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AULA 5 PROPAGAÇÃO FRUTIFERAS 2020[5609]

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PROPAGAÇÃO DE FRUTÍFERAS
1. FORMAS DE PRODUZIR UMA MUDA DE 
FRUTÍFERA:
- POR SEMENTES 
- POR ESTACAS
- POR MERGULHIA 
- POR ENXERTIA SOBRE MUDAS ORIUNDAS 
DE SEMENTES, ESTACAS OU MERGULHIA
- CULTURA DE TECIDOS
PROPAGAÇÃO DE FRUTÍFERAS
2. PARTES QUE COMPÕEM UMA ÁRVORE FRUTÍFERA:
1. PLANTA INTEIRA ORIUNDA DE SEMENTES - mamoeiro
2. PLANTA INTEIRA ORIUNDA DE ESTACAS – pessegueiro, quivizeiro,
amoreira
3. PLANTA ENXERTADA – TEM DUAS PARTES
COPA (EPIBIOTO) SOBRE CAVALO (HIPOBIOTO)
Cultivar copa sobre “cavalo" ou porta-enxerto
Macieira Gala sobre porta-enxerto M9
Combinações mais complexas = três componentes
Copa + filtro+ porta-enxerto
Cavalos = originários de sementes ("seedlings")
propagação assexual (clones).
JUVENILIDADE
Fruteiras originárias de sementes, e deixadas crescer livremente, sem
realizar enxertia, são denominadas "pé-franco", e possuem um amplo
período de crescimento apenas vegetativo.
Neste período não há florescimento nem frutificação, e denomina-se
este período de" estado juvenil" ou "juvenilidade", que é a fase de vida da
planta onde ela não floresce, independente das condições ambientais
que lhe são impostas. Ela ainda não entrou na fase reprodutiva
(maturidade).
A fase juvenil pode variar de 1 a 8 anos, dependendo da fruteira, e é
caracterizada por um rápido crescimento de todo o organismo, e por
características morfológicas e fisiológicas distintas.
Características morfológicas ligadas à juvenilidade - presença de
espinhos, e folhas diferenciadas; Características fisiológicas -
capacidade de iniciar raízes adventíceas, ausência de floração.
O período de juvenilidade é suprimido quando se realiza a enxertia de
tecidos maduros sobre uma planta em fase juvenil
Conífera obtida de 
semente; 
A=tecido juvenil; 
B=ápice maduro
Frutífera obtida de sementes: 
A=tecido juvenil; 
G=parte madura que floresce; 
Gradiente de juvenilidade: A>F>E>D>C>B 
USO DE PORTA-ENXERTOS NO CONTROLE DO VIGOR
PROPAGAÇÃO DE FRUTÍFERAS
3. FORMAS DE PROPAGAÇÃO DAS FRUTEIRAS: 
* Propagação sexuada ou gâmica
* Propagação assexuada ou agâmica.
Via sexual ou gâmica: utilização de sementes
Plantas produzidas são diferentes da planta mãe
Sementes = gameta masculino (pólen) + feminino (óvulo)
Flores diferentes de uma mesma planta (autopolinização)
Flores de plantas diferentes (polinização cruzada)
Plantas matrizes homozigotas com autofecundação =
descendentes com características muito semelhantes à planta
mãe.
Polinização cruzada na natureza = segregação genética induzida
pela reprodução sexual assume grande importância
PROPAGAÇÃO VIA SEMENTES 
Utilizada para:
- criação de novas cultivares, através de cruzamentos 
dirigidos;
- obtenção de porta-enxertos (citros, ameixa, pêssego, 
pera, caqui)
- propagação de fruteiras que não possuem outra forma 
de propagação, ou que tenham facilidade de 
propagação por sementes
Mamão, côco da bahia, goiaba da serra, 
araçá, pitanga, cereja-do-rio-grande, jabuticaba, 
goiaba, uvaia, acerola, nêspera, maracujá, 
tâmaras, romã, uva japonesa.
VANTAGENS DA PROPAGAÇÃO SEXUADA:
- variabilidade genética: implica em se ter aumentada a
probabilidade de resistência a doenças ou pragas que possam
surgir no pomar, uma vez que as plantas terão diferentes cargas
genéticas, não serão uniformes.
DESVANTAGENS:
- plantas produzidas diferentes da planta mãe - existirão variações
na qualidade de frutos, produtividade, resistência a doenças e
pragas, absorção de nutrientes, porte de plantas;
- porte das plantas diferenciado, havendo necessidade de um
grande número de plantas para selecionar as mais uniformes na
hora de implantar um pomar;
- grande período de juvenilidade, demorando mais tempo para
entrar em produção.
Apomixia ou Poliembrionia
É o fato de uma determinada semente conter vários 
embriões, sendo um deles de origem gamética e os demais 
apomíticos, ou seja, formados a partir de tecidos do nucelo
ou do saco embrionário(tecido somático 2n). 
Neste caso pode-se obter propagação assexuada através da 
semente, pois o embrião nucelar dará origem a uma planta 
idêntica à planta mãe, rejuvenescida.
Exemplo: CITRUS, MANGA
COLETA DE SEMENTES:
MÉTODO DE COLETA - determinado pelo tipo de 
fruto:
Frutos secos - colhidos de plantas matrizes, frutos em 
processo de maturação, antes da deiscência natural. 
(nogueira pecã, nogueira européia, amêndoa)
Frutos carnosos (drupas e bagas)- coletar sementes de 
frutos maduros, bem formados, de boa qualidade, de 
plantas matrizes com boa sanidade, perfeitamente 
identificadas, adultas mas não muito velhas
Retirar muscilagem/polpa (pêssego, ameixa, 
maracujá, mamão, citros)
COLETA DE SEMENTES:
MÉTODOS DE LIMPEZA:
- método da peneira: misturar calcáreo às sementes,
friccionar em uma peneira, lavar e secar à sombra
(para mamão, maracujá, citros).
- revolvimento associado à aspersão com água, até
completa limpeza, evitando a fermentação (pêssego).
- liquidificador + peneira fina: quivi
Sementes sem muscilagem (pera, maçã) – coleta,
limpeza com água, secagem à sombra e tratamento
com fungicida amplo espectro (captan).
Semeadura ou armazenamento sob baixas
temperaturas (5 a 13 º C), até a época de semeadura.
DORMÊNCIA DAS SEMENTES
Tipos:
- fatores mecânicos: tegumento duro e impermeável,
impede a entrada de água na semente. Ex: prunoideas.
- fatores morfológicos: embriões rudimentares: fruto
maduro, mas embrião ainda não formado, necessitando
de um período maior para seu completo
desenvolvimento. Ex: prunoideas.
- fatores fisiológicos: embrião dormente devido à
presença de inibidores do crescimento. Semente
necessita passar por período de baixas temperaturas (+-
5ºC) ou tratamento com giberelinas, para ocorrer a
quebra de dormência. Ex: maçã, pera, quivi. Em alguns
casos pode ser feita a remoção dos inibidores com água
corrente.
Épocas de coleta de sementes de algumas frutíferas:
Maçã /pera - fev/abril Citros - março a setembro
Pêssego/ameixa - nov/jan Marmelo – fev - abril
Quivi - março/abril Abacate – fev - abril
Caqui - abril/maio Nêspera – junho - setembro
Romã - março – abril Poncirus – março - maio
Após a quebra de dormência, o tempo necessário à germinação
varia em função da espécie e da temperatura.
De modo geral, em temperaturas de 25ºC as sementes germinam
após 25 a 30 dias.
A viabilidade das sementes varia conforme a espécie e o método
de armazenagem.
Sementes grandes não apresentam grande período de viabilidade
devido à oxidação dos óleos que contém (rancificação).
VIA ASSEXUAL OU AGÂMICA
Utilizam-se partes de uma planta (caule, raízes, folhas e ramos) para 
formar uma nova planta. 
Esta técnica se fundamenta na capacidade de regeneração e 
diferenciação dos tecidos vegetais, formando novos tecidos. 
Toda célula vegetal é TOTIPOTENTE - contém toda a carga genética 
necessária para a formação de uma nova planta.
VANTAGENS DA VIA ASSEXUAL:
- rapidez e facilidade de propagação
- transmissão fiel das características da planta mãe
- única forma de propagação para espécies sem sementes:
laranja umbigo, banana, abacaxi.
- confere maior uniformidade às plantas produzidas
- diminui / suprime o período de juvenilidade
FORMAS DE PROPAGAÇÃO ASSEXUADA:
- Mergulhia - Alporquia - Encostia - Estaquia - Enxertia
- Cultura de tecidos - Separação de rebentos ou filhotes
BASES FISIOLÓGICAS DO ENRAIZAMENTO:
HORMÔNIO - AUXINA oriunda do ápice do ramo = RAÍZES;
Alta dose de auxina - ETILENO
OUTROS - cofatores de enraizamento - carboidratos e compostos
nitrogenados produzidos nas folhas;
Partes de ramos sem meristema apical, ou material de difícil
enraizamento - usar auxina exógena - ácido indol butírico (AIB) ou
ANA para promover o enraizamento deste material.
Cofatores:Rizocalina: enzima polifenol-oxidase, orto-dihidroxifenol,
Cofator 3 – ácido isoclorogênico; Cofator 4 – terpenóides oxigenados;
Catecol (compostofenólico que protege AIA), ABA (antagônico à
giberelina) e Floroglucinol
Bases anatômicas do enraizamento:
Raízes adventíceas de estacas de plantas perenes lenhosas se
originam no tecido do floema secundário jovem, e também do
câmbio.
O início das raízes são pequenos grupos de células meristemáticas
que se dividem e formam grupos compostos de muitas pequenas
células, que darão origem aos primórdios radiculares.
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BASES ANATÔMICAS DO ENRAIZAMENTO:
A divisão celular continua, formando as pontas das raízes, um
novo sistema vascular que se conecta com o sistema vascular
adjacente, e a ponta destas raízes cresce até o exterior, surgindo do
caule.
Fatores mesológicos que afetam o enraizamento
Umidade - essencial para evitar o secamento das estacas, bem
como favorecer a emissão de raízes; muito utilizada em estacas
herbáceas (névoa artificial - nebulização intermitente) para evitar o
secamento das estacas. Além disto, o número de folhas a ser
mantido nas estacas deve ser reduzido a dois pares no máximo, e
quando muito grande, devem ser cortadas ao meio, para diminuir
a transpiração. Nas estacas lenhosas a proteção deve ser feita com
parafina ou cera de abelhas derretidas, ou com parafilme.
Temperatura - a temperatura na parte inferior do leito de
enraizamento deve ser alta (24 25º C) para estimular a divisão
celular; na parte aérea deve ser mais baixa (15 a 21º C) para
reduzir a transpiração e a respiração.
Fatores mesológicos que afetam o 
enraizamento
Luz - a luz parece inibir a formação de raízes (a falta de luz a
estimula) nas estacas lenhosas; nas herbáceas com folhas a luz é
importante na síntese de carboidratos (cofatores do enraizamento).
Este efeito varia conforme a estaca e espécie; a luz também parece
ter influência sobre o nível de auxinas - fotolábil.
Meio para o enraizamento - deve proporcionar umidade e
oxigêmio suficientes, e ser livre de patógenos; o meio para
enraizamento não precisa fornecer nutrientes, até que o sistema
radicular esteja estabelecido.
Os substratos mais utilizados são areia, turfa, vermiculita, perlita,
mistura solo + areia.
Mergulhia
Conceito:
Produção artificial de raízes e caules adventíceos em partes de
plantas, para formar um novo indivíduo; neste método de
propagação a parte vegetativa regenerada se encontra ligada à
planta mãe, sendo destacada apenas após o enraizamento.
Tipos de mergulhia:
- mergulhia de ponta
- mergulhia simples
- mergulhia em valeta
- mergulhia em serpentina
- megulhia de cepa
- mergulhia contínua ou chinesa
- mergulhia aérea (alporquia)
TIPOS DE MERGULHIA
Mergulhia em valeta
Mergulhias
MERGULHIA DE CEPA
ALPORQUIA OU MERGULHIA AÉREA
Ficus
ALPORQUIA OU MERGULHIA AÉREA
Mergulhia
Estaquia:
Conceito: consiste na regeneração de partes de caules ou raízes, 
destacados da planta mãe.
Tipos de estacas quanto à forma:
De acordo com a parte coletada do ramo ou da raiz, ou com o número de 
gemas deixadas, as estacas podem ser denominadas da seguinte forma:
Simples Talão Cruzeta Gema Raiz
A estaca deve ter o corte inferior reto e o superior em bisel.
ESTAQUIA:
Cortes em Plumeria
- obtenção de muitas plantas (copa ou PE) a partir de uma matriz 
em pouco tempo;
- baixo custo e uso de técnicas simples;
- não há problemas de incompatibilidade entre copa e PE;
- reproduz clones;
- uniformiza plantas enxertadas sobre estacas.
VANTAGENS DO USO DA ESTAQUIA:
1. Estacas herbáceas:
- coletadas durante o período de crescimento vegetativo da 
planta (primavera/verão);
- possuem alta atividade meristemática;
- coletados ramos em crescimento ativo (do ano) com folhas; 
- comprimento de 10 a 25 cm, com 2 a 3 pares de folhas, e 
diâmetro variável. 
- tratamento na base com AIB na concentração de 2000 ppm
durante 5 segundos;
- substrato sob nebulização e temperatura controladas.
Tipos de estacas quanto à época de coleta:
2. Estacas lenhosas e semi-lenhosas:
- lenhosas coletadas no período de dormência, no início do inverno;
- semi-lenhosas coletadas no final do verão e início do outono;
- ramos em fase final de crescimento, amadurecidos, com 70% das 
folhas caídas; 
- 25 a 40 cm de comprimento, e diâmetro de 10 mm; 
- enterradas cerca de 2/3 de seu comprimento, em substrato 
adequado;
- não necessitam de nebulização; alta temperatura no substrato 
favorece o enraizamento (20 a 27° C);
- imersão em água remove inibidores do enraizamento;
brotos coletados de estacas de raiz, 
enraizados
estaca herbácea 
enraizada
brotos de estacas de raiz 
estacas de ramos 
lenhosos
Os principais fitorreguladores utilizados no enraizamento de estacas são 
auxinas (AIB, AIA e ANA). 
Podem ser utilizados de diversas formas:
1.Solução diluída: 20 a 200 ppm - imersão da base da estaca por 24 
horas 
AIB = álcool + água; Citocininas: HCl 1 N 
ANA: KOH ou NaOH 1 N, hidróxido de amônio; 
2.Solução concentrada: 200 a 5000 ppm - imersão por 5 segundos;
3.Pó - a base da estaca é impregnada pela mistura talco + fitorregulados, 
na concentração de 1000 a 10.000 ppm;
4.Pasta - a base da estaca é coberta pelo fitorregulador veiculado pela 
lanolina.
FITORREGULADORES:
- idade da planta e espécie - ramos de plantas jovens enraizam com 
mais facilidade, bem como ramos oriundos da zona juvenil de uma 
planta; na fruticultura, determinadas espécies como uva, figo, amora-
preta, tem mais facilidade de enraizamento do que outras.
- tipo de estaca - as lenhosas enraizam com mais facilidade quando 
oriundas da parte basal do ramo, e as herbáceas quando se utiliza a 
parte apical; em geral as herbáceas e semi-lenhosas enraizam com mais 
facilidade devido à alta atividade meristemática;
- nutrição e condição fisiológica da planta mãe - plantas bem nutridas 
e com relação C/N mais elevada enraizam com mais facilidade (técnicas 
de dobragem e anelamento que provocam acúmulo de carboidratos na 
estaca facilitam enraizamento); ramos maduros, mais lignificados, 
tendem a apresentar mais carboidratos;
- uso de fitorreguladores.
Fatores que influenciam na regeneração de uma planta a 
partir de estacas:
- Rebentos de raízes: originam-se de gemas adventíceas de raízes 
com desenvolvimento superficial no solo; Ex.: framboesa, uva, 
marmelo, pêra, maça.
Outras formas de propagação de fruteiras:
- Filhotes: são brotações originadas de gemas laterais situadas ao 
longo do caule, que enraizam facilmente quanto plantadas. Ex.: 
abacaxi (filhote, filhote-rebentão, rebentão).
- Rizomas: bananeira
- Cultura de tecidos
Outras formas de propagação de fruteiras:
Consiste na união de tecidos de duas plantas, com sobrevivência das 
mesmas, sendo que uma irá constituir o porta-enxerto e outra irá 
constituir a copa.
1. Porta-enxerto (hipobioto, cavalo): responsável pelo sistema radicular
(fixação da planta e absorção de nutrientes).
2. Copa (Epibioto, cavaleiro): responsável pela fotossíntese, elaboração de
seiva, qualidade e produção de frutos.
3.Mesobioto (filtro, inter-enxerto): utilizado quando a variedade copa não é
compatível com o porta-enxerto e existe uma variedade que é compatível
com os dois.
ENXERTIA:
- absorção de nutrientes (capacidade e distribuição do sistema radicular)
- vigor da planta
- tolerância a diferentes tipos de solo
- tolerância ou resistência a determinadas pragas e doenças de solo
- produtividade da copa, precocidade de produção
- qualidade da fruta
Características conferidas pelo porta enxerto:
- tamanho, coloração,qualidade e sabor da fruta
- épocas de floração, brotação 
e colheita
- resistência e/ou 
suscetibilidade a doenças 
e/ou pragas da parte aérea
Características 
conferidas pela copa:
1. Assegura as características da planta mãe;
2. Precocidade e controle do porte - a enxertia cria uma zona de 
impedimento de circulação de seiva no ponto de união dos tecidos, 
promovendo a precocidade de produção; este fato também acarreta a 
diminuição da vida útil da planta;
3. Possibilita o cultivo de fruteiras em locais onde normalmente não 
seriam cultivadas, devido às características do porta enxerto 
(resistência à pragas e/ou doenças de solo, absorção de nutrientes, 
etc).
4. Controle do porte através de PE ananizantes, e uniformidade do 
pomar;
Vantagens da enxertia:
1. Afinidade Botânica: condição básica para a enxertia; 
- quanto maior o grau de parentesco, maior o sucesso na enxertia.
- o grau de parentesco aumenta desde a família até a espécie; 
- entre famílias diferentes é muito difícil (apenas viável através de 
fusão de protoplastos).
Gêneros diferentes: Pyrus communis x Cydonia oblonga
Espécies diferentes: Prunus doméstica x Prunus persica
2.Capacidade de soldadura: depende da capacidade de
desdiferenciação do tecido cambial.
3. Afinidade (analogia): deve haver afinidade fisiológica, morfológica e
bioquímica entre as diferentes partes unidas.
Condições necessárias para o êxito da enxertia:
4. Coincidência de tecidos: é a base da enxertia. Deve haver
coincidência (conexão) entre as cé lulas do câmbio. As superfícies
devem ser uniformes, lisas e limpas.
5. Época da enxertia: as condições ambientais devem favorecer a
multiplicação celular.
Borbulhia - é feita no período de maior atividade metabólica da
planta, quando inicia a circulação da seiva (primavera, verão).
Garfagem - deve ser feita na época de repouso vegetativo (final do
inverno), antes da planta entrar em atividade.
O método de enxertia utilizado também varia em função da espécie;
6. Operador eficiente: a enxertia deve ser feita com rapidez,
para evitar a dessecação dos tecidos.
7. Manutenção da umidade em volta do enxerto: após feita a
enxertia, a região de união deve ser coberta com fita de
polietileno, a fim de manter a umidade em volta dos tecidos e
favorecer a soldadura do enxerto. A desidratação deve ser
evitada, pois se ocorrer haverá morte do enxerto.
Causas do não pegamento da enxertia:
- pequena área de contato entre câmbios
- cortes desuniformes
- amarração errada ou demorada
- danos mecânicos na retirada da gema
- desidratação de ramos fornecedores de gemas
- ferramentas pouco afiadas ou contaminadas
Incompatibilidade:
- ocorre principalmente em plantas
de gêneros ou espécies diferentes,
mas pode ocorrer também em
plantas de mesma espécie
(diferentes cultivares);
-localizada - quando se limita aos
tecidos da união do enxerto;
-translocada - quando se transloca
através da planta;
- sintomas de incompatibilidade:
diferenças de crescimento do
tronco (copa x PE), morte
prematura de plantas e/ou
mudas, amarelecimento precoce
das folhas no final da estação, com
desfolhamento antecipado,
diferença entre períodos de
crescimento da copa e porta
enxerto.
Material necessário para a enxertia:
- canivete simples ou duplo
- tesoura de poda
- material para amarração (fita de polietileno nº 8, barbante)
- material para vedação: parafilme, fita crepe, mastique, parafina
- pedra de afiar
- etiquetas
- produtos para desinfestação das ferramentas (Hipoclorito, Álcool)
TIPOS E ÉPOCAS DE ENXERTIA:
1. Encostia: é pouco utilizada; consiste em machucar os tecidos
de ramos de duas plantas vizinhas e uni-los. Pode ser usado para
plantas que não respondem a outros processos, ou para dar
resistência à linha de plantio contra ventos; é problemática em
relação à transmissão de viroses.
2. Borbulhia ou escudagem:
Consiste em se fazer uma incisão no porta-enxerto (PE), na forma de "T"
normal ou "T" invertido, onde se insere uma gema da variedade copa
desejada. A borbulhia é feita quando o diâmetro do cavalo tiver de 0,7 a
1,2 cm, na altura de 10 a 15 cm do solo.
Ameixa, pêssego, citros, abacate, jabuticaba;
A borbulhia pode ser de gema viva ou gema dormente:
Gema viva: é feita na primavera (outubro a dezembro) quando a planta
está "soltando casca". Neste caso a gema enxertada brota no mesmo ciclo
vegetativo.
Gema dormente: é feita no fim do verão (fevereiro/março). Neste caso a
gema enxertada brota apenas no próximo ciclo, depois do inverno, e a
muda leva mais tempo para ficar formada.
Passos para a borbulhia:
- retirar as brotações do PE até a altura de enxertia
- fazer o corte em "T" no PE
- erguer levemente a casca
- inserir a gema já cortada por baixo da casca do corte "T";
- vedar com fita de polietileno, tendo o cuidado de não passar a fita
sobre a gema inserida; o amarrio é feito de baixo para cima, a fim de
sobrepor a fita de modo a não entrar água.
- quebrar a copa do porta-enxerto ou dobrá-la, para permitir melhor
brotação da gema enxertada.
“CHIP BUDDING”
Coleta das borbulhas:
as borbulhas (gemas) devem ser retiradas de ramos crescidos no ciclo
anterior, com folhas;
a folha deve ser cortada e a gema deve ser segurada pelo pecíolo,
evitando tocar o tecido interno com as mãos;
o lenho pode ser retirado, para facilitar a introdução da gema;
Os ramos devem ser coletados apenas no dia em que se fizer a enxertia,
e em número suficiente para apenas um dia de trabalho;
durante o processo de enxertia, devem ser deixados em baldes com
água, à sombra;
Borbulhia em placa: neste tipo de borbulhia corta-se um pedaço do
caule do PE do tamanho do escudo ou gema, conforme figura abaixo.
Este tipo de borbulhia tem ótimo pegamento; neste tipo de borbulhia, o
diâmetro do caule do PE e do ramo de onde foi retirada a gema devem
ser semelhantes.
3. Enxertia por garfagem:
Processo de enxertia onde se utilizam pedaços de ramos com duas gemas
(garfos), da variedade copa que se deseja enxertar, inserindo-os no PE. Este
tipo de enxertia é feita no inverno, quando a planta está com o metabolismo
em níveis mínimos, para evitar a perda de seiva, uma vez que o PE é
completamente decepado.
Tipos de garfagem:
As formas mais comuns de garfagem são:
- garfagem simples
- inglês complicado ou dupla fenda
- fenda cheia ou cunha
Garfagem simples:
- Realiza-se um corte reto, em bisel, no porta
enxerto e no garfo, com posterior união e
amarrio;
- O PE e o garfo devem ter o mesmo diâmetro,
e caso isto não ocorra, deve haver contato
câmbio/câmbio em pelo menos um dos lados.
- simples para ser executado;
- problema: desloca com mais facilidade
quando se encosta na planta recém
enxertada, o que diminui a porcentagem de
"pegamento".
Garfagem inglês complicado:
Neste tipo de garfagem, o procedimento a ser
seguido é o seguinte:
- realizar um corte em bisel no PE e no garfo; 
- fazer um corte longitudinal no terço superior do 
bisel do PE; 
- fazer um corte igual no terço inferior do bisel do 
garfo;
- encaixar os dois cortes, de modo que o garfo
deslize sobre o PE, até ficar firmemente ligado, e
exista contato do câmbio/casca do garfo com o
câmbio/casca do PE.
- vedar com fita de polietileno, enrolando-a de
baixo para cima, de modo a evitar entrada de
água nas emendas;
3. Garfagem fenda cheia:
Neste tipo de enxertia, o procedimento a seguir é o seguinte:
- decepar o PE com tesoura
- fazer um corte longitudinal no centro da face cortada
- cortar o garfo em cunha
- inserir o garfo no corte realizado no PE
- vedar com fita plástica de polietileno
Obs. Este método é muito utilizado em uva, no campo; neste caso, após a
enxertia, a região do corte é vedada com mastique e com fita plástica,
fazendo-se depois uma amontoa para evitar queima das brotações pela
geada. A terra é retirada quando a temperatura aumenta.
4. Garfagem de fenda para diâmetros diferentes:
-utilizadaquando existe diferença no diâmetro do garfo e do porta
enxerto;
-- renovaçãode copas;
- importante: contato casca/casca e câmbio/câmbio em pelo menos
um dos lados.
Garfagem em fenda lateral:
Amarrio do enxerto:
Após a enxertia - amarrio do enxerto, para que os tecidos fiquem
intimamente ligados, propiciando uma boa soldadura;
Amarrio - fita de polietileno ou barbante de decomposição rápida;
Barbante – proteger a zona de enxertia mastique para manter a
umidade em volta dos tecidos, evitando seu ressecamento.
Fita para enxertia (Buddy tape), parafilme, fita crepe, etc.
Mastique:
tem a finalidade de proteger o enxerto e manter a umidade em volta dos
tecidos;
Mastique caseiro – mistura de 200 g de cera de abelha + 60 g de breu +
25 g de sebo, formando uma pasta que é colocada em volta do enxerto;
Parafina derretida - mergulhar o enxerto na parafina, em temperatura
de 55ºC no máximo, para não queimar o tecido vegetal;
-Ceras especiais importadas - derretidas
- parafilme - mantém a umidade em volta do enxerto e permite trocas
gasosas com o meio.
Em épocas de muito calor, os enxertos podem ser protegidos com sacos
de papel cobertos com sacos de polietileno, principalmente quando se
faz sobre-enxertia em árvores adultas.
PLASTIGREFFE 6535 – parafina aditivada com auxina, 
favorece a multiplicação celular e calogênese
LEITURA COMPLEMENTAR:
http://www.frutvasf.univasf.edu.br/images/frutic
ulturafundamentosepraticas.pdf
CAPÍTULO 2
BOM ESTUDO!!

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