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Ossos da Coluna Vertebral

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Introdução 
A coluna vertebral é composta de 
uma série de ossos, as vértebras, que se 
estendem do crânio a cauda. Ela envolve e 
protege a medula espinhal, o pescoço, 
tórax, abdome e pelve. 
As vértebras podem ser distinguidas 
por suas regiões, que são: 
→ Cervical (pescoço); 
→ Torácica (dorso/peito); 
→ Lombar (lombo/abdome); 
→ Sacral (pelve); 
→ Caudal (cauda). 
Crânio e Coluna Cervical de um gato 
1: Atlas 
2: Áxis (processo espinhoso) 
3: Forame Intervertebral 
4: 3ª vértebra cervical (C3) 
5: Processo espinhoso da C7 
6: Escápula 
7: Espaço atlanto-occipital 
8: Espaço atlantoaxial 
Uma vértebra típica é composta de 
um corpo maciço encimado por um arco, 
completado por processos e forames. 
O corpo é a parte ventral e cilíndrica 
da vértebra, podendo apresentar uma 
crista ventral. Cada corpo apresenta uma 
extremidade cranial (cabeça) convexa e 
uma extremidade caudal (fossa) côncava. 
O arco vertebral se forma sobre a 
face dorsal do corpo e delimita um forame 
vertebral, por onde passa a medula 
espinhal. É composto por dois pedículos 
laterais e uma lâmina dorsal. Quando 
vértebras sucessivas se articulam, as 
incisuras (craniais e caudais) de cada um 
dos lados de vértebras adjacentes 
delineiam os forames intervertebrais, por 
onde passam os nervos espinais. 
No sentido dorsal, a maioria dos 
arcos se encaixa sem deixar espaços, mas 
há três locais onde se formam os espaços 
interarcos entre arcos de vértebras 
adjacentes. São eles: 
→ Espaço Atlanto-occipital entre o 
osso occipital e o atlas; 
→ Espaço atlantoaxial entre o atlas e 
o áxis; 
→ Espaço lombossacral entre a 
última vértebra lombar e o sacro. 
Tais espaços têm importância clínica, pois 
possibilitam acesso ao canal vertebral para 
injeções, anestesia ou para obter amostras do 
líquido cerebrospinal. 
Além disso, as vértebras também 
possuem diversos processos. Um 
processo espinhoso está no ápice da 
vértebra. Quatro processos articulares se 
encontram posicionados no sentido cranial 
e caudal em relação ao espinhoso. Dois 
processos transversos se projetam 
lateralmente ao arco vertebral. Dois 
processos mamilares estão entre os 
processos articulares transverso e cranial 
das vértebras torácicas e lombares. Dois 
processos acessórios se posicionam 
entre os processos articulares transverso e 
caudal das últimas vértebras torácicas 
(carnívoros e suínos) e as vértebras 
lombares (carnívoros). 
Os discos intervertebrais 
cartilaginosos se interpõem entre as 
vértebras contíguas. 
Desenvolvimento 
A coluna vertebral se estende do 
pescoço até a cauda. O pescoço, a cabeça 
e a cauda apresentam uma repetição 
seriada de elementos semelhantes, as 
vértebras. Essa aparente segmentação é 
um legado dos somitos, blocos nos quais 
o mesoderma paraxial é segregado de cada 
lado do tubo neural e da notocorda. A 
aparência dos adultos é enganosa, pois as 
vértebras são formadas por contribuições 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
de dois somitos de cada lado, portanto 
são intersegmentares. 
Segmentação do mesoderma paraxial mostrada 
em um embrião bovino, com dois estágios de 
desenvolvimento das vértebras, vasos e nervos. 
As setas mostram a formação de cada vértebra a 
partir de dois pares de somitos adjacentes (um 
cranial e outro caudal). 
1: Somito 
1’: Broto do membro torácico 
2: Miótomo 
3: Esclerótomo 
4: Notocorda 
4’: Núcleos pulposos originados da notocorda 
5: Artéria Intersegmentar 
6: Disco intervertebral 
7: Corpo da vértebra 
8: Miótomo com nervo segmentar 
Juntamente com as costelas e o 
esterno, as vértebras são produzidas a 
partir de partes mediais de somitos, os 
esclerótomos. Os músculos são 
derivados das partes laterais dos somitos, 
os miótomos. Cada miótomo atrai um 
único nervo, que cresce a partir do tubo 
neural adjacente. Desse modo, músculos 
polissegmentares apresentam inervação 
múltipla. 
Vértebras Cervicais 
Nas espécies domésticas existem 
sete vértebras cervicais. A primeira (atlas) 
e a segunda (áxis) são modificadas para 
permitir a movimentação da cabeça. 
O atlas consiste em duas massas 
laterais unidas por um arco dorsal e um 
arco ventral, os quais constituem um anel 
ósseo. O tubérculo dorsal (variante do 
processo espinhoso) situa-se no arco 
dorsal e o tubérculo ventral (variante da 
crista ventral) situa-se no arco ventral. Os 
processos transversos são chamados de 
asas do atlas. 
 
 
Atlas de um cão, vista caudodorsal 
1: Tubérculo ventral 
2: Fóvea articular caudal 
3: Fóvea do dente 
4: Forame transverso 
5: Asa do atlas 
6: Arco dorsal 
7: Incisura Alar 
8: Forame vertebral lateral 
9: Tubérculo dorsal 
10: Forame vertebral 
A face ventral da asa é escavada 
para formar a fossa do atlas. Sua base é 
perfurada pelo forame alar, ou em 
carnívoros pela incisura alar. O forame 
vertebral lateral se abre na parte 
craniodorsal do arco. O forame transverso 
é um curto canal que atravessa a parte 
caudal da asa e não está presente em 
ruminantes. 
A face cranial do atlas é escavada 
pela fóvea articular cranial para se 
articular com os côndilos occipitais. A face 
dorsal do arco ventral apresenta uma face 
articular, a fóvea do dente, a qual se 
articula com o dente do áxis. A fóvea do 
dente se mistura com a fóvea articular 
caudal que se articula com os processos 
articulares craniais do áxis. 
1 
2 3 4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
ATLAS BOVINO 
O atlas é modificado para 
corresponder a suas funções. Suas asas 
propiciam fixação para a musculatura 
dorsal e ventral, a qual é responsável pela 
movimentação da cabeça para cima e 
para baixo. 
Atlas de um equino (vista dorsal) 
1: Forame vertebral lateral 
2: Tubérculo dorsal 
3: Arco dorsal 
4: Asa do atlas 
5: Forame alar 
6: Forame transverso 
7: Arco ventral 
8: Fóvea articular caudal com fóvea do dente 
O áxis (segunda vértebra cervical) é 
a vértebra mais longa. Seu corpo apresenta 
uma crista ventral e na extremidade 
cranial apresenta o dente, semelhante a 
um bastão em carnívoros e a um bico em 
outras espécies. A face articular caudal é 
lisa e côncava, voltada para o disco 
intervertebral. 
O arco do áxis possui um processo 
espinhoso alongado e protuberante, se 
bifurcando nos equinos. A incisura 
vertebral caudal é bem pronunciada. O 
processo espinhoso conflui com os 
processos articulares caudais em 
equinos e carnívoros, permanecendo 
separado nos ruminantes e suínos. 
Áxis de um cão (vista lateral) 
1: Processo articular cranial 
2: Incisura vertebral cranial 
3: Incisura vertebral caudal 
4: Forame transverso 
5: Dente 
6: Processo espinhoso 
7: Processo articular caudal 
8: Processo transverso 
9: Corpo 
Os processos transversos são 
perfurados pelos forames transversos. A 
incisura vertebral cranial (presente em 
carnívoros) é substituída pelo forame 
vertebral lateral nos outros animais. 
Áxis do equino (vista lateral) 
1: Dente 
2: Processo articular cranial 
3: Forame vertebral lateral 
4: Forame transverso 
5: Processo transverso 
6: Incisura vertebral caudal 
7: Processo articular caudal 
O áxis, assim como o atlas, é 
modelado conforme suas funções. Seu 
dente forma, com a fóvea do dente, uma 
ATLAS BOVINO 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Áxis de um cão (vista 
cranial) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo articular 
caudal 
3: Forame vertebral 
4: Processo articular 
cranial 
5: Dente 
6: Processo 
transverso 
1 
2 
3 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
articulação pivô ao redor da qual o atlas e 
a cabeça giram. 
O corpo das vértebras cervicais 
restantes se torna cada vez mais curto. As 
3ª, 4ª e 5ª vértebras possuem cristas 
ventrais firmes, que se tornam indistintas 
na 6ª e ausente na 7ª vértebra. 
C5 de um cão (vista craniolateral) 
1: Processo espinhoso 
2: Forame vertebral 
3: Processo articular cranial 
4: Cabeça (extremidade cranial) 
5: Forame transverso 
6: Processo transverso 
7: Crista ventral 
Os processos espinhosos são 
curtos, mas seu comprimento aumenta 
gradualmente. No equino, apenas a C7 
possui umprocesso espinhoso distinto. 
Os processos transversos são 
bem desenvolvidos, sendo perfurados 
pelos forames transversos da 3ª a 6ª 
vértebra cervical. Esses forames formam 
um canal transverso, por onde passam 
nervos, artérias e veias vertebrais. 
C3 de um equino (vista dorsolateral) 
1: Processo articular cranial 
2: Processo articular caudal 
3: Processo espinhoso 
4: Cabeça (extremidade cranial) 
5: Forame transverso 
6: Processo transverso com tubérculo ventral 
A extremidade de cada processo 
transverso se ramifica em um tubérculo 
dorsal caudal e um tubérculo ventral 
cranial. O tubérculo ventral da C6 é 
aumentado para formar uma extensão 
lamelar. Os processos transversos da 
terceira, quarta e quinta vértebra dos 
bovinos são duplos. 
C3-C5 do Bovino 
Os processos articulares são 
grandes com faces articulares planas. As 
incisuras cranial e caudal são profundas, 
formando grandes forames intervertebrais. 
A C7 é facilmente identificada, pois 
possui um processo espinhoso elevado, 
pequenos processos transversos e a 
ausência de uma crista ventral (exceto no 
ÁXIS BOVINO 
1 
2 3 
4 5 
6 
7 
1 
2 
3 
4 5 6 
C7 de um cão 
(vista caudal) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo articular 
caudal 
3: Forame vertebral 
4: Processo 
transverso 
5: Fóvea costal caudal 
6: Fossa (extremidade 
caudal) 
1 2 
3 
4 
5 
6 6 
1 2 
cão) e de forames transversos. Sua fossa 
apresenta fóveas costais caudais que se 
articulam com a cabeça da primeira costela 
juntamente com a 1ª vértebra torácica. 
Vértebras Torácicas 
As vértebras torácicas são de 12-14 
nos carnívoros, de 13-16 nos suínos e 
bovinos, 13 em pequenos ruminantes e 18 
nos equinos. Elas se articulam com as 
costelas e correspondem a elas em 
quantidade. Todas compartilham as 
seguintes características: corpo curto com 
extremidades planas; processos 
articulares curtos; longos processos 
espinhosos; fóveas costais nas duas 
extremidades para as cabeças da costela e 
nos processos transversos para os 
tubérculos das costelas. 
T1 de um cão (vista lateral esquerda) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo mamilar 
3, 3’: Processo transverso e fóvea costal do 
processo transverso 
4 e 4’: Fóvea costal cranial e caudal 
5: Corpo 
6: Incisura vertebral caudal 
7: Processo articular caudal 
Os corpos são curtos, mas 
aumentam gradualmente no sentido 
caudal, onde também há uma crista 
ventral. As extremidades das vértebras 
torácicas caudais são achatadas para se 
ajustarem aos discos intervertebrais. 
Os processos articulares das 
vértebras torácicas craniais são 
representados por fóveas ovais. As fóveas 
articulares craniais posicionam-se na 
porção cranial da base do processo 
espinhoso e as fóveas articulares caudais 
na porção caudal. 
Vértebra Torácica de um bovino, percebe-se os 
processos transversos mais altos que os processos 
articulares craniais. 
Em carnívoros o comprimento dos 
processos espinhosos diminui 
gradualmente; no suíno e em ruminantes 
eles ficam elevados nas três primeiras 
Vértebras cervicais 
caninas 
Legenda: 
1: Asa do atlas 
2: Processo espinhoso 
do áxis 
3: Ligamento nucal 
4: Processo espinhoso 
da T1 
5: Extensão laminar do 
processo transverso 
 
 
 
1 
2 
3 
3’ 
4 4’ 
5 6 
7 
1 
2 
3 
4 5 
T6 de um cão 
(vista craniolateral) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo articular 
cranial (fóvea articular 
cranial) 
3: Processo transverso 
com fóvea costal 
4: Cabeça 
(extremidade cranial) 
5: Fóvea costal cranial 
 
 
vértebras, se tornam progressivamente 
mais curtos até a 11ª vértebra no suíno e na 
12ª ou 13ª em ruminantes e permanecem 
com o mesmo comprimento até o fim. No 
equino, eles aumentam até a 4ª vértebra e 
se tornam mais curtos até a 13ª ou 14ª. 
Última vértebra torácica de um cão 
 (vista caudal) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo mamilar 
3: Processo acessório 
4: Processo articular caudal 
5: Forame vertebral 
6: Processo transverso 
7: Fossa (extremidade caudal) 
8: Crista ventral 
Os processos espinhosos das 
vértebras torácicas craniais têm orientação 
caudal, enquanto as vértebras torácicas 
caudais se inclinam cranialmente. A 
vértebra torácica cujo processo espinhoso 
é perpendicular é denominada vértebra 
anticlinal (diafragmática): T10/T11 em 
cães; T12 em suínos e caprinos; T13 no 
bovino e T16 no equino. 
Últimas vértebras torácicas de um cão 
Os processos mamilares situam-se 
no sentido cranial aos processos 
transversos, unidos aos processos 
articulares. Os processos acessórios 
(presentes em cães) situam-se no sentido 
caudal aos processos transversos. 
Vértebras Lombares 
As vértebras lombares são de 6-7 
em carnívoros, de 5-7 em suínos e equinos 
e 6 nos ruminantes se diferenciando das 
torácicas por serem mais longas. Não 
possuem fóveas costais, possuem 
processos espinhosos curtos com 
orientação cranial e longos e achatados 
processos transversos (processo 
costal). As extremidades craniais e caudais 
apresentam faces articulares planas. 
 A L1 de um cão (vista craniolateral) apresenta 
os processos transversos mais curtos 
1: Processo espinhoso 
2: Processo mamilar 
3: Processo articular cranial 
4: Processo articular caudal 
5: Processo acessório 
6: Forame vertebral 
7: Extremidade cranial (cabeça) 
Os processos espinhosos 
costumam apresentar a mesma altura, mas 
em carnívoros as primeiras quatro ou cinco 
vértebras se tornam progressivamente 
mais longas e nos bovinos elas possuem 
inclinação caudal. 
L5 de um cão (vista caudolateral) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo mamilar 
3: Processo articular caudal 
4: Processo transverso (costal) 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
T10 T13 
T11 
T12 
Vértebra anticlinal 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
1 
2 
3 
4 
1: Processo mamilar: 2: Processo acessório; 3: Processo espinhoso; 4: Processo transverso; 5: Corpo; 
6: Disco intervertebral 
Os processos transversos são 
também chamados de processos costais, 
e, nos carnívoros e suínos apresenta uma 
inclinação cranioventral, enquanto em 
ruminantes e suíno se orientam 
horizontalmente. 
Vértebra lombar de um cão (vista lateral) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo articular cranial 
3: Processo costal (transverso) 
4: Corpo 
5: Incisura vertebral caudal 
6: Arco 
7: Processo articular caudal 
A 1ª vértebra lombar apresenta os 
processos transversos mais curtos. A mais 
longa costuma a ser a 3ª ou 4ª, mas em 
carnívoros pode ser a 5ª ou 6ª. No equino 
os processos transversos das duas 
últimas vértebras apresentam faces 
articulares para articularem entre si e com 
a vértebra sacral. 
Os espaços interarcos são 
estreitos na região lombar, mas largos entre 
a última lombar e o sacro, formando o 
espaço lombossacral, que pode ser 
usado como ponto de acesso ao canal 
vertebral. 
 
 
L5 do equino (vista dorsal) 
1: Processo espinhoso 
2: Processo articular cranial 
3: Processo costal (transverso) 
4: Incisura vertebral caudal 
5: Processo articular caudal 
6: Face articular do processo transverso 
Vértebras Sacrais 
As vértebras sacrais unem-se para 
formar um único osso, o sacro. A fusão se 
completa até 1,5 anos de idade em suínos 
e carnívoros, de 3 a 4 anos em ruminantes, 
e de 4 a 5 anos em equinos. Elas são, em 
número, 3 nos carnívoros, 4 nos suínos, 5 
nos bovinos e equinos e de 3 a 5 nos 
pequenos ruminantes. O sacro, com suas 
asas prolongadas forma uma articulação 
firme com a cintura pélvica. 
Vértebras lombares de 
um cão 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
Sacro de um cão (vista caudolateral) 
1: Processo articular cranial 
2: Processo espinhoso 
3: Forames sacrais dorsais 
4: Asa do sacro com face auricular 
5: Cristas sacrais intermediárias 
6: Processo articular caudal 
7: Extremidade caudal (fossa) 
O sacro é um quadrilátero em 
carnívoros, mas triangular em outros 
mamíferos domésticos. Ele se divide em 
uma base ampla, duas partes laterais, 
aumentadas pelas asas do sacro e uma 
extremidade caudal. 
Sacro de um cão (vista dorsal) 
1: Extremidadecranial (cabeça) 
2: Canal sacral 
3: Processo articular cranial 
4: Cristas sacrais laterais 
5: Cristas sacrais intermediárias 
6: Processo articular caudal 
7: Processo espinhoso 
8: Face auricular da asa 
Sua face dorsal apresenta 
processos espinhosos, que podem ser 
residuais em algumas espécies. A face 
ventral (pélvica), voltada para a cavidade 
pélvica se caracteriza por linhas 
transversas, que indicam os limites 
anteriores das vértebras individuais. 
Sacro de um cão (vista ventral) 
1: Promontório 
2: Asa do sacro 
3: Forames sacrais ventrais 
4: Processo articular caudal 
A face dorsal fornece fixação para a 
musculatura ilíaca, da garupa e do membro 
pélvico. A face ventral do sacro é lisa e 
perfurada pelos forames sacrais ventrais. 
O canal vertebral (canal sacral) é muito 
estreito. 
Sacro e Osso Coxal de um cão (vista cranial) 
4: Processo espinhoso 
5: Processo articular caudal 
6: Canal vertebral (canal sacral) 
7: Promontório 
A extremidade cranial se articula 
com a última vértebra lombar e apresenta 
uma incisura vertebral cranial. Sua 
margem ventral apresenta uma projeção, o 
promontório. Sua margem dorsal 
apresenta processos articulares craniais. 
Sacro e 1ª vértebra caudal de um equino 
 (vista dorsal) 
1: Asa do sacro com face auricular 
2: Face articular com o processo transverso da L6 
3: Processo articular cranial 
4: Forame sacral dorsal 
5: Crista sacral lateral 
6: Processo espinhoso 
7: 1ª vértebra caudal 
1 
2 
3 
4 5 
6 7 
8 
1 
2 
3 
4 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
As partes laterais são formados 
pelos processos transversos unidos das 
vértebras sacrais ampliados pelas asas do 
sacro. Na face dorsal de cada asa 
encontra-se a face auricular para 
articulação com a asa do ílio do coxal. 
Sacro de um equino (vista lateral) 
1: Processos espinhosos 
2: Processo articular cranial 
3: Face articular com processo transverso da L6 
4: Asa do sacro com face auricular 
5: Linhas transversas 
6: 1ª vértebra caudal 
A face dorsal possui processos 
espinhosos inclinados caudalmente. Em 
carnívoros e suínos eles são separados, já 
nos ruminantes as espinhas dorsais se 
unem para formar a crista sacral mediana. 
No suíno os processos espinhosos são 
substituídos por uma crista irregular. Os 
processos transversos se unem para 
formar uma crista sacral lateral e uma 
crista sacral intermediária representa os 
rudimentos unidos dos processos 
articulares. 
Vértebras Caudais 
As vértebras caudais (coccígeas) 
são de 20-23 em carnívoros e suínos, de 
18-20 em bovinos, de 13-14 em pequenos 
ruminantes e de 15-21 em equinos. O 
tamanho delas diminui gradualmente da 
primeira à última vértebra, perdendo seus 
aspectos vertebrais progressivamente. 
1ª Vértebra caudal de um cão (vista dorsal) 
1: Processo articular cranial 
2: Processo espinhoso 
3: Processo transverso 
Seus constituintes se adaptam à 
arquitetura comum das vértebras, porém as 
mais caudais são reduzidas gradualmente 
até se tornarem bastões simples. 
Cd2 e Cd3 do cão (vista dorsolateral) 
1: Processo mamilar 
2: Processo articular cranial 
3: Processo transverso 
4: Processo articular caudal 
5: Extremidade caudal (fossa) 
No equino, os processos 
espinhosos da segunda vértebra caudal 
são bifurcados e o arco da Cd3 já se 
apresenta incompleto. Os processos 
transversos se reduzem a pequenos 
elevações e, a partir da Cd7 em diante, 
não há mais processos. 
 
Cd4 de um cão (vista cranial) 
1: Processo articular caudal 4: Cabeça 
2: Processo articular cranial 5: Arco hemal 
3: Processo transverso 6: Forame vertebral 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
SACRO BOVINO 
1 
2 
3 
1 
2 
3 
4 5 
1 2 
3 
4 
5 
6 
Para a proteção dos vasos caudais, 
a face ventral de algumas vértebras 
caudais (da 1ª a 8ª em ruminantes, da 5ª a 
15ª em carnívoros) apresentam os 
processos hemais. Eles formam os arcos 
hemais ventrais sobre algumas vértebras 
caudais (2ª e 3ª no bovino, 3ª a 8ª em 
carnívoros). 
Vértebras caudais representativas de um cão 
Esqueleto Torácico 
O esqueleto torácico compreende as 
vértebras torácicas, as costelas e o 
esterno. O tórax envolve a cavidade 
torácica. A parede torácica compõe-se do 
arco costal, dos espaços intercostais e 
do ângulo entre os arcos costais esquerdo 
e direito. 
Costelas 
As costelas formam o esqueleto das 
paredes torácicas laterais, sendo dispostas 
em pares e intercaladas pelos espaços 
intercostais. Cada costela consiste em 
uma parte dorsal (parte óssea) e de uma 
parte ventral (cartilagem costal), as quais 
se encontram na junção costocondral. 
 
 
 
Costela de um suíno e de um cão, 
respectivamente (vista caudal) 
1: Cabeça da costela 
2: Colo da costela 
3: Tubérculo da costela 
4: Ângulo da costela 
5: Corpo da costela 
As partes dorsais de todas as 
costelas se articulam com as vértebras 
torácicas, enquanto as cartilagens costais 
se diferenciam na articulação com o 
esterno. As primeiras sete a nove costelas 
se articulam diretamente com o esterno, 
sendo denominadas de costelas 
verdadeiras (esternais). As costelas 
remanescentes se articulam indiretamente 
com o esterno ao se unirem com a 
cartilagem da costela em frente para formar 
o arco costal, sendo chamadas de 
costelas falsas (asternais). 
Costela de um equino e suíno, respectivamente 
(vista caudal) 
1: Cabeça 3: Tubérculo 5: Corpo 
2: Colo 4: Ângulo 
Processo 
mamilar 
Processo transverso 
cranial 
Processo transverso 
caudal 
Processo 
articular caudal 
Cd8 
Cd12 
Cd16 
Cd19, Cd20 e Cd21 
1 
2 
5 
4 
3 
1 
2 3 
4 
5 
As costelas do final da série, cuja 
cartilagem termina livre na musculatura 
sem ligação a uma cartilagem adjacente 
são as costelas flutuantes. Nos 
carnívoros, o último par de costelas é 
sempre flutuante. 
 
A quantidade de pares de costela 
corresponde à quantidade de vértebras 
torácicas. Assim os carnívoros possuem de 
12 a 14 pares de costelas (com proporção 
entre costelas esternais e asternais de 9:4), 
o suíno 13 a 16 (proporção 7:7/8:8), os 
ruminantes 13 (8:5) e o equino 18. (8:10). 
 
Todas as costelas compartilham 
uma arquitetura básica em comum, 
composta de: cabeça com suas faces 
articulares; colo (pescoço); tubérculo com 
sua face articular; corpo (haste). 
A extremidade vertebral (dorsal) 
possui uma cabeça que apresenta faces 
craniais e caudais para a articulação das 
fóveas costais craniais e caudais de duas 
vértebras adjacentes. As duas faces 
articulares são separadas por um sulco. A 
cabeça é ligada ao corpo por um colo, o 
qual possui um tubérculo. Esse tubérculo 
apresenta uma fóvea para articulação com 
o processo transverso da mesma vértebra. 
O corpo é distal ao tubérculo e a região 
onde a curva dele é mais pronunciada é 
chamada de ângulo. 
 
 
Costelas, Esterno e Vértebras de um cão 
 (vista lateral) 
1: Costela verdadeira (esternal) 
2: Costelas falsas em um arco costal 
3: Costela flutuante 
4: Espaço intercostal 
5: Junção costocondral 
6: Esterno 
As costelas possuem tamanhos 
variados nas espécies. As costelas dos 
cães são as mais curvadas. As costelas dos 
ruminantes são planas com margens bem 
definidas. No equino, a curvatura delas 
aumente até a 11ª costela. 
A extremidade distal do corpo se une 
a cartilagem costal, formando a junção 
costocondral. As costelas apresentam um 
ângulo agudo com o esterno nessa junção. 
Cada par de costelas se une ao esterno 
entre segmentos esternais consecutivos, 
com exceção do primeiro par que se articula 
com o manúbrio. As cartilagens costais 
das costelas falsas fixam-se às suas 
vizinhas para formar o arco costal. O arco 
costal forma um ângulo no qual se projeta a 
cartilagem xifoide. 
 
Costela esquerda de 
um cão articulada 
com duas vértebras 
torácicas 
(vista lateral) 
1: Tubérculo 
2: Cabeça 
8: Disco intervertebral 
9: Vértebra de mesmo 
número que a costela 
 
Percebe-se que a 
cabeça articula com 
duas fóveas costais 
de diferentes 
vértebrase o 
tubérculo articula com 
o processo transverso 
da 2ª vértebra 
Costela esquerda de 
um cão 
(vista caudal) 
 
1: Tubérculo 
2: Cabeça 
3: Colo (pescoço) 
4: Ângulo 
5: Corpo 
6: Articulação (junção) 
costocondral 
7: Cartilagem costal 
L1 T13 
T1 
C7 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Esterno 
O esterno compõe-se de uma série 
de segmentos ossos (esternébras) unidos 
por cartilagens interesternais. Ele pode ser 
dividido em manúbrio, corpo e processo 
xifoide. 
O manúbrio compõe a parte cranial 
do esterno e possui fóveas articulares para 
o primeiro par de costelas. Ele é prolongado 
pela cartilagem do manúbrio, que pode 
ser inexistente nos ruminantes. 
Esterno e Costelas do cão (vista ventral) 
1: Manúbrio 
2: Primeira costela 
3: Esternébra 
4: Junção costocondral 
5: Cartilagem xifoide 
6: Arco costal 
7: Costela flutuante 
O corpo do esterno é cilíndrico em 
carnívoros, largo e plano em ruminantes, e 
possui uma crista esternal no equino. Ele 
é composto de várias esternébras (de 8 a 9 
nos cães, de 7 a 8 nos ruminantes e equino 
e 6 no suíno). A margem dorsolateral é 
marcada por uma série de incisuras, as 
quais recebem as cartilagens costais das 
costelas esternais para articulação. 
 
 
 
 
Esterno e Costelas do equino 
(vista lateral esquerda) 
1: Manúbrio 
2: Primeira costela 
3: Esternébra 
4: Junção costocondral 
5: Cartilagem xifoide 
6: Arco costal 
O processo xifoide é a última 
esternébra, a qual se prolonga pela 
cartilagem xifoide caudalmente. Ela se 
projeta entre as partes ventrais dos arcos 
costais e é larga e prolongada nos equinos 
e ruminantes, mas fina e estreita nos outros 
mamíferos domésticos. 
 
 
Esterno de um equino (vista lateral) 
1: Parte óssea da costela 
2: Cartilagem costal 
3: Cartilagem do manúbrio 
4: Manúbrio (esternébra do manúbrio) 
5: 1ª esternébra 
6: Crista esternal 
7: Cartilagem xifoide 
Articulação Intervertebral 
As extremidades cranial e caudal de 
duas vértebras adjacentes são conectadas 
por discos intervertebrais. As articulações 
entre as fóveas articulares cranial e caudal 
são articulações planas. 
Cada disco intervertebral consiste 
em duas partes, o núcleo pulposo e o anel 
fibroso (coberto por tecido fibroso). O 
núcleo pulposo situa-se no centro funcional 
do eixo da coluna vertebral, é mantido sob 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
pressão e dissemina as forças 
compressoras às quais a coluna é sujeita, 
o que resulta em tensão do anel fibroso. 
A espessura do disco intervertebral é 
responsável pela flexibilidade da coluna. 
Porém, com o tempo, os discos tendem a 
apresentar alterações degenerativas. 
O mais comum é quando o núcleo 
pulposo pressiona o anel fibroso 
enfraquecido, resultando em hérnia de 
disco em direção ao canal vertebral. Caso 
o anel fibroso se fragmente, o núcleo 
pulposo se direciona ao canal vertebral, 
forçando a medula espinhal e comprimindo 
vasos e nervos. Por ser cercada por osso, 
a medula não tem chance de escapar à 
pressão, causando dor, fraqueza e 
paralisia. 
Discos intervertebrais da região lombar do cão 
 
 
 
Processo espinhoso 
Núcleo pulposo 
Anel fibroso

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