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FICHAMENTO A BOMBA

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FICHAMENTO
A DATA
A primeira bomba atômica lançada sobre alvos civis explodiu sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945. P.7.
Nunca se saberá ao certo quantos foram os mortos pela bomba. Sabe-se que ainda hoje – 60 anos depois, h pessoas padecendo em virtude dos efeitos da radiação. P.7
Aquelas que estavam próximas do epicentro (ponto na superfície terrestre onde ocorreu a explosão) simplesmente desapareceram, viraram pó. Três dias depois, foi a vez de Nagasaki ser atingida pela bomba Fat Man. P.7 e 8.
A cidade de Hiroshima naquela época contava com aproximadamente 350 mil moradores. P.8
Os japoneses somente souberam que aquela arma que devastara as cidades de Hiroshima e Nagasaki era uma “bomba atômica” quando da rendição japonesa no dia 15 de agosto. P.8.
A “bomba de Hiroshima” é, ainda hoje, um tema-tabu, por vezes evitado. No Japão, o silencio persiste. P.8.
A atuação do Japão na Segunda Guerra Mundial se deu por motivos expansionistas, principalmente com interesses na dominação de mais territórios na Ásia. P.9. 
A ideia inclui inutilizar a frota americana no Oceano Pacífico, o que lhe possibilitaria ocupar áreas que, porventura, tivessem petróleo em seus domicílios. Considerando que o bloqueio econômico não foi interrompido, o Japão atacou a base norte-americana de Pearl Harbor, num dos combates relevantes para a História da Segunda Guerra Mundial. P.10.
Nos primeiros meses de 1945, a guerra já anunciava seu fim. Mussolini foi fuzilado em 28 de abril e, no dia 30, Hitler cometeria suicídio. Até esta data, os horrores praticados pelos nazistas nos campos de concentração já, há algum tempo, vinham sendo revelados pela imprensa em todo o mundo. P.10 e 11.
Logo após a devastação das cidades de Hiroshima e Nagasaki, o imperador Hiroíto aceitou dialogar para por um fim aquela guerra “sem limites”. P.11
O anuncio da derrota aconteceu no dia 14 de agosto, causando uma espécie de comoção nos japoneses. P.11
Múltiplas são as justificativas apresentadas sobre o porquê dos Estados Unidos terem lançado duas bombas atômicas sobre o Japão. P.12
Um dos maiores estudiosos sobre os motivos que justificaram o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, Gar Alperovitz, trata como um clichê cansativo, “de que o bombardeio salvaria milhões de vida.” P.13
O uso da bomba era uma forma de mostra-la ao mundo como uma grande conquista tecnológica e que os norte-americanos eram os pioneiros. P.14.
Os norte-americanos esperavam que a bomba acabasse com a guerra antes que o Exército Vermelho e o sistema político russo se estabelecesse na Manchúria. P.15. 
No dia 27 de abril, houve uma primeira reunião com o objetivo de se discutir qual seria o melhor alvo para se lançar a bomba (Target Comittee). Ficou decidido que os alvos deveriam ser cidades que possuíssem bases militares, e que favorecessem a avaliação dos danos. P.18
A eliminação de Kyoto da lista se deu em virtude de ser uma cidade que durante séculos havia sido a sede do Império japonês, o que para os japoneses é um grande orgulho. P.19
A escolha minuciosa da “cidade ideal” para ser bombardeada mereceu cuidados e critérios estabelecidos. Além da importância militar da cidade, esta deveria possuir uma grande população civil. P.19
Vários foram os preparativos que envolveram o lançamento da primeira bomba atômica a ser usada contra alvos civis da História. P.20
No dia 2 de agosto, uma ordem final foi dada especificando o dia 6 de agosto como a data do bombardeio, e Hiroshima, Kokura ou Nagasaki como potenciais alvos. P.21
A bomba atômica de uranio lançada em Hiroshima às 8h15 detonou apenas 43 segundas após seu lançamento. Explodiu a 500 metros sobre a cidade, emitindo um clarão capaz de cegar, criando uma “bola de fogo” em chamas, como um pequeno sol. P.21
Múltiplas são as vitimas da bomba atômica. Desde aqueles que foram atingidos diretamente pela bomba, como também aqueles que tiveram suas vidas transformadas indiretamente, com a perda de familiares e amigos. P.22
Os hibakushas – palavra japonesa que significa literalmente um pessoa que foi afetada pela explosão, mas que se popularizou como um sobrevivente ou testemunha do bombardeio nuclear... P.22
Para um hibakusha, a bomba atômica foi – e ainda é – um marco irrevogável, uma cicatriz na alma do povo japonês. P.23
Podemos afirmar que o hibakusha carregará, para sempre, o estigma de ser “portador da doença da bomba”. P.23
Somente a partir de 1956 – mais de dez anos após o ataque norte-americano à Hiroshima – é que os hibakushas conseguem que a sociedade japonesa os “assumissem” de alguma forma, garantindo-lhes assistência médica gratuita. P.25.
Muitas crianças também foram vitimas do bombardeio. Estima-se entre 2.000 e 6.500 o numero de crianças afetadas pelo ataque atômico. P.26
Após o término da guerra, muitos japoneses imigraram para o Brasil, numa tentativa de reconstruírem suas vidas alteradas pela explosão da bomba atômica. P.29.
Apesar de um Japão totalmente devastado no final da guerra, as aulas escolares na cidade de Hiroshima foram retomadas no final de setembro, em espaços improvisados com o mínimo de estrutura física. P.28
Após o termino da guerra, muitos japoneses imigraram para o Brasil, numa tentativa de reconstruírem suas vidas alteradas pela explosão da bomba atômica. P.29
A ocupação americana no Japão fez recair sobre o país uma censura extremamente rígida. O assunto “bombardeio” tornou-=se “proibido” no Japão durante décadas. P.30
Com o fim da ocupação norte-americana em 1952, o casal resolveu dar um passo bastante ousado. Foram aos Estados Unidos mostrar, através das suas pinturas, o inferno em Hiroshima. O objetivo principal era fazer uma campanha anti-armas nucleares. P.31
Os norte-americanos se sentiram afrontados e perguntaram como que eles se sentiriam caso os chineses fossem ao Japão mostrar pinturas das atrocidades japonesas no rape of Nanking, um dos episódios mais sangrentos da Segunda Guerra Mundial, em que, entre dezembro de 1937 e março de 1938, foram mortos mais de 350 mil chineses – civis e militares – e estupradas cerca de 80 mil mulheres chinesas, na invasão das tropas japonesas à antiga capital chinesa, Nanking. P.32
O episodio foi o suficiente para o casal desafiar o próprio governo japonês e colocar o “dedo na ferida”. P.32
A ocupação do país pelas forças aliadas no final da guerra estabeleceu uma mudança profunda em todos os aspectos da vida japonesa. P.33.
Um longo silencio proposital, pairou durante décadas sobre este tema, ainda tabu na Historia do Japão Contemporâneo. P.34
[...] o Japão ocupado sofreu uma censura em tudo que e publicava nos jornais, livros, etc. Todo e qualquer conteúdo a ser publicado pela impressa ou nos livros didáticos era “filtrado” pelos órgãos de controle da informação. P.34.
O bombardeio é tratado como um fato encerrado, que não pode ser mudado. P.35
A literatura japonesa que tem como assunto a bomba atômica foi escrita na sua maioria pelos sobreviventes, visando como público-alvo a população japonesa. P. 36.
Segundo Okuno Takeo, após 1945, a literatura japonesa comportou-se como se a guerra nunca tivesse ocorrido. P.37
A cidade de Hiroshima tornou-se símbolo global de um povo que luta incessantemente contra a proliferação de armas nucleares e a favor da paz mundial. P.39.
Em dezembro de 1996, o A-Bomb dome foi registrado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, um símbolo da luta contra as armas nucleares, um apelo pela paz. Uma cicatriz que lembra a irracionalidade humana, muitas vezes, sem fronteiras. P.41.
O bombardeio atômico ainda hoje é assunto polêmico para os norte-americanos, que não conseguem consolidar o lançamento da bomba com o senso do “bom moço americano”. P.42.
RELATOS
[...] dois bilhões de dólares na “maior campanha cientifica da historia”, obtendo, em compensação, um enorme êxito com a invenção da “bomba atômica”, que foi lançada domingo ultimo contra a base militar nipônica de Hiroshima P.44
A batalha de laboratórios representou terríveis riscos para nós, tanto quanto as batalhasdo ar, terra e mar. P.45
Gastamos dois bilhões de dólares na maior campanha cientifica da Historia... E a ganhamos. P.46
Hoje, temos certeza de que a decisão foi eminentemente politica, apesar das contestações de parte do corpo de cientistas envolvidos com o projeto da pesquisa nuclear. P.50
Noticias sobre o bombardeio foram publicados no dia 7 de agosto, ou seja, um dia após o lançamento da Little Boy, mas pela imprensa norte-americana. Foi aí que os japoneses tomaram conhecimento da natureza da bomba, que, apesar do seu efeito devastador, não era devidamente avaliada: pensavam se tratar de uma bomba como as outras, só que com maior efeito de destruição. P.54
Também há o fato de que todas as linhas de comunicação entre Tóquio e Hiroshima haviam sido destruídas, realidade que dificultava o acesso às informações, sendo acessíveis aquelas fornecidas pelo quartel general da Armada Imperial e pela radio Americana. P.55
Impossível folhear as paginas do livro e não sentir um mal-estar. O olhar japonês sobre a destruição registrou o caos, a morte, o desnorteamento, a dor. Corpos com carne dilacerada, pessoas carbonizadas, sem olhos (o calor da explosão “derreteu” as retinas), com os membros dilacerados e deformados. P.61
Em 1974,a estação de radio NHK de Hiroshima divulgou uma campanha para coletar desenhos sobre o bombardeio confeccionados pelos sobreviventes. Como resposta, cerca de 80 pessoas enviaram 2.225 desenhos, representando cenários personagens dignos de um filme de ficção. P.72
Hoje, este conjunto de imagens-símbolo pode ser observado em uma exposição permanente no Hiroshima Peace Memorial Museum. P.73
IMAGEM-SÍMBOLO
Como numa grande “vitrine”, imagens instigantes à reflexão encontram-se disponíveis aos pesquisadores e para o público em geral. Cumprem com a sua função de registro histórico: informar ou apenas matar uma certa curiosidade com nuances mórbidas. p.77
Não podemos ignorar que o século XX foi o “século da imagem”, assim como foi também o “século dos genocídios” articulados pelo Estado. P.77
A dor é dos outros, nunca nosso. Somente aqueles que participaram de uma guerra podem relatar o que passaram, a dor sentida. P.76
O relógio – que estava sempre com ele onde quer que ele fosse – parou exatamente às 8h15min39s. a tragédia de Hiroshima ficou com hora marcada. Nesse momento, a cidade parou. P.79
Olhar para esse relógio nos faz imaginar que minutos antes a cidade estava “acordando” para mais um dia, como de hábito. p.79
Mas, uma hora antes, o destino da cidade já havia sido traçado. Por volta das sete horas da manhã. Apareceu no céu um avião bombardeiro norte-americano, o Straight Flush, cuja função era de verificar as condições do tempo de Hiroshima. P.80
Mas, depois da “visita” inofensiva do avião bombardeiro, todos acreditavam que, naquela manhã, nada aconteceria a Hiroshima. Às 8h15s o Japão recebeu seu ultimato, com o poder de destruição. P.80