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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Julio C. G. Milan Conteúdo PLANEJAMENTO Data Conteúdo 01/07 e 06/07 Propriedades mecânicas 09/07 e 13/07 Discordâncias e mecanismos de aumento de resistência 15/07 e 20/07 Diagramas de fases 22/07 Metais, Cerâmicas 27/07 Polímeros, Compósitos 29/7 Avaliação Materiais – Sujeitos a forças e cargas • Liga de Al da asa de um avião Propriedades mecânicas (Ashby, 2007) PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Materiais – Sujeitos a forças e cargas • Aço do eixo de um automóvel Carga → deformação (não deve ser excessiva / fratura) Comportamento mecânico → resposta ou deformação a uma carga aplicada PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Propriedades importantes → resistência, dureza, ductilidade, rigidez Propriedades avaliadas através de experimentos de laboratório • Natureza da carga aplicada •Tração • Compressão • Cisalhamento • Duração da aplicação • Condições ambientais PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Técnicas de ensaio padronizadas Engenheiro de materiais e metalúrgicos → produção e fabricação de materiais para atender a condições de serviço. Microestrutura X propriedades mecânicas PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Se uma carga estática ou que se altera lentamente é aplicada sobre uma seção reta ou superfície → comportamento mecânico verificado num simples ensaio de tensão-deformação. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS a) Tração - Fig. - Maneiras principais segundo as quais uma carga pode ser aplicada. (Callister, 2007) c) Cisalhamento – envolve tensões que tendem a causar deslizamento a porções adjacentes do material b) Compressão - d) Torção - PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS ENSAIOS DE TRAÇÃO Julio C. G. Milan Ensaio mais comum → tração (avaliar diversas propriedades mecânicas). Fig. Corpo de prova padrão para ensaios de tração com seção reta circular ENSAIOS DE TRAÇÃO A ASTM International, anteriormente conhecida como Sociedade Americana de Testes e Materiais (American Society for Testing and Materials, ASTM), publicou mais de 12000 normas em relação a ensaios de materiais. Embora a adequação dos ensaios a essas normas seja voluntária, elas fornecem uma descrição detalhada dos procedimentos de ensaio, que assegura que os resultados de laboratórios diferentes sejam diretamente comparáveis. ENSAIOS DE TRAÇÃO A ASTM International, anteriormente conhecida como Sociedade Americana de Testes e Materiais (American Society for Testing and Materials, ASTM), publicou mais de 12000 normas em relação a ensaios de materiais. Embora a adequação dos ensaios a essas normas seja voluntária, elas fornecem uma descrição detalhada dos procedimentos de ensaio, que assegura que os resultados de laboratórios diferentes sejam diretamente comparáveis. ENSAIOS DE TRAÇÃO As normas ASTM começam com uma discussão do seu escopo, seguida por uma lista de documentos de referência. Elas definem a terminologia e resumem o método de ensaio, incluindo sua importância, emprego e inferências. A maioria inclui uma descrição detalhada do equipamento de ensaio, com ilustrações. Diretivas para a preparação dos corpos de prova do teste, calibração do equipamento e condicionamento do ambiente também são dadas. Procedimentos experimentais detalhados e instruções para realizar os cálculos também são dados. ENSAIOS DE TRAÇÃO ENSAIOS DE TRAÇÃO ENSAIOS DE TRAÇÃO Norma ABNT Fig. Corpo de prova padrão para ensaios de tração com seção reta circular ENSAIOS DE TRAÇÃO Máquina de ensaio de tração • Carga axial gradativamente aplicada; • medição contínua com células de carga; • Alongamento a taxa constante; • medição com extensômetro; • Ensaio destrutivo; • Corpo de prova padronizado; ENSAIOS DE TRAÇÃO Máquina de ensaio de tração Representação esquemática do dispositivo usado para conduzir ensaios tensão- deformação por tração. ENSAIOS DE TRAÇÃO Máquina de ensaio de tração Equipamento que mede as propriedades mecânicas de metais usando forças de tração. ENSAIOS DE TRAÇÃO Máquina de Ensaios Universal 300 KN Máquina de ensaio de tração ENSAIOS DE TRAÇÃO Máquina de Ensaios Universal 300 KN - Detalhes Tração Compressã o Máquina de ensaio ENSAIOS DE TRAÇÃO Para minimizar fatores geométricos, carga e alongamento são normalizados Tensão de engenharia Deformação de engenharia σ= 𝐹 𝐴0 ε= 𝑙𝑖 − 𝑙0 𝑙0 = Δl 𝑙0 ENSAIOS DE TRAÇÃO • Unidades Tensão ou Deformação Adimensional % 𝑁 𝑚2 lbf pol2 MPa psi Τ𝑚 𝑚 Τpol pol ENSAIOS DE TRAÇÃO Semelhante ao ensaio de tração → Forças compressivas ⚫ Muitos materiais tem módulos e resistências à compressão e à tração semelhantes. ⚫ Ensaios de compressão → onde se espera que o material suporte grandes cargas compressivas. Convenção → Forças compressão (negativa) Ensaios de tração são mais comuns Resistência à compressão de muitos polímeros e compósitos são significativamente diferentes de suas resistências à tração. ENSAIOS DE COMPRESSÃO Materiais muito frágeis não suportam ensaio de tração (tendem a fraturar ao serem presos nas garras) Ensaio de flexão → analisar o comportamento à deformação do material. Para maioria das cerâmicas a resistência à compressão é uma ordem de grandeza maior que a resistência à tração ENSAIOS DE FLEXÃO 𝜎𝐹 = 3𝐹𝑓𝐿 2𝑤ℎ2 – resistência à flexão F – carga na fratura; L – distância entre apoios; w – largura da amostra; h – espessura da amostra Forças Puramente cisalhante Torção é uma variação do cisalhamento puro • eixos de máquinas de acionamento; • brocas helicoidais; • ensaios em eixos sólidos cilíndricos ou tubos. τ= 𝐹 𝐴0 ENSAIOS DE CISALHAMENTO E TORÇÃO Máquina de ensaio de torção ENSAIOS DE TORÇÃO COMPORTAMENTO TENSÃO X DEFORMAÇÃO Julio C. G. Milan O estado de tensão é uma função das orientações dos planos sobre os quais as tensões atuam σ′=σcos2θ=σ 1 + cos2𝜃 2 τ′=σsenθcosθ=σ sen2𝜃 2 CONSIDERAÇÕES GEOMÉTRICAS A RESPEITO DO ESTADO DE TENSÕES O grau que uma estrutura se deforma ou se esforça depende da magnitude da tensão imposta. Para maioria dos metais (tensão de tração) = (Lei de Hooke Módulo de elasticidade Módulo de Young E = 45 GPa (Mg) a 407 GPa (W) COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Módulo de elasticidade pode ser considerado como sendo uma rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica. Quanto maior E – menor a deformação que resultará da aplicação de uma tensão DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Módulo de elasticidade pode ser considerado como sendo uma rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica. • Quanto maior E – menor a deformação que resultará da aplicação de uma tensão. • Importante parâmetro de projeto utilizado para calcular flexões elásticas. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Deformação não permanente; • Pequena alteração no espaçamento interatômico e na extensão de ligações interatômicas; • ECERÂMICAS > EMETAIS > EPOLÍMEROS • E → insensível a tratamentos térmicos, pré- deformação ou impurezas; • Aumento da temperatura → Redução do E. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Módulo de elasticidade em função da temperatura para tungstênio, aço e alumínio DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Tensão de compressão também induz comportamento elástico • • = G Deformação de cisalhamento Módulo de cisalhamento PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS • Maioria dos materiais → componente de deformação elástica que é dependente do tempo. ANELASTICIDADE → necessidade de tempo para recuperação completa, ou seja, retornar ao estado inicial sem deformação. • Para metais → componente anaelástica é pequena e geralmente desprezada. • Polímeros → magnitude significativa (comportamento viscoelástico). ANELASTICIDADE • Uma tensão de tração → deformação na direção da tensão. Alongamento axial (z) (deformação positiva) e contrações laterais (x e y) em resposta à imposição de uma tensão de tração. COEFICIENTE DE POISSON• Constrição nas direções laterais (x e y) perpendiculares a direção de tensão aplicada. • Contrações → deformações compressivas x e y determinadas. • Se o material for isotrópico e a tensão uniaxial → x = y • Coeficiente de poison → definido como a razão entre as deformações lateral e axial. ν=− 𝜀𝑥 𝜀𝑧 = − 𝜀𝑦 𝜀𝑧 Metais e ligas varia de 0,25 – 0,35 COEFICIENTE DE POISSON COEFICIENTE DE POISSON • Para materiais isotrópicos • Para maioria dos materiais E=2.𝐺 1+ν 𝐺 ≈ 0,4.𝐸 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS • Corresponde a quebra de ligações com átomos vizinhos originais e em seguida formação de novas ligações com átomos vizinhos; • Mecanismo de deformação é diferente para materiais cristalinos e amorfos; • Sólidos cristalinos → escorregamento; DEFORMAÇÃO PLÁSTICA (a) Comportamento tensão-deformação típico para um metal, mostrando deformação elástica e plástica, o limite de proporcionalidade P e limite de escoamento e, conforme determinado pelo método da pré-deformação de 0,002 (b) DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Ponto de escoamento → onde ocorre o afastamento inicial da linearidade na curva tensão-deformação → limite de proporcionalidade; • Pré-deformação específica de 0,002 → tensão limite de escoamento (e); • Tensão limite de escoamento representa uma medida da sua resistência a deformação plástica • Al baixa resistência → 35 MPa • Aços de elevada resistência → 1400 MPa ESCOAMENTO E LIMITE DE ESCOAMENTO • Limite de resistência a tração, LTR, é a tensão no ponto máximo da curva tensão-deformação de engenharia. • Empescoçamento → • A resistência a fratura corresponde à tensão aplicada quando da ocorrência da fratura. • LRT pode variar: • 50 MPa para um alumínio • 3000 MPa para aços de elevada resistência * Valores usados em projetos → tensão limite de escoamento LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO Curva típica Tensão-Deformação de Engenharia em um ensaio de tração de um metal. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Comportamento típico da curva tensão-deformação de engenharia até a fratura do material, ponto F. Limite de resistência a tração, LTR, está indicado no ponto M. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Ensaios de tração para cerâmicas são difíceis – ensaios alternativos são usados para medir a resistência destes materiais frágeis. Polímeros diferem dos metais e cerâmicas nas propriedades de resistência devido a viscoelasticidade. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS • Representa uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado quando da fratura; • Pode ser expressa como: alongamento percentual redução de área percentual Al= 𝑙𝑓 − 𝑙0 𝑙0 .100 RA= 𝐴0 − 𝐴𝑓 𝐴0 .100 DUCTILIDADE • Importância • Fornece ao projetista uma indicação do grau segundo o qual uma estrutura irá se deformar plasticamente antes de se fraturar; • especifica o grau de deformação permissível durante operações de fabricação • Materiais frágeis, em geral, deformação de fratura < 5%. DUCTILIDADE Representações esquemáticas do comportamento tensão-deformação em tração para materiais frágeis e materiais dúcteis carregados até a fratura. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Tabela - Propriedades mecânicas típicas de vários metais e ligas em estado recozido PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS Figura – Comportamento tensão-deformação de engenharia para o ferro em três temperaturas diferentes. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS • Capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com o descarregamento, ter sua energia recuperada. Módulo de resiliência, Ur representa a energia de deformação por unidade de volume exigida para tensionar um material desde um estado de ausência de carga até a sua tensão limite de escoamento. 𝑈𝑟 = න 0 𝜀𝑒 𝜎.dε RESILIÊNCIA 𝑈𝑟 = න 0 𝜀𝑒 𝜎.dε Supondo uma região elástica linear 𝑈𝑟 = 1 2 𝜎𝑒.𝜀𝑒 → limite de escoamento elevado Materiais resilientes → módulo de elasticidade pequeno MOLA 𝑈𝑟 = 1 2 𝜎𝑒.𝜀𝑒 = 1 2 𝜎𝑒. 𝜀𝑒 𝐸 = 𝜎𝐸 2 2𝐸 RESILIÊNCIA Representação esquemática mostrando como o módulo de resiliência (que corresponde à área sombreada) é determinado a partir do comportamento tensão-deformação em tração do material. RESILIÊNCIA • Representa uma medida da habilidade de um material em absorver energia até a sua fratura • geometria dos corpos de prova; • forma como a carga é aplicada • Carregamento dinâmico. Tenacidade ao entalhe • Carregamento estático. Gráfico - Área sob a curva - até a fratura. TENACIDADE Redução de área na região do pescoço σ= 𝐹 𝐴0 Área inicial da seção reta (não considera deformação e redução de área). TENSÃO VERDADEIRA E DEFORMAÇÃO VERDADEIRA • Tensão verdadeira → v • Deformação verdadeira → v 𝜎𝑣 = 𝐹 𝐴𝑖 𝜀𝑣 = ln 𝑙𝑖 𝑙0 Área da seção reta instantânea sobre a qual a deformação está ocorrendo TENSÃO VERDADEIRA E DEFORMAÇÃO VERDADEIRA Deformações compressiva, cisalhante e torcional Compressão → não existe valor máximo → não há formação de pescoço → modo de fratura diferente Figura – Diagrama esquemático tensão- deformação em tração mostrando os fenômenos de recuperação da deformação elástica e encruamento. RECUPERAÇÃO ELÁSTICA DURANTE UMA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DUREZA Julio C. G. Milan Medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (impressão ou risco). Escala Mohs → qualitativa, um tanto arbitrária → Não é linear. 1 (talco) – 10 (diamante) DUREZA Técnicas quantitativas • Penetrador forçado contra superfície sob condições controladas de carga e taxa de aplicação ➢ profundidade, ou ➢ tamanho da impressão. Valores são relativos e não absolutos CUIDADO ao comparar durezas determinadas por técnicas diferentes DUREZA ⚫ Ensaios simples e barato; • Ensaios não destrutivos (material não é rompido durante o ensaio); • Outras propriedades mecânicas podem ser estimadas; • Em geral, nas medições de macrodureza a carga aplicada é superior a 2 N; • Os ensaios mais utilizados são: Rockwell e Brinell. DUREZA Tabela – Técnicas de ensaio de dureza Τkgf mm2 DUREZA Várias escalas ➢ penetrador ✓ piramidal diamante ✓ esfera 1/16 ” ✓ esfera 1/8 ” ➢ Carga ✓ 60 kgf ✓ 100 kgf ✓ 150 kgf Diferença de profundidade entre carga e pré carga (10 kgf) * No resultado deve se especificar o número e o símbolo da escala • ex.: 50 HRC Rockwell superficial Pré carga: 3 kgf Cargas: 15 kgf 30 kgf 45 kgf Corpos de prova finos e delgados DUREZA - ENSAIO ROCKWELL Sequência de operações de dureza Rockwell (esquemático) DUREZA - ENSAIO ROCKWELL Escalas Tabela – Escalas de dureza Rockwell. Tabela – Escalas de dureza Rockwell superficial. Espessura deve ser de pelo menos 10 vezes a profundidade de indentação DUREZA - ENSAIO ROCKWELL penetrador esférico (aço ou metal duro) ✓ Ø 10 mm (penetrador) ✓ Carga 500 e 3000 kgf ✓ Tempo de aplicação: 10 e 30 s ✓ superfície lisa e plana ✓ex.: 150 HB HB= 2.𝑃 𝜋.𝐷 𝐷 − 𝐷2 − 𝑑2 Carga Diâmetro da impressão Diâmetro do penetrador DUREZA - ENSAIO BRINELL Tabela – Condições de testes de dureza e aplicações típicas Teste Penetrador Carga (Kgf) Aplicação Brinell Esfera de 10 mm 3.000 Ferro fundido e aço Brinell Esfera de 10 mm 500 Ligas não ferrosas Rockwell A Cone de diamante 60 Materiais muito duros Rockwell B Esfera de 1/16 pol 100 Latão, aço de baixa resistência Rockwell C Cone de diamante 150 Aço de alta resistência Rockwell D Cone de diamante 100 Aço de alta resistência Rockwell E Esfera de 1/8 pol 100 Materiais muito macios Rockwell F Esfera de 1/16 pol 60 Alumínio, materiais macios Vickers Pirâmide de diamante 10 Todos os materiais Knoop Pirâmide de diamante 0,5 Todos os materiais DUREZA ⚫ Penetrador de diamante (piramidal) ✓ Carga 1 – 1000 gf Deve ser realizada uma preparação da superfície DUREZA - ENSAIO KNOOP E VICKERS • Perfil de MicrodurezaDUREZA - ENSAIO KNOOP E VICKERS ⚫ É um ensaio dinâmico cuja impressão na superfície do material é causada pela queda livre de um êmbolo com uma ponta padronizada de diamante e peso conhecido. ⚫ O valor da dureza é proporcional à energia de deformação consumida para formar a marca no material ou corpo de prova, e representada pela altura alcançada no rebote do êmbolo por meio de um número. • material dúctil → consome mais energia→ altura menor do êmbolo no retorno → dureza menor. • material frágil → consome menos energia→ altura maior do êmbolo no retorno → dureza maior. DUREZA POR REBOTE ⚫ Método muito usado na determinação de dureza de materiais metálicos finais ou acabados (dividido em escalas de acordo com as durezas dos materiais); ⚫ Equipamento Shore → leve e portátil → adequado a peças grandes (ex.: cilindro de laminador, trens de pouso de avião e ensaios em campo); ⚫ Marca superficial é pequena → indicado no levantamento de dureza de peças acabadas; ⚫ Facilidade de aplicação em condições adversas → ex.: altas temperaturas. DUREZA POR REBOTE Figura – Esboço de equipamentos de rebote utilizados na determinação das durezas Shore C e D. DUREZA POR REBOTE Figura – Comparação entre várias escalas de dureza. CONVERSÃO DE DUREZA PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS • Limite de resistência a tração e a dureza são indicadores da resistência de um material a deformação plástica. • Proporcionais • Para maioria dos aços Figura – Relação entre dureza e resistência a tração para aço, latão e ferro fundido. 𝐿𝑅𝑇 𝑀𝑃𝑎 = 3,45𝐻𝐵 𝐿𝑅𝑇 𝑃𝑠𝑖 = 500𝐻𝐵 CORRELAÇÃO ENTRE DUREZA E O LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO • Fatores de incerteza dos dados medidos: • Método de ensaio; • Variações nos procedimentos de fabricação dos corpos de prova; • Influências do operador; • Calibração dos equipamentos; • Falhas na homogeneidade. • Probabilidade da liga apresentar falhas sob dadas circunstâncias? • Valor típico desejável (média dos dados). VARIABILIDADE NAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ⚫ Cálculos de carga são aproximados ⚫ Variabilidade das propriedades mecânicas → devem ser introduzidas folgas no projeto • p – tensão de projeto • c – nível de tensão calculado • N’ – fator de projeto • t – tensão admissível ou tensão de trabalho • e – limite de escoamento • N – fator de segurança 𝜎𝑝 =N ′ .𝜎𝑐 𝜎𝑡 =σ𝑒 𝑁 N muito grande → SUPERDIMENSIONADO N → 1,2 e 4 FATORES DE PROJETO/SEGURANÇA A partir do comportamento tensão-deformação em tração para o corpo de prova de latão (figura abaixo) determine: a) O módulo de elasticidade. b) A tensão limite de escoamento para uma pré deformação de 0,002. c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de provas cilíndrico que possui um diâmetro original de 12,8 mm. d) A variação no comprimento de um corpo de provas originalmente te com 250 mm de comprimento e que foi submetido a uma tensão de tração de 345 MPa. EXERCÍCIO Os dados a seguir foram coletados em um corpo de prova padronizado, com 1,283 cm de diâmetro, referente a uma liga de cobre (comprimento inicial l0 = 5,08 cm): Carga (N) l (cm) 0 0,0000 13.345 0,00424 26.680 0,00846 33.362 0,01059 40.034 0,02286 46.706 0,1016 53.379 0,66 55.158 1,27 (carga máxima) 50.170 2,59 (fratura) Depois da fratura, o comprimento total era de 7,655 cm, com um diâmetro de 0,950 cm. Construa o gráfico tensão-deformação e calcule o limite convencional de escoamento de 0,2 %, com a) o limite de resistência à tração; b) o módulo de elasticidade; c) o alongamento percentual; d) a redução percentual de área; e) a tensão de engenharia na fratura; f) a tensão verdadeira na fratura; e g) o módulo de resiliência. EXERCÍCIO Ensaio de tração (com gráfico) https://www.youtube.com/watch?v=sKBOdB0x4gk https://www.youtube.com/watch?v=sKBOdB0x4gk
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