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____________________________________________________________________________________________________________________________ Trabalho realizado pela Aluna de Engenharia de Produção Débora S. Gularte e Equipe de engenharia de Transformação Mecânica na Fábrica de Aços Especiais na Unidade da Gerdau -Charqueadas-RS . Tendo como professor e orientador da disciplina de Ferramentas Enxuta I do primeiro semestre 2020 Ricardo Buneder naUniversidade UNILASALLE na Cidade de Canoas, RS, Brasil. ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I IROG/OEE: Revisão e correção de dados IROG /OEE : Revision and data correction Debora Schilling Gularte RESUMO Introdução e Objetivo: Este artigo visa fazer uma avaliação dos dados de controle do IROG/OEE de um determinado equipamento, o qual é caracterizado como gargalo em uma linha de transformação mecânica na fabricação de aços especiais. Os dados demonstrados neste artigo foram coletados durante um projeto de avaliação das 7 perdas e aumento do desempenho operacional do equipamento. Após o levantamento das informações sobre a situação atual do OEE, foram verificadas melhorias em relação aos insumos utilizados no processo os quais implicam na parada operacional do equipamento e principalmente ao lançamento de dados relacionados ao motivo das paradas operacionais , os quais estavam sendo registrado de forma equivocada pelos operadores. O principal problema deste projeto foi a migração dos lançamento das informações da planilha de excel para o sistema MES e a ajustar as metas de eficiência do equipamento . O objetivo geral é avaliar a eficiência global do equipamento a fim de aumentá-la e dar maior confiabilidade nos dados extraídos do sistema , tanto pela operação quanto pela gerência e direção da empresa. Este artigo está dividido em 8(oito) capítulos, o primeiro refere-se a introdução, Logo Metodologia, Sobre a Empresa e o processo, Análise do OEE, Resultado das análises, Gargalo de produção, Insumos X Troca Ferramental, Migração do OEE , e por fim a conclusão e referências. Resultados: Adequação do OEE ao sistema, Eficiência do gargalo e redução de custos. Conclusão: O Resultados da migração para atingir metas detor e da usina. Palavras-chave: IROG, OEE, redução custos. ABSTRACT Introduction and Objective: This article aims to make an evaluation of the IROG / OEE control data of a specific equipment, which is characterized as a bottleneck in a mechanical transformation line in the manufacture of special steels. The data shown in this article were collected during a project to evaluate the 7 wastes and increase the operational performance of the equipment. After collecting the information on the current situation of the OEE, improvements were verified in relation to the inputs used in the process which imply the operational shutdown of the equipment and mainly the release of data related to the reason for the operational shutdowns, which were being recorded in a mistaken by operators. The main problem with this project was the migration of the data from the excel spreadsheet to the MES system and adjusting the equipment's efficiency goals. The overall objective is to assess the overall efficiency of the equipment in order to increase it and give greater reliability to the data extracted from the system, both by the operation and by the management and direction of the company. This article is divided into 8 (eight) chapters, the first refers to the introduction, than Methodology, Company and the process, OEE Analysis, Result of the analysis, Production bottleneck, Inputs X Tooling Change, OEE Migration, and finally the conclusion and references. Results: Adequacy of OEE to the system, bottleneck efficiency and cost reduction. Conclusion: The results of the capture to achieve detected targets and plants. Keywords: IROG, OEE, Cost reduction IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 INTRODUÇÃO Com intuito de explorar ao máximo a capacidade do gargalo da Linha de acabados do setor de transformação mecânica na produção de aços especiais, a empresa se utiliza de algumas ferramentas para medir sua eficiência operacional, dentre elas o IROG( Índice de Rendimento Operacional Global – é medido pelo OEE (Overall Operations Effectiveness), conforme ANTUNES, 2008 “ O conceito do IROG pode ser baseado pelo Índice de Eficiência Global dos Equipamentos”, dado este conceito, nosso trabalho será medido através do OEE em se tratando de um equipamento , o qual precisa ser explorada sua eficiência e performace além de suas paradas operacionais. Este artigo estará focado em um equipamento específico, uma descascadeira de barras de aços especiais . A unidade fabril trabalha com sitema de produção puxado. METODOLOGIA Este artigo caracteriza-se como um estudo de Caso, baseado em coletas de dados através da analise documental e a observação direta na unidade de estudo. A análise foi realizada em uma máquina de descascamento de barras de aços especiais em um usina siderúrgica semi-integrada localizada em Charqueadas , no Rio Grande do Sul a qual fabrica aços especiais para o mercado nacional e internacional. Avaliou-se OEE deste maquinário e através dos resultados obtidos, apresentou-se uma proposta para o aumento do rendimento e diminuição de paradas. SOBRE A EMPRESA E O PROCESSO A empresa Gerdau trabalha no mercado de aços desde 1901 , ela é a maior empresa Brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos e minério de ferro, atividades que ampliam o mix de produtos oferecidos ao mercado e a competitividade das operações. Além disso, é a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. Os aços especiais processados na descascadeira passam por um processo de usinagem da superfície e são utilizadas principalmente em cremalheiras, pinhões, eixos, haste de fixação eólica e hidroelétrica, engrenagens de precisão, entre muitas outras aplicações. Quando a aplicação requer dos componentes altos desempenhos , em resistência à fadiga, tração, compressão, torção, flexão e/ou temperaturas diferenciadas, entre outras características específicas, recomenda-se a utilização de AÇOS ESPECIAIS. Diante destas informações o desempenho dos equipamentos deve estar baseado nos três pilares da empresa os quais são escritos em ordem de importância: SEGURANÇA, QUALIDADE e PRODUÇÃO. Ainda que o equipamento possa atingir um OEE de 100%, se a segurança dos profissionais e da estrutura da empresa forem prejudicadas e/ou comprometidas , não haverá razões para comemorar os resultados . A Bandeira da SEGURANÇA sempre deve estar no topo de todas as decisões gerencias do processo. ANALISE DO OEE A máquina estudada é o gargalo da linha de acabamento mas não é considerada um recurso com capacidade restrita, ou seja, a mesma não se utiliza de 24 horas de operação, segundo Antunes (2008) ela baseia-se pelo OEE, onde possui paradas programadas IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 que não afetam a eficiência global do equipamento. No início da avaliação do OEE os registros eram realizado em uma planilha de excel pelos operadores do equipamento, na qual todos os dados eram registrados manualmente , inclusive o motivo das paradas. A meta da coordenação da célula era utilizar os dados de forma automática no sistema que já existia de forma a ter maior confiabilidade no resultadodos indicadores. A primeira etapa do processo foi analisar a viabilidade técnica de manter os lançamentos somente no sistema já existente chamado MES , pois outras áreas da usina já utilizavam o sistema para medir o OEE. Diante disto foi realizado uma reunião entre o setor de transformação mecânica e o responsável pela migração do OEE do setor de Aciaria ; nesta reunião foram discutidas as barreiras para migração e possíveis alterações que deveriam ser feitas na base de dados de forma a obter um resultado com maior confiabilidade. No primeiro momento foi impresso o extrato do OEE via MES e o OEE da planilha de excel, e o que se obteve foi um resultado muito discrepante. Na planilha de excel tínhamos um OEE do equipamento de 89% e no sistema MES o relatório apontou 62% de OEE da máquina descascadeira . Com estes dados iniciou-se um diagnóstico do motivo pelo qual existia uma diferença de 27% entre uma informação e a outra e foi realizado pela equipe de trabalho um brainstorm das mapear as possíveis falhas, então definiu-se 3 assuntos inicias para ajustar os dados do OEE e analisar as falhas: 1. Verificar a base de dados quanto aos Minutos por toneladas registrados na base de calculo de ambos , MES e Excel; 2. Conferir paradas da máquina, mais precisamente a descrição do motivo das paradas operacionais; 3. Analisar a forma que os operadores estavam realizando os registros no GEMBA; RESULTADO DAS ANÁLISES 1. Após confrontar dos dados foi necessário realizar um ajuste em min/ton ( Minutos por toneladas) pois esta informação estava desatualizada o que interferiu no resultado da produção diária no OEE do MES. 2. Sobre as paradas foi observado que algumas paradas estavam sendo registradas de forma incorreta e para ilustrar isto segue a tabela de dados do mês de Janeiro/2020. Figura 1 Cód. Descrição Parada Horas 11 TROCA FERRAMENTAL 15,85 12 REFEIÇÃO 16,92 13 REGUL. MAQUINA 10,97 9 CAMBIO 5,25 4 MAN. MECÂNICA 0,88 18 AGUARDANDO EMBALAGEM 0,00 15 FALTA PROGRAM 6,85 1 REUNIÕES 6,72 3 AGUARD LIBERAÇÃO 3,52 20 MANUT PROGRAMADA 3,77 14 LIMPEZA / AUTONOMA 0,10 5 MAN. ELE/ELETRO 2,05 2 FALTA DE MATERIAL 2,92 23 SEGURANÇA 0,00 10 FALTA PONTE 1,20 24 INFORMATICA 0,00 22 QUALIDADE 0,00 IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 7 Pela análise de Pareto no mês de janeiro observamos que as 3 principais paradas são refeição , troca ferramental e regulagem da máquina , o que será analisado mais adiante e já estava dentro do esperado , porém , o quarto maior tempo é o código 15 , “ Falta de Programa” e justamente este item , quando é registrado , não influencia no resultado do OEE ( segundo o calculo formatado pela empresa na tabela de excel) então questionou-se os operadores os motivos que levaram eles a registras esta opção, e obtivemos respostas não condizentes com o motivo real da parada. O que nos fez adotar um treinamento individual no local de operação para registro das paradas operacionais e contamos com a equipe de automação para fazer as adequações necessária; Em tratativas com a automação, para nossa surpresa , eles já haviam instalado durante o semestre um botão no painel de comando para agilizar os registros das paradas , já que no sistema da empresa esta condição já existia mas não estava sendo utilizada de forma correta. 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 Paradas - DESCASCADEIRA 4 Figura 2escasc. Figura 3escasc. IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 Então relacionada a “motivos das paradas operacionais” realizamos um ajuste também na arvore estrutural do sistema e esclarecemos em quais circunstâncias o código 15 poderia ser usado. 3. Sobre a análise da forma que os operadores estavam registrando as paradas operacionais e os dados referente ao material processado , tivemos mais algumas observações levantadas pelos próprios operadores , os quais contribuíram efetivamente para que a migração pudesse ser realizada ; é claro que poder controlar a performace na planilha de excel contabilizava uma pontuação no semestre que tinham retornos financeiros , mas entenderam que a estabilização do sistema poderia trazer bons resultados para a equipe e promover o projeto de competitividade melhorando os resultados da usina . GARGALO DE PRODUÇÃO Gargalos de produção é qualquer recurso cuja sua capacidade de produção for igual ou inferior à demanda estabelecida a ele, esse recurso ditará o ritmo de produção do posto de trabalho inteiro (GOLDRATT; COX, 2014). A descascadeira, como já citado anteriormente , é um gargalo e há um projeto de aumento de capacidade com uma nova descascadeira mais moderna e com outros recursos que possibilitem a redução do tempo de ciclo desta área, a especulação pelo investimento ainda esta em pauta , mas diante do momento econômico, o qual afeta a economia global , prevê-se que haja alguma alteração na configuração deste processo após 2022. INSUMOS X TROCA FERRAMENTAL Observando o gráfico referente as paradas da máquina descascadeira, temos 15,85h (951min) , cada parada de troca ferramental dura em média 5 a 8 minutos . Levando em consideração que as paradas de troca ferramental ocorrem por desgaste do inserto, não é possível determinar quantas barras exatamente serão descascadas até a próxima troca devido a diversos fatores que são relacionados a especificação técnica do material, ou seja , dureza , ovalização, qualidade superficial, etc. Cada “corrida” ou podemos chamar lote produzido, possui uma especificação técnica, esta especificação trata-se da composição química de cada aço, sendo assim a dureza de cada aço é diferente de acordo com a necessidade de resistência mecânica. Todo material produzido passa por teste laboratorial e mesmo que o produto possua uma faixa de dureza (Exemplo 190 a 210) o laboratório emite um certificado no qual é registrada a dureza real do material que é referente ao certificado de qualidade. Estas informações dos dois parágrafos acima são para descrever que foi necessário e continua sendo avaliado o insumo que realiza o descascamento das barras o qual é chamado, tecnicamente de inserto. Além da análise relacionada aos ajustes de registro de dados para geração dos relatórios do OEE pelo sistema MES foi encontrado uma oportunidade de reduzir os custos dos insumos e consequentemente diminuir o tempo de paradas para troca de Ferramenta/Inserto, este assunto daria mais um artigo , por isto iremos nos deter aos registros e a adequação do sistema. Logo a redução do tempo de paradas será um trabalho posterior para que se possa trabalhar também com o método TRF – Troca rápida de ferramentas ou também conhecido como SMED (Single Minute Exchange of Die). MIGRAÇAO DO OEE A migração do OEE sofreu um atraso no cronograma então é hora de fazer o check-list, virar a chave e monitorar os resultados. A decisão de migrar por completo foi realizada e antes da migração acompanhou-se os dados de lançamento pelos operadores em paralelo manteve-se a planilha de excel durante um mês até que os resultados e as dúvidas dos operadores entrassem no grau de satisfatório, então virou-se a chave e o que se obteve foi uma evolução nos resultados do OEE para o equipamento na descascadeira. CONSIDERAÇÔES FINAIS E PROPOSTA DE MELHORIA IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 Seguindo o objetivo deste artigo que foi a revisão e correção dos dados para migração da planilha de excel para o sistema integrado de dados da usina MES , pode-se dizer que o trabalho não limitou-se somente a estas linhasmas que os objetivos conforme o tema foram alcançados e continuam em desenvolvimento para que se possa alcanças as metas da usina. A oportunidade de melhoria a partir desta implantação é trabalhar na TRF -Troca rápida de ferramentas e em insumos para descascamento de barras com maior durabilidade para aumentar o tempo de operação e reduzir os tempos de parada para troca de ferramentas. CONCLUSÃO O resultado do trabalho de migração teve um reflexo importantes nas metas da equipe e da gerência criando um projeto de competitividade para a produção. Após 4 meses de implantação o OEE do sistema que inicialmente era 62% para máquina descascadeira passou para marca de 83% ( conforme representação da figura 4) e na figura 5 podemos ver as metas até dezembro /2020 . Estes resultados referente a célula já aparecem nos resultados da usina conforme a figura 6. Figura 4escasc. Descascadeira Figura 5escasc. IROG/OEE: Revisão e correção de dados ARTIGO DE FERRAMENTA ENXUTA I - junho/2020 Figura 6 REFERÊNCIA 1. ANTUNES, J. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. 2. GERDAU Aços Especiais. Disponível em: https://www2.gerdau.com.br/produtos/barra- descascada-redonda-de-construcao- mecanica. Acessado em 10 de junho de 2020. https://www2.gerdau.com.br/produtos/barra-descascada-redonda-de-construcao-mecanica https://www2.gerdau.com.br/produtos/barra-descascada-redonda-de-construcao-mecanica https://www2.gerdau.com.br/produtos/barra-descascada-redonda-de-construcao-mecanica
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