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9 Formas Geométricas no cotidiano Autor: Rodrigo Schereiber Flores Resumo A geometria está presente em nosso cotidiano seja na natureza, como também no nosso trabalho, em obras de carpintaria, em eletrodoméstico dentro de nossas casas, ou até mesmo no formato dos nossos alimentos como as pizzas ou até mesmo os bolos e biscoito, portanto ao longo deste artigo você vai acompanhar como estudamos a geometria de forma mais pratica envolvendo o nosso cotidiano. Palavras-chaves: etnomatemática, educação de jovens e adultos, cotidiano, natureza, formas. Introdução Neste artigo estarei tratando sobre como a geometria sempre está presente em praticamente tudo no nosso cotidiano, mas para poder notar essa presença, devemos ter um olhar mais atento para o que está a nossa volta pois com a correria do dia a dia, não paramos para prestar atenção nos pequenos detalhes, e por não prestar atenção é que ficamos nos perguntando, para que temos que estudar isso ou aquilo. Vou te apresentar como estamos rodeados de formas geométricas, e como os alunos do EJA conseguiram compreender melhor sobre esse tema proposto. Também tive uma vasta experiência ao trabalhar esse tema em sala de aula, e na pratica veja como você pode estar aplicando esse conteúdo de uma forma divertida e sem se tornar algo maçante ou chato de aprender. Fundamentação Teórica A etnomatemática é a arte ou técnica de explicar, de entender, de se desempenhar na realidade matemática, dentro de um contexto cultural próprio. A influência recíproca entre culturas muitas vezes não é relacionada na historiografia da matemática, e por isso tem implicações na educação. O acontecimento das múltiplas culturas, tem influência nos preceitos escolares. Há uma grande tendência em trabalhar com prioridade a matemática da cultura predominante, descuidando do ambiente cultural do aluno. Todos os diferentes grupos sociais produzem conhecimentos matemáticos. A Etnomatemática valoriza estas diferenças e afirma que toda a construção do conhecimento matemático é válida e está intimamente vinculada à tradição, à sociedade e à cultura de cada povo. Devemos lembrar que, a matemática apareceu para suprir as necessidades básicas do homem, através da construção de materiais de pedra, de osso, de barro, de metal, e esse material era utilizado em moradias, vasilhames, utensílios, etc. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), os conteúdos trabalhados em sala precisam estar contextualizados com a realidade do educando para despertar uma maior vontade em aprender, uma vez que, normalmente, esse educando é um trabalhador, pertencente a grupos sociais, coautor na produção de sua cultura. Dessa maneira, cabe ao professor ter a sensibilidade de planejar e elaborar as atividades que estimulam a participação e desperte a curiosidade e o interesse pela matemática. Para D’Ambrosio (1986, p.36), “a Matemática é uma atividade inerente ao ser humano, praticada com plena espontaneidade, resultante do seu ambiente sócio cultural”, e por isso, a escola deveria não apenas valorizá-la ou conhecê-la, mas também trazer ao espaço escolar estas diferentes manifestações culturais da matemática. Os jovens e adultos da EJA entendem a necessidade do conhecimento matemático, e buscam novas alternativas para solucionar os problemas que aparecem no dia a dia. Entretanto reconhecem que novos conhecimentos são necessários e que através da educação poderão atingir muitos objetivos. Inserir a Etnomatemática na EJA é reconhecer a necessidade de uma Educação diferenciada, que, de acordo com Arbache (2001, p. 19), “requer do educador conhecimentos específicos no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação, atendimento, entre outros, para trabalhar com essa clientela heterogênea e tão diversificada culturalmente”. Para D’Ambrósio: A etnomatemática propõe uma pedagogia viva, dinâmica, de fazer o novo em resposta a necessidades ambientais, sociais, culturais, dando espaço para a imaginação e para a criatividade. É por isso que na pedagogia da etnomatemática, utiliza-se muito a observação, a literatura, a leitura de periódicos e diários, os jogos, o cinema, etc. Tudo isso, que faz parte do cotidiano, tem importantes componentes matemáticos. (D’ AMBRÓSIO, 2008, p.3). A Matemática precisa ser interessante e atrativa, devidamente contextualizada para não acarretar medo, por causa das exigências de rigor e precisão. Deve ser prazerosa, estimular a capacidade de crítica e criatividade do educando. Deve respeitar a diversidade cultural e estimular a troca de experiências e saberes dentro de uma mesma turma. A falta de formação dos educadores da EJA é um dos determinantes que dificultam o processo de ensino e aprendizagem; outro fator é em relação aos materiais didáticos referente a educação de jovens e adultos, que muitas vezes não são adequados para sua faixa etária. Outra dificuldade encontrada é em relação ao período dedicado ao ensino nesta modalidade. No ensino regular as crianças tem um tempo maior para o processo de aprendizagem, e os adultos perpassam por apenas dois anos para compreender o que é explicado. Analisando as situações que fazem parte do cotidiano do adulto cujo público normalmente trabalha e precisa diariamente vencer suas dificuldades financeiras e familiares o educando adulto enfrenta um grande desafio ao voltar a estudar ou até mesmo iniciar seus estudos. Procedimentos Metodológicos Para uma melhor compreensão do ensino da matemática envolvendo a geometria, elaborei um projeto baseado na realidade desses educandos, pois como grande parte dos alunos da EJA trabalham cada um no seu respectivo ramo de atuação no qual, cada um desses ramos tem o seu lado geométrico. Com a utilização de imagens das diferentes formas geométricas, imprimi figuras da montagem dessas formas geométricas onde cada aluno ira montar as suas formas, utilizando papelão ou papel cartão ou algo de sua preferência que de uma estrutura firme a essas formas geométricas. Após o termino desse trabalho eles deveram observar em seu trabalho em casa e na natureza onde as mais diferentes formas geométricas estão inseridas, para isso eles vão elaborar maquetes, quem trabalha com construção por exemplo irá construir casas e prédios. Para quem trabalha com comida ou em casa mesmo irá fazer uma receita que tenha uma forma geométrica, como por exemplo um biscoito em formato circular ou até um bolo retangular. Já para quem é agricultor ou está mais ligado com a natureza de certa forma, irá trazer para sala de aula algo que represente a geometria como por exemplo um inseto como uma borboleta que possui em suas assas vários desenhos que representam a geometria ou até mesmo um favo de mel que também tem um formato geométrico, enfim cada um terá a opção de escolher algo de sua preferência para trazer ou fazer como aula pratica. Essa proposta de ensino vem a favorecer uma visão mais ampla sobre o tema abordado, e para isso cada aluno vai estar observando dentro da sua realidade como a geometria está presente em tudo ou pelo menos em case todo ao nosso redor. A avaliação dessa proposta de ensino será analisada conforme o trabalho que cada um trouxer e escolheu fazer, também será feito algumas perguntas relacionadas a sua experiência pessoal com a elaboração do trabalho. Para com que eu possa obter um resultado positivo sobre essa proposta conforme as respostas dos alunos referente ao trabalho proposto. Considerações finais Com o termino deste artigo, posso perceber o quão importante é estar diretamente ligado a realidade dos alunos, principalmente se tratando dos jovens e adultos pois não fazermos ideia da sua realidade diária o que eles enfrentam todos os dias antes de ir para a aula. Isso mostra que ao ir mais afundo na realidade dessas pessoas podemos ajudar com que eles tenham um melhor conhecimento e uma melhor informação do que será explicado em sala de aula, seja na disciplina de matemática ou em qualquer outra disciplina Aí observamos a importância de praticarmos o ato de empatia, pois ao noscolocarmos no lugar do próximo podemos analisar qual é a melhor forma de ensinar pois essa atitude nos mostra o quão importante é agirmos de maneira correta e coerente com os nossos alunos. rEFERÊNCIAS https://www.feis.unesp.br/Home/Extensao/teia_saber/Teia2003/Trabalhos/matematica/Apresentacoes/Apresentacao_06.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782004000300008 https://mestrado.prpg.ufg.br/up/97/o/Disserta%C3%A7%C3%A3o_M%C3%B4nica_Marra.pdf https://bu.furb.br › ojs › index.php › atosdepesquisa › article › " https://bu.furb.br › ojs › index.php › atosdepesquisa › article › www.rc.unesp.br › artigos › borba › xiiiciem-ubidambrosio-edmatbraseinter Fonte: Masuko Hideiche, Marcos. Matemática, geometria analítica. Editora didática paulista p. 233 licenciatura em matemática rodrigo schereiber flores O enfoque etnomatemático em propostas de ensino de Geometria Plana e Geometrias Analítica para a Educação de Jovens e Adultos VARGEM 2019 raquel silveira flores O enfoque etnomatemático em propostas de ensino de Geometria Plana e Geometrias Analítica para a Educação de Jovens e Adultos Trabalho de licenciatura em Matemática apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Geometria Plana; Geometria Analítica; Metodologia Científica – Licenciatura; Educação de Jovens e Adultos; Seminário da Prática III. Orientador: Prof. Mariana da Silva Nogueira Ribeiro; Keila Tatiana Boni; Hallynnee Héllenn Pires Rossetto; Jenai Oliveira Cazetta; Patricia Benetti. Vargem 2019