS foi realizada no dia 08 de setembro de 1979, na sala de reuniões do Palácio Abolição (sede do Governo do Estado do Ceará), em Fortaleza onde foram empossados:
Presidente: Aécio de Borba Vasconcelos 
1° Vice-Presidente: Vicente Piazza
2° Vice-Presidente: Aderson Pessoa de Luna
Diretor do Dep. Administrativo: Francisco de Assis Fernandes Bastos
Diretor do Dep. de Finanças: José Mendes de Lacerda
Diretor do Dep. Técnico: Marcos Pinto Coelho
Diretor do Dep. de Relações Externas: José Bonetti
Diretor do Dep. Jurídico: Álvaro Melo Filho
Diretor do Dep. de Árbitros: Mário Augusto Lopes
Conselho Fiscal
Membros efetivos:Reinhold Stephannes, Julio César Vieira Lima, Alfredo Alberto e Leal Nunes
Suplentes:Napoleão Medeiros da Silva, José Wellington Costa Rolim, Jorge Braga Filho
1981 – Sede própria
O primeiro endereço da CBFS foi uma sala no estádio Presidente Vargas, no bairro do Benfica, em Fortaleza (CE). Posteriormente, a CBFS instalou-se em uma sala do Ginásio Paulo Sarasate, na Rua Idelfonso Albano. A partir de 27 de julho de 1981 a CBFS transferiu-se para sua sede própria, situada à Rua Coronel Ferraz, n° 52, no centro de Fortaleza, cuja inauguração oficial aconteceu no dia 27 de agosto do mesmo ano. Na solenidade estavam presentes o governador do estado do Ceará, Virgilio Távora, o prefeito de Fortaleza, Lúcio Alcântara, além do presidente da Federação Internacional de Futebol de Salão - Fifusa (então entidade de direção mundial do futebol de salão), Januário D’Aléssio Neto.
2007 – Casa do Futsal aberta
Em 17 de março de 2007 foi oficialmente inaugurado o Centro de Treinamentos Aécio de Borba Vasconcelos, local que será a casa do futsal brasileiro em todas as suas categorias. O evento ocorreu na própria sede do CT, localizado em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, capital cearense. Construído em sua primeira etapa, o CT conta com hotel padrão cinco estrelas com 40 apartamentos, tendo capacidade para receber até 80 pessoas, restaurante, ginásio para treinamentos, com quadra em tamanho oficial e com amortecedores de borracha, piscina, auditório, quadra descoberta, salão de jogos, sala para musculação, fisiologia, fisioterapia, salas para trabalho de comissões técnicas aparelhadas e próprias para o trabalho e centros médicos e dentários.
Idealizado pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, Aécio de Borba Vasconcelos, o CT foi construído dentro dos mais altos padrões de excelência monitorado por profissionais especializados em iluminação, refrigeração, instalações imobiliárias, psicologia e paisagismo.
2009 – Atualidade
Hoje a CBFS, além de sua sede, tem quatro subsedes: São Paulo (SP), Goiânia (GO), Aracaju (SE) e Porto Alegre (RS). A Entidade Nacional dirigente do Futsal, conta atualmente, com 27 Federações Estaduais filiadas, ou seja, o Futsal está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, congrega mais de 4 mil clubes e 310 mil atletas inscritos e, anualmente promove competições nacionais de seleções e de clubes, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, tanto no masculino como no feminino.
DESENVOLVIMENTO DO FUTSAL PELO MUNDO 
Em 14 de setembro de 1969, em Assunção, Paraguai, com a presença de João Havelange presidente da CBD, Luiz Maria Zubizarreta, presidente da Federação Paraguaia de Futebol, e Carlos Bustamante Arzúa, presidente Associação Uruguaia de Futebol, foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão - CSAFS, também representou o Brasil nesta reunião Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes.
Em 25 de Julho de 1971, em São Paulo numa iniciativa da CBD e da CSAFS, com a presença de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão - FIFUSA, o seu primeiro presidente do conselho executivo foi João Havelange, que comandou de 1971 a 1975, mas devido seus compromissos com o futebol, tanto da CBD, como na FIFA, quem realmente dirigiu a FIFUSA neste período foi seu secretário geral Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes.  
Em 1975, Waldir Nogueira Cardoso assumiu a presidência da FIFUSA. A partir de 1980 Januário D'Alécio iniciou sua gestão realizando o 1º Pan Americano de Futebol de Salão no México, com a participação de Brasil, México, Paraguai, Uruguai, Argentina, Bolívia e Estados Unidos, competição vencida pelo Brasil.  
Em 1982, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a FIFUSA organizou o 1º Campeonato Mundial de Futebol de Salão, com a participação de Brasil, Argentina, Costa Rica, Tchecoslováquia, Uruguai, Colômbia, Paraguai, Itália, México, Holanda e Japão. O Brasil venceu a final do Paraguai por 1 a 0 com gol de Jackson, foram campeões neste mundial Pança, Barata, Beto, Walmir, Paulo César, Paulinho Rosas, Leonel, Branquinho, Cacá, Paulo Bonfim, Jackson, Jorginho, Douglas, Carlos Alberto, Miral, treinados por César Vieira. 
O primeiro mundial foi um marco, a partir de então o futebol de salão começou a despertar o interesse da FIFA, que começou a criar muitas dificuldades para todas as competições patrocinadas pela FIFUSA, e ameaçava nos jornais da época em redigir novas regras para o “futebol de cinco” e noticiava que iria patrocinar um mundial.
Em 1985 realizou-se, na Espanha, o 2º Campeonato Mundial de Futebol de Salão organizado pela FIFUSA. Novamente o Brasil venceu, e, em 1988 foi realizado, na Austrália, o 3º Mundial, com a vitória do Paraguai. Em setembro de 1988, Álvaro Melo Filho, na qualidade de Presidente da CBFS, face as dificuldades da Fifusa e projetando um futuro melhor para o futebol de salão, aceitou convite para encontro no Rio de Janeiro, arquitetado pelo dirigente do Bradesco Ararino Sallum, iniciando negociações com o então Presidente da Fifa, João Havelange, e seu secretário geral, Joseph Blatter, que veio ao Brasil especialmente para tratar de futsal, visando a que a FIFA encampasse a FIFUSA e passasse a comandar, internacionalmente, o esporte.
Em janeiro de 1989, Álvaro Melo Filho autorizou a equipe do Bradesco a representar o Brasil, na Holanda, na 1º Copa do Mundo de Futsal da FIFA, obtendo o título de campeão mundial.É interessante assinalar que o Brasil, que havia perdido o último mundial da Fifusa, realizado em novembro de 1988, recuperou o título no primeiro mundial da FIFA, disputado em janeiro de 89, ou seja, menos de dois meses depois. Logo após este mundial Álvaro Melo Filho, contando com a anuência e presença de Januário D'Alécio (Presidente da FIFUSA), participou de várias reuniões na FIFA, ao longo do ano de 1989, onde sempre teve presença e atuação destacada, dentre outros, do secretario geral da FIFA, à época, Joseph Blatter, tendo as negociações, ao final, acordado a fusão FIFA/FIFUSA, quando então foi constituída, na FIFA, comprevisão estatutária, a Comissão de Futsal.
Em 02 de maio de 1990 o Brasil oficial e legalmente desligou-se da FIFUSA em carta do presidente da CBFS Aécio de Borba Vasconcelos àquela entidade, com o aval das 26 Federações filiadas a CBFS, e, desde então, passou a adotar as novas regras de jogo emanadas da FIFA, tendo sempre como objetivos principais espraiar e desenvolver o Futsal (desporto de criação nacional) no mundo e levar a modalidade a integrar o programa dos Jogos Olímpicos, sonho de todos os salonistas. 
	
A partir de 1992 as Copas do Mundo de Futsal da FIFA passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos, seguindo o mesmo modelo adotado para o futebol. O domínio brasileiro na modalidade é latente. Os brasileiros, além do título conquistado em 1989, na Holanda, venceram também as edições de 1992 (Hong Kong - China), 1996 (Espanha) e 2008 (Brasil). Enquanto os espanhóis, maiores adversários brasileiros, levantaram a taça em 2000 (Guatemala) e 2004(Taipei-China).
	Ano
	Sede
	
	Partida final
	
	Terceiro lugar
	
	
	
	Vencedor
	Placar
	Vice-campeão
	
	Terceiro lugar
	Placar
	Quarto lugar
	1989
Detalhes
	
Holanda
	
	
Brasil
	2–1
	
Países Baixos
	
	
Estados Unidos
	3–2 (pro)
	
Bélgica
	1992
Detalhes
	
Hong Kong
	
	
Brasil
	4–1
	
Estados Unidos
	
	
Espanha
	9–6
	
Irã
	1996
Detalhes
	
Espanha
	
	
Brasil
	6–4
	
Espanha
	
	
Rússia
	3–2
	
Ucrânia
	2000
Detalhes
	
Guatemala
	
	
Espanha
	4–3
	
Brasil
	
	
Portugal
	4–2
	
Rússia
	2004
Detalhes
	
Taipé Chinesa
	
	
Espanha
	2–1
	
Itália
	
	
Brasil
	7–4
	
Argentina
	2008
Detalhes
	
Brasil
	
	
Brasil
	2–2 (pro)
Pênaltis: 4–3
	
Espanha
	
	
Itália
	2–1
	
Rússia
	2012
Detalhes
	
Tailândia
	
	
Brasil
	3–2 (pro)
	
Espanha
	
	
Itália
	3–0
	
Colômbia
	2016
Detalhes
	
Colômbia
	
	
	
	
	
	
	
	
 
A Liga Nacional de Futsal:
E o campeonato brasileiro da modalidade no Masculino. Foi criada em 1996 pela Confederação Brasileira de Futsal com o propósito de profissionalizar o calendário das equipes do país. Para participar do campeonato, é preciso comprar uma franquia ou se associar a uma franquia já existente. O campeão de cada edição além de receber uma premiação em dinheiro e um troféu, ganha o direito de representar o Brasil em campeonatos internacionais. A inspiração veio do modelo do basquete norte-americano, hoje um evento de sucesso reconhecido no mundo todo pela organização, estrutura e qualidade técnica dos participantes.
Com essa filosofia de sempre levar o melhor espetáculo ao público, a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) deu início no dia 27 de abril de 1996 à Liga Futsal, em parceria com as principais empresas de material esportivo do mundo, patrocinadores de renome nacional, clubes tradicionais e a televisão. No dia 11 de Julho de 2014, o presidente da CBFS, Renan Pimentel, convocou todos os proprietários de Franquia ou Representantes devidamente Credenciados para uma Assembleia na qual foi aprovada a Fundação da Liga Nacional de Futsal (LNF), que hoje é a empresa que controla a estrutura e organiza o campeonato, um dos mais disputados do mundo.
O campeonato já reuniu e reúne até hoje craques da categoria de Falcão, Manoel Tobias, Lenísio, Índio, Pablo, Schumacher, Fininho, e outros astros da Seleção Brasileira, conhecidos mundialmente. Profissionais conhecidos da área de administração, técnica, física e médica do futsal também estão envolvidos no evento, considerado o mais importante da modalidade na América do Sul.
Visão: Valorizar a Liga Nacional de Futsal (LNF), tornando-se referência de sucesso no esporte. Missão: Ser excelência na organização e administração inovadora da Liga Nacional de Futsal (LNF) de forma integral, sempre pautada pelo Profissionalismo e Transparência.
 FUTSAL FEMININO
O futsal feminino ganha espaço cada vez maior no Brasil e no mundo. Em terras brasileiras a modalidade entre as mulheres, além de ter campeonatos semelhantes ao masculino na Taça Brasil e no Campeonato Brasileiro de Seleções, desde 2005 é realizada, todos os anos, a Liga Futsal Feminina.
A cada temporada o que se vê é o crescimento do número de participantes nos campeonatos, o que eleva a qualidade técnica e o interesse do torcedor. Aos poucos está havendo crescimento do investimento no futsal feminino. O desenvolvimento da categoria entre as mulheres é uma aposta em todo mundo, tanto que a Seleção Brasileira de Futsal feminina já é destaque internacional. A equipe brasileira é bicampeã sul-americana, nas edições realizadas aqui no Brasil, em 2005, e no Equador, em 2007.
As jogadoras, assim como os homens, também ganharam o mundo. Nos campeonatos dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia existem atletas do País atuando. Nunca é demais lembrar que o esporte não é masculino ou feminino, mas são as culturas, a partir de suas crenças, que lhe imprimem significados. Por isso um esporte é mais aceito num lugar do que no outro. No Brasil, o futebol sempre foi reconhecido como um esporte a ser praticado essencialmente por homens, expressões como “futebol é para homem” e “lugar de mulher é na cozinha” faziam parte das “peladas” realizadas entre os meninos. Tal cultura afastou durante muitos anos as meninas da prática dessa modalidade, tanto meninos, professores e familiares, compartilhavam desse pensamento.
Em 08/01/83 o Conselho Nacional de Desportos (CND) oficializou a prática de Futebol e de Futsal para mulheres. A partir desta data os campeonatos começaram a surgir em vários estados. A necessidade de expandir a prática do futsal feminino no Brasil e no mundo teve como principal motivo aumentar o número de praticantes também no feminino para incluir a modalidade nas olimpíadas.
O primeiro campeonato oficial organizado pela CBFS foi a I Taça Brasil de Clubes, realizada em Mairinque - SP em janeiro de 1992 com a participação de 10 equipes indicada por suas Federações, já que por haver campeonatos nacionais a maioria das Federações não organizava campeonatos estaduais.
A prática do futsal feminino foi autorizada pela Federação Internacional de Futsal (FIFUSA) em 23 de abril de 1983. Passadas apenas duas décadas, o que se observa é uma evolução significativa: em âmbito nacional, além da tradicional Taça Brasil de Clubes, que em 2003 completou a XII edição, formou-se pela primeira vez uma Seleção Brasileira do gênero. O futsal feminino, a exemplo do que ocorreu com o masculino, chegou a era do profissionalismo, isto é, o que era diversão passou a ser ofício.
Com o advento da Seleção Brasileira da categoria principal, a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) demonstra o seu interesse em fomentar intercâmbios internacionais. Na Europa, elaborou-se a Eurocopa. Acreditamos serem esses os primeiros passos para a realização, num futuro próximo, de um Campeonato Mundial. Há, inclusive, uma necessidade de se expandir o futsal feminino em âmbito internacional, isso porque esse, para tornar-se Olímpico, tem de ser praticado pelos gêneros masculino e feminino.
Para a admissão do futsal nos Jogos Olímpicos há indícios de que essas projeções têm uma relação estreita, também, com o fato de o nível técnico se encontrar em processo acelerado de desenvolvimento.
As evidências são notórias: o interesse crescente da mídia, que se propõe a divulgar, ainda que timidamente, se comparado ao futsal masculino, os eventos do gênero; as iniciativas anteriormente citadas da CBFS que, tudo leva a crer, incrementarão a expansãodo futsal feminino.
É sensível a expansão do futsal feminino em todo o território nacional. Prova disso, é o fato de a 16ª Taça Brasil de Clubes da categoria principal ser disputada por 25 equipes de 20 estados diferentes.
Há um departamento de futsal feminino na CBFS; uma Liga de futsal feminino; uma seleção brasileira de futsal feminino; campeonato brasileiro de clubes na categoria principal e nas de base.
Em decorrência disso, encontramos independentemente da localidade, profissionais ligados e alunos interessados no futsal feminino e, evidentemente, mais meninas se iniciando no futsal.
A iniciação ao futsal feminino
É importantepercebermos que a iniciação ocorre nas escolas, cabendo então ao professor (a) oportunizar a prática para ambos os sexos. Para que isso ocorra, é necessário que possíveis comparações com o futsal masculino devem ser sumariamente evitadas, pois são, minimamente, inoportunas.
Mulheres têm de ser comparadas entre si. Assim terão respeitada sua individualidade; as meninas poderão se iniciar no futsal sem a responsabilidade e/ou o objetivo de terem de se comportar como os meninos naquilo que fazem para serem aceitas pelos (as) professores (as).
HISTÓRIA DO FUTSAL CEARENSE
Introdução do Futebol de Salão no Estado do Ceará
O Futebol de salão foi introduzido no estado do Ceará no ano de 1955 por Lívio Correia Amaro um dos mais atuantes e prestigiados desportistas na época. Livio Amaro viu um jogo disputado numa quadra de basquete no Rio de Janeiro procurou saber que jogo era aquele e foi informado de que aquilo se chamava futebol de salão e já possuía muitos adeptos, com os times cariocas disputando competições oficiais e soube, também, da existência da Federação Metropolitana de Futebol de Salão, fundada em 1954. Ao chegar a Fortaleza comentou sobre o que tinha visto no Rio de Janeiro com jornalistas integrantes do matutino “Gazeta de Notícias”, importante jornal cearense da época e que dava bastante apoio ao esporte. Os jornalistas se interessaram pelo novo esporte e sugeriram que Lívio Amaro em sua próxima viagem ao Rio de Janeiro procurasse se inteirar mais sobre o assunto, pois tinham certeza que o tal futebol de salão se daria bem em Fortaleza. Pouco tempo depois Lívio Amaro foi novamente ao Rio de Janeiro e quando do seu retorno trouxe em sua bagagem duas bolas de futebol de salão e as regras para o seu jogo. Assim, com o apoio do jornal “Gazeta de Notícias” começava a ser implantada no Estado do Ceará uma nova modalidade esportiva: o futebol de salão, cuja origem ainda hoje é bastante discutida com os uruguaios reivindicando a sua paternidade.
Primeira exibição de futebol de salão no Estado do Ceará
O primeiro jogo de futebol de salão no estado do Ceará aconteceu na noite de sábado, dia 03 de setembro de 1955, na “Quadra Juvenal Pompeu Magalhães”, pertencente ao América, clube de Lívio Amaro. A quadra ficava na Praia de Iracema, encravada onde hoje se encontra a famosa casa de shows “O Pirata” e um estacionamento, ao lado da sede do clube, que se localizava na Rua dos Tabajaras, número 357, vizinho ao restaurante “O Estoril”. Equipes, compostas por associados e adeptos do América, fizeram o jogo exibição com a presença de numeroso público que estava ansioso para ver o novo esporte que tinha todos os requisitos para empolgar. 
Duas equipes, compostas por associados e adeptos do América, fizeram o jogo exibição com a presença de numeroso público que estava ansioso para ver o novo esporte que tinha todos os requisitos para empolgar.
O grande artilheiro do campeonato foi Cesimar Borges, o Esquerdinha, pertencente ao América, com a espetacular marca de 55 gols, recorde até hoje não alcançado.
O I Campeonato Cearense de Futebol de Salão
No dia 07.04.56, na quadra da Fênix Caixeiral, foi realizado o Torneio Início do I Campeonato Cearense de Futebol de Salão, com o América campeão. Dez clubes participaram do I campeonato Cearense de Futebol de Salão: Vargas Filho, América, Jacarecanga, 24 de Maio, Praia Clube, Bangu, Calouros do Ar, CREP, Pirajá e Jabaquara. Com uma campanha memorável o Vargas Filho tornou-se o primeiro campeão cearense de futebol de salão.
Do farto celeiro cearense citamos dirigentes como Lívio Correia Amaro, Aécio de Borba Vasconcelos, Silvio Carlos Vieira Lima, Wildo Celestino, Ismar Maia, Vicente Figueiredo, Carlos Alberto Cavalcante Farias, Francisco Gomes da Silva e Álvaro de Mello Filho. Dentre os treinadores, temos Aécio de Borba Vasconcelos, César Vieira, Totonho e Gláucio Castro. Citamos os atletas Fernandinho, Cacá, Gera, Leonel, Beto, Gláucio, Belford e Lavoisier.
Sumov Atlético Clube é um clube de futsal da cidade de Fortaleza, Ceará, que já foi considerado a maior força desse esporte no Brasil. Sua sede localiza-se no Ginásio Aécio de Borba, cedido pela Prefeitura Municipal em regime de comodato. Sua quadra esportiva se chama Aécio de Borba, localizada no bairro Benfica, próximo à Praça da Gentilândia.
O Sumov foi fundado em 12 de agosto de 1965. O clube era mantido pela Superintendência Municipal de Obras e Viação (SUMOV) da prefeitura de Fortaleza, quando se tornou o maior vencedor da Taça Brasil de Futsal, sendo campeão 5 vezes em menos de 15 anos. Atualmente, a equipe vive numa crise financeira que começou desde que o órgão SUMOV foi extinto em 1997 e a Prefeitura Municipal deixou de patrocinar o clube, em2000. Mesmo assim, o clube conquistou a Taça Brasil mais uma vez em 2001, contando com a ajuda da Universidade de Caxias do Sul.
TÍTULOS:
· Taça Brasil (6 vezes):
1972, 1978, 1980, 1982, 1986 e 2001. 
· Sul-Americano (2 vezes): 
1978 e 1980.
· Estadual masculino (22 vezes):
1970, 1971, 1972, 1976, 1977, 1978, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985, 1987, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998 e 2000.
· Estadual feminino (2 vezes):
2001 e 2005.
· Metropolitano (4 vezes):
1992, 1996, 1997 e 2003.
FUNDAMENTOS DO FUTSAL
DOMÍNIO: Domínio é a habilidade de recepcionar a bola com as diversas partes do corpo;
CONDUÇÃO: A condução é quando se leva a bola pela quadra de jogo. Deve-se conduzir a bola sempre próxima ao corpo. Pode ser em linha reta ou com mudanças de direção e com diferentes partes do pé.
 
CHUTE: O chute é o ato de bater na bola com maior força podendo ser em direção ao gol do adversário (ofensivo) ou afastando a bola de seu próprio gol(defensivo). Os chutes podem ser rasteiros, meia-altura e altos, podendo ser com o dorso ou de peito de pé, de bate-pronto ou semi-voleio, de voleio ou sem-pulo, de bico e por cobertura.
CABECEIO: A exemplo 
do chute, o cabeceio pode ser ofensivo e defensivo.
PASSE: O passe é um dos mais importantes fundamentos do futsal. Em geral passa-se a bola com os pés, mas também pode sair um passe com a cabeça, com o peito, a coxa, o ombro. 
 O passe é classificado quanto à distância, à trajetória (altura), à execução (parte do corpo), ao espaço de jogo (quadra) e à habilidade.
- Distância: Curto - até 4 metros; Médio - 4 a 10 metros; Longo - acima de 10 metros.
- Trajetória: Rasteiro, meia altura, parabólico. 
- Execução: Interna, externa, anterior (bico), solado, dorso. 
DRIBLE: O drible é o ato de passar com a bola por um adversário. 
FINTA: Finta, ao contrário do drible, é realizada sem bola. Outros nomes, dependendo da região do país, são sinônimos de finta: desmarcação, balanço, gato, vai e vem, pique falso.
TREINAMENTO DE GOLEIRO
“A PREPARAÇÃO DO GOLEIRO DE FUTSAL” Na preparação dos atletas de uma equipe de futsal, o goleiro requer um treinamento diferenciado. Isso está explicito nas suas ações de jogo, nas exigências físicas e técnicas durante o uma partida de futsal, fazendo-o merecedor de uma atenção especial para que a sua performance seja aumentada. Como encargo, o goleiro tem a incumbência de guarnecer a sua meta do poder ofensivo da equipe adversária, travando, muitas vezes, notáveis confrontos com esses atletas. Para tanto, o goleiro faz uso de suas mãos e pés para efetuar a defesa dentro da área, bem como, passa a ser um quinto atleta de linha em uma ação ofensiva para marcar gol na meta adversária. Assim sendo, defendemos que o goleiro necessita de uma atenção especial, de um “treinamento personalizado” e de uma orientação diferenciada para poder servir à sua equipe com qualidade e segurança. Por esse motivo, o “profissional” incumbido de prepará-lo deve ter seu método de treinamento inserido no domínio de cinco pontos imprescindíveis.
1. ASPECTO AVALIATIVO: avaliação diagnostica da potencialidade física e técnico do atleta a ser trabalhada durante a sua preparação;
2. ASPECTO FÍSICO: análise das qualidades físicas avaliadas e que devem ser aprimoradas com o treinamento;
3. ASPECTOTÉCNICO: análise das qualidades técnicas avaliadas e que devem ser aprimoradas com o treinamento;
 4. ASPECTO TÁTICO: análise e orientação visando corrigir os problemas relacionados à incumbência tática do goleiro durante o jogo;
5. ASPECTO PSICOLÓGICO: preparo e fortalecimento pontos cognitivos que possam aumentar a performance do atleta. Esses aspectos da preparação do goleiro de futsal englobam uma gama de conteúdo, possíveis de se escrever um livro. A preparação do goleiro que, devido à função no jogo, deve ser treinado para não errar e, no caso de erro, deve estar preparado para encará-lo com serenidade a ponto de que não interfira em sua performance no jogo.
ASPECTO TÉCNICO DO TREINAMENTO DO GOLEIRO DE FUTSAL
 1. POSICIONAMENTO
No futsal o posicionamento do goleiro representa no mínimo 60% dos requisitos para que o atleta seja um bom goleiro. A segurança no posicionamento é o reflexo do aprimoramento da noção espacial em relação à meta defendida. Essa noção espacial se desenvolve via a orientação e o treinamento específico prescrito pelo profissional da área, o que pode diminuir significativamente os índices de gols falhos, tidos como defensáveis. A respeito do posicionamento do goleiro, é importante mencionar que:
a) o goleiro deve ficar sempre de frente para a bola;
b) o goleiro deve se posicionar no meio do gol em relação às balizas e a bola;
c) em chute lateral, o ângulo em relação à baliza de referência (baliza de fora em relação ao chute) deve ser bem fechado;
d) em chute frontal, o ângulo do adversário deve ser diminuído com o avanço imediato do goleiro;
e) em escanteios, junto à baliza de referência, deve posicionar o atleta da “base” e orientá-lo para que a bola não passe entre as suas pernas;
f) nas faltas, ele deve estar atento as seguintes situações: - próximas à área, se posiciona perto da barreira e orienta o “base”; - média distância, se posiciona fechando o ângulo e orienta o “base” e o “sobra” a respeito do posicionamento dos adversários; - longa distância, fica mais adiantado em relação à sua meta e orienta a marcação.
2. REBOTES e DESVIOS
Um goleiro bem posicionado poderá desviar a bola para diversas direções, o que evita que se leve um gol por imprudência técnica. Na verdade, é inadmissível que a equipe adversária faça um gol proveniente de um rebote mal planejado ou por um desvio impróprio do goleiro. Para tanto, o goleiro deve ficar atento à três situações que acontecem com freqüência durante o jogo.
 a) Chute Frontal: o posicionamento do goleiro adiantado em sua meta, facilita o desvio da bola para cima ou para trás, para o seu lado direito ou esquerdo, visando sempre transferir a bola na direção da linha de fundo;
b) Chute Lateral: o posicionamento do goleiro na linha de sua baliza de referência irá facilitar o desvio da bola para cima ou para fora da quadra em relação à linha de fundo;
c) Rebotes para frente: recomenda-se que o rebote efetuado para frente seja feito para o alto, com força para que a bola possa ser transferida o mais longe possível da meta defendida, o que possibilita o retorno da marcação.
 3. PEGADAS
A pegada é um fundamento técnico que inicia com um bom posicionamento do goleiro e que da segurança à sua equipe durante o jogo, além de criar várias oportunidades de puxar contra-ataques – esse tido como um dos meios mais eficazes de se fazer gol. Nesse sentido, o goleiro deve estar atento às seguintes situações:
a) na movimentação do adversário que tem a posse da bola e na trajetória da mesma em relação ao seu corpo e à sua meta defendida;
b) atento ao potencial de finalização da equipe adversária antes do início do jogo – quem coloca a bola, quem chuta forte, etc;
c) no piso da quadra adversária para não ser surpreendido com imprevistos – piso escorregadio, piso que prende, piso defeituoso, etc; Para facilitar o trabalho da técnica da pegada pelo goleiro, divide-se esse movimento defensivo em três ponto básicos:
1) chute alto – a técnica segura requer que as mãos estejam formando um triângulo (indicadores e dedões) para que a bola não deslize no contato com os dedos;
2) chute médio – a bola é encaixada na altura do peito ou no abdômen com uma semi-flexão dos joelhos para garantir o equilíbrio na defesa;
3) chute baixo – a bola pode ser defendida com semi-flexão dos joelhos ou com o afastamento das pernas lateralmente, o que requer flexibilidade e a correta utilização das mãos na defesa (formato de uma concha).
4. LANÇAMENTO COM A MÃO
O lançamento com a mão é um fundamento que requer além de muita atenção, uma técnica apurada. O lançamento perfeito é um resultado da técnica, força e precisão; por isso, requer muito treinamento para se chegar ao alto nível. Toda bola que tem a procedência do goleiro, não pode acarretar um contra-ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro deve dominar alguns itens tidos como primordiais à qualificação desse fundamento.
a) leitura de jogo: saber ler o sistema defensivo da equipe adversária para melhor tirar proveito em suas investidas;
b) visão de jogo: saber orientar a movimentação de seus colegas para levar vantagem sobre os pontos fracos observados;
 
c) domínio da técnica: utilizar da melhor maneira possível a técnica do lançamento para poder servir seus colegas com qualidade; Para melhor trabalhar a técnica do lançamento nos atletas, nós dividimos esse fundamento em 4 tipos básicos:
1) lançamento baixo: busca-se um lançamento rasteiro e sem efeito, objetivando facilitar domínio sob pressão do marcador e ou tabelas rápidas. O lançamento baixo deve ser feito sempre no lado oposto do posicionamento do seu marcado – exige atenção pelo goleiro;
2) lançamento alto: deve ser efetuado preferencialmente na altura do peito do colega, o que facilita o domínio e a finta de corpo mediante a abordagem do marcador, deve-se observar o posicionamento do adversário para evitar antecipações, devendo o lançamento ser feito sem efeito – exige precisão e visão de jogo;
3) lançamento à gol: é o lançamento forte, que busca o desvio de cabeça do seu colega posicionado dentro ou na frente da área adversária. Esse lançamento geralmente é utilizado em quadras pequenas, requer muita força e precisão por parte do goleiro e domínio da técnica do cabeceio pelo colega – exige força, precisão e leitura de jogo;
4) lançamento de contra-ataque: visa lançar a bola no espaço vazio no setor ofensivo para que o seu companheiro que se movimenta em velocidade, possa dominar a bola arremessada sem muita dificuldade - exige controle da força e precisão no ponto futuro da quadra onde o seu colega a dominará.
 5. LANÇAMENTO COM O PÉ
O lançamento com o pé requer muito treinamento para que a técnica seja apurada. A precisão da bola lançada é fundamental, pois não pode gerar a possibilidade de um contra-ataque à equipe adversária. Para tanto, o goleiro deve ter domínio sobre algumas situações que acontecem no jogo:
 a) leitura de jogo – conhecer as qualidades do goleiro e defensores adversários para poder utilizar com melhor maestria esse fundamento durante o jogo;
 
b) visão de jogo – saber orientar a movimentação de seus colegas diante dos pontos tidos como vulneráveis no sistema defensivo da equipe adversária; domínio da técnica – aumenta a possibilidade de um melhor aproveitamento desse fundamento durante o jogo.
Para o desenvolvimento desse fundamento técnico, dividimos o lançamento com o pé em três tipos básicos: 1) lançamento em parabólica: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola ofensivamente com efeito prévio, em curva do meio para fora, procurando evitar uma possível antecipação do goleiro adversário – muito usado em quadras maiores;
2) lançamento com peito do pé: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola ofensivamente sem efeito, com força e em linha reta, objetivando uma finalização de cabeça pelo colega que se encontra nas proximidades da área adversária ou uma jogada de ataque mais veloz – muito usado em quadras pequenas;
 
3) lançamento de cavada ou gancho: caracteriza-se pelo ato de lançar a bola no espaço vazio para armarum ataque com precisão – muito usado quando o goleiro sai para jogar com os pés no setor ofensivo.
6. CHUTE
O goleiro pode, em determinados momentos do jogo, tornar-se um quinto atleta de quadra, o que exige qualidade de passe e um chute efetivo durante as suas investidas. Toda e qualquer investida do goleiro deixa a sua meta desguarnecida, evidenciando uma maior importância a respeito do apuramento da técnica para que qualquer incidência de erro seja minimizada. São nessas ocasiões que a maioria dos jogos se decidem. Para tanto, visando uma melhor preparação técnica desse atleta, a técnica do chute foi dividida em 3 tipos: 1) chute à gol – caracterizando-se pela ação do goleiro em chutar a bola na direção do gol adversário com o intento de fazer o gol, de forma direta ou sob desvio, podendo ser efetuado com o “peito” do pé ou de “bico” – chute do meio da quadra ou no ataque;
2) chute baixo – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola rasteira na direção do colega que se posiciona nas proximidades das balizas do goleiro adversário, com o intuito de que ele possa desviá-la para o gol (parte do princípio de que o goleiro se adiante para fazer a defesa do chute desferido à sua meta, abrindo espaços para que algum atleta se movimente por trás dele, no fundo da quadra);
3) chute alto – caracteriza-se pela ação do goleiro em chutar a bola alta em “voleio” ou “sem-pulo”, de sua área em direção à meta do goleiro que está atacando, visando faze-la entrar no gol antes que ele possa retornar à sua área de defesa – chute de longa distância efetuado quando o goleiro adversário sai para jogar com os pés no setor ofensivo.
7. SAÍDA DO GOL
A saída do gol é uma ação do goleiro para fechar o ângulo e impedir que o atacante consiga fazer o gol. Esse fundamento requer do goleiro atenção à alguns pontos importantes:
a) coragem para se jogar nos pés do adversário que esteja de posse da bola nas proximidades da área;
b) posicionamento para que sua investida tenha êxito;
c) tempo de bola para evitar surpresa no “bote” ou que os espaços não sejam fechados adequadamente na sua saída;
d) velocidade de reação para que o movimento “viso-motor” seja feito com precisão a ponto de impedir o gol em sua meta;
e) domínio da técnica e conhecimento prévio das características do adversário, evitando surpresas durante o jogo. Além disso, a saída do goleiro de sua meta pode ser associada a três tipos básicos de deslocamentos, tais como:
a) saída com base – na saída com base, o goleiro procura diminuir o ângulo do adversário posicionando-se à sua frente com semi-flexão dos joelhos para frente ou para os lados, braços junto ao corpo e pernas juntas para fechar o chute baixo e médio do adversário, o tempo de bola possibilita uma defesa eficiente no chute alto;
b) saída no alto – nessa saída da meta, o goleiro procura interceptar uma bola lançada na direção da sua área, podendo ele dividir socando-a ou mantendo-a sob seu controle – depende muito da leitura de jogo e do tempo de bola.
8. COBERTURA
O goleiro de futsal deverá estar atento e se colocar em posição privilegiada para orientar a defesa quanto ao melhor posicionamento e às necessárias coberturas. Para que suas coberturas sejam eficientes, o goleiro deverá estar atento às seguintes situações:
a) nunca ficar estático na sua meta quando há uma situação de ataque de sua equipe em direção da meta adversária;
b) conhecer as jogadas e movimentações adversárias;
c) na marcação pressão de sua equipe, sempre jogar mais adiantado;
d) estar concentrado no jogo para poder antever o próximo passo do adversário e assim, orientar nominalmente os colegas para levar vantagem nas bolas lançadas;
e) toda saída do gol em bola alta visando cobrir seus colegas deverá o goleiro sempre avisá-los do seu movimento, para não ser surpreendido com uma bola atrasada. 
ALGUMAS REGRAS
QUADRA DE JOGO
1- Dimensões
A quadra de jogo será um retângulo com o comprimento mínimo de 25 e o máximo de 42 metros e largura mínima de 16 e o máximo de 25 metros.
As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 2 (dois) metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou parede).
2 - A marcação da quadra
Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis, com 8 (oito) centímetros de largura.
• As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor comprimento linhas de meta.
• Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das linhas laterais, equidistantes às linhas de meta.
• O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros de raio.
• Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3 (três) metros.
• Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão demarcados ¼ (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão cobrados os arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas linhas lateral e de meta até o extremo externo da nova linha.
• As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo.
3 - Área de meta
Nas quadras, em cada extremidade da quadra, a 6 (seis) metros de distância de cada poste de meta haverá um semicírculo perpendicular à linha de meta que se estenderá ao interior da quadra com um raio de 6 (seis) metros. A parte superior deste semicírculo será uma linha reta de 3,16 (três metros e dezesseis centímetros), paralela a linha de meta, entre os postes. A superfície dentro deste semicírculo denomina-se área de meta. As linhas demarcatórias fazem parte da área de meta.
4 - Penalidade Máxima
A distância de 6 (seis) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta e assinalada por um pequeno círculo de 10 (dez) centímetros de raio, serão marcados os respectivos sinais de penalidade máxima.
5 - Tiro livre sem barreira
A distância de 10 (dez) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta, serão marcados o respectivos sinais, de onde serão cobrados os tiros livres sem barreira, nas hipóteses previstas nestas regras. A distância de 5 (cinco) metros do ponto central da meta em ângulo reto com a linha de meta, deverá ser marcado com uma linha tracejada de 60 (sessenta) centímetros, paralela a linha de meta, para demarcar a distância mínima em que o goleiro poderá ficar na cobrança dos tiros livres sem barreira.
6 - Zona de substituições
É o espaço determinado na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e cronometragem, iniciando-se a uma distância de 5 (cinco) metros para cada lado partindo da linha divisória do meio da quadra. Para cada zona haverá um espaço de 5 (cinco) metros identificados com linhas de 80 (oitenta) centímetros, ficando 40 (quarenta) centímetros no interior da quadra e 40 (quarenta) centímetros para fora da quadra. Por entre estas linhas de 80 (oitenta) centímetros os atletas deverão entrar e sair da quadra por ocasião das substituições. O espaço a frente da mesa do anotador e cronometrista com 5 (cinco) metros de cada lado da linha divisória do meio da quadra deverá permanecer livre.
7 - Metas
No meio de cada área e sobre a linha de meta serão colocadas as metas, formadas por dois postes verticais separados em 3 (três) metros entre eles (medida interior) e ligados por um travessão horizontal cuja medida livre interior estará a 2 (dois) metros do solo.
• A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8 (oito) centímetros e quando roliços terão o diâmetro de 8 (oito) centímetros.
• Os postes e travessão, poderão ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou material similar e pintados de cor contrastante com o fundo da quadra, de preferência que sejam fixados ao solo. Os postes e travessão deverão ter a mesma largura e espessura.
• Serão colocadas redes por trás das metas e obrigatoriamente presas aos postes, travessão e ao solo. Deverão estarconvenientemente sustentadas e colocadas de modo a não perturbar ou dificultar a ação do goleiro. As redes serão de corda, em material resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem da bola. As metas não devem possuir ferro ligando o travessão ao suporte de sustentação.
8 - Construção
O seu piso deverá ser construído de madeira, material sintético ou cimento, rigorosamente nivelado, sem declives, nem depressões, prevenindo escorregões e acidentes.
9 - Local para o representante
As quadras deverão dispor, obrigatoriamente, em lugar central e inteiramente inacessível aos assistentes, de mesa e cadeiras para que o representante da entidade, o anotador e o cronometrista possam exercer com segurança e tranqüilidade suas funções.
10 - Local para os atletas reservas e comissão técnica
As quadras deverão dispor de dois locais privativos e adequados, situados a margem das linhas laterais ou de meta, inacessível aos assistentes, onde ficarão sentados os atletas reservas que não estejam em aquecimento, técnico ou treinador, massagista ou atendente, médico ou fisioterapeuta e preparador físico das equipes disputantes. A localização dos bancos de reservas deverá ser do mesmo lado da mesa de anotações e da zona de substituições e cada equipe ficará ocupando o banco colocado ao lado da meia quadra onde a equipe está defendendo e guardará, obrigatoriamente uma distância nunca inferior a 5 (cinco) metros de cada lado da mesa. Quando colocados junto a linha de meta, não deverão permanecer entre os postes e a marcação dos 5 (cinco) metros da linha lateral.
11 - Placar ou mostrador e cronômetro eletrônico
As quadras possuirão, obrigatoriamente, em perfeitas condições de uso e visibilidade para o público, atletas, membros da comissão técnica e para a equipe da arbitragem, placar ou mostrador onde serão afixados ou indicados os tentos da partida e o cronômetro eletrônico para controle do tempo de jogo.
REGRA 02 - A BOLA 
1- A bola será esférica. O invólucro será de couro macio ou de outro material aprovado. Em sua confecção é vedado o uso de material que possa oferecer perigo ou dano aos jogadores. 
2- Para as categorias Adultas, Sub-20, Sub-17 e Sub-15, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 62 (sessenta e dois) centímetros e no máximo 64 (sessenta e quatro) centímetros. Seu peso terá no mínimo 400 (quatrocentos) gramas e no máximo 440 (quatrocentos e quarenta) gramas. 
3- Para a categoria Sub-13, masculina e feminina, a bola em sua circunferência terá no mínimo 55 (cinqüenta e cinco) centímetros e no máximo 59 (cinqüenta e nove) centímetros. Seu peso terá no mínimo 350 (trezentos e cinqüenta) gramas e no máximo 380 (trezentos e oitenta) gramas. 
4- Para as categorias Sub-11 e Sub-9, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 50 (cinqüenta) centímetros e no máximo 55 (cinqüenta e cinco) centímetros. Seu peso terá no mínimo 300 (trezentos) gramas e no máximo 330 (trezentos e trinta) gramas. 
5- Para as categorias com faixa de idade inferior ao Sub-9, masculinas e femininas, a bola em sua circunferência terá no mínimo 40 (quarenta) centímetros e no máximo 43 (quarenta e três) centímetros. Seu peso terá no mínimo 250 (duzentos e cinqüenta) gramas e no máximo 280 (duzentos e oitenta) gramas. 
6- A bola somente poderá ser trocada, durante a partida, com a autorização dos árbitros. 
7- O local destinado ao representante, ao anotador e cronometrista deverá contar com bolas de reserva em número suficiente e em plenas condições de serem utilizadas. 
8- Se durante a partida outra bola cair dentro da quadra, deverá ser considerada como um elemento estranho, mas a partida só deve ser paralisada se interferir no jogo. Se a partida for paralisada, deverá ser reiniciada com bola ao chão no local onde se encontrava no momento da paralisação. 
 10 DECISÕES: 
1. A bola deverá estar calibrada conforme especificação do fabricante, entre 6 e 9 libras. Quando largadas a uma altura de 2 (dois) metros deverá subir a uma altura de 50 a 65 centímetros. 
2. Em partidas de competições da FIFA a aprovação do uso das bolas estará sujeito a que tenham estampada uma das três referências: “FIFA Aproved, “FIFA Inspected” ou “International Matchball Standard”. 
RECOMENDAÇÕES: 
a) Os árbitros deverão examinar a pressão da bola do jogo e de todas as bolas reservas, se estão de acordo com a especificação do fabricante e se estão em condições de jogo, antes do início da partida, evitando paralisações desnecessárias para troca de bola; 
b) O cronometrista deverá calibrar a bola do jogo e todas as bolas reservas, deixando-as em condições de jogo. 
c) Os árbitros nunca poderão dar bola ao chão dentro da área penal.
	CATEGORIA
	SEXO
	PESO
	CIRCUNFERÊNCIA
	Adultas, Sub 20
	MASC/FEM
	400g a 440g
	62cm a 64 cm
	Sub 17 e Sub 15
	MASC/FEM 
	350g a 380g
	50cm a 55cm
	Sub 13
	MASC/FEM 
	350g a 380g
	50cm a 55cm
	Sub 11 e Sub 09
	MASC/FEM 
	300g a 330g
	50cm a 55cm
	Inferior ao Sub 09
	MASC/FEM 
	250g a 280g
	40cm a 43cm
	
	
	
	
Obs.: O LIVRO OFICIAL DE REGRAS ENCONTRA-SE EM ANEXO.
REFERÊNCIAS
MELO R.S. de. Futsal 1000 exercícios. 4ª ed. Rio de Janeiro SPRINT, 2004.
SCAGLIA, A. J. et All. Pedagogia dos Esportes 4ª Ed São Paulo: Papirus 2004.
KNUDSON, D.V e MOMISON, C.A. Análise Qualitativa do Momento Humano. São Paulo; Manole, 2001.
ASSIS, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados, 2001.
GRECO, P. J. Iniciação Esportiva Universal. Belo Horizonte, MG, Ed. UFMG, 1998.
MELO, R. S. Esportes de Quadra. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
MELO, S. Esportes de quadra. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
SARAIVA, M. C. Co-educação física e esportes: quando a diferença é mito. Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 1999.
SILVA, P. A. Jogos Poliesportivos. 2000 Exercícios. Volumes 1 e 2. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.
A PREPARAÇÃO DO GOLEIRO DE FUTSAL: http://ctgoleiros.blogspot.com.br/2012/06/artigo-preparacao-do-goleiro-de-futsal.html. Acesso 15/01/2014, às 18h30min

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