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A Importância de Senhora na Literatura Brasileira

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Contribuições e importância que a obra "Senhora" teve para o movimento da literatura;
Dentra a obra de José de Alencar, "Senhora" é um de seus romances mais urbanos - Alencar se dedicou também ao chamado romance indianista, tais como "O Gurarani" e "Iracema"; aos romances regionalistas, como "O Gaúcho" e "O Sertanejo", e históricos, "As Minas de Prata" e "A Guerra dos Mascates". Enquanto romance urbano, anterior ao aparecimento do realismo em nossa literatura, ele é fundamentalmente uma crônica de costumes, um retrato da Corte ou da sociedade fluminense na segunda metade do século 19. Ou seja o texto focaliza a época em que o próprio escritor viveu. Nesse sentido, é muito apropriado o comentário do crítico Alfredo Bosi sobre os romances urbanos de José de Alencar.
⦁	Importância do livro;
Sendo um dos últimos de Alencar, Senhora é um romance urbano que retrata o casamento por interesse numa sociedade de aparências do século XIX, mesma época em que o autor vivia. Nessa obra pertencente à época literária do Romantismo já é possível observar características do Realismo e do Naturalismo. Através dos diálogos e discussões entre Fernando e Aurélia, podemos notar a visão crítica que estes possuem da sociedade, onde o casamento não é apenas por amor, e mais por interesse.
⦁	Período histórico;
O romance pertence a segunda metade do século XIX, onde a sociedade vivia de aparências e contradições. Alencar critica a sociedade, não de uma perspectiva esperançosa de mudanças, mas de perspectivas atuais e sem soluções aparentes. O casamento por interesse era um costume social muito criticado pelo autor.
 
O que torna o enredo tão interessante?
A grande reviravolta da obra se dá porque a personagem Aurélia é apresentada como uma moça meiga, apaixonada, dedicada e, após o abandono do namorado, torna-se fria e calculista.
Fernando, por sua vez, percorre o caminho ao avesso: começa a história como um interesseiro em busca de um bom casamento arranjado e termina o relato como um homem trabalhador que consegue a redenção.
José de Alencar demonstra em seu romance uma preocupação com a demasiada importância que a sociedade burguesa dá ao dinheiro. O autor sublinha de que forma o fator financeiro condena o destino das pessoas.
Em relação à narração, Senhora é narrado em terceira pessoa por um narrador observador. O romance é rico em detalhes cenográficos e descrições psicológicas dos personagens.
 
Sobre o autor José de Alencar;
José Martiniano de Alencar nasceu no dia 1 de maio de 1829 em um pequeno município chamado Messejana (atualmente o município pertence a Fortaleza). Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos onze anos porque o pai desejava seguir carreira política.
O escritor, que se formou em Direito, vinha de um lar bastante abastado (o pai era senador liberal e o irmão diplomata). Além de se dedicar à ficção, José de Alencar atuou como político, orador, jornalista, crítico teatral e advogado.
Escreveu para vários jornais, entre eles o Correio Mercantil e o Jornal do Comércio. Em 1855, foi redator chefe do Diário do Rio de Janeiro.
Ocupou a cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras por escolha de Machado de Assis.
Na carreira política pertenceu ao Partido Conservador e foi eleito deputado geral pelo Ceará, além de ter sido Ministro da Justiça entre os anos de 1869 e 1870.
Publicou Senhora aos quarenta e seis anos, em 1875.
Faleceu no Rio de Janeiro relativamente jovem, com tuberculose, aos quarenta e oito anos, no dia 12 de dezembro de 1877.
 
O escritor lançou seu primeiro trabalho literário em 1856. Depois a produção foi ganhando corpo e maturidade, é extensa a lista de trabalhos publicados por José de Alencar.

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