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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE TAILA FERNANDES SILVÉRIO GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE ORGANIZAÇÃO TRILHA 2: Fordismo, Toytismo e Volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido. De acordo com os autores Avila e Stecca (2015), a teoria estruturalista passou por três fases ou eras organizacionais: a) Industrialização Clássica – vai de 1950 até metade do século XX; voltada para o passado e para a valorização e conservação das tradições e as pessoas eram tratadas como objetos ou recursos de produção. b) Era neoclássica – período entre 1940 a 1990, este modelo burocrático foi redimensionado pela teoria estruturalista e a teoria das relações humanas foi substituída pela teoria comportamental. c) Era da Informação – teve início no ano de 1990 até a atualidade, sendo caracterizado pela valorização das pessoas as quais passaram a ser tratadas como parceiros. Neste aspecto, é importante frisar que independente do modelo organizacional, existe a necessidade de um conjunto de valores (morais e éticos) que são compartilhados por todos os membros de uma organização. Além disso, Wood (1992) apresenta três tipos de teorias: Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Fordismo – Está vinculada diretamente à ‘combinação de princípios militares e de engenharia’; esta teoria originou-se a partir da teoria clássica, na qual as pessoas eram vistas como um objeto ou recurso. O fordismo baseia-se na administração cientifica onde foi desenvolvida de acordo com as tarefas da organização com a finalidade de aumentar a eficiência industrial. O sistema Fordismo foi percursor da produção em massa e adoção da linha de produção, inovando a produção com o maior número de produtos acabados pelo menor custo possível. Para acelerar a produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico, Ford adotou três princípios. Os princípios básicos de Ford foram à intensificação, a economicidade e a produtividade. A intensificação objetivava minimizar o tempo de duração da produção, por meio da utilização de meios adequados, para a sua colocação rápida no mercado (AMBONI; ANDRADE, 2007). Dessa forma, o fordismo pode ser associado a metáfora das organizações como máquina onde as partes são interdependentes ajustadas de forma precisa com a finalidade de produzir determinado resultado. Toyotismo – Principal característica desta teoria constitui-se em “uma maior adaptabilidade às condições ambientais”; como ocorreu com a teoria neoclássica, este período está diretamente relacionado com comportamento humano. No sistema de produção, o trabalhador passa a ter uma visão sistêmica e produção mais flexível. No sistema Toyota foi desenvolvido ferramentas, sendo destaques: Kanban e Just in Time. A ideia central do Sistema Toyota de Produção é promover um fluxo harmônico de materiais entre os postos de trabalho, produzindo componentes nas quantidades e nos momentos em que são necessários. Neste sentido é importante promover um fluxo eficiente de informações entre trabalhadores nas diferentes células ou postos de trabalho (SHINGO, 1996; OHNO, 1994). O Toyotismo é associado a metáfora das organizações como organismos, ou seja, que sofrem e influenciam o meio onde estão inseridas. Volvismo – Também conhecido como período reflexivo, introduzido pelo volvo, por isso Volvismo e caracteriza-se pela valorização do capital humano, é também conhecido como a era da reflexão na qual o ser humano passou a ser visto pela indústria, como um parceiro. Nesse modelo, a organização é comparada como cérebro com a finalidade de melhorias no modo de produção. Wood Jr. (1992, p. 12) aponta que uma organização atuando como um cérebro deverá possuir necessariamente estes quatro princípios: “capacidade de sentir ou monitorar o ambiente e o processo de produção; relacionamento das informações colhidas com normas predefinidas; detecção das variações no processo; início da correção no processo”. O objetivo da Volvo era flexibilizar o produto e o processo além de visar trabalhadores mais saudáveis, aumento da produtividade reduzindo custo com a maior qualidade. Para os autores Avila e Stecco (2015), defendem que “a organização representa o meio que permite às pessoas que com ela colaboram alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho”; ou seja, os autores defendem a importância de se desenvolver ajustes compatíveis com a realidade da organização a ser gerenciada. No entanto, Melo et al. (2017) defende que “a teoria contingencial que diz que diferentes ambientes requerem relações organizacionais para uma ótima eficácia”; isto é, o capital intelectual de uma empresa consiste-se no maior patrimônio de um empreendimento, pois é através dele que é movida toda a engrenagem da empresa, envolvendo os setores de produção, administrativo, financeiro, logístico entre outros. Desta maneira, para que os negócios de uma empresa fluam com excelência, faz-se necessária a integração de conhecimento, através da qual será possível todo o processo de produção, desde o pedido do cliente, a produção, o faturamento, a entrega e a satisfação do cliente diante da aquisição do produto. Assim, acredita-se que não existe a menor possibilidade de sucesso numa empresa onde o conhecimento permaneça isolado em pequenos grupos ou a indivíduos. REFERÊNCIAS ÁVILA, Lucas Veiga; STECCA, Jaime Peixoto. Gestão de Pessoas. [S. l.: s. n.], 2015. 76 p. ISBN 978-85-63573-74-2. ANDRADE, R. O.; AMBONI, N. TGA: Teoria geral da administração. São Paulo: M. Books do Brasil, 2007 LIVEIRA, Willian (org.). Teoria Geral de Administração. [S. l.: s. n.], 2017. 77 p. Disponível em: https://www2.unifap.br/glauberpereira/files/2015/12/TGA- EBOOK2.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019. MELO, Adenilza da Silva et al. Teoria de Contigência. [S. l.], 2017. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/teoria-da-contigencia. Acesso em: 10 dez. 2019. OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Trad. Cristina Schumacher. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. TONIOL, Ana Paula Nobile; ALBIERI, Sara. Ciência econômica e economia da cultura: Transferência e Especificidades. Revista: História Intelectual, [s. l.], 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/162122/156031. Acesso em: 10 dez. 2019. WOOD-JR., Thomaz. Fordismo, Toyotismo E Volvismo: Os Caminhos Da Industria Em Busca Do Tempo Perdido. Revista de Administração de Empresas, São Paulo - SP, p. 7-18, 1992.