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Redação modelo: o problema da obesidade e do sobrepeso no Brasil

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Tema: Entre a saúde e o preconceito: o problema da obesidade e do sobrepeso no Brasil (REESCRITA)
Aluna Victoria Zambon Brondani – Riachuelo Smart 
	Na Idade Média, o sobrepeso era sinônimo de riqueza e frequente entre os nobres e a elite. Nessa época, é perceptível, por exemplo, quadros de pintores flamengos e impressionistas que retratavam homens e mulheres em ambiente palaciano com pesos acima do considerado, hoje, adequado. Atualmente, no entanto, a obesidade e o sobrepeso são problemas sociais vinculados diretamente à saúde e ao preconceito, com amplo impacto na vida dos indivíduos brasileiros. Nessa perspectiva, convém analisar os aspectos sociais que influenciam a inercial problemática.
	De fato, o excesso de peso está relacionado ao comprometimento do bom funcionamento do organismo. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira está acima do peso e a estimativa é que, em 2025, o Brasil conte com cerca de 11,3 milhões de crianças com excesso de peso. Nesse cenário, doenças associadas – diabetes, hipertensão, complicações cardiovasculares – são, infelizmente, a perspectiva para essa população que é acometida pelo sobrepeso e obesidade desde a infância, demonstrando, claramente, a necessidade de adotar hábitos saudáveis desde a juventude, evitando que tais estimativas se concretizem. É crucial, portanto, que o tratamento e a prevenção da obesidade sejam efetuados e priorizados pela saúde pública.
	Por outro lado, o culto da padronização corporal, característica da sociedade pós-moderna, estimula o preconceito contra diferentes biótipos. Foucault foi um filósofo que pensou o corpo. O autor refletia em sua obra sobre o fato de que nossos corpos são moldados e dominados para servir aos propósitos do sistema no qual vivemos. Nesse sentido, hoje, o padrão corporal considerado ideal pela sociedade não é facilmente alcançado, suscitando em um corpo social frustrado e suscetível a meios extremos para legitimar a imposição dominante, tendo como consequência o aumento do número de casos de distúrbios alimentares e depressão, advindo de um sentimento de inferioridade por não reproduzirem um arquétipo de estética. Assim, é necessário desmistificar o conceito de saúde atrelada a magreza, mas sim, a boa alimentação.
	A obesidade e o sobrepeso são desafios a serem enfrentados hodiernamente e, por conseguinte, devem ser debatidos. Para isso, convém ao Ministério da Saúde implantar, nas escolas e Unidades Básicas de Saúde, programas de combate a obesidade, por meio de acompanhamento multiprofissional – nutricionistas, psicólogos e médicos – gratuito e acessível, a fim de tratar os casos de sobrepeso e promover a prevenção coletiva da doença. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação, por meio de campanhas divulgadas pela mídia – ferramenta de amplo alcance, atentar para a necessidade de uma alimentação saudável para o alcance de um organismo saudável, e não de um corpo idealmente imposto, com o fito de promover a qualidade alimentícia e desenvolver um pensamento crítico sobre o assunto. Com essas medidas, será possível, gradativamente, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

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