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RELATÓRIO DE EXPERIMENTO DE COMPORTAMENTO doc97

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Faculdade Alvorada
 Curso de Psicologia
Introdução à Análise Experimental do Comportamento
 Relatório de experimento
 Anna Gabriela M. Pereira
 Andreza Siqueira
 Franciele Serpa
 Graciely Munhoz
 Marcos Jadir de S. Prado
 Maria Conceição O. Topanotti
 Mayra Matos Herrero
 Brasília
 Junho de 2010
i 
 Resumo
O presente relatório tem como objetivo descrever as atividades realizadas no Laboratório de Experimento Animal da Faculdade Alvorada, cuja pretensão é ver na prática as teorias estudadas em sala de aula embasadas em alguns teóricos que abordam a questão da Análise Experimental do Comportamento. É com base nisso que o trabalho propôs um conhecimento empírico do comportamento humano. São abordados os conceitos, nível operante, treino ao bebedouro, modelagem, reforço contínuo (CRF) e razão fixa. Através da realização do experimento foi possível ensinar um rato pelo método da modelagem a apertar a barra da caixa de Skinner para poder receber um reforçador “água”. Foram utilizados diversos esquemas de reforçamento para realizar o estudo. A metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica. Com a realização do experimento que resultou neste relatório pode-se observar de maneira prática aquilo que é descrito nos livros sobre os conceitos relacionados acima. Os resultados mostram ser um procedimento viável, no entanto complexo. Os resultados sugerem uma reflexão sobre essa inconstância e complexidade do comportamento humano.
Palavras chave: Comportamento, modelagem, reforço contínuo e razão fixa.
ii
 Sumário
Resumo ................................................................................................. i
Sumário................................................................................................. ii
Introdução.............................................................................................01
Métodos................................................................................................08
Resultados............................................................................................10
Discussão..............................................................................................16
Referências bibliográficas.....................................................................18
Anexos..................................................................................................19
1 
Skinner continuou os trabalhos iniciados por Pavlov e mostrou, por exemplo, que é possível modelar o comportamento de um animal em várias direções, através de técnicas de condicionamento operante (apud Statt, 1977). Skinner planejou uma gaiola experimental destinada a acomodar um rato de laboratório e que podia controlar completamente o ambiente do animal. Com essa gaiola (hoje conhecida como “Caixa de Skinner”), controlava a quantidade de luz, calor e som a que o animal era exposto. A parte mais importante da Caixa de Skinner era uma pequena barra justaposta a uma das paredes. Quando essa barra era pressionada, acionava automaticamente um alimentador, que deixava cair uma porção de alimento num pequeno receptáculo existente abaixo da barra (Statt, ibdem).
Segundo Davidoff (2001), pessoas (e outros animais), no início, o treinador reforça positivamente um ato que o organismo é capaz de desempenhar, mas é apenas vagamente semelhante à resposta desejada. À medida que esse comportamento é fortalecido, o treinador torna-se mais seletivo. Ele reforça a ação que mais se assemelhe ao objetivo. Quando esta conduta está bem estabelecida, o treinador torna-se ainda mais exigente. O processo prossegue dessa forma até que o objetivo seja atingido. A este procedimento dá-se o nome de modelagem. (É uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferenciado de aproximação sucessivas do comportamento – alvo. Ex: Pais e parentes o balbuciar dos bebes exigindo cada vez mais sequências de sons mais parecidos com os sons das palavras da língua que falam. (Catania, ibdem, p. 62).
 Davidoff (ibdem), diz que sempre que um operante é fortalecido pela apresentação de um evento que se lhe sucede, os psicólogos chamam ao processo e conseqüência de reforçamento positivo. A conseqüência é também conhecida como reforçador p1ositivo. O adjetivo “positivo’’ refere-se ao fato de que uma conseqüência foi apresentada em vez de, removida. O substantivo “reforçamento’’, significa que o comportamento condicionado foi fortalecido, em vez de enfraquecido.
2
Segundo Atkinson (ibdem), reforçamento positivo é um evento cuja ocorrência após um determinado comportamento aumenta a probabilidade deste mesmo comportamento ocorrer. 
Para Myers, (1999), o conceito Skinneriano de recompensa é representado pela palavra “reforço”. O reforço pode ser qualquer evento que aumente a freqüência de uma reação precedente. Desta forma, o reforço pode abranger uma série de ações, como um elogio ou uma salva de palmas, por exemplo. Ou ser permitido a uma pessoa ter um momento de folga após a execução de uma tarefa maçante.
Entretanto, existem dois tipos básicos de reforço, o positivo e o negativo. O positivo é capaz de fortalecer uma reação quando oferece um estímulo logo após esta reação. Para os animais o alimento é um dos reforços positivos mais usados. Para a maioria das pessoas atenção, dinheiro e reconhecimento funcionam melhor como reforço positivo.
Segundo Moreira e Medeiros (ibdem), o reforço é um tipo de conseqüência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer. Temos uma relação entre o organismo e seu ambiente, na qual o organismo emite uma resposta (um comportamento) e produz alterações no ambiente. Quando as alterações no ambiente aumentam a probabilidade de o comportamento que as produziu voltar a ocorrer, chamamos tal relação entre o organismo e o ambiente de contingência de reforço. Além de aumentar a freqüência de um comportamento reforçado, o reforço (ou a conseqüência) tem dois outros efeitos sobre o comportamento dos organismos. Uma delas é a diminuição da freqüência de outros comportamentos diferentes do comportamento reforçado. Outro efeito do reforço é a diminuição da variabilidade na topografia (na forma) da resposta (do comportamento) reforçada.
De acordo com Catania (ibdem), um comportamento (resposta) tem maior probabilidade de acontecer se este mesmo comportamento elicia uma conseqüência (estímulo). Pode-se dizer que a resposta foi reforçada e denomina-se o estímulo de reforçador. Então, se a resposta acontecer por influencia do reforço à tendência é que o responder aumente. Ainda segundo o mesmo autor, o 
3
termo “reforço é descritivo, não explicativo. Ele nomeia uma relação entre o comportamento e o ambiente” (p. 91). Para ele essa relação entre resposta e o meio compreende, pelo menos, três constituintes descritos a seguir:
Primeiro, as respostas devem ter conseqüências. Segundo, sua probabilidade pode aumentar (isto é, as respostas devem-se tornar mais prováveis do que quando não tinham essas conseqüências). Terceiro, o aumento da probabilidade deve acontecer porque a resposta tem essa conseqüência e não por outra razão qualquer (Catania, ibdem, p. 91).
Vale ressaltar que a eficiência dos reforçadores muda com o tempo e de acordo com as circunstâncias e, “qualquer conseqüência pode reforçar algumas respostas, mas não outras” (Catania, ibdem, p. 92).
No esquema de reforçamento contínuo (CRF – continuous reinforcement), o reforço é oferecido toda vez que a resposta certa ocorrer, ou seja, “toda resposta é seguida do reforçador” (Moreira e Medeiros, ibdem, p.117). “O reforço contínuo ou regular, é o reforço de cada resposta dentro da classe operante...” (Catania, ibdem, p.177).Segundo Wood (PUC-SP) Com Ambiente, Skinner se refere a qualquer evento no universo capaz de afetar um organismo. Incluindo ações do próprio organismo. Portanto, com essa definição ampla, eventos não apenas físicos, mas também sociais e culturais estão sendo considerados.
 Wood (2006) diz que, segundo Skinner, existe reforçadores primários, secundários e generalizados. Como exemplo do primeiro, temos o alimento e o sexo. Ambos podem podem ser usados para aumentar a freqüência de uma resposta. Eles são reforçadores para a espécie, ou seja, apenas aqueles sensíveis a eles sobreviveram. No cotidiano temos uma mãe que só deixa o filho almoçar após ter terminado o dever de casa e um homem que após se reconciliar com a esposa, fazem sexo para comemorar.
4
Já os demais reforçadores, dependem dos primários para se tornarem efetivos, ou seja, eles precisam ser pareados (precisam acompanhar) os primários por certo tempo para que possam agir por si. No dia-a-dia a atenção é um grande exemplo de reforçador secundário. Por último os reforçadores generalizados são aqueles que possibilitam o acesso a todos (ou quase todos) os demais. O seu maior representante é o dinheiro, capaz de possibilitar os demais reforçadores.
 Skinner e seus colaboradores se debruçaram no estudo dos programas de reforço intermitente. Entretanto, o mais interessante é que o primeiro impulso para este tipo de pesquisa saiu de uma necessidade de Skinner. Numa tarde de sábado ele notou que estava ficando sem ração para seus ratos. 
Na década de 30 as empresas não tinham um sistema de fornecimento muito desenvolvido, e Skinner teria que fazer as pelotas de comida ele mesmo. Ao invés de fazer isso, ele se perguntou o que aconteceria se ele reforçasse os ratos a cada minuto, independente do número de respostas. Isso faria com que ele gastasse menos pelotas. O resultado foi uma série de experiências que levaram às programações de reforço intermitente. 
Existe quatro tipos principais de esquemas intermitentes: Razão Fixa (O organismo deve emitir um numero fixo de respostas para ter seu comportamento reforçado), Razão Raviavel (Quando um numero de respostas entre cada reforçador se modificam isto é se varia) , Intervalo Fixo ( Os reforçadores estarão disponiveis depois de transcorridos intervalos fixos desde o ultimo reforçador) Intervalo Variavel( similar ao intervalo fixo, com a diferença de que os intervalos entre o ultimo reforçador e a proxima disponibilidade não são os mesmos ou seja são variaveis Ex: Achar uma musica boa no radio mudando de estação está sob contrôle desse esquema.
Segundo REESE (1975, p.42) “o meio mais rápido de estabelecer um comportamento é reforçar toda ocorrência de resposta. [...] Uma vez condicionado, o comportamento é usualmente reforçado intermitentemente”. Assim o comportamento pode ser reforçado intermitentemente através de “esquemas”. 
Os “esquemas de reforçamento” são definidos por WHALEY e MALOTT (1980, p.106-107) como “o modo exato pelo qual a ocorrência do reforço é programada 
5
como conseqüência de um determinado número de respostas, ou de certo tempo entre respostas, ou de qualquer outra característica temporal ou quantitativa das respostas”. No Reforçamento Intermitente o reforço do comportamento é apresentado algumas vezes, após ocorrência do comportamento, ou seja, o reforço é apresentado de maneira ocasional e pode ser reforçado intermitentemente através de “esquemas diferentes”.
Estes “esquemas diferentes” que são determinados elas contingências (número de respostas emitidas e/ou passagem do tempo) de que depende o reforçamento são: intervalo fixo, intervalo variável, razão fixa e razão variável. Os esquemas de intervalo que são esquemas de reforçamento temporais, ou seja, o fator comum destes esquemas de reforçamento é o “tempo”. Nos esquemas de intervalo o reforço depende da passagem do tempo, portanto, responder rapidamente não é reforçado diferencialmente, por isso os esquemas de intervalo apresentam baixa freqüência total de respostas.
O esquema de intervalo fixo, segundo REESE (1975, p.46) “caracteriza-se por uma pausa após o reforço e, a seguir, um aumento gradual na freqüência da resposta, até um nível alto no final do intervalo”. No programa de intervalo fixo, o reforço é empregado depois de um intervalo de tempo estabelecido sem levar em consideração o ritmo da resposta do organismo.
O esquema de intervalo variável, segundo REESE (1975, p.47) “mantém persistentemente o comportamento de responder em uma freqüência baixa”. No programa de intervalo variável, o reforço é empregado dentro de certo período de tempo, porém variando os intervalos entre os reforços.
Os esquemas de razão reforçam diferencialmente a produção rápida de respostas, ou seja, assim que o sujeito responde é prontamente reforçado.
Segundo REESE (1975, p.44) “quando a razão é fixa, há uma pausa após o reforço, mas se a razão é variável, mantém-se uma alta freqüência de respostas”.   Conforme WHALEY e 
6
MALOTT (1980, p.131) “um esquema em razão fixa é um esquema de reforçamento intermitente, no qual o reforçamento ocorre após um número específico de respostas”. Além da alta freqüência de resposta, outra característica do reforçamento em razão fixa é uma pausa-após-reforço que surge depois da ocorrência do reforçador. No programa de razão fixa, o reforço é empregado após um número previamente estabelecido de respostas.
O esquema em razão variável é aquele no qual o reforçamento acontece depois de um número variável de respostas. O comportamento produzido através de um esquema de razão variável é semelhante ao produzido pelo esquema de razão fixa, porém, segundo WHALEY e MALOTT (1980, p.131) “os dois esquemas diferem, porém, pois em razão variável não se produz pausa-após-reforço”. No programa de razão variável, o reforço é empregado aleatoriamente (alguma razão média) em relação às respostas.
Os esquemas de razão e intervalo diferem na maneira como o desempenho é influenciado quando o reforço é diminuído ou interrompido.
 A Extinção se designa na quebra da relação estímulo – resposta e é o rompimento de um comportamento operante. Como efeitos colaterais ela produz a variabilidade comportamental, o enfraquecimento da resposta, frustração, raiva e cólera. Destarte o processo que consiste em não mais apresentar um reforçador anteriormente apresentado de modo contingente a uma resposta do organismo. Quando a Extinção começa é esperado que a freqüência da resposta aumente para só depois começar a cair lentamente até que a probabilidade de ser emitido alcance em índices próximos de zero. É considerado um modo efetivo para se eliminar uma resposta do Repertório Comportamental (o conjunto de suas relações com o ambiente) de um indivíduo.
Extinção, segundo BOCK, FURTADO e TRASSI (2002, p.52) “é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada. Como conseqüência, a resposta diminuirá de freqüência e até mesmo poderá deixar de ser emitida”.  Assim a omissão de reforço é o 
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procedimento para se obter o declínio gradual de uma resposta condicionada, ou seja, a “extinção”.
Segundo WHALEY e MALOTT (1980, p.54), “o procedimento de extinção consiste em suspender o reforço para uma resposta condicionada. O comportamento em extinção típico consiste num decréscimo gradual na freqüência da resposta ate que ocorra, no máximo, com a freqüência apresentada antes do condicionamento”. Assim, “extinção” é o que acontece quando o comportamento não é reforçado e tende a desaparecer. Um comportamento condicionado a uma recompensa enfraquece e pode desaparecer quando a recompensa não é fornecida. A Extinção se designa na quebra da relação estímulo – resposta é o rompimento de um comportamento operante. 
Como efeitos colaterais ela produz a variabilidade comportamental, o enfraquecimento da resposta, frustração, raiva e cólera. Destarte o processo que consiste em não mais apresentar um reforçador anteriormente apresentado de modo contingente a uma respostado organismo. Quando a Extinção começa é esperado que a freqüência da resposta aumente para só depois começar a cair lentamente até que a probabilidade de serem emitidos alcances índices próximos de zero. É considerado um modo efetivo para se eliminar uma resposta do Repertório Comportamental (o conjunto de suas relações com o ambiente) de um indivíduo.
8 
 Método
Sujeito
Foi utilizado 1(um) rato branco da raça Wistar, macho, com 3 meses e peso corporal estimado em 150g. O animal foi mantido em gaiola plástica branca fechada nas laterais e em cima grade com divisão para a ração. O fundo da gaiola era forrado com palha específica para roedores. O animal recebeu o número 1. O animal permaneceu sem água nas 48 horas que antecederam o experimento.
Ambiente, materiais e instrumentos
O experimento foi realizado no Laboratório Experimental da Faculdade Alvorada. O ambiente consistia em uma sala quadrada com paredes de cor branca, porta de entrada no oposto das janelas. As janelas largas, com exaustores no teto e ficavam abertas durante os procedimentos. O experimento foi realizado em mesas longas e estreitas, confeccionadas em material lavável, com separações nas laterais, na altura dos ombros, separando os grupos de forma a não visualizar-se o experimento da mesa ao lado. Os membros do grupo vestiam jalecos brancos e se posicionavam de frente uns para os outros, de cada lado da mesa, tendo em cima desta uma caixa de Skinner, um cronometro, um bloco de anotações, uma caneta. No chão, bancos para sentar-se. O ambiente era de silêncio e as conversas mantidas somente o necessário e em tons baixos, para não interferir no comportamento do animal. A sala contava com um balcão e pia para higiene, tendo um tubo com sabão liquido e porta toalhas com toalhas descartáveis, tanto para a secagem das mãos, quanto para forrar a bandeja da caixa de Skinner.
9
Na parede a direita da porta uma prateleira de metal aberta com as caixas plásticas brancas numeradas, contendo os animais. 
 
O primeiro procedimento, antes de colocar o animal na caixa de Skinner consistia em organizar o ambiente de trabalho: forrar a bandeja de coleta de excremento e urina com papel toalha; colocar água no pote específico e encaixá-lo na lateral da caixa de Skinner. Distribuir as tarefas entre os membros do grupo: responsável pelo cronometro, pelas anotações, pela liberação da água, observadores.
Organizado o ambiente, o animal é colocado na caixa de Skinner pelo professor, cujas mãos estão cobertas com luvas descartáveis. A partir deste momento o cronômetro era ativado.
Procedimentos
1º Dia: 30/04/2010 foi observado o Nível Operante ou linha de base natural do comportamento animal durante 20 minutos.
2º Dia: 14/05/2010 foi realizado a primeira tentativa de modelagem, a de resposta de pressão a barra.
3º Dia: 21/05/2010 foi realizada o Comportamento de pressão a barra em CRF por 20 minutos.
4º Dia: 28/05/2010 foi registrado o comportamento de pressão a barra em razão fixa 5 por 20 minutos.
5º Dia: 11/06/2010 foi registrado o esquema de reforçamento variável 3 (V 3) por 20 minutos.
6° Dia: 18/06/2010 - Extinção – observação por 20 minutos
10
 Resultados
 Registro de Comportamento 
	Comportamento
	Resultado
	Morder a barra
	 3
	Levantar
	27
	Coçar
	 3
	Empurrar a barra
	 4
Tabela 1 – Registro de Comportamentos em Nível Operante 
 Gráfico 1 – Registro dos comportamentos em Nível Operante 
 11 
 Modelagem
	Minutos
	Quantidade
	1
	0
	2
	0
	3
	0
	4
	0
	5
	0
	6
	0
	7
	0
	8
	1
	9
	1
	10
	1
	11
	1
	12
	1
	13
	1
	14
	1
	15
	1
	16
	1
	17
	1
	18
	1
	19
	1
	20
	1
Tabela 2 – Comportamento de Pressão a Barra - Modelagem por 20 minutos
Gráfico 2 – Modelagem de pressão a barra por 20 minutos – 2ª tentativa 
 12
 Comportamento Operante 
	Minutos
	Quantidade
	1
	14
	2
	13
	3
	12
	4
	14
	5
	15
	6
	15
	7
	13
	8
	13
	9
	2
	10
	10
	11
	5
	12
	0
	13
	7
	14
	0
	15
	0
	16
	0
	17
	0
	18
	0
	19
	0
	20
	0
Tabela 3 – Comportamento de Pressão a Barra em CRF por 20 minutos
Gráfico 3 – Comportamento de pressão a barra em CRF por 20 minutos
13
 Comportamento: Pressão a Barra
	Minutos
	Quantidade
	1
	9
	2
	4
	3
	13
	4
	9
	5
	11
	6
	17
	7
	12
	8
	2
	9
	11
	10
	14
	11
	19
	12
	16
	13
	14
	14
	20
	15
	20
	16
	10
	17
	10
	18
	19
	19
	16
	20
	15
Tabela 4 – Comportamento de pressão a barra em razão fixa 5 por 20 minutos
Gráfico 4 – Comportamento de pressão a barra em razão fixa 5 por 20 minutos
 14
 Reforçamento variável
	Minutos
	 Quantidade
	1
	0
	2
	0
	3
	0
	4
	0
	5
	0
	6
	2
	7
	15
	8
	11
	9
	15
	10
	16
	11
	6
	12
	16
	13
	22
	14
	20
	15
	18
	16
	21
	17
	20
	18
	14
	19
	15
	20
	11
 Tabela 5 – Esquema de Reforçamento variável (VR3)
 
Gráfico 5 – Esquema de Reforçamento Variável (VR 3) durante 20 minutos 
 15
 Extinção do comportamento
	Minutos
	 Quantidade
	1
	0
	2
	5
	3
	0
	4
	0
	5
	0
	6
	0
	7
	0
	8
	0
	9
	6
	10
	0
	11
	0
	12
	5
	13
	0
	14
	0
	15
	0
	16
	0
	17
	0
	18
	8
	19
	0
	20
	0
 Tabela 6 – Extinção do comportamento 
Gráfico 6 – Extinção do comportamento
16
 Discussão
O presente trabalho objetivou constatar a possível mudança no comportamento animal, apresentado primeiramente em nível natural e por fim a extinção da aprendizagem adquirida através de esquemas de modelagem, segundo a teoria de Skinner.
No primeiro dia observamos o comportamento operante do roedor que se mostrou ativo, especulando a caixa, um ambiente até então desconhecido pelo mesmo. Não houve qualquer intervenção humana. 
No segundo dia foi o início de Modelagem: Foi consideravelmente rápido e fácil. A princípio o rato ficou conhecendo o ambiente. Mas logo foi estimulado e respondeu com as expectativas do grupo. 
Proposta concluída, objeto de estudo Modelado, com bom desenvolvimento e habilidades.
No terceiro dia de trabalho foi realizado a segunda tentativa de modelagem em CRF e observado a resposta rápida. O animal apertava a barra com os dentes. Nos primeiros 8 minutos a atividade foi intensa, logo seguido de uma redução aos 9 minutos. Após uma retomada na atividade, seguiu-se um período de cessação das atividades nos últimos 7 minutos de observação. 
No quarto dia o comportamento de pressão a barra para a modelagem de reforçamento foi: razão fixa 5. O rato logo correspondeu ao condicionamento e observado no gráfico que houve momentos onde a atividade foi mais intensa. Não houve período de descanso e os únicos momentos de atividade reduzida, apresentado pelo animal, aconteceram no 2º e 4° minuto de observação.
O quinto dia foi realizado o esquema de reforçamento variável – VR 3, sendo as variáveis 2, 5, 3, 1 e 4. Nos primeiros 5 minutos o rato não apresentou atividade. Hipóteses levantadas: o 
17
grupo demorou a iniciar a observação com o animal já dentro da caixa ou houve extinção. Mas aos 6 minutos o rato já iniciou a pressão na barra e a atividade intensificou nos próximos 4 minutos. Apresentou uma redução de atividade aos 11 minutos. Hipótese: descanso. No minuto seguinte e até o final da observação a atividade foi intensa.
No último dia realizado a retirada do reforço – a água, eliminando a frequência e extinguindo o comportamento (Extinção).
Observado que o Ratinho estava com umas manchas pelo rabo e com aspecto bem diferente dos outros dias, o mesmo ficou sem água e não tentou flexionar a barra por um período longo. Ficou parado, até a água colocada no pote ser encaixada em sua caixa, mas sem a liberação do reforço. Depois de colocada a água, o ratinho começou a se mexer como se ele já soubesse que antes não tinha água eque naquele momento foi colocado. Aos 12 minutos fez pressão a barra onde não mais saia água, o qual tinha associado e gerada a resposta condicionada.
Aos 18 minutos houve mais uma tentativa do ratinho em pressionar a barra, mas depois cessou totalmente. Considerado extinto o comportamento condicionado. Observado um “stress” no animal, pela frustração gerada ao ser eliminado o reforço – a água. O ratinho demonstrou agressividade ao ser retirado da caixa. 
18
 Referências bibliográficas
Atkinson, R.L., Atkinson, R.C., Smith, E.E., Bem, D.J. & Nolen-Hoesksema, S. (2002). Introdução à Psicologia de Hilgard, (13ªed.), Porto Alegre, Artmed.
Moreira, M.B., & Medeiros, C.A. (2008). Princípios Básicos de Análise do Comportamento 
 (2ª Ed.). Porto Alegre, Artmed.
Murray, E. (1986), Motivação e Emoção, (5ª Ed.), Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan.
BAUM, W. M. (1999) Compreender o Behaviorismo Ciência, Comportamento e Cultura (M.T.A. Silva, M.A. Matos, G.Y. Tomanari, E.Z. Tourinho) Porto Alegre: Artmed. 290 p.
BOCK, A.M.B.; FURTADO, O.; TRASSI TEIXEIRA M.L. (2002) Psicologias Uma introdução ao estudo da psicologia, 13.ed. São Paulo: Saraiva. P. 45-55
BOLTON, L. e WARWICK, L. L. (2005) O livro completo da Psicologia Explore a psique humana e entenda por que fazemos as coisas que fazemos. (M.M. Leal). São Paulo: Madras. 284 p.
CABRAL, Á. E NICK, E. (2003) Dicionário Técnico de Psicologia. 13ª. 
d. São Paulo: Cultrix.p.40
http://www.euniverso.com.br/Psyche/Psicologia/comportamental/http, recuperado em 20.03.2010
19
 Anexos
 3º dia

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