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ESTUDO DIRIGIDO - Globalizacao e Governanca

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Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 1 
 
 
 
Globalizaça o e Governança – estudo dirigido 
 
 
Material de disciplina 
FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe Globalização e governança internacional: fundamentos teóricos. Curitiba: Intersaberes, 
2017 
Vídeoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o 
sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a 
Rota de Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial 
teo rico que ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atença o! 
 
Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Uninter, e na o deve ser publicado ou 
compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. 
O seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Universita rio UNINTER e poderá 
implicar em sanções disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos 
do Centro Universita rio, bem como responder ações judiciais no âmbito cível e criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 3 
 
 
Sumário 
 
 
Tema: Interdepende ncia Complexa ................................................................................................................................................................... 4 
Tema: Globalismo e globalizaça o ........................................................................................................................................................................ 5 
Tema: Governança Global ....................................................................................................................................................................................... 7 
Tema: Crí tica marxista a Globalizaça o ........................................................................................................................................................... 10 
Tema: Sensibilidade, vulnerabilidade, legitimidade ............................................................................................................................... 11 
Tema: Confere ncia das Naço es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972) ............................................ 12 
Tema: A formaça o do BRICS e crise nos emergentes.............................................................................................................................. 13 
Tema: O sistema econo mico-financeiro internacional .......................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 4 
Tema: Interdependência Complexa 
 
“Os autores citados [Joseph Nye e Robert Keohane] trabalharam em conjunto na elaboraça o do 
conceito de interdepende ncia na de cada de 1970. Primeiramente, publicaram uma coleta nea de 
artigos intitulada Transnational Relations and World Politics, do ano de 1971, e depois de uma 
segunda e mais bem-acabada obra: Power and Interdependence: World Politics in Transition, 
publicada em 1977” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança 
Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1). A 
interdepende ncia complexa relaciona-se a situaça o nos quais os protagonistas/acontecimentos 
em diferentes partes de um sistema afetam-se mutualmente, ao contexto/situaço es que geram 
efeitos recí procos e custosos aos envolvidos, e a existe ncia de custos nas relaço es entre agentes, 
e na o implica uma relaça o mutuamente bene fica entre atores. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 1, pa ginas 1 e 2. 
 
--- 
 
“Essas tre s caracterí sticas [da Interdepende ncia Complexa] sa o os elementos que constituem a 
interdepende ncia como mate ria que compo e a realidade internacional. Nesse contexto, esses 
traços constitutivos representam uma leitura menos beligerante e rí gida do sistema, fato que 
aponta para o maior pluralismo entre temas e padro es de interaço es possí veis (Keohane, 2002)” 
(Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: 
fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1). A primeira caracterí stica da 
interdepende ncia complexa, isto e , os canais mu ltiplos de relaça o entre os agentes das Relaço es 
Internacionais, considera que a interaça o entre Estados nacionais na o e a u nica interaça o levada 
em conta; ale m disso, e levada em consideraça o a interaça o entre outros atores, e a interaça o 
entre indiví duos, empresas, cidades, organizaço es internacionais, agentes da sociedade civil 
ganham releva ncia. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 1, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“O resultado dessa interpretaça o constitutiva da interdepende ncia resultou em quatro 
processos polí ticos, que retratam uma ordenaça o diversificada dos interesses e objetivos dos 
agentes internacionais”. Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança 
Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1. Entre os 
processos polí ticos da interdepende ncia complexa podemos considerar a estrate gia pluralista 
de articulaça o/ tipos de estrate gia de articulaça o; a formaça o da agenda, as relaço es 
transgovernamentais e transnacionais, as organizaço es internacionais, que constituem um 
novo ator do sistema/ novos atores do sistema. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 1, 
pa ginas 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 5 
Tema: Globalismo e globalização 
 
 
“A definiça o [de globalismo] indica um estado do mundo que pode ser incrementado, pore m, 
tambe m pode regredir a condiço es de menor inter-relaça o. Como um tipo de interdepende ncia 
(...) o globalismo aponta para uma dimensa o mais abrangente” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, 
Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: 
Intersaberes, 2017, capí tulo 1). Para discorrer sobre Globalismo ha que se ter em mente as 
redes de interdepende ncia entre continentes; a escala extracontinental de interaça o; como ele 
e formado por meio de fluxos de capitais, de informaço es, de ideias, de pessoas, de força etc; 
como ele representa tipo avançado e mais abrangente de interdepende ncia; as caracterí sticas 
sa o redes de inter-relaça o e redes multicontinentais’; e a rede de mu ltiplos atores, na o limitada 
a uma regia o do planeta. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 1, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“Ainda que o globalismo na o seja um feno meno regional, tanto ele quanto a interdepende ncia 
sa o multidimensionais. Keohane identifica quatro dimenso es do globalismo, nas quais as redes 
extensas de interdepende ncia podem ocorrer (...)” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. 
Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, 
capí tulo 1). Como se pode ver no decorrer da disciplina Globalizaça o e Governança, as 
dimenso es do globalismo sa o: econo mica, militar, ambiental e cultural. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 1, pa gina 4. 
 
--- 
 
“A globalizaça o e um feno meno que intriga a populaça o em geral. Provoca debates nos mais 
diversos espaços e meios de comunicaça o, resultando em animaça o pelas possibilidades 
advindas da conectividade das comunicaço es e dos transportes em escala global,bem como em 
receio diante das conseque ncias do modo como os Estados nacionais gerenciam os interesses 
da populaça o local. No entanto, muito dessa discussa o ainda tem por base uma compreensa o 
um tanto superficial sobre as transformaço es do mundo contempora neo, comumente 
associadas ao conceito de globalizaça o” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o 
e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017). Ao tratar da 
Globalizaça o, em poucas palavras, precisamos levar em conta a intensificaça o das ligaço es 
multilaterais e multicontinentais, o aumento da densidade do globalismo, e o aumento da 
densidade, da velocidade e da participaça o dos mu ltiplos agentes do sistema. Refere ncia: Rota 
de aprendizagem da aula 2, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“(...) a globalizaça o e muito mais do que, de maneira superficial, pode parecer. Longe de ser um 
feno meno natural, e decorrente de uma evoluça o inexora vel da sociedade humana. A 
globalizaça o e um modelo de organizaça o econo mica e social que guarda uma lo gica pro pria, 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 6 
um sentido que pode – e deve – ser verificado. Ale m disso, nem todo feno meno em escala global 
e sino nimo de globalizaça o” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e 
Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017). 
Resumidamente, podem ser descritas como as principais caracterí sticas da globalizaça o: o 
aumento da densidade das redes; o aumento da velocidade institucional; e o aumento da 
participaça o transnacional. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 2, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“A de cada de 1990 foi de amplos debates na teoria das Relaço es Internacionais. Crí ticas ao 
realismo se multiplicaram. A maioria dessas crí ticas destacava a incapacidade do realismo de 
prever e explicar a queda da Unia o Sovie tica e sua inadaptaça o para lidar com o mundo po s-
Guerra Fria. Novos assuntos (a globalizaça o), novos atores (as civilizaço es segundo Huntington) 
e o possí vel/eventual fim dos conflitos (o fim da histo ria segundo Fukuyama) pareciam relegar 
o realismo a s margens da histo ria” (Fonte: NOGUEIRA, Joa o Pontes e MESSARI, Nizar. Teoria das 
Relaço es Internacionais: correntes e debates. 7a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, capí tulo 3). 
Resumindo em poucas palavras a visa o do Realismo sobre a globalizaça o pode-se afirmar que: 
o realismo desqualifica a influe ncia da globalizaça o na esfera internacional; que essa teoria 
entende que a globalizaça o na o modifica condiça o de anarquia do sistema internacional; ainda, 
o realismo afirma que a formaça o de balanças de poder persiste no contexto da globalizaça o e 
que a globalizaça o na o modifica condiça o definidora do sistema internacional. Por fim, o 
realismo defende que a balança de poder impera independentemente da existe ncia da 
globalizaça o. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 2, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“Um dos modelos desenvolvidos pelas teorias contempora neas de comunicaça o e o modelo de 
Zaller, construí do em torno de quatro premissas ba sicas, que servem de apoio para estimar a 
influe ncia dos meios de comunicaça o na formaça o da opinia o pu blica, ale m de auxiliar a 
interpretar o impacto da intensificaça o da exposiça o da opinia o pu blica internacional aos 
veí culos de comunicaça o de massa” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e 
Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 1). As 
quatro premissas do Modelo de Zaller sa o: 1) os indiví duos diferem em relaça o a sua atença o 
ao campo polí tico e, portanto, em relaça o ao grau de exposiça o a s fontes de informaça o polí tica; 
2) as pessoas reagem criticamente a comunicaça o polí tica apenas na medida em que tomam 
cie ncia dos fatos; 3) as pessoas raramente possuem opinio es fixas sobre assuntos especí ficos, 
mas, sim, elaboram suas opinio es a medida que sa o confrontadas com os assuntos; 4) as 
pessoas, ao elaborarem suas opinio es, usam, em maior medida, as ideias que esta o mais 
acessí veis para elas. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 2, pa ginas 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 7 
Tema: Governança Global 
 
“A conectividade em escala global presente na sociedade contempora nea geralmente e 
analisada pela perspectiva geoecono mica do conceito de globalizaça o, mas pouco se fala da 
perspectiva jurí dico-polí tica pro pria da governança global” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo 
Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 
2017, capí tulo 3). Sabe-se que diferentemente de outras correntes teo ricas das Relaço es 
Internacionais, a governança global na o possui ate hoje uma definiça o consolidada do conceito. 
Governança global pode ser caracterizada resumidamente pelos seguintes aspectos: 1) propor 
uma nova governança para a soluça o dos problemas comuns da sociedade; 2) recorte teo rico 
que visa compreender as mudanças na arquitetura deciso ria mundial; 3) possui caracterí stica 
analí tica e normativa; 4) busca superaça o do cara ter estadoce ntrico das instituiço es; 5) procura 
mudar a arquitetura do sistema internacional; 6) inclui outros atores ale m dos Estados 
nacionais; 7) inclui vasto conjunto de atores, instituiço es e mecanismos; 8) insatisfaça o com 
correntes tradicionais; 9) resposta da academia a s limitaço es das correntes teo ricas 
hegemo nicas; 10) resposta das insta ncias deciso rias internacionais a s mudanças da sociedade 
internacional; 11) uma escala potencialmente global de governança de problemas e soluço es; 
12) a ideia de ordem como requisito ba sico para garantir governança. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 3, pa ginas 1 e 2. 
 
--- 
 
“Realistas defendem que as instituiço es sa o basicamente um reflexo da distribuiça o do poder 
no mundo. Elas sa o baseadas em ca lculos de interesse pro prio das grandes potencias, e elas na o 
tem nenhum efeito independente do comportamento dos Estados (Mearsheimer, 1994)” (Fonte: 
FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos 
teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). A visa o que realistas contempora neos e/ou 
realistas neocla ssicos te m sobre a governança global considera, entre outros aspectos que a 
balança de poder ainda e mais importante para a paz; a governança global e incompatí vel com 
sistema internacional vigente; a governança global e indeseja vel; a governança global possibilita 
interpretaço es equivocadas da realidade internacional; outros atores/instituiço es que na o 
sejam o Estado sa o menos importantes/relevantes. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 
3, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“ (...) caracterí stica distintiva importante e que a perspectiva liberal tende a ser mais analí tica 
do que normativa (ainda que os realistas insistam que os liberais se ocupam menos com o 
mundo como ele e e mais com como ele deve ser), com um reconhecimento significativo por 
parte dos liberais da importa ncia do Estado (Keohane; Nye, 1987). A governança global, por sua 
vez, tende a adotar uma postura mais propositiva (...)” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo 
Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 
2017, capí tulo 3). Entre as crí ticas da governança global ao liberalismo institucional podemos 
mencionar os seguintes aspectos: i) o liberalismo atribui centralidade a s organizaço es 
intergovernamentais, ii) governança global inclui diversos atores/instituiço es/mecanismos e 
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 8 
na o apenas organizaço es intergovernamentais, iii) governança global busca a superaça o do 
cara ter estadoce ntrico dos arranjos institucionais, iv) governança global e tratadapor liberais 
como sino nimo de estudo das organizaço es internacionais. Refere ncia: Rota de aprendizagem 
da aula 3, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“Antes denominadas ana lises interpretativas ou abordagens reflexivistas, os construtivistas 
sociais rejeitavam estudar a realidade internacional sob o vie s racionalista tradicional. Para 
eles, agente e estrutura sa o coconstitutivos, questionando as abordagens positivistas do 
realismo epistemolo gico (Nogueira; Messari, 2005) “ (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. 
Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, 
capí tulo 3). Como similaridades entre o Construtivismo e a Governança Global podemos 
mencionar que ambos surgiram nos anos 1990 e ambos mostraram insatisfaça o com as 
correntes tradicionais. As ideias construtivistas de anarquia internacional convergem com o 
cara ter normativo da governança global. O construtivismo foi uma das teorias que abriu espaço 
para que abordagens alternativas (governança global) pudessem pensar a realidade 
contempora nea. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 3, pa gina 4. 
 
--- 
 
“A Escola Inglesa, por sua vez, possui elementos em comum com a proposta de governança 
global. Ainda que reconheça a centralidade dos Estados e a predomina ncia destes na arena 
internacional (...)” (Fonte: Rota de aprendizagem 3). Para explicar em poucas palavras quais sa o 
os elementos similares entre as abordagens da Escola Inglesa e da Governança Global devemos 
ter claro que ambas abordagens acreditam no compartilhamento de valores de conduta comuns 
entre membros da sociedade internacional; no compartilhamento de regras de conduta comuns 
entre membros da sociedade internacional; ambas se pautam no compartilhamento de valores 
e regras comuns de conduta. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 3, pa gina 4. 
 
--- 
 
“A natureza dessas operaço es evoluiu significativamente nas u ltimas de cadas, principalmente 
apo s os anos 1990, passando de forças de interposiça o e observaça o para operaço es mais 
complexas, dotadas de mandatos em a reas diversas. A importa ncia adquirida pelas operaço es 
de paz pode ser demonstrada por nu meros: em 1988, o orçamento da ONU para essas operaço es 
era de US$ 230 milho es e, no orçamento de 2013-2014, atingiu US$ 7,8 bilho es. Atualmente, 
existem 15 operaço es de manutença o da paz, que mobilizam mais de 117 mil pessoas – entre 
civis, militares e policiais” (Fonte: Itamaraty. Operaço es de Paz das Naço es Unidas. Disponí vel 
em http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/4780-operacoes-de-
paz-das-nacoes-unidas/). Para explicar em poucas palavras o que sa o operaço es de manutença o 
podemos mencionar que tais operaço es visam prestar apoio ao processo de paz, garantir a 
proteça o da populaça o civil, e ajudar na reconstruça o da regia o afetada. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 4, pa gina 2. 
 
--- 
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/4780-operacoes-de-paz-das-nacoes-unidas/
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/4780-operacoes-de-paz-das-nacoes-unidas/
 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
 
 9 
 
“(...) na primeira de cada do se culo XXI, percebeu-se que o momento unipolar (Krauthammer, 
1990) na o seria suficiente para garantir a ordem internacional, seja pela ascensa o da ameaça 
difusa do terrorismo, (...) seja pela ascensa o pací fica de novas potencias emergentes, como a 
China, cuja pujança econo mica demandava nova interpretaça o da distribuiça o do poder global, 
mais favora vel a uma crescente multipolaridade. Uma governança com base em apenas um ator 
hegemo nico logo mostrou-se impratica vel (Zakaria, 2008) “ (Fonte: FROTA, Andre e SENS, 
Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: 
Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que, portanto, nesse contexto, em 1992, o secreta rio-
geral da ONU, Boutros-Boutros, lança um documento, a “Agenda Para a Paz”. Os objetivos da 
“Agenda para a Paz” foram: propor atualizaça o de como a ONU deveria atuar em casos de 
ameaça a paz; propor uso da diplomacia preventiva; evitar a ocorre ncia de conflitos; propor 
operaço es de manutença o da paz, promoça o da paz, imposiça o da paz e construça o da paz. 
Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 4, pa gina 1. 
 
--- 
 
“O regime jurí dico internacional para a cooperaça o ao desenvolvimento inicia-se com as 
conferencias internacionais organizadas depois da Segunda Guerra Mundial, as quais, 
concomitantemente a s conferencias de paz que culminaram na criaça o da ONU em 1945, 
tinham por objetivo reorganizar a economia internacional apo s o conflito” (Fonte: FROTA, 
Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. 
Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que paralelamente a essas confere ncias 
mencionadas no texto acima, ocorreu o processo de descolonizaça o da A frica e da A sia, 
impulsionando iniciativas de paí ses perife ricos que passaram a questionar sua posiça o no 
sistema internacional. Entre tais iniciativas podemos mencionar a Confere ncia Afroasia tica de 
Bandung, a Confere ncia de Belgrado dos Paí ses Na o Alinhados, e as primeiras Confere ncias das 
Naço es Unidas para o Come rcio e Desenvolvimento (UNCTAD). Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 4, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“E certo que a governança para o desenvolvimento se aproxima bastante do desenho conceitual 
que estudamos na seça o anterior, com uma se rie de insta ncias deciso rias que se entrelaçam em 
arranjos mais ou menos formais, que extrapolam a visa o tradicional centrada em Estados e 
organizaço es governamentais, ou, como convencionamos chamar, governança global” (Fonte: 
FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos 
teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que o regime mais ambicioso no 
tocante ao desenvolvimento, na governança global, foram os Objetivos do Mile nio das Naço es 
Unidas (2000). Entre os objetivos do Mile nio (2000) podemos mencionar o conjunto de oito 
compromissos para o desenvolvimento, as diretivas para o desenvolvimento (que devem 
orientar as polí ticas pu blicas dos paí ses), as diretivas para o desenvolvimento (que devem 
orientar polí ticas de educaça o, sau de, combate a pobreza, alimentaça o). Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 4, pa gina 3. 
 
 
 
 
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Tema: Crítica marxista à Globalização 
 
“Apesar de na o ter dedicado particular atença o aos temas da polí tica internacional, Marx presta 
uma contribuiça o fundamental para o desenvolvimento de uma visa o crí tica das relaço es 
internacionais (...)” (Fonte: NOGUEIRA, Joa o Pontes e MESSARI, Nizar. Teoria das Relaço es 
Internacionais: correntes e debates. 7a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, capí tulo 4). Sabe-se 
que Karl Marx e Friedrich Engels em seu livro “O Capital” apresentaram um princí pio sobre a 
tende ncia de acumulaça o do capital, em raza o do aumento da riqueza na Europa assim como do 
aumento da populaça o europeia. O nome dado a esse princí pio foi princí pio da acumulaça o 
infinita. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 2, pa ginas 4 e 5. 
 
--- 
 
“Partindo dos extremos de interpretaça o propostos por Marx e Kuznets, da relaça o entre 
desigualdade e renda, Thomas Piketty, economista contempora neo, obteve resultados distintos. 
A pesquisa de Piketty envolveu a ana lise de dados de distribuiça o da riqueza na França, na 
Alemanha, nos EUA, na Inglaterra e na Sue cia, com foco na segunda metade do se culo XX e no 
iní cio do se culo XXI” (Fonte: Rota de aprendizagem 2). De bastante resumido podemos 
sintetizar as concluso es da pesquisa de Thomas Piketty tendo claro que para esse autor a 
desigualdadenos paí ses analisados cresceu, ha a tende ncia de aumento da desigualdade nas 
economias analisadas, ele apresenta pontos de aproximaça o com a tese marxista, e ha a 
tende ncia de acumulaça o de riqueza nos paí ses analisados. Refere ncia: Rota de aprendizagem 
da aula 2, pa ginas 5 e 6. 
 
--- 
 
“O instrumental analí tico marxista parte da premissa de que a distribuiça o e o controle dos 
recursos materiais produzidos pela sociedade sa o apropriados por seus agentes de forma 
desigual. A partir dessa tensa o fundadora entre quem dete m e quem na o dete m o controle 
desses recursos, a teoria marxista passa a ser desenvolvida. (...)”. Fonte: Rota de aprendizagem 
6. Sabe-se que para compreender a tensa o histo rica entre capital e trabalho, a teoria marxista 
utiliza de dois conceitos. Os conceitos sa o: infraestrutura (a dimensa o econo mica) e 
superestrutura (representada pelo Estado, ideias e a mbito polí tico e jurí dico). Refere ncia: Rota 
de aprendizagem da aula 2, pa gina 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tema: Sensibilidade, vulnerabilidade, legitimidade 
 
“Um exemplo da crise polí tica na Bolí via em maio de 2005 e bastante ilustrativo: a sensibilidade 
do Brasil aos acontecimentos naquele paí s e alta porque importamos de la 90% do ga s natural 
consumido aqui. Da mesma forma, a vulnerabilidade brasileira a um aumento de preços do ga s 
boliviano (ou a interrupça o do fornecimento) e alta porque e difí cil encontrar fontes 
alternativas, dentro ou fora do paí s, no curto prazo, ou seja, o custo de substituiça o do ga s 
boliviano e alto” (Fonte: NOGUEIRA, Joa o Pontes e MESSARI, Nizar. Teoria das Relaço es 
Internacionais: correntes e debates. 7a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, capí tulo 5). A 
vulnerabilidade, de acordo com a interdepende ncia complexa, relaciona-se aos seguintes 
aspectos: 1) capacidade de adaptaça o de um determinado ator aos efeitos do globalismo; 2) 
custos de ajustamento a mudança indexada pela sensibilidade; 3) custos necessa rios para que 
um determinado ator se adapte aos efeitos do globalismo; 4) capacidade de resposta e 
recuperaça o dos atores e o custo disso; 5) custo de alternativas disponí veis frente a impactos 
externos. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 1, pa ginas 4 e 5. 
 
--- 
 
“Com o objetivo de indicar os fatores polí ticos mais prova veis de assegurar a governança global 
contempora nea, Haas (2015, traduça o nossa) enfatiza que ela esta ‘sendo moldada 
crescentemente por fatores ale m da ontologia baseada nos Estados’, pois ha um conjunto maior 
de atores e temas internacionais, bem como mais interconexa o entre estes. Ale m disso, a ampla 
desarticulaça o da ordem internacional atual inviabiliza uma abordagem tradicional com base 
no Estado e no conceito de hegemonia. Segundo o autor ‘pra ticas, normas, princí pios, 
justificaço es causais para pra ticas e instituiço es formais sa o diferentes para a maior parte das 
questo es internacionais’” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança 
Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que na 
concepça o da governança global po s hegemo nicos de Haas, existem tre s tipos de normas que 
sa o passí veis de estruturar a governança global. As normas sa o: normas geradoras, normas 
principiolo gicas/substantivas e normas procedimentais. Refere ncia: Rota de aprendizagem da 
aula 3, pa gina 4. 
 
--- 
 
“Na ause ncia de uma autoridade hegemo nica que garanta a observa ncia das regras de conduta, 
a legitimidade [segundo Haas] passa a ser um importante componente da governança global 
(...)” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: 
fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). O papel da legitimidade na 
governança global po s-hegemo nica de Haas e indicar os processos deciso rios mais passí veis de 
serem aceitos pelos atores, que tambe m se relaciona com a tarefa de identificar processos 
legí timos. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 3, pa ginas 4 e 5. 
 
 
 
 
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Tema: Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972) 
 
“Na Confere ncia de Estocolmo [Confere ncia das Naço es Unidas sobre o Meio Ambiente 
Humano] foram abordados temas relacionados, principalmente, com a poluiça o atmosfe rica e 
de recursos naturais. As discusso es contaram com a presença de chefes de 113 paí ses, e de mais 
de 400 instituiço es governamentais e na o governamentais” (Fonte: Wikipe dia. Disponí vel em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Estocolmo). Os dois principais 
princí pios para o regime ambiental que foram formulados durante a Confere ncia em Estocolmo 
foram o princí pio da preservaça o do meio ambiente (para as geraço es futuras), e a importa ncia 
do desenvolvimento econo mico e social para essa preservaça o. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 4, pa ginas 4 e 5. 
 
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“(...) nos trabalhos que antecederam essa confere ncia [Confere ncia das Naço es Unidas para o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD)], era possí vel verificar a consolidaça o da ideia 
de que meio ambiente e desenvolvimento sa o indissocia veis. A publicaça o do relato rio Nosso 
Futuro Comum, em 1987, lançou o conceito de desenvolvimento sustenta vel (...)” (Fonte: 
FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos 
teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Para explicar em poucas palavras o que e o 
conceito de Desenvolvimento sustenta vel podemos mencionar a ideia de que o atendimento das 
necessidades da geraça o presente na o deve prejudicar as geraço es futuras; podemos mencionar 
ainda que se deve buscar os meios necessa rios para satisfazer as necessidades da geraça o 
presente sem comprometer a geraça o futura, ale m de pautar-se em torno de pilares social, 
econo mico e ambiental. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 4, pa ginas 5 e 6. 
 
--- 
 
“A Organizaça o das Naço es Unidas – ONU, realizou, no Rio de Janeiro, em 1992, a Confere ncia 
das Naço es Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD e mais 
conhecida como Rio 92, refere ncia a cidade que a abrigou, e tambe m como ‘Cu pula da Terra’ por 
ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes” (Fonte: Ministe rio do Meio Ambiente. 
Agenda 21 Global. Disponí vel em http://www.mma.gov.br/responsabilidade-
socioambiental/agenda-21/agenda-21-global). Sabe-se que a CNUMAD (1992) foi exitosa do 
ponto de vista institucional pois houve a assinatura de duas Convenço es-Quadro nessa 
confere ncia, a Convença o-Quadro sobre Mudanças Clima ticas, e a Convença o-Quadro sobre 
Biodiversidade. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 4, pa ginas 5 e 6. 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Estocolmo
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global
 
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Tema: A formação do BRICS e crise nos emergentes 
 
“No que tange a s mudanças ocorridas no cena rio internacional, com a ascensa o dos paí ses 
perife ricos, em particular os autointitulados emergentes: Brasil, Ru ssia, I ndia, China e A frica do 
Sul (Brics), ainda que a desconcentraça o do poder global em favor desses paí ses reforce a 
perspectiva estadoce ntrica – que aparentava diminuir nos u ltimos anos do se culo XX , o 
feno meno da ascensa o econo mica e polí tica de grandes naço es perife ricas, dotadas de grande 
extensa o territorial e populaça o, certamente e um ponto de inflexa o na ordem global, e qualquer 
discussa o acerca da governança global deve leva -lo em consideraça o” (Fonte: FROTA, Andre e 
SENS, Diogo Filipe. Globalizaçao e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: 
Intersaberes, 2017, capí tulo3). Para discorrer resumidamente sobre o contexto em que o BRIC 
(antes da entrada da A frica do Sul) po de consolidar um posicionamento mais ambicioso de 
atuaça o pode-se considerar que a partir da crise de 2008, quando ordem internacional 
tradicional chega a um paroxismo, a crise financeira abria janela na ordem internacional 
tradicional para uma maior atuaça o de paí ses emergentes; ale m disso, a crise financeira global 
abriu janela de oportunidade a paí ses emergentes, pois necessitava do apoio desses para sua 
mitigaça o; no encontro na cidade de Ecaritemburgo (2000) o BRIC passa a ser arranjo de 
cooperaça o mais ambicioso e deixa de ser categoria de ana lise econo mica. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 5, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“A segunda de cada do se culo XXI mostrou-se bastante frutí fera do ponto de vista institucional 
para o BRICS e para uma governança global mais diversificada como um todo. (...) diante da 
ine rcia dos paí ses desenvolvidos em cumprirem com o acordo de reforma das instituiço es 
financeiras internacionais, de modo a ampliar o poder deciso rio dos emergentes e a dotar essas 
insta ncias de maior capacidade de resposta a crises vindouras, o Brics empreendeu a criaça o 
de instituiço es complementares nesse campo (...)” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. 
Globalizaça o e Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, 
capí tulo 3). Entre as principais instituiço es criadas pelo BRICS pode-se mencionar o Arranjo 
Contingencial de Reservas, e o Banco de Desenvolvimento do BRICS. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 5, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“(...) e bastante consolidado o entendimento de que a ascensa o da China, independentemente 
do ritmo dos outros membros, continuara em ritmo acelerado, ainda que menor em relaça o a s 
de cadas anteriores. Assim, a crescente multipolaridade para ale m dos limites da perspectiva 
ocidental das potencias tradicionais e uma realidade com a qual o analista de relaço es 
internacionais tera de lidar” (Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e 
Governança Internacional: fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). 
Entre as perspectivas futuras no campo da Geopolí tica para a China podemos mencionar os 
seguintes aspectos: i) estrate gia de modificaça o da arquitetura da ordem internacional, ii) 
estrate gia de expansa o de sua influe ncia regional e global por meio de integraça o fí sica, iii) 
investimentos em infraestrutura, iv) iniciativa das “novas rotas da seda”, v) integraça o da regia o 
 
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euroasia tica, vi) disputas regionais em torno de pretenso es territoriais conflitantes (Mar do Sul 
da China, vii) estrate gia de ampliaça o da influe ncia chinesa no cena rio mundial. Refere ncia: 
Rota de aprendizagem da aula 5, pa ginas 4 e 5. 
 
--- 
 
“Seguindo a abordagem de George Friedman em termos de geopolí tica, vamos nos perguntar: e 
possí vel entender as iniciativas tomadas por Vladimir Putin no tabuleiro internacional? Em seu 
livro The Next 100 Years, George Friedman insiste no fato de que a Ru ssia na o tem uma abertura 
para litoral, enquanto os EUA dispo em de "acesso fa cil para os oceanos do mundo". Durante a 
Guerra Fria, os Estados Unidos - que pretendiam "conter e, dessa forma, estrangular os 
sovie ticos" - criaram um "cintura o maciço de naço es aliadas" que se estendia do Cabo Norte da 
Noruega ate a Turquia e as Ilhas Aleutas " (Friedman, p.45 ). "Trancada pela geografia", a URSS 
na o podia vencer a Guerra Fria e, finalmente, entrou em colapso em 1991. Friedman preve que, 
no se culo XXI, depois de uma segunda Guerra Fria, a Ru ssia entrara em colapso novamente, pela 
mesma raza o geogra fica.” (Fonte: ADRIE Bruno. A histo ria da Ru ssia e o xadrez geopolí tico. 
Disponí vel em https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/A-historia-da-
Russia-e-o-xadrez-geopolitico/6/35059). Considerando a Ru ssia e seu entorno geogra fico, 
podemos apontar resumidamente suas perspectivas considerando os seguintes to picos: i) 
estabelecimento de relaço es estrate gicas em seu entorno geogra fico, ii) atença o ao seu entorno 
regional, a Eura sia, iii) a converge ncia com a estrate gia chinesa que expande sua influe ncia para 
o oeste russo, iv) incomodo pela expansa o da Unia o Europeia no leste europeu. Refere ncia: Rota 
de aprendizagem da aula 5, pa gina 4. 
 
--- 
 
“O regime ambiental internacional e o regime-sí ntese da governança global que esta em 
construça o na contemporaneidade, tanto por ser um tema internacionalmente relevante quanto 
pelo crescente envolvimento de um grupo mais plural de atores, que extrapola os Estados e 
alcança a sociedade civil internacional”. Fonte: Rota de aprendizagem 5. Sabe-se que no contexto 
do regime ambiental internacional, paí ses emergentes entendem que existe uma dí vida 
histo rica por parte dos paí ses desenvolvidos, visto que esses tiveram seus processos de 
industrializaça o antes e, portanto, contribuem para a poluiça o da atmosfera ha mais tempo. A 
partir dessa noça o, um princí pio determina a legitimidade das deciso es ambientais 
internacionais a serem tomadas e efetivamente acatadas pelas naço es participantes: e o 
“princí pio das responsabilidades comuns, pore m diferenciadas”. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 5, pa gina 3 e 4. 
 
--- 
 
“Em 14 de abril de 2011, o "S" foi oficialmente adicionado a sigla BRIC para formar o BRICS, 
apo s a admissa o da A frica do Sul (em ingle s: South Africa) ao grupo. Os membros fundadores e 
a A frica do Sul esta o todos em um esta gio similar de mercado emergente, devido ao seu 
desenvolvimento econo mico. E geralmente traduzido como ‘os BRICS’ ou ‘paí ses BRICS’ ou, 
alternativamente, como os ‘Cinco Grandes’” (Fonte: Wikipe dia. Disponí vel em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/BRICS, adaptado). A entrada da A frica do Sul no BRICS foi 
motivada pela representatividade do continente africano, pois sua inclusa o seria crucial para o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/BRICS
 
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discurso do BRICS, que busca a construça o de uma ordem global mais diversificada. Refere ncia: 
Rota de aprendizagem da aula 5, pa ginas 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tema: O sistema econômico-financeiro internacional 
 
“Apesar de todos os paí ses a s vezes agirem em pleno consentimento ou em conjunto, sempre os 
desenvolvidos conseguem exercer pressa o sobre aqueles de menor desenvolvimento, 
sobressaindo-se conforme seus interesses, essa diferença e extremamente ela stica. Diante 
desses fatores, torna-se relevante a implantaça o de uma organizaça o que avalie as relaço es 
comerciais e que possa zelar pelo interesse de paí ses que sofrem presso es e que, em va rios 
casos, ficam prejudicados. Com o objetivo de tentar amenizar o processo, a OMC (Organizaça o 
Mundial do Come rcio) ocupa um lugar de destaque no cena rio mundial, no mesmo patamar que 
se encontram importantes o rga os financeiros internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A 
OMC, criada em 1995, esta sediada na cidade de Genebra, Suí ça” (Fonte: Brasil Escola. 
Disponí vel em http://brasilescola.uol.com.br/geografia/omc.htm). Entre os pilares de atuaça o 
da OMC podemos mencionar as negociaço es multilaterais de liberalizaça o do come rcio 
internacional, os mecanismos de revisa o perio dica das polí ticas comerciais nacionais, e o 
sistema de soluça o de controve rsias. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 6, pa ginas 2 e 3. 
 
--- 
 
“A Rodada de Doha, que se estende ha quase 10 anos, iniciou-se no Qatar, em novembro de 2001, 
durantea IV Confere ncia Ministerial da OMC. Inicialmente prevista para serem concluí das em 3 
anos, as negociaço es, supervisionadas pelo Comite de Negociaço es Comerciais (que esta 
subordinado ao Conselho Geral da OMC) propo s uma agenda negociadora ambiciosa que 
superaria a cobertura de temas da Rodada Uruguai, a mais complexa negociaça o da histo ria do 
GATT” (Fonte: Ministe rio da Indu stria, Come rcio Exterior e Serviços. Disponí vel em 
http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/negociacoes-internacionais/1891-omc-rodada-
de-doha).Os objetivos principais da Rodada Doha foram reformar o sistema internacional de 
come rcio; a introduça o de tarifas de come rcio mais baixas, a introduça o de regras de come rcio 
revisadas, e melhorar as perspectivas de come rcio dos paí ses em desenvolvimento. Refere ncia: 
Rota de aprendizagem da aula 6, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“A Rodada Doha, portanto, e um exemplo de como a maior pluralidade de atores torna a 
implementaça o de regras da governança mais complexa, ale m de evidenciar os limites inerentes 
a um regime internacional que na o se atenta a elementos como legitimidade e participaça o” 
(Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: 
fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que impasses entre 
paí ses desenvolvidos e em desenvolvimento, como o ocorrido em 2003 em Cancu n, sa o comuns 
nas rodadas de negociaço es da OMC, especialmente na Rodada Doha, e que a legitimidade 
possui um papel importante nesse cena rio. Para discorrer sobre a importa ncia da legitimidade 
podemos considerar os seguintes aspectos: i) a ause ncia de autoridade coercitiva para impor 
observa ncia de regras internacionais da lugar a legitimidade, ii) a legitimidade faz com que 
membros do processo deciso rio aceitem/acatem os resultados, iii) as Rodadas de negociaça o 
da OMC podem ser percebidas como na o legí timas e enviesadas, visto que paí ses desenvolvidos 
excluí am paí ses em desenvolvimento da deliberaça o, iv) a maior diversidade de participaça o de 
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/omc.htm
http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/negociacoes-internacionais/1891-omc-rodada-de-doha
http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/negociacoes-internacionais/1891-omc-rodada-de-doha
 
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paí ses no processo deciso rio aumenta legitimidade do processo e dos resultados, v) os regimes 
internacionais que na o observam a legitimidade, sa o limitados, vi) sem legitimidade na Rodada 
Doha, paí ses emergentes passaram a questionar as negociaço es da OMC. Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 6, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“O principal problema da Rodada Doha, ou seja, do come rcio mundial, e a preocupaça o de cada 
paí s nos efeitos de uma polí tica liberalizante que supostamente trara desemprego em paí ses 
que na o esta o aptos a concorrer de forma igual. Se as naço es em desenvolvimento como Brasil 
e I ndia querem que a UE (Unia o Europeia) e os EUA (Estados Unidos da Ame rica) diminuam os 
subsí dios (incentivos oferecidos pelo governo aos produtores, proporcionando a reduça o dos 
custos de produça o), os paí ses desenvolvidos querem em troca, a abertura aos produtos 
industrializados europeus e americanos” (Fonte: Wikipe dia. Disponí vel em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodada_Doha). Sabe-se que durante a Confere ncia de Cancu n 
(2003), como parte da Rodada Doha, paí ses emergentes tomaram iniciativa na criaça o de um 
grupo comercial, composto por paí ses emergentes e em desenvolvimento, a fim de conferir 
maior voz a esses paí ses. O grupo comercial criado na Confere ncia de Cancu n (2003) e o grupo 
do G20. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 6, pa ginas 3 e 4. 
 
--- 
 
“Nas u ltimas de cadas, e possí vel observar contí nuas transformaço es na economia mundial, 
provindas da globalizaça o financeira e da grande interdepende ncia econo mica em escala global. 
Estas mudanças na ordem mundial atingem, com inusitada velocidade, as formas de existe ncia 
dos Estados-naça o, as relaço es entre eles, e ate mesmo o cotidiano das sociedades 
contempora neas. Logo, esta em curso uma intensa reestruturaça o das relaço es de poder, da 
divisa o internacional do trabalho e das riquezas, das regulamentaço es que determinam as 
relaço es entre os paí ses, regio es e/ou blocos regionais” (Fonte: FERREIRA, Vanessa Capistrano. 
Sistema Financeiro Internacional: fracassos e necessidade de reestruturaça o macroecono mica. 
Aurora, Marí lia, v.5, n.1, p.157-168, Jan-Jun., 2012). Sabe-se que o sistema econo mico-financeiro 
internacional se consolidou no contexto internacional desde o fim da Segunda Guerra Mundial 
e conta com uma grande variedade de atores. Entre os principais atores do sistema econo mico-
financeiro internacional pode-se mencionar os grandes centros financeiros (e.g. Estados 
Unidos), organizaço es internacionais financeiras (e.g. FMI e Banco Mundial), ale m de agentes 
privados de alcance internacional (e.g. bancos comercias transnacionais). Refere ncia: Rota de 
aprendizagem da aula 6, pa ginas 4 e 5. 
 
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“Ainda que seja lí cito avaliar que as crí ticas levantadas pelos emergentes sobre como estava 
organizado o sistema financeiro internacional constituí ram uma estrate gia desses paí ses para 
ampliar seu espaço de atuaça o em um contexto de crise, o fato e que a governança financeira 
precisava de uma mudança estrutural, e ela veio por meio da reorganizaça o do G20 financeiro” 
(Fonte: FROTA, Andre e SENS, Diogo Filipe. Globalizaça o e Governança Internacional: 
fundamentos teo ricos. Curitiba: Intersaberes, 2017, capí tulo 3). Sabe-se que o G20 ganhou 
releva ncia a partir de 2008 por conta do seu papel na crise financeira e deixou de ser uma 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodada_Doha
 
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apenas uma reunia o de Ministros de Estado. Em 2008, reunio es do G20 passaram a ser 
compostas pelos Chefes de Estado e de Governo dos paí ses partí cipes, devido ao aumento da 
releva ncia do grupo. Refere ncia: Rota de aprendizagem da aula 6, pa gina 5. 
	Tema: Interdependência Complexa
	Tema: Globalismo e globalização
	Tema: Governança Global
	Tema: Crítica marxista à Globalização
	Tema: Sensibilidade, vulnerabilidade, legitimidade
	Tema: Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972)
	Tema: A formação do BRICS e crise nos emergentes
	Tema: O sistema econômico-financeiro internacional

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