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APOSTILA ATENÇÃO AO IDOSO

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ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO
ENVELHECIMENTO 
É um processo continuo, gradual de alterações naturais que começam na idade adulta. Durante o final da vida adulta, muitas funções corporais começam a declinar-se gradualmente, como a morte de células dos rins, cérebro e musculares, bem como a diminuição da divisão das mesmas.
Na Alemanha, há alguns anos atrás foi escolhido como idade 65 anos para se aposentar, o primeiros pais a estabelecer um programa de aposentadoria, e continua sendo a idade para se aposentar na maioria das sociedades.
O curso da vida foi modificando gerando condições fundamentais e determinantes para a velhice como: a formação de novos saberes médicos que investiam sobre o corpo envelhecido e a institucionalização das aposentadorias.
Idade cronológica
A idade cronológica baseia-se somente na passagem do tempo. É a idade da pessoa em anos, ela tem significado limitado em termos de saúde e ela aumenta à medida que envelhecemos, e são os problemas de saúde, não o envelhecimento normal, as causas principais são perda funcional durante a velhice. 
Idade biológica 
Se refere às alterações no corpo que normalmente ocorrem com a idade. Ela afeta diferentemente as pessoas, ao passo que algumas são biologicamente velhas aos 40 e outras em idade mais avançadas. As diferenças de idade são mais notáveis de acordo com o estilo de vida, costumes, e efeitos sutis de doenças, mais do que a diferença de idade de fato.
Idade psicológica
É baseada em como a pessoa se sente e age. Por exemplo, uma pessoa de 80 anos de idade que trabalha, faz planos, espera eventos futuros e participa de muitas atividades, é considerada psicologicamente jovem.
Envelhecimento normal
O brasil, até 2025, será o sexto pais do mundo com maior número de pessoas idosas, segundo dados da OMS.
O envelhecimento normal é acompanhado por um declínio de várias funções cognitivas (perda de memória, diminuição da atenção) e do funcionamento executivo (responsável pelo planejamento, execução e monitorização de comportamentos).
Alterações normais do envelhecimento: esquecer-se do local onde deixou as chaves; esquecer-se de pagar as contas do mês; maior dificuldade em concentrar-se; maior lentidão ao processar informação.
Alterações anormais do envelhecimento, que pode caracterizar demência: 
Desorientar-se em locais conhecidos, esquecer-se de eventos recentes, esquecer-se de como pagar as contas do mês, não perceber o significado de uma palavra ou para que serve um objeto que conhecia anteriormente, perder óculos nem sequer lembrar-se de que precisa de óculos; alterações do comportamento ou da personalidade.
Envelhecimento ativo
Aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com sua necessidade, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidado adequados, quando necessário.
Ativo refere-se à participação continua nas questões sociais, econômicas, culturas, espirituais e civis, e não somente a capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força do trabalho.
O envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e qualidade de vida para todos que estão envelhecendo, inclusive aos que são frágeis, fisicamente incapacitados e que requerem cuidados.
Manter autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é uma meta fundamental para indivíduos e governantes. 
Envelhecimento patológico
Idoso começou a ser termo mais utilizado no final da década de 60, denota maior respeito de velho seu sinônimo. Autores confirmam que em alguns livros “velho” era vinculado a pobre, “idoso” se referia a pessoas de classe mais altas.
Características que podem significar um envelhecimento patológico (Demência):
· Desorientação em locais conhecidos
· Esquecer-se de eventos recentes
· Perder óculos e nem se lembrar que precisava dos mesmos
· Não perceber o significado de uma palavra ou para que serve um objeto que anteriormente sabia
· Esquecer de pagar contas
· Alterações do comportamento ou personalidade
· Alteração de humor
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E EXPECTATIVA DE VIDA
Importante conhecer o declínio funcional que é parte do envelhecimento, pois pode parecer similar ao declínio funcional que é parte de um distúrbio.
Por exemplo, com o avanço da idade, um declínio leve na função mental é quase universal e é considerado envelhecimento normal. Incluindo maior dificuldades de aprender novas línguas e maior esquecimento, além de poder perder coisas ou esquecer detalhes, mas as que sofrem demência esquecem totalmente os eventos.
Com demência o idoso tem dificuldade em realizar tarefas diárias normais como (dirigir, cozinhar e lidar com dinheiro) e entender o entorno, incluindo saber em que ano está e onde estão. Sendo assim ela é considerada um distúrbio, ainda que seja comum no final da vida. 
Alguns tipos de demência, como o Alzheimer, diferem do envelhecimento normal de outras maneiras.
No envelhecimento, os níveis de açúcar no sangue aumentam mais após a ingestão de carboidratos do que em pessoas jovens. Isso é considerado envelhecimento normal. Entretando, se o aumento exceder um certo nível, o diabetes, é diagnosticado. 
“Quanto menor o nível de engajamento social, mais rápido é o declínio motor e funcional. As conexões sociais reduzidas, baixas frequências de partição em atividades sociais também contribuem”.
O envelhecimento saudável se refere à postergação ou redução dos efeitos indesejáveis do envelhecimento (mantendo se ativo e independente). O desenvolvimento de certos hábitos saudáveis, pode ajudar como: dieta saudável, exercitar-se regularmente; manter-se mentalmente ativo.
ATENÇÃO INTEGRAL À SAUDE DO ADULTO E DO IDOSO
Algumas mudanças ocorridas no pais nas últimas décadas como, processo de urbanização, aumento da expectativa de vida, redução de fecundidade, migração entre outras, contribuíram para modificar a estrutura de faixa etária da população. A faixa de pessoas adultas foi ampliada, ou seja, com idade de 20 a 59 anos. Com consequência o envelhecimento da população, as doenças crônico degenerativas surgem como sendo as principais causas de morbidade e mortalidade.
Sendo DCNT, as doenças crônicas não transmissíveis responsáveis por 70% das mortes no mundo: Doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes mellitus e câncer. Essas doenças tendem ser de longa duração e surgem como resultado da combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais. 
Tabagismo, sedentarismo, alcoolismo e dieta pouco saudável contribuem para o aumento de DCNT, além da poluição do ar, que também aumenta o risco para enfermidades. 
No Brasil, além das DCNT citadas anteriormente, também são foco do Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto (PAISA): tuberculose, hanseníase e saúde do homem. Programas educativos sobre doenças crônicas degenerativas reduz o número de hospitalização, melhora as complicações agudas e crônicas e previne algumas enfermidades.
Estratégias que podem ser utilizadas no desenvolvimento de ações à saúde do idoso, exemplos:
· Atividades de grupo: grupo de promoção à saúde para portadores de Hipertensão Arterial sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), de atividade física, saúde mental, trabalhos manuais, tabagismo e reabilitação.
· Atividade de sala de espera: espaço que possibilita praticas pontuais de educação em saúde e troca de informações
· Visita domiciliar (VD): Priorizar portadores de doenças crônicas com limitação física, regressos de hospital com condição incapacitante, usuários em fase terminal, portadores de doenças mental com limitações, entre outras.
Para reorganizar as Redes de Atenção à Saúde (RAS), como as linhas de cuidados a doenças crônicas, o Ministério da Saúde investe em diretrizes que oriente essa reorganização. Ações de vigilância das doenças infecciosas mais prevalentes também receberam orientações da OMS.
ESTATUTO DO IDOSOE SAÚDE PÚBLICA
O estatuto do idoso (Lei nº 10.741/2003) é uma iniciativa inovadora na garantia de direito das pessoas idosas, fruto de forte mobilização da sociedade. Abrange o seguinte:
· Direito a vida
· A liberdade
· Ao respeito
· A dignidade 
· A alimentação
· A saúde
· A convivência familiar e comunitária
O estatuto do idoso destina-se a regular os diretos assegurados as pessoas com idade igual ou superior 60 anos.
Direitos da pessoa idosa na saúde
Entre os direitos assegurados pelo estatuto do idoso às pessoas idosas estão, entre outros, o da saúde.
Atenção integral à saúde da pessoa idosa, por intermédio do SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e continuo das ações e serviços para prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
· Direito a acompanhante em caso de internação ou observação em hospital
· Direito de exigir medidas de proteção sempre que seus direitos estiverem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade, do Estado, da família, de seu curador ou de entidade de atendimento 
· Desconto de, pelo menos, 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturas, esportivos e lazer
· Gratuidade no transporte coletivo público urbano e semiurbano, com reserva de 10% dos assentos que deverão ser identificados com placa de reserva
· Reserva de 2 vagas gratuitas no transporte interestadual para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para idosos que excedam as vagas garantidas
· Reserva de 5% das vagas nos estabelecimentos públicos e privados
· Prioridade na tramitação dos processos e dos procedimentos na execução de atos e diligências judiciais
· Direito de requer o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a partir dos 65 anos de idade, desde que não possua meios para prover sua própria subsistência ou de tê-la provida pela família.
· Direito de 25% de acréscimo na aposentadoria por invalidez (casos especiais)
Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos devem ser objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde público e privado à autoridade sanitária, bem como devem ser obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial: ministério público; conselho municipal do idoso; Conselho nacional do idoso.
AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM GERIATRIA
Perfil epidemiológico da pessoa idosa
O perfil da população idosa é caracterizado pela tripla carga de doenças com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições crônicas.
A maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções orgânicas, mas cabe destacar que esse quadro não significa necessariamente limitação de suas atividades, restrição da participação social ou do desempenho do seu papel social.
Diretrizes da saúde da pessoa idosa
As principais diretrizes têm como objetivo envelhecimento ativo e saudável, atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; estimulo às ações intersetoriais; fortalecimento do controle social; garantia de orçamento; incentivo a estudo; pesquisas.
POLITICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAUDE 
A política nacional de promoção de saúde (PNPS), a qual foi aprovada através da portaria MS/GM n 687, de 30 de março de 2006, revogada e redefinida pela Portaria n 2.446, de 11 de novembro de 2014, atua em sintonia com a lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990 que institui o SUS, afirmando que as ações públicas em saúde devem ultrapassar a ideia de cura e reabilitação, ou seja, que é necessário priorizar medidas preventivas e de promoção da saúde à fim de transformar os fatores da vida que colocam as coletividades em situação de iniquidade e vulnerabilidade, tais como: violência, desemprego, subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada ou ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada e má qualidade do ar e da agua. 
Objetivos específicos da PNPS
· Estimular a promoção da saúde como parte da integralidade do cuidado na RAS, articulada às demais redes de proteção social;
· Contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, visando reduzir as desigualdades sistêmicas, injustas e evitáveis, com respeito as diferenças de classe social, de gênero, de orientação sexual e identidade de gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais e relacionadas às pessoas com deficiência e necessidades especiais
· Favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade e o desenvolvimento seguro, saudável e sustentável
· Promover a cultura da paz em comunidade, territórios e municípios 
· Apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambienteis saudáveis 
· Promover o empoderamento e capacidade para tomada de decisão e autonomia de sujeitos e coletividades
· Promover processos de educação, formação profissional e capacitação especificas em promoção de saúde, de acordo com PNPS para trabalhadores, gestores e cidadãos.
· Estabelecer estratégias de comunicação social e mídia direcionadas ao fortalecimento dos princípios e ações em promoção da saúde e à defesa de políticas públicas saudáveis
· Estimular a pesquisa, produção e difusão de conhecimentos e estratégias inovadores no âmbito das ações de promoção da saúde
· Promover meios para inclusão e qualificação do registro de atividades de promoção da saúde e da equidade nos sistemas de informações. 
· Fomentar discussões sobre modo de consumo e produção que estejam em conflito de interesses 
· Contribuir para articulação de políticas públicas intersetoriais e intrasetoriais com as agendas nacionais e internacionais. 
Formação e educação permanente; alimentação adequada e saudável; praticas corporais e atividades físicas; enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados; enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas; promoção da mobilidade segura (redução da morbimortalidade por acidentes de transito) promoção da cultura da paz e de direitos humanos; e promoção do desenvolvimento sustentável.
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO IDOSO
A proteção dos idosos no Brasil vem ganhando ênfase desde a promulgação da constituição federal de 1988 e a partir de então, leis foram criadas a fim de atender as necessidades dessa população; promulgada a Lei 8842/94 que dispõe a Política Nacional do Idoso, a Lei 1074/03 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e a Portaria 2525 de 19 de outubro de 2006, que institui a Política Nacional de Saúde da pessoa idosa (PNSPI).
Tem com finalidade primordial recuperar, manter e promover a autonomia e independência das pessoas idosas, direcionando medidas consoantes com os princípios dos SUS para esse fim e definindo as seguintes diretrizes para o atendimento das necessidades de saúde dessa população:
· Promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
· Atenção integral à saúde da pessoa idosa;
· Estimulo as ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção
· Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa
· Estimulo a participação e fortalecimento do controle social
· Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa
· Divulgação e informação sobre Política Nacional de saúde da pessoa idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS
· Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
· Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas;
· A escolha do melhor tipo de intervenção e monitorização do estado clinico e funcional da população idosa deve ser baseado na avaliação da capacidade funcional individual e coletiva.
Rede de Atenção à Saúde do Idoso
A redes de atenção à Saúde (RAS) são conjuntos de serviços de saúde vinculados entre si, permitindo ofertar uma atenção continua e integral a determinada população. 
Constituem-se de três elementos: População,Estrutura operacional e Modelo de atenção à saúde.
A portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010 estabelece as diretrizes para organização da RAS no âmbito do SUS. Ela anuncia o papel central da Atenção Primária a Saúde (APS) como ponto de comunicação e ordenação do fluxo de usuários na rede e deve ser estruturada de forma espalhada, no intuito de alcançar toda a população definida. A ESF assume papel fundamental na implementação de ações de saúde para população idosa e coordenação do fluxo desses usuários no sistema de saúde.
O idoso deve estar sempre vinculado a APS, que deve atuar de forma articulada e integrada aos outros pontos de atenção. Dessa forma reduz a probabilidade de evolução para perda funcional e melhora a qualidade da assistência. 
Diretrizes para o cuidado das pessoas idosas no SUS
Publicada nos aos de 2013 e 2014 esse documento com proposta de modelo de atenção integral, com objetivo de orientar a organização do cuidado ofertado à pessoa idosa no âmbito do SUS, potencializando as ações já desenvolvidas e propondo estratégias para fortalecer a articulação, a qualificação do cuidado e a ampliação do acesso da pessoa idosa aos pontos de atenção das RAS. A atenção básica, principal porta de entrada do SUS, apresenta-se como ordenadora do cuidado e este deve ser considerar as especificidades desse grupo populacional, a partir de sua capacidade funcional.
Algumas iniciativas integradas são importantes para conhecer as vulnerabilidades desse grupo populacional, como a Caderneta de Saúde da pessoa Idosa, O caderno de Atenção Básica (CAB19) e a capacitação dos profissionais.
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)
A Atenção Básica consiste na porta de entrada prioritária dos usuários do sistema de saúde, em especial do idoso, seja através de demanda espontânea ou de busca ativa. As UBS são compostas por equipes multiprofissionais, promovendo ações de saúde em caráter individual e coletivo.
Uma das ações de saúde, que é essencial no âmbito da AB na UBS, é a visita domiciliar, onde é realizado o registro e acompanhamento da população geral. Dentre outras atividades das equipes da UBS, encontra-se a identificação da população idosa, com ênfase na população idosa frágil ou em processo de fragilização no território da área de abrangência. 
Ações e serviços ofertados:
Prevenção, proteção, diagnostico e reabilitação da saúde, cobertura vacinal; orientações sobre alimentação, nutrição e pratica de atividades físicas; orientações sobre prevenção e acompanhamento de vítimas de violência; orientações sobre prevenção de quedas, higiene e saúde bucal, autocuidado e prevenção de DSTs; orientações e acompanhamento de doenças crônicas, ao sofrimento mental, decorrentes ou não do uso de álcool e outras drogas.
As ações supracitadas devem ser conduzidas não somente ao idoso, mas também aos seus familiares e cuidadores, que atuam na assistência as condições clinicas mais comuns que os afetam.
ATIVIDADE FÌSICA NA TERCEIRA IDADE
Com o decorrer da idade, ser fisicamente ativo ou permanecer fisicamente ativo pode se tornar mais dificultoso devido as barreiras funcionais, emocionais e sociais inerentes ao envelhecimento.
Na velhice os benefícios dessas atividades são imensos, pois melhora a qualidade de vida e aumentam a expectativa de vida, além de promover sensação de bem-estar. 
Além de uma alimentação adequada para faixa etária, ter rotina de exercícios para reduzir danos causados pelo tempo, como o enfraquecimento dos músculos, perda de equilíbrio, perda de agilidade e flexibilidade e resistência muscular.
Previne e trata doenças cardiovascular, controle de peso, hipertensão, diabetes e colesterol são alguns fatores de risco que podem ser controlados através de exercícios. 
A pratica frequente, fortalece o músculo cardíaco, normaliza a pressão arterial, reduz a frequência cardíaca, aumenta o HDL e diminui as taxas de colesterol ruim no sangue, problema associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disso, durante os exercícios liberamos substancias favoráveis, como endorfina e diminui a liberação de hormônios como cortisol, relacionado ao estresse.
Existem basicamente 3 tipos de exercício físico:
Aeróbicos: trabalham grandes grupos musculares de forma rítmica.
Treinamento de resistência e força: para ganho de massa muscular e força física
Alongamento: as atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, natação, ciclismo e futebol, são as melhores para a saúde do coração.
A caminhada está entre as melhores opções para quem vai começar a exercitar, no entanto, antes de começar qualquer atividade física importante consultar um médico para avaliação do sistema muscular e circulatória. Ideal ser uma prática constante, para obter o benefício. 
Práticas corporais e atividades físicas
São ações ofertadas nas unidades de saúde no âmbito do SUS e devem ser compreendidas não somente como atividades de prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, mas no sentindo amplo, onde o encontro, a convivência, a formação e o fortalecimento de grupos sociais nos territórios, contribui proporcionando vínculo entre sujeitos participantes e destes como os profissionais de saúde.
Como benefícios temos:
· Socioafetivos: com a maior inserção e interação na comunidade, aumento da autoestima, diminuição nos níveis de ansiedade e depressão;
· Biológicos: como a prevenção das DCNT e seus fatores de risco, a prevenção e combate da osteoporose através do aumento e/ou manutenção da densidade mineral óssea, a diminuição ou cessação de dores crônicas 
· Cognitivos: aprimoramento da memória. 
Exemplos de práticas corporais:
· Jogos cooperativos e competitivos 
· Brincadeiras; esportes; exercícios resistidos
· Ginastica; atividades recreativas; lutas; danças; atividades de aventura
· Movimentos corporais que levem o sujeito a reconhecer seu corpo e suas partes
· Movimentos que trabalhem a coordenação motora, equilibro e agilidade 
· Posturais, alongamentos e relaxamentos
· Respiratórios em caminhadas e corridas
Por isso atividades coletivas são fundamentais para a formação de grupos heterogêneos, o que fará com que as pessoas vivenciem as diferenças e percebam que elas não devem ser impeditivas, mas constituem diversidade que é a própria condição humana. Os profissionais de saúde devem escolher um ambiente adequado para as atividades, e levar em consideração a aptidão física de cada um ou possível risco associado à atividade. 
CUIDADO E ATENÇÃO AOS IDOSOS
Quedas
As quedas sofridas por pessoas idosas, representam um problema de saúde pública, sendo comuns entre essa população e que aumentam progressivamente com a idade, em ambos os sexos. Podem ser resultantes de declínio das funções fisiológicas ou de alguma patologia especifica e dependendo da situação, podem provocar fraturas, traumatismos cranianos e até a morte.
Os acidentes por quedas afetam a qualidade de vida do idoso com consequências psicossociais, promovendo sentimento de medo, fragilidade e falta de confiança, podendo ser um fator a contribuir para um início de degeneração do quadro geral do idoso, pois além de reduzir sua mobilidade afeta as atividades sociais e recreativas.
Fatores de risco
Intrínsecos
Relacionados as alterações fisiológicas do processo de envelhecimento, ou a uma patologia especifica ou uso de medicamentos.
Medicamentos que predispõe a quedas são>
Antidepressivos; ansiolíticos; hipnóticos e antpsicóticos; anti-hipertensivos; anticolinérgicos; diuréticos; antiarrítmicos; hipoglicemiantes; anti-inflamatórios não hormonais entre outros.
Extrínsecos
Relacionados ao ambiente em que o idoso interage, como, sua casa, locais públicos, transporte coletivo entre outros. 
Má iluminação dos espaços; tapetes soltos; superfícies molhadas; calçado inadequado; escada pouco segura ou sem corrimões; banheiras; objetos espalhados no chão; incluindo fios elétricos ou do telefone; animais de estimação; piso irregular dos passeios públicos; arvores nas calçadas, buracos; barreiras a passagem; falta de segurança para pessoas com dificuldade motora nos transportes públicos...
Doençasque predispõem às quedas
· Cardíaca
· Pulmonares
· Neurológicas (derrame cerebral, demência, Parkinson, Alzheimer)
· Geniturinárias
· Osteoporose
· Artrose
· Labirintite
Prevenção de quedas 
Um instrumento de auxílio para os familiares e cuidadores de idosos é a Caderneta de Saúde do Idoso, que oferece um recurso importante para qualificação do cuidado diário, chamando atenção não somente para prevenção de doenças e agravos, mas também orientações pertinentes a queda.
Algumas atividades como, dança de salão, atividade física orientada para ganho de massa muscular, equilíbrio, coordenação motora, são as mais recomendadas para a prevenção de quedas em idosos.
Orientações aos idosos e cuidadores
· Ao acordar, esperar alguns minutos antes de sentar e de caminhar, evitar levantar rápido.
· O ambiente deve ser livre de entulhos e o caminho/acesso deve ser livre
· Evitar tapetes, principalmente de tecidos ou retalhos por serem escorregadios
· De preferência tapete emborrachado antiderrapante, em especial no banheiro
· Evitar cera nos pisos, quando reside idoso
· Iluminação adequada, luz acessa à noite para caso de o idoso se levantar
· Corrimão nas escadas ou próximo a degraus, faixa antiderrapante e ambiente iluminado
· No banheiro o vaso não deve ser muito baixo e ter barras de apoios nas laterais e paralelas ao mesmo
· Para chuveiro, também deve haver barrar de apoio nas paredes
· Evitar trancar a porta do banheiro
· Substituir moveis instáveis
· Evitar cadeiras muito altas ou baixas (na altura do joelho)
· Os caçados dos idosos vem ter solado antiderrapante
· Não devem andar de meias
· Os itens pessoais e objetos pessoais devem ser guardados ao nível do olhar um pouco mais abaixo, facilitando o acesso
· Mantenha os fios do aparelho próxima as tomadas deixando o caminho livre
· Instale a iluminação adequada em calçadas e rampas 
· Mantenha um telefone em local acessível 
· Se necessário o idoso deve usar instrumentos de apoio (bengala, muleta)
CUIDADO OFERTADO AO IDOSOS
O ideal é os familiares estarem atentos a muitos aspectos, a alimentação, a atividade física, o controle de medicamentos, a segurança, a visitas ao médico e também a vida social.
Por mais independente que seja o idoso, os cuidados gerais são importantes e deve ter sempre alguém presente.
O envelhecimento está associado com a redução da massa muscular e óssea e com a perda de equilíbrio, o que pode aumentar o risco de quedas entre os idosos. Com o envelhecimento da população e a menor relação entre população ativa e dependente, sem uma estrutura familiar capaz de dar suporte aos idosos e carente de estruturas de apoio para essa população, a sociedade deve estar consciente do preço que terá de pagar e do custo crescente da assistência à população idosa.

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