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__________________________________________________________________ 
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões 
Curso: Direito 
Ano/Semestre: 2020/I 
Turma: 1o Semestre 
Nome: João Victor Jaques Borges 
Conceito de direito romano: conjunto de regras e normas jurídicas que servem 
para normatizar o convívio e as ações em sociedade. 
Utilidades do estudo do direito na contemporaneidade: o estudo deve ser visto 
pelos operadores do direito, sob duas perspectivas; cultural e prática, isto é, a 
forma com que a análise se dá ao longo da história (cultural) e a forma como esse 
conhecimento se aplica na sociedade (prática). O gaúcho e professor Mário 
Giordani citou inúmeras vezes a ideia de que a civilização romana é o pilar do 
atual direito e sociedade. Portanto o estudo do direito é de suma importância para 
todo o âmbito social e politico de qualquer entidade. 
 Princípio geral da expressão “Ubi societas, ibi jus”: palavra com origem do latim 
que trás a ideia de que, onde se tenha o homem, haverá uma sociedade, logo, 
também haverá direito. 
 É comum a ideia de que o direito romano é um laboratório do direito: a ordem 
histórica se data em 753 a.C, quando se inicia o estudo do direito propriamente 
dito, Roma era o berço da civilização antiga e portanto uma das primeiras 
sociedades a estudar a ideia de direito. 
Institutos atuais do direito civil, mas que são originários do direito romano: dentre 
eles estão; a posse, as coisas, a propriedade, a falência, o casamento e o 
divórcio. A compra e a venda também são institutos que ainda vigoram junto com 
o comodato, o depósito, o penhor e a hipoteca. 
 Códigos brasileiros que tem origem romana: o próprio código civil de 1916 e o 
atual de 2002 têm muitas coisas em comum com o “Corpus juris civilis” e não por 
acaso, este, é o código do direito romano. 
Importância do direito romano: mais de 1200 anos de evolução histórica, prática e 
técnico-jurídica, o direito romano é considerado o berço do estudo para os juristas 
do direito positivo atual brasileiro, uma das provas de sua importância é o nosso 
código civil de 2002, de seus 2.046 artigos, 1.445 são de origem romana, nossas 
fontes do direito tem raízes no direito romano. 
Quanto às pessoas no direito romano: 
Patrícios (eram as pessoas da classe privilegiada, como se fossem a nata da 
sociedade, descendentes das famílias fundadoras de Roma, eram livres, votavam 
e podia ser votados). 
Plebeus (faziam parte da plebe, não tinham muito dinheiro, não podiam fazer parte 
da política e não eram considerados cidadãos de Roma, portanto, viviam em 
bairros ao redor, as margens de Roma). 
Cônsules (eram os comandantes do exercito, mas que ocupavam o maior cargo 
político, eram eleitos pelos magistrados e ficavam conhecidos como chefes da 
república, detinham um mandato de um ano). 
Magistrados de direito: (existiam vários magistrados, os principais eram; o ditador 
acima de todos, o censor, o cônsul, o pretor, o edil, o questor e o tribuno da 
plebe). 
Pretor: (um título concedido pelo governo de Roma geralmente à comandantes do 
exército ou à magistrados de direito). 
Questor: (era o procurador, a base ou pilar da política de Roma, seu mandato 
dava acesso ao senado). 
Censor: (como o próprio nome já diz, estes faziam o censo de Roma, de acordo 
com a riqueza da população, fiscalizavam a conduta moral dos cidadãos, eram 
sempre eleitos em pares). 
Jurisconsultos: (foram alguns dos personagens mais importantes para o estudo do 
direito, emitiam pareceres jurídicos para os magistrados e particulares para as 
mais diversas questões). 
Edis curuis: (magistrados que atuavam única e exclusivamente em Roma, em 
geral os plebeus e os patrícios podiam se candidatar para o carago de Edil). 
Fases do direito romano: 
Realeza, 753a.C. a 510a.C. (período em que o império romano teve início com a 
fundação da cidade, Roma foi governada por 7 reis até o ano de 510a.C quando 
se encerrou este período). 
República, 510a.C. a 27a.C. ( época em que houve a substituição do rei, por dois 
comandantes do exército que eram eleitos para o cargo de cônsul, os mesmos 
durante o mandato; governavam alternadamente). 
Alto Império, 27a.C. a 284d.C.(fase histórica em ocorreram inúmeras revoltas de 
escravos e muitos conflitos entre as classes sociais, e esses acontecimentos 
foram responsáveis por uma grande mudança política em Roma). 
Baixo Império, 284d.C. a 565d.C. (período chamando de Dominato por alguns 
historiadores, nome este que foi dado devido a uma monarquia absolutista, ou 
seja o poder concentrado nas mãos do imperador, sem a repartição dos poderes 
com o senado). 
Bizantino, 565d.C. a 1453d.C. ( este último período histórico se inicia com a 
morte de Justiniano e vai até a tomada da cidade de Constantinopla feita pelos 
turcos em 1453, se dá o nome de Império Bizantino por causa de sua capital, cuja 
a cidade era Bizâncio, logo Constantino mudou o nome da cidade para 
Constantinopla, e hoje a mesma é Istambul na Turquia). 
Noções fundamentais do direito romano: 
Direito (conjunto de regras de caráter permanente, obrigatório, geral e impessoal, 
que se destina à regulamentação da vida em sociedade visando o bem comum). 
Em geral a palavra direito quer dizer em linha reta ou aquilo que segue uma linha, 
uma norma, aquilo que é correto e justo. 
Direito Objetivo (é um conjunto de normas e princípios jurídicos previstos no próprio 
ordenamento que estabelecem as condutas sociais e a distribuição de bens e 
valores de forma que discipline as relações da sociedade, seja à composição do 
conflito de interesses e a preservação). 
Direito Subjetivo (é a permissão dada por normas jurídicas válidas, para fazer ou 
não fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo, o direito subjetivo também tem a 
autorização para exigir por meio dos órgãos competentes do Poder Público, por 
meio de processos legais em caso de violação da norma jurídica, o cumprimento 
da norma infringida ou a reparação do mal sofrido) por Maria Helena Diniz. 
 Classificação do direito objetivo (pode ser público, privado, civil e ainda, natural; O 
direito civil é um ramo do direito que diz sobre as normas reguladoras das 
obrigações de ordem privada concernente para as pessoas, aos seus direitos, 
obrigações, bens e ás suas relações enquanto membros da sociedade. Já o direito 
natural ou também chamado por muitos de jusnaturalismo é uma teoria que busca 
fundamentar o direito no bom senso, na equidade, na racionalidade e no 
pragmatismo, isto é, na prática). 
Conceito de justiça (é um princípio básico, derivado do latim que busca sempre 
manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal, ou 
seja, sempre na procura do que é justo correto e igual para todos os cidadãos). 
Diferença entre direito e religião (a religião pode ser definida como um conjunto de 
crenças em uma determinada divindade ou força sobrenatural é uma criação 
humana que busca explicações para o mundo e para vários questionamentos 
sociais. Já o direito parte de uma base mais concreta e que possa ser provada 
cientificamente, ou seja, um pilar que fornece segurança e proteção ao indivíduo 
nas suas relações com os outros e o estado. De modo geral, a religião é crer para 
ver, e o direito é ver para crer). 
Diferença entre direito e moral (pode se dizer que moral e direito são bem 
parecidos, visto que a moral é um conjunto de regras que age como um guia para 
ações em sociedade que seriam corretas e incorretas, e o direito é mais ou menos 
isso, porém a moral é mais ampla, já o direito é focado mais para um mínimo, ou 
seja, aquilo que realmente é necessário, importante para regular o bem-estar em 
sociedade). 
Diferença entre direito público e direito privado (o direito público, nada mais é do 
que um conjunto de normas jurídicas de natureza pública que regula a relação 
concernente ao particular e o estado, já o direito privado são as normas jurídicas 
que disciplinam somente as relações estabelecidasentre os particulares). 
A versão histórica da criação de Roma conta que a mesma foi iniciada por três 
gerações de famílias que habitaram a região da península itálica, eram os gregos, 
etruscos e italiotas, iniciaram as atividades agrícolas e pastoris como uma forma 
de economia de subsistência. Logo após a unificação dos povos originou-se a 
cidade de Roma, nome este que foi dado, pois os latinos (indo-europeus) 
corriqueiramente chamavam o rio Tibre de Rumon. 
Monarquia (753 a.C. – 509 a.C.): Houveram 7 reis, e o primeiro foi Romulo 
quando Roma ainda era apenas uma vila com um forte comércio, ficava localizada 
na península itálica, banhada pelo mar mediterrâneo. O rei era o chefe de estado 
e detinha o poder executivo em suas mãos, mas diferentemente de outros reis que 
ocupavam o trono de forma hereditária, o rei de Roma era eleito por um pleito 
dentro do senado. O senado romano era a parte política mais importante, pois 
criava as leis, ou seja, detinha o poder legislativo e elegia o rei. A assembleia das 
cúrias formada por patrícios que tinham a responsabilidade de ratificar as leis 
feitas pelo senado, isto é, esta assembleia era quem dava o parecer final na lei. 
Logo abaixo na hierarquia, havia os patrícios, os ricos e com grandes lotes de 
terra, os ricos. Os plebeus que eram cidadãos mais pobres e com poucas 
propriedades, em Roma também viviam os clientes, que eram estrangeiros que 
prestavam serviços para os romanos, geralmente trabalhavam para os patrícios 
como comerciantes ou artesãos. A base da sociedade de Roma era composta 
pelos escravos, ou eram capturados em guerra ou para pagar alguma dívida. 
A monarquia romana acaba quando o rei etrusco Tarquino, o soberbo, como era 
conhecido, tentou governar acima do senado e assim ele foi deposto. 
República (509 a.C. – 27 a.C.) : Foi proclamada pelo senado, o conceito de 
república é, coisa do povo, um modelo de governo em que povo era valorizado. 
Este período ficou marcado pela expansão e a consolidação territorial de Roma, a 
população cresceu muito e os plebeus começaram muitas reinvindicações, o 
resultado foi a criação da tribuna da plebe e a lei das doze tábuas. Agora com 
essa assembleia de plebeus, havia o poder de barrar algumas leis do senado, e os 
juízes de Roma deveriam julgar todos com isonomia, isto é, igualdade de leis, 
agora todos eram iguais perante a lei. O senado não estava feliz com as atitudes 
dos plebeus e então cria o triunvirato, ou seja, poder entre três homens, a ideia 
era conter os avanços da plebe. Júlio César foi o único que não morreu entre os 
três homens do triunvirato, enquanto estavam expandindo o território romano, mas 
a ideia do senado foi totalmente ridicularizada por César, pois este fez ainda mais 
obras públicas e deu mais poder a plebe, logo o senado resolveu tomar a atitude 
de matar César, e assim foi feito. 
Império (27 a.C. – 476 d.C.) : O imperador Otaviano Augusto promove a paz 
romana, uma redução territorial e também a política do pão e circo, uma política 
de enganação para acalmar os ânimos da plebe. Surge o cristianismo e muitos 
choques culturais dos cristãos com os romanos politeístas. Em 313 d.C. o 
imperador Constantino promulga a lei edito de Milão que proibia perseguir 
cristãos, e em 380 d.C. o imperador Teodósio com a lei edito de Tessalônio torna 
Roma crista, isto é, monoteísta. 
375 d.C. – 4 de setembro de 476 d.C. acontece a queda do Império Romano com 
a invasão do Unos, povos bárbaros que entraram em Roma em busca de alimento 
e sobrevivência, para expandir seus territórios e se sedentarizarem, porém como 
Roma ainda estava na chamada PAX Romana, isto é, paz romana, não haviam 
muitos escravos de guerra pois a mesma, havia parado com as expansões 
territoriais e isso fez com que Roma se enfraquecesse e caísse pouco a pouco 
com as invasões de povos bárbaros. 
O direito romano, propriamente dito, era um conjunto de normas que regiam a 
sociedade dês de as origens, Celso Ulpiano, um jurista romano, definiu o direito 
como a arte do bem e do equitativo, que demonstra a identificação entre a moral 
sendo a arte do bem e o direito como equitativo. Ulpiano também dizia os pilares 
do direito romano eram: “Viver honestamente, não lesar a outrem e dar a cada um 
o que é seu”, vale lembrar que essa última parte é a definição de justiça para 
Platão. 
Não obstante, as principais fontes do direito romano, eram: o costume 
(consuetudo jus nom scriptum, mos maiorum) e a lei (Lex). Sendo o costume 
definido como a observância constante e espontânea de determinadas normas do 
comportamento humano na sociedade e a lei resultava de uma declaração feita 
pelo poder competente, aprovado e ratificado pela câmara. Não se pode ficar de 
foco a lei que era diferente das demais, pois esta não era feita pelos homens, a lei 
régia, Cristo é a lei de Deus que todos hão de seguir. 
Haviam ainda os sacerdotes de Roma que usavam os hábitos dos animais para 
terem algum presságio, haviam algumas escolas muito famosas destes 
sacerdotes em Roma, uma delas era o colégio dos áugures, como assim também 
eram chamados, detinham de alguma influência, pois nada era feito sem uma 
consulta prévia a estes, podiam até mesmo cancelar uma execução. 
Fontes do direito romano na república: 
Costume era a principal fonte de estudo no direito para os romanos, ou seja, era o 
princípio do que futuramente iria ser chamado de jurisprudência, uma decisão 
baseada no parecer de vários magistrados romanos. 
Lex na Roma antiga vale lembrar que não é a que conhecemos hoje como 
lei/fonte de estudo para o direito positivo, mas sim como uma fonte “especial do 
direito com características e conteúdos únicos e próprios”. Na definição de Emílio 
Papiniano, grande jurista grego que morreu aos 70 anos de idade; “Lex es 
commune praceptum, virorum prudentium consultum, delictorum quae sponte vel 
ignorantia contrahuntur coercitivo, communis rei publicae, sponsio”. Traduzida 
livremente como sendo a lei, uma garantia comum da república, para fazer uma 
coerção (represália) à delitos praticados por livre escolha ou por falta de 
conhecimento, a lei é um preceito comum, uma decisão de homens prudentes 
(sábios, cautelosos) 
Já de acordo com Caio Ateio, outro jurista romano, definiu a lei como: “Lex est 
generale jussum Populi, rogante magistratu”. A lei é uma determinação geral do 
povo ou da plebe por proposta do magistrado. 
Lei das XII Tábuas foi um conjunto de regras aprovadas e fixadas em frente ao 
fórum romano para que ficassem as vistas de todos os cidadãos. Foi aclamada 
pela plebe quando estavam novamente na luta pelos seus direitos, o intuito era a 
criação de uma lei aplicável a todos, que não houvesse a possibilidade de haver 
dúvidas iguais as que se haviam nos costumes, claramente que essa ideia foi 
negada e reprimida por parte dos patrícios. Após oito anos de muita insistência da 
plebe, ficou estipulado que uma comissão constituída por três patrícios iriam até a 
Itália Meridional para estudarem as leis que lá estavam sendo postas em prática e 
essas seriam usadas como pressuposto para a criação da nova lei pedida pelo 
pelos plebeus. 
 Quando o trio de magistrados volta da viagem são suspensos do poder e então 
agora o poder da criação da nova lei passa a ser de responsabilidade de um grupo 
de 10 membros chamado de, os decênviros. 
De início foram apenas X tábuas esculpidas sobre bronze, e no outro ano mais 
duas tábuas foram feitas, totalizando assim XII tábuas. É indiscutível a importância 
da lei das XII tábuas para os estudos do direito, os próprios romanos 
caracterizaram como a “fons omnis publici privatique juris” isto é, fonte do direito 
público e privado. O conteúdo da lei das XII tábuas é variável e tange o direito 
público, penal, civil e etc. Inegavelmente que essa lei foi um divisor de águas de 
suma importância, um marco na história do direito romano, visto que pela primeira 
vez as leis passaram as ser positivadas, isto é, escritas e também a valer para os 
plebeus. 
Lei Licíniafoi uma lei especificamente em prol dos plebeus, com a promulgação 
da mesma pelo senado romano, seria obrigatório que a cada ano, um dos dois 
cônsules fosse plebeu, e também que os plebeus poderiam fazer o uso das terras. 
Quando foi promulgada a Lei Canuleia se tornou permitido o casamento entre 
patrícios e plebeus e que os filhos dessa união entre as classes deveria seguir a 
condição do pai. 
As leis Rogatae eram votadas pelo povo, mas iniciadas por algum magistrado, já 
as leis Datae, surgiram no final do período republicano e se tratavam de medidas 
tomadas em favor do povo, mas por um magistrado a favor ou de pessoas ou de 
cidades das províncias. 
O Plebiscito surgiu na Roma antiga e vem do termo Plebe, era uma proposta de 
um magistrado plebeu deliberada pela plebe, ou seja, as leis eram de iniciativa 
“popular”, feitas pelos romanos, patrícios e os plebiscitos eram deliberações que 
partiam da plebe. Vale destacar que no início dessas deliberações, somente 
valiam para a plebe, somente com a vigência da Lei Hortência em 286 a.C. que 
esses plebiscitos adquirem o valor de lei e passam a ser chamados de Lex, agora 
valendo à todos. 
Outra fonte do direito romano foi A interpretação dos prudentes, essa a 
denominação que posteriormente iriámos chamar de jurisprudência, ou seja, a 
tarefa de preencher os espaços vagos nas legislações, interpretar e integrar a lei, 
e assim formar uma decisão colegiada. Atualmente quem faz isso, são os juízes, 
magistrados, porém no direito romano os encarregados dessa interpretação eram 
os prudentes ou jurisprudentes, surge nessa fase da história à ideia de 
“interpretatio” a arte da interpretação tão comumente adotada pelos atuais juízes. 
Esses jurisconsultos ou jurisprudentes dividiam-se em três funções: dar consultas 
orais, escritas, opiniões e pareceres particulares, era tarefa dos chamados 
“responderes”. Os “ageres” assistiam juridicamente os clientes nos processos e os 
“caveres” assistiam o cliente na redação de atos jurídicos. 
A quinta e última fonte do direito romano era O edito dos magistrados, logo após 
serem eleitos, os magistrados deviam apresentar uma espécie de plataforma, algo 
que mostrasse seus futuros projetos a serem desenvolvidos no mandato, 
plataforma essa cujo nome era “edicta”. O pretor era um dos magistrados, assim 
como o cônsul, o censor e o governador das províncias, ao assumir o cargo de 
pretor, ele deve publicar no fórum as fórmulas que ira dar às partes para a entrega 
de seus direitos. Existiam várias espécies de editos: o urbano era o mais 
importante, pois era declarado pelo próprio pretor, o perpétuo durava tanto tempo 
quanto o do pretor, isto é, um ano, um exemplo foi Adriano o imperador, havia 
também o edito repentino, esse era emergencial, especial, somente em casos 
excepcionais, e ainda havia o “translatício” ou “pars translatícia” que de certa 
forma eram as partes ainda aproveitáveis do antigo edito. O significado da palavra 
“edito”, quer dizer proclamar, dizer solenemente. 
No ano de 212 d.C. o imperador Caracala concede o direito de cidadania a todos 
os homens livres do império, exceto aos peregrinos. Ficou conhecido como o edito 
de cidadania ou edito de Caracala. 
Aequitas é a justiça no caso concreto, é a adaptação do “direito frio” para a 
realidade da vida em todos os seus aspectos, diferentemente do direito que 
aborda a rigidez e imutabilidade, a equidade é volátil, adapta-se às pessoas, o 
vocábulo em sua etimologia quer dizer aquilo que é plano, liso. É a equidade que 
faz com que o direito se mobilize em vez de ficar estagnado numa fórmula rígida e 
definitiva. 
Difere-se da igualdade que por sua vez quer dizer, um critério mediante o qual a 
casos iguais devem ser aplicadas decisões iguais. 
Organização política do alto império, vários poderes cabiam ao príncipe, tais como 
convocar o senado, promover a guerra ou a paz, publicar editos, interpretar o 
direito, isto é, agir como jurisconsulto, e ainda responder acerca de consultas 
jurídicas. 
Era de responsabilidade dos seiscentos senadores do senado romano a tarefa de 
julgar os recursos e supervisionar o erário público, bem como os serviços 
administrativos de Roma e das províncias, vale lembrar que essas atribuições não 
eram somente de responsabilidade do poder legislativo, mas também do príncipe. 
 
O controle dos patrícios sobre o Senado fez com que a classe ficasse ainda mais 
enriquecida com a ampliação de suas propriedades e a larga utilização da mão de 
obra escrava. Apesar de gerar uma incrível produção de riquezas, essa nova 
realidade prejudicou imensamente os pequenos proprietários, que não 
conseguiam competir com o preço dos alimentos oferecidos pelos patrícios. Por 
outro lado, vários plebeus perderam oportunidade de emprego com essa mão de 
obra escrava. 
Alguns dos plebeus que faziam parte das longas fileiras do exército romano 
passaram a se beneficiar com a conquista das terras e escravos. Os chamados 
cavaleiros eram plebeus que se enriqueceram com a cobrança de impostos, a 
distribuição de comida aos exércitos, o arrendamento de florestas, minas, a 
construção de pontes e estradas. A garantia de controle sobre tais atividades foi 
reforçada quando os senadores e seus descendentes foram proibidos de exercer 
qualquer atividade que não fosse agrícola. Essa política agressiva de conquistas 
foi no período do imperador Otávio, os plebeus que não conseguiaram enriquecer 
foram forçados a vender as suas terras para algum grande proprietário. Ao 
chegarem às cidades, enfrentaram outro grande problema com a falta de 
empregos. O fácil acesso à força de trabalho dos escravos estreitava as 
oportunidades de trabalho livre. E assim o imperador Otávio decidiu terminar com 
essa política de expansionismo territorial, declarou uma paz (pax romana) entre a 
aristocracia e os cavaleiros (plebeus enriquecidos). Dessa forma, o enriquecido 
Estado Romano se viu forçado a fornecer alimentos, vinho e espetáculos que 
continham a insatisfação dessa grande massa (plebe) sem ocupação certa, 
política essa que ficou conhecida como, pão e circo. 
Os plebeus não eram considerados romanos, cidadãos de Roma, mas tinham o 
território, viviam nas cercanias da cidade, daí surge o termo “marginalizado”, quem 
vive a margem da sociedade, a plebe também não possuía direitos civis e 
políticos. Os clientes em geral eram escravos que não conseguiam pagar suas 
dívidas ou capturados em guerras, na maioria das vezes os clientes atuavam 
como comerciantes ou servos pessoais dos patrícios realizando tarefas artesanais 
e outras de mesmo cunho manual. 
Os chamados “Libertos-homens livres” faziam parte da populaçâo romana, em 
geral haviam adquirido a liberdade por já terem pagado suas dívidas ou por seus 
senhores assinado sua libertação, podiam ser ricos ou pobres e na maioria das 
vezes eram urbanos. 
As Fontes do direito romano no alto império eram o costume, a lei, os senatos-
consultos, os éditos dos magistrados, as constituições imperiais e a jurisprudência. 
Costume: Diferentemente de ser uma fonte primária no período da república, 
agora o costume havia se tornado secundário, já que agora o poder estava 
concentrado nas mãos do príncipe. 
A lei: Depois que o imperador Tibério suprime o poder legislativo romano, as leis 
passam a ser de responsabilidade do imperador e aí se tornam a principal fonte do 
direito. 
Os senatos-consultos: Ainda haviam algumas tarefas de que o senado ainda era 
responsável junto com o príncipe, como a parte administrativa e discutir bem como 
tomar decições a respeito do rumo da nação romana, portanto ainda fazia parte 
das fontes do direito mas agora com menos importância do que na fase da 
república. 
Os editos dos magistrados: Decaiu muito o direito pretoriano, e agora os pretores 
não mais diziam o direito, mas somente copiavam os éditos dos que os 
antecederam (pars translatícia, transaltício). 
Constituições imperiais: Eram um conjunto de decisões, bem como pareceres e 
demais normas emanadas diretamentepelo imperador, porém quem elaborava 
essas constituições imperiais era o Conselho do príncipe, composto por mas 
magistrados, jurisconsultos romanos. Vale lembrar que essas constituições 
podiam ser dos seguintes tipos: “Reescripta” que eram os pareceres do príncipe 
em resposta às questões feitas por particulares e comunidade em geral. 
Subdividiam-se em subscripta, respostas a quesitos jurídicos ou epistula, 
respostas em forma de cartas a quesitos jurídicos. “Decretum”, sentença do 
príncipe a um conflito de interesses de duas partes. “Editos imperiais” que eram 
parecidos com os dos magistrados, porém esses eram vitalícios. E “mandata”, 
instruções do príncipe a funcionários imperiais. 
Jurisprudência: Surge logo com a interpretação dos prudentes que com o passar 
do tempo vai se tornando cada vez mais comum e aceita popularmente, seu ápice 
surge na era Cristã com o surgimento dos maiores jurisconsultos da história que 
mudaram a história do direito romano, tornando se então a principal fonte, mas no 
período do principado ou alto império, foi o período da jurisprudência clássica que 
perdurou até meados do século III d.C. 
 Ainda na função dos jurisconsultos havia o termo “responsa prudentium” que era 
a resposta dos prudentes, uma espécie de parecer particular ou sentença com a 
opinião do magistrado que posteriormente no decorrer da história foi oficializado 
pelo imperador Augusto. 
É neste período em que surgem vários jurisconsultos famosos que viriam a ter 
enorme importância para o estudo do direito, alguns nomes: Papiniano, Paulo, 
Ulpiano, Modestino, Gaio, Sabino, Sálvio Juliano, Pompônio. Notória foi à 
influência que esses magistrados deixaram para a jurisprudência com seus livros e 
pareceres jurídicos. 
As escolas doutrinárias dos Sabinianos e Proculeianos eram espécies de clubes 
onde os magistrados ensinavam os discípulos oralmente que se reuniam em 
grupos. A escola Proculeiana foi fundada por Marcus Antistius Labeo, a escola 
Sabiniana foi fundada pelo cônsul Caius Ateius Capito. 
O período do Dominato e a Tetrarquia: 
Tetrarquia designa qualquer sistema de governo em que o poder esteja dividido 
entre quatro indivíduos, denominado "tetrarcas". Usualmente aplica-se à tetrarquia 
introduzida pelo imperador romano Diocleciano, em 293, e que perdurou até 313. 
A instituição da tetrarquia marca a resolução da crise do século III e a recuperação 
do Império Romano. 
Funcionários administrativos: 
Praefectus praetorio, praefectus urbis, praefectus vigilum, praefectus annonae, 
praefectum aerati. 
O prefeito urbano foi o prefeito da cidade de Roma, e mais tarde também de 
Constantinopla. O ofício originou-se durante o Reino de Roma, continuou durante 
a República e Império e manteve alta importância na antiguidade tardia e depois 
no Império Bizantino. Como representante dos governantes de Roma (reis, 
cônsules e imperadores respectivamente), exerceu função quando eles se 
ausentaram da cidade. Suas funções variaram ao longo da história se tornando 
quase honorífico na república. Durante o Império Romano readquiriu muitas de 
suas antigas funções e recebeu muitas outras. 
Aumentou em importância à medida que se tornou mais comum à ausência dos 
imperadores da cidade, e na hierarquia imperial assumiu a mais alta posição, 
ficando atrás apenas dos prefeitos pretorianos. No Império Bizantino manteve o 
poder que adquiriu no Império Romano e é atestado até pelo menos o século XIII. 
Tal como sua contraparte romana, o prefeito urbano de Constantinopla foi tido 
como o mantenedor da capital imperial, estando em sua competência, além das 
antigas funções atribuídas em período imperial, a de nomear professores para a 
Universidade de Constantinopla. Segundo os registros que chegaram a nós, o 
prefeito urbano tinha sob seu comando grande número de oficiais que trabalharam 
em seu nome. 
Cargos da Magistratura no Baixo Império: 
Cônsul, pretores e questores, edis e Tribunos da Plebe. 
Senado 
Assembleias populares 
Os poderes públicos eram exercidos pelo Senado, pelas magistraturas 
republicanas e pelo Imperador. O senado já não tinha quase nenhum poder, nem 
mais repartia a função judiciária com o imperador. Passa a ser um mero conselho 
municipal. 
As magistraturas republicanas eram compostas por cônsules, pretores, tribunos da 
plebe, questor para o Sacro Palácio, Prefeitos para o Pretório, vigários e 
governadores. Então, as magistraturas não desaparecem, mas perdem suas 
atribuições. 
Como o Império Romano estava repartidoem Oriente e Ocidente, cada um desses 
blocos foi entregue a um imperador, monarca absoluto, que concentrava em suas 
mãos todos os poderes. Junto ao imperador funcionava o “Sacrum Consistorum” 
que era uma espécie de conselho imperial para assuntos administrativos e 
judiciais. 
Fontes do direito no período do Dominatono- Diminuição da produção jurídica 
no Baixo Império ou Dominato 
O imperador concentrava em si todos os poderes nesse período. Detinha o poder 
absoluto, e, além disso, o monarca invocava “a vontade divina como fonte de 
inspiração de sua autoridade: o que agradou ao príncipe tem força de lei (“quod 
principi placuit, legis habet vigorem”). É a monarquia absoluta. 
Constituções Imperiais 
Jurisprudência 
Costume 
Diante dessa centralização de poderes, desaparecem as antigas fontes, restando 
às constituições imperiais como única fonte de direito no período do baixo império. 
Corpus Juris Civilis- Justiniano ( 527-548) conceito e composição 
Código Antigo, Código Novo, Digesto, Institutas, Novelas. 
Nesse período, ocorreram várias compilações particulares, apesar de todas essas 
codificações, o Imperador Justiniano ainda elaborou novas Constituições, mas, 
foram nos anos 1500 que o jurisconsulto e francês Denis Godefroy conseguiu 
reunir todas essas compilações em um só volume, dando-lhe o nome de Corpus 
Iuris Civilis. O Corpus Iuris Civilis, por compliar em um só volume vários outros 
conjuntos de leis de sua época e de épocas anteriores, é considerado uma dos 
maiores heranças deixadas pelos romanos, vale lembrar que essa foi à 
procedência de muitos institutos jurídicos da contemporâneidade. 
Codificações Romanas: 
Antes de Justiniano-oficiais: 
Código de Teodósio, Leis Romanas e Leis Bárbaras: 
O Código de Teodósio ou Teodosiano foi uma compilação das leis do império 
romano sob os imperadores cristãos desde 312. Teodósio II criou uma comissão 
com esta finalidade em 429, e a compilação foi publicada na metade oriental do 
império romano em 438. Um ano depois, o código foi também introduzido no 
Ocidente pelo imperador Valentiniano III. 
Em 26 de março de 429, o imperador Teodósio II anunciou ao senado de 
Constantinopla a sua intenção de formar um comitê para codificar todas as leis do 
império, desde Constantino até Teodósio II e Valentiniano III. Vinte e dois 
pesquisadores, trabalhando em duas equipes, trabalharam de 429 a 438 para 
elaborar o que viria a tornar-se o Código de Teodósio. O produto final foi uma 
coleção de dezasseis códices contendo mais de 2.500 leis emitidas entre 313 e 
437. John F. Matthews, autor de Laying Down the Law, ilustra a importância do 
Código de Teodósio ao dizer: "O Código de Teodósio foi à primeira ocasião desde 
a Lei das Doze Tábuas em que o governo romano tentou através de uma 
autoridade pública recolher e publicar as suas leis." O código aborda temas 
políticos, socioeconômicos, culturais e religiosos do século IV e V no Império 
Romano. 
Uma coleção de decretos imperiais chamado Código Gregoriano tinha sido escrita 
em 291, e o Código Hermogeniano, uma coleção limitada de éditos de 293-294, 
fora também publicado. Teodósio desejava agora criar um código que permitiria 
um mais profundo conhecimento do direito do Império Romano Tardio. De acordo 
com Peter Stein, "Teodósio ficou perturbado com o estado de baixa qualificação 
jurídica no seu império do Oriente." O imperador aparentemente teria fundado uma 
escola de direito em Constantinopla. Em 429, nomeou uma comissãopara 
recolher todas as constituições imperiais desde o tempo de Constantino. As leis no 
código vão de 312 a 438; por esse motivo, em 438 o "volume da lei imperial tinha-
se tornado impraticável". 
Durante o processo de reunir tão vasta quantidade de material, os editores 
frequentemente teriam tido várias cópias da mesma lei nas mãos. Para, além 
disso, as fontes em que os editores se baseavam tinham sofrido alterações ao 
longo do tempo. Clifford Ando observa que segundo Matthews, os editores 
"exibiam uma dependência de fontes das províncias ocidentais até o final do 
século IV, e de arquivos orientais depois disso”. 
Após seis anos, em 435, uma versão inicial foi concluída, sem, no entanto ser 
publicada. Em vez disso foi melhorada e alargada, e finalmente terminada em 438, 
para então ser levada para o senado em Roma e Constantinopla. Matthews 
considera que as duas tentativas não são resultado de uma primeira tentativa 
fracassada, mas em vez disso escreve que a segunda tentativa mostra "reiteração 
e refinamento dos objetivos originais numa nova etapa no processo editorial”. 
No entanto, outros postularam teorias alternativas para explicar o longo processo 
editorial e duas comissões diferentes. Boudewijin Sirks acredita que "o código foi 
compilado a partir de cópias de livros imperiais encontrados em Constantinopla, 
Roma, ou Ravena, complementados por material em algumas coleções 
particulares, e que os atrasos foram causados por problemas como verificar a 
precisão do texto e melhorar a coerência jurídica do trabalho”. 
Justianeias –Corpus Juris Civilis 
O Corpus Juris Civilis, que reuniu em um só volume várias compilações de leis e 
doutrina, na época do Reinado do Imperador Justiniano, trazia muitas normas 
inflexíveis, adaptadas à época de sua elaboração. Com a constante evolução das 
relações privadas, o direito deveria acompanhar. Por isso, os imperadores 
ordenaram a edição de outras compilações oficiais, para que fossem plenamente 
aplicáveis diante das inéditas situações jurídicas que vinham surgindo. 
Dessa forma, “surgem, assim, a Egloga legum compendiaria, a Lex Rhodia, o 
Prochiron legum. No século IX, por determinação do imperador Teófilo, foi editada 
a chamada Paráfrase das Instituições, que seria uma adaptação em língua grega 
das Instituições de Justiniano. 
Também em 528 d.C. Justiniano formou uma comissão de dez juristas com a 
finallidade de, numa primeira etapa, elaborar uma compilação de todas as leis 
(leges) ou direito novo (jus novus), leis e constituições importadas mais 
importantes, e, ao depois, apresentar uma codificação conjunta de todo o Direito 
Romano, contendo tanto as leges como os jura (direito velho), ou seja, os 
ensinamentos, doutrinas e jurisprudência até então existentes e espalhados pelos 
quatro cantos do Império. 
O Corpus Juris Civilis é assim dividido: 
Novus Justinianus Codex ou Codex Vetus (528-528) 
Quinquaginta decisiones 
Digesto ou Pandectas (530-533) 
Institutas (533) 
Codex Justinianus repetitae praelectionis (534) 
Novelas (534-565) 
Corpus Juris Civilis e seus livros: 
Código Antigo- Codex vetus. 
“Esse novo código devia distinuir-se do código Teodosiano, composto 
exclusivamente de leges Generales, não só pelo seu caráter mais moderno, mas, 
sobretudo por duas razões especiais: nele deveria conter as matérias dos Códigos 
Gregoriano e Hermogeniano e, portanto, conter também leges speciales; dele 
seriam excluídas todas as constituíções ja não vigentes, porque, explicitamente ou 
só implicitamente, tinham sido abolidas por constituições posteriores”. 
Os traballhos foram concluídos em 528, tendo o código sido promulgado por 
Justiniano em abril de 529. É ele também conhecido como Codex Vetus (código 
velho), pois foram revisados quatro anos depois e substituído por outro, então 
denominado Código Novo. 
 Digesto(533). Código Novo (534). 
Para a consecução dessa segunda e maior etapa de trabalhos da Codificação 
Justianeia foi constituída outra comissão, no ano de 530, composta de dezesseis 
juristas, também presidida por Triboniano, que, aos 16 d dezembro de 533, 
concluiu os trabalhos a apresentação do Digesto ou Pandectas. 
O Digesto é composto por 50 livros que contem uma compilação de todos os jura, 
ou seja, codificação de toda a jurisprudência antiga do Direito Romano, existente 
desde o fim da República, no ano 27 a.C., até a época de Justiniano. 
O código novo, durante os trabalhos de compilação do Digesto e das Institutas 
ficou constatada a desatualização do primeiro Código de Justiniano – o Código 
velho. Com o intuito de corrigir essas irregularidades, Justiniano determina a 
organização de outro código atualizado, surgindo, então, o Codex repetitae 
praelectionis ou Código Novo, como é chamado. Ele é, portanto, uma reedição do 
Novus Justinianus Codex (código vetus). Publicado 529 d.C. 
Institutas 
Trata-se de um manual para os estudantes da escola de direito de Constantinopla, 
contendo um resumo das principais leges e jura. Foram dedicadas “à juventude 
desejosa de estudar leis” e publicadas, com força de lei, em 30 de dezembro de 
533. 
Novelas 
As novelas contêm as leis (constituições imperiais) promulgadas diretamente por 
Justiniano, após a promulgação do Digesto. Foram redigidas em grego e latim. 
Codificações pós- Justianéias: 
Depois da morte de Justiniano, a aplicação de sua obra legislativa se torna cada 
vez mais difícil, por três motivos: a língua latina usada na codificação que era 
deixada de serem usadas no Oriente, algumas normas existentes no Corpus Iuris 
Ciuilis em desuso, e, sendo cada uma das partes (Institutas, Digesto, Códex e 
Novelas) independentes, havia dificuldades em coordenarem-se as normas. Então 
foram elaboradas, por ordem dos imperadores bizantinos, compilações para 
facilitar a aplicação prática da obra de Justiniano. Dentre elas, destacam-se as 
Basílicas, que se seguiram a três outras mais modestas: a Ecloga, a Lex Rhodia e 
o Prochiron legum, escritas em grego e concluídas por Leão. Divididas em 60 
livros, contém todas as normas sobre determinado instituto jurídico as quais se 
achavam dispersas nas Institutas, no Digesto, no Código e nas Novelas. 
Pincipais imperadores do baixo império: 
O fim da Dinastia dos Severos marca o início de um período de grande 
decadência. Após a morte de Alexandre Severo, o Império Romano submerge 
numa profunda crise caracterizada pelo ataque dos bárbaros e pela sucessão 
anárquica de imperadores. Perante a crise generalizada o povo faz ouvir o seu 
grito de resistência à situação difícil, lutando com grande determinação e abrindo 
caminho para uma lenta recuperação. Mas os alicerces do Império ficariam 
irremediavelmente abalados e, durante meio século, inúmeros imperadores são 
proclamados pelas legiões e depostos, pelas mesmas ou pelos seus opositores, 
após um período variável. 
Imperador-Dioclesiano (284-305 d.C.) Tetrarquia. 
Diocleciano foi um imperador romano cujos dados de nascimento são incertos, 
mas que pode ter nascido em Salona no dia 22 de dezembro de 243, 244 ou 245. 
Ele governou de c. 284 a 305. Filho de pai escriba e ex-escravo, foi comandante 
da escolta imperial antes de ascender ao poder, o que ocorreu após a morte do 
imperador Caro e seu filho Numeriano em uma incursão em território persa, tendo 
sido proclamado pelo exército romano. Existe uma insuficiência de fontes ou 
informações a respeito da vida anterior a sua ascensão que é característica 
daquele momento. Seu reinando, entretanto, é bem documentado, tanto pelos 
editos e leis como por edifícios construídos. 
Dinastia Constantiniana 
A dinastia constantiniana é um nome informal para a família governante do império 
romano de Constâncio Cloro (morto em 305) para a morte de Julian em 363. Ele é 
nomeado após seu membro mais famoso, Constantino, o Grande, que se tornou o 
único governante do império em 324. A dinastia é também chamada de Neo-
Flaviano porque cada imperador Constantino tinha o nome de Flávio, semelhanteaos governantes da primeira dinastia dos Flávios no século um. 
 
Imperador Constantino- Fez o Edito de Milão (ano 313 d.C.). Publicado em 313 
d.C. deu liberdade de culto aos cristãos e pôs fim às perseguições religiosas 
Constantino I, também conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o 
Grande, foi um imperador romano, proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 
de julho de 306, que governou uma porção crescente do império romano até a sua 
morte. 
Constantino derrotou os imperadores Magêncio e Licínio durante as guerras civis. 
Ele também lutou com sucesso contra os francos e alamanos, os visigodos e os 
sármatas durante boa parte de seu reinado, mesmo depois da reconquista da 
Dácia, que havia sido abandonada durante o século anterior. Constantino 
construiu uma nova residência imperial em Bizâncio, chamando-a de Nova Roma. 
No entanto, em honra de Constantino, as pessoas chamavam-na de 
Constantinopla, que viria a ser a capital do império romano do Oriente durante 
mais de mil anos. Devido a isso, ele é considerado como um dos fundadores do 
império romano do Oriente. Hoje, ela é a atual Istambul e foi também, capital do 
Império Turco-Otomano, de 1453 até o final deste em 1922. 
Dinastia Valentiniana - Valentino 
Foi imperador romano de 364 a 375, proclamado imperador pelo exército romano 
em Niceia (atual İznik, na Turquia), aquando da morte de Joviano. Antes de ser 
nomeado, foi proposta a coroa ao prefeito Salústio, que a recusou duas vezes. 
Após terem considerado os outros nomes possíveis, à nomeação do imperador 
Valentiniano, os soldados acolheu por unanimidade a proposta que foi aprovada 
por Salústio. Ocorreu a 26 de fevereiro de 364 e ele tinha quarenta anos. Depois 
de receber a coroa e o roxo, os soldados, que, inicialmente, o aclamaram, 
ordenaram-lhe que nomeasse um colega imediatamente. 
Instalou-se em Mediolano (atual Milão) e associou-se ao seu irmão Valente. 
Conduzido a Niceia, o Imperador decide seguir o conselho do exército: dirige-se 
para Nicomédia ou Constantinopla e naquela capital, 30 dias depois de sua 
coroação, Valentiniano nomeou o seu irmão Valente Augusto do Oriente, e levou-o 
para as prefeituras e ocidental e Ilíria. 
Dinastia Teodosiana: 
Teodósio I, dito o Grande foi um imperador romano desde 379 até à sua morte. 
Promovido à dignidade imperial após o Desastre de Adrianópolis, primeiro 
compartilhou o poder com Graciano e Valentiniano II. Em 392, Teodósio reuniu as 
porções oriental e ocidental do império, sendo o último imperador a governar todo 
o mundo romano. Após a sua morte, as duas partes do Império Romano cindiram-
se, definitivamente, em Império Romano do Oriente e Império Romano do 
Ocidente. 
No que diz respeito à política religiosa, tomou a transcendental decisão de fazer 
do cristianismo niceno ou catolicismo a religião oficial do Império mediante o Édito 
de Tessalônica de 380. 
Imperador Teodósio I . Foi o responsável pelo Edicto de Tesalônica , decretou o 
cristianismo como religião oficial de Roma, e logo depois dividiu o império em 
ocidente com capital em Constantinopla e império romano do oriente com capital 
em Roma. 
O imperador Graciano nomeou Teodósio como imperador do Império Romano do 
Oriente em 378, após a morte do imperador Valente, morto pelos godos na 
Batalha de Adrianópolis. Teodósio, após algumas campanhas inconclusivas, 
acabou por fazer um tratado pelo qual os godos preservavam sua independência 
política no interior do Império Romano em troca da obrigação de fornecerem 
tropas ao exército imperial. Este tratado seria uma das causas do enfraquecimento 
militar romano que levaria ao saque de Roma pelos mesmos godos em 410. 
Por sua vez Graciano foi assassinado numa rebelião em 383, após o que 
Teodósio designou o seu filho mais velho, Arcádio, Augusto para o Oriente. Após 
a morte do filho de Graciano, Valentiniano II em 392, a quem ele tinha apoiado 
contra várias usurpações, Teodósio acabou por tomar o Ocidente do império e 
governou como imperador único, após derrotar o usurpador Flávio Eugénio em 6 
de setembro de 394, na batalha do rio Frígido. Nomeou Augusto para o Ocidente o 
seu filho mais novo Honório (em Milão, a 23 de janeiro de 393). 
Imperador Romulo Augustulo foi o último imperador do império romano do 
ocidente. Permanece o Império Romano do Oriente por mais 1000 anos. 
Flávio Rómulo Augusto foi o imperador romano que reinou no império romano do 
Ocidente de 31 de outubro de 475 até 4 de julho de 476. Ele é frequentemente 
descrito como o “último imperador romano do ocidente, apesar de alguns 
historiadores atribuírem esse título a Júlio Nepos”. Sua deposição por Odoacro 
tradicionalmente marca o fim do Império Romano no Ocidente, o fim de Roma 
Antiga, e o começo da Idade Média na Europa Ocidental. 
Apesar de ele, como todos os outros imperadores, adotar o nome Augusto com 
sua ascensão, ele é mais bem lembrado pelo seu apelido irrisório Augustúlo. O 
sufixo latino-ulo é um diminutivo; portanto Augústulo possui o significado de 
"Pequeno Augusto". 
Os registros históricos contêm poucos detalhes da vida de Rómulo. Ele era filho 
de Flávio Orestes, um romano que havia servido como secretário na corte de Átila, 
o Huno antes de servir a Júlio Nepos em 475. No mesmo ano, ele foi promovido a 
mestre dos soldados, mas então liderou uma revolta militar que forçou Nepos a 
partir para exílio. Com a capital Ravena controlada, Orestes empossou seu filho 
Rómulo como Imperador, apesar da falta de apoio da corte oriental em 
Constantinopla. Rómulo, contudo, era apenas uma criança sob o comando de seu 
pai. Após dez meses no poder, durante os quais sua autoridade e legitimidade 
foram questionadas além da Itália, Rómulo foi forçado a abdicar por Odoacro, um 
oficial federado germânico que derrotou e executou Orestes. Depois de tomar o 
controle de Ravena, Odoacro enviou o ex-imperador para viver em Castelo 
Luculano na Campânia. Após esse momento, Rómulo desaparece dos 
documentos históricos. 
Coincidentemente, o último imperador de Roma tem o mesmo nome de seu 
suposto primeiro rei. 
Imperador Justiniano e o Corpus Juris Civilis 
Flávio Pedro Sabácio Justiniano Augusto foi imperador bizantino de 527 a 565. Em 
seu reinado, procurou reviver a grandeza do Estado (renovatio imperii) e 
reconquistar o Império Romano Ocidental perdido aos bárbaros. Seu governo 
constitui uma época distintiva na história do Império Romano Tardio. 
Apesar de pertencer a uma família de origem humilde, que se crê ser de origem 
Ilírica ou Trácia. Foi nomeado cônsul ligado ao trono por seu tio Justino I, a quem 
sucedeu, após a morte deste sendo o cognome Justinianus, que este adoptou 
mais tarde, um indicativo da sua adopção pelo seu Tio Justino. Culto, ambicioso, 
dotado de grande inteligência, o jovem Justiniano parecia talhado para o cargo. 
O Império Bizantino brilhou durante o seu governo. Na Páscoa de 527, ele e a sua 
esposa, Teodora, foram solenemente coroados. Sobre Teodora, sabe-se que era 
filha de um tratador de ursos do hipódromo e que tivera uma juventude 
desregrada, escandalizando a cidade com as suas aventuras de atriz e dançarina. 
Não se sabe exatamente como Justiniano a conheceu. Seu matrimônio com a 
antiga bailarina de circo e prostituta teria grande importância, uma vez que ela iria 
influenciar decisivamente em algumas questões políticas e religiosas. Justiniano 
cercou-se de um estreito grupo de colaboradores, entre eles Triboniano, Belisário, 
João da Capadócia e Narses. Segundo Procópio, um escritor daquele tempo, 
Justiniano aspirava a restabelecer o antigo esplendor de Roma, motivo pelo qual 
concretizou toda a ampla série de campanhas posteriores. 
A morte de Justiniano reforçou o processo da lenta e gradual decadência do 
Império do Oriente por meio da perda de territórios e da força política e econômica 
no séc. XIII. 
Depois de ter vigorado por mais de 12 séculos, como expressão da vida jurídico-
social do povo que formou o mais organizado império do mundo antigo, entende-se o direito romano até os tempos do imperador Justiniano, continua ainda no 
período bizantino até fins da Idade Média, atravessava o Renascimento e chega 
até nossos dias.

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