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3. CURSO DE PSICOLOGIA FORENSE - POWERPOINT.

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FACULDADE DE DIREITO
UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA – UNIVAP
PSICOLOGIA FORENSE
Prof. Dr. José Odir Romero
2º Semestre - 2019
INTRODUÇÃO
Este roteiro, agora compilado e organizado em formato de slides, tem como finalidade a facilitação para os acadêmicos do Curso de Direito da UNIVAP – São José dos Campos, em relação ao acompanhamento das aulas magistrais e a discussão dos temas que serão apresentados em sala de aula. Não temos nenhuma intenção de que o mesmo substitua os livros existentes acerca do assunto e sim que oriente o leitor a pesquisar na literatura existente os assuntos aqui abordados. Objetivamos com este trabalho, transmitir aos estudantes as noções introdutórias: o objetivo e divisão da Psicologia; preparando-os para terem um conhecimento teórico e prático que impliquem numa percepção interdisciplinar entre as questões psicológicas e a dogmática jurídica.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I
CONCEITOS GERAIS.
* Psicologia (Dicionário Aurélio): É a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Conjunto de estados e disposições psíquicas de ideias de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos. Conhecimento intuitivo e/ou empírico dos sentimentos de outrem; aptidão para prever ou compreender comportamentos alheios.
* Jurídico (Idem): Relativo ou pertencente ao direito. Conforme os princípios do direito; lícito, legal.
* Psicologia Jurídica (minha definição): É o estudo dos sentimentos e do comportamento dos indivíduos dentro da esfera do direito.
2) CONCEITOS BÁSICOS SOBRE OS SERES VIVOS.
 
* São divididos em dois grupos: Os de vida fisiológica (vegetativa) como, por exemplo, as plantas; e os de vida vegetativa + psíquica como os animais (incluindo o ser humano).
* Vida vegetativa: é uma no ser; é múltipla nas partes; tem uma atividade imanente (o que ela produz é o mesmo que a mantém) e é ordenada a um fim (conservação do indivíduo e da espécie).
* Vida psíquica: é uma sucessão ordenada de múltiplas atividades, integradas e dependentes de um só princípio. É organizada em uma evolução interna (infância → juventude → adulto → idoso), que levam à MATURIDADE (ou seja, adquire uma Fisionomia Psíquica ou Psicologia Pessoal).
 
3) IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA ESTUDANTES E OPERADORES DO DIREITO.
 
Relacionamento interno (com si mesmo);
Relacionamento com os clientes;
Relacionamento com outros operadores do Direito; e
Relacionamento com profissionais de outras áreas.
CAPÍTULO II
PERSONALIDADE HUMANA
 
 
ESTÁTICA.
 
O homem considerado como pessoa, o conceito unitário da personalidade: “A pessoa é uma, inteira e indivisa e como tal deve ser estudada e compreendida pela ciência”.
 
Fatores dos quais depende a reação pessoal em dado momento: 
 
Herdados = 
 
 # Constituição corporal: “tamanho da pessoa”.
 
 # Temperamento: “resultante da primitiva tendência de reação ante os estímulos ambientais, originárias na constituição individual ("transmitidas pela hereditariedade”).
 
 # Inteligência: “onde acaba a razão começa a violência”. “Um grande número dos delinquentes e dos indivíduos que entram em conflito com a sociedade apresenta um déficit intelectual acentuado”.
B) Adquiridos =
 
 # Experiência anterior de situações análogas: “Exemplo vivido, a experiência anterior, a vivência homóloga anterior, sem dúvida influi de um modo decisivo na determinação da reação atual”.
 
 # Constelação: “Designa a influência que a vivência ou experiência 
 imediatamente antecedente exerce na determinação da resposta à 
 situação atual”. 
 
# Situação externa atual: “Representa, como é natural, a causa eficiente, o estímulo desencadeante da reação pessoal”.
 
# Tipo médio da reação coletiva em vigência: “A conduta individual reflete a todo o momento os vaivéns da conduta social, ao mesmo tempo em que, por outro lado, contribui para determinar o tipo desta; ou seja, existe em todo momento uma influência recíproca entre o indivíduo e o meio social que o rodeia”.
 
# Modo de percepção subjetiva da situação: “É o mais importante de todos. A deformação catatímica da situação justifica muita vez atos aparentemente absurdos”. “Catatimía é um processo psíquico geral, em virtude do qual a percepção é alterada e deformada sob a influência da tendência afetiva presente naquele dado momento”.
C) Mistos =
 
 # Caráter: “Constitui o termo de transição entre os fatores endógenos e os exógenos integrantes da personalidade, representando definitivamente o resultado de sua luta; é a clássica oposição entre o homem e o mundo ( a luta pela vida) ”.
 
Memória: “O tecido nervoso possui em maior grau que os demais a capacidade de conservar latentes suas modificações estruturais para evidenciá-las no momento oportuno, dando lugar a uma revivescência de suas impressões, propriedade esta a qual denominamos de memória”. “O processo mnêmico pressupõe diversos atos psíquicos, entre eles incluímos estes quatro: 1ª) Fixação das impressões; 2ª) Conservação; 3ª) Evocação e 4ª) Reconhecimento delas”.
 
Imaginação: “É um processo essencialmente criador que dá lugar a produtos sem existência real anterior, embora posteriormente a possam ter (como acontece com as obras de arte, a descoberta científica, etc.)”.
 
Sentimento: “É o que anima, colore e vivifica nossas sensopercepções, representações e ideias, dotando-as de um cunho de personalidade e de uma força ou intensidade de incitação que é a principal responsável por nossos atos”. “São mais facilmente sentidos do que compreendidos”.
 
Emoções: “É um sentimento exagerado e acompanhados de alterações somáticas mais extensas e intensas”.
 
Conações: “São as pré-ações, ou seja, desde que “desejamos” ou “temos” algo, até que nos mobilizamos para alcançá-lo ou para destruí-lo, sucedendo-se então, muitos fenômenos na corrente de nossa consciência”.
 
Reações motoras voluntárias: “Os movimentos desempenham um enorme papel em nossa psicogênese e na integração pessoal. Graças a eles educamos nossas funções sensoriais, localizamos nossas senso-persepções, aprendemos a conhecer as formas, tamanhos e distâncias, etc.; isto sem contar que somente graças aos movimentos voluntários nos é possível comer, andar, falar, escrever...”.
 
2) DINÂMICA.
 
 
São processos gerais de adaptação pessoa – meio.
 
A personalidade não é rígida, estática e nem incapaz de evoluir no tempo; é potencialmente energética (transmissão hereditária + estímulo do meio ambiente), desenvolvendo reações cada vez mais complexas.
 
A evolução da personalidade ocorre em 5 (cinco) etapas =
 
1ª) Infância: Caracterizada pela curiosidade e interesses pessoais, a qual subdividimos em 4 (quatro) períodos, ou seja =
A dos interesses perceptivos (no 1º ano de vida): a criança é atraída pelas pessoas e objetos que a cercam (movimento).
A dos interesses glóssicos (no 2º ano de vida): período de desenvolvimento da linguagem.
A dos interesses intelectuais gerais (dos 3º / 4º anos até o 6º / 7º anos de vida): interessa-se pela utilidade das coisas.
A dos interesses especiais (dos 7º até os 12º anos de vida): ocupa-se em projetos, ocupações gerais e problemas mais concretos.
2ª) Juventude: É o final da infância até o estado adulto (aproximadamente até a 2ª década de vida). Representado pela transição e instabilidade; algumas vezes divididas em períodos como: adolescência, puberdade e juventude. É quando surge o pensamento abstrato, a aquisição da responsabilidade social, o término do desenvolvimento da personalidade, a “luta entre o coração e a razão”, o exagero da agressividade, o desejo de independência, as dúvidas, etc.
3ª) Estado Adulto: Compreende aproximadamente o 3º, o 4º e o 5º decênios de vida. É a dita “idade produtiva”. É quando ocorrem 6 (seis) mecanismos de adaptação da personalidade =
A negação do desejo: consiste em objeções ao fundamento do desejo até o indivíduo se convencer que ele desapareceu.
A realização imaginária do desejo: são os sonhadores, aqueles que “vivem de ilusão”, mais comum nos mais jovens e nas mulheres.A sublimação, substituição ou transferência: é o meio de adaptação a um desejo irrealizável; consistindo em desviar do desejo, canalizando-o para outro caminho sem obstáculos invencíveis.
A catatimia: é a maneira de ver as coisas como gostaríamos e não como são.
A racionalização: é o mecanismo pelo qual são erigidos mediante razões que são utilizadas para justificar uma ação que se realiza ou vai se realizar, em desacordo com o juízo ou censura moral. É consciente e pode ser evitada voluntariamente.
 ► Estado adulto da mulher = Caracteriza-se pela manutenção da célula social (“a família”). Guia-se pela intuição, pequenos detalhes e sensações. O homem é mais “violento” e a mulher é mais “astuta”.
 4ª) Maturidade: Compreende a idade entre 45 e 55 anos para a mulher e 50 a 60 anos para o homem. Há uma involução orgânica e alterações nas relações familiares (época da independência dos filhos; da promoção social e/ou profissional, etc.). Exaspera-se o desejo de desfrutar o que pode da vida, devido à visão da velhice se aproximando.
 
 5º) Velhice ou Senilidade: Atualmente denominada também, de Período Idoso e 3ª Idade. Ocorre após a maturidade descrita anteriormente. Há uma progressiva diminuição da eficiência das funções psíquicas (maior fadigabilidade). É um período que, via de regra, se costuma fazer ou modificar um testamento.
 
Diferenças entre os gêneros humanos:
 
 ► Masculino = caracterizado pelo culto ao poder e à força; tendência à experimentação; decisões rápidas; dificuldade em confessar seus erros, maior conhecimento lógico e mobilidade ampla.
 
 ► Feminino = caracterizado pelo culto ao querer e à graça; propensão para a conservação; interesse pelo detalhe; tendência à dúvida; admite mais facilmente seus erros; maior conhecimento intuitivo e mobilidade suave.
 
CAPITULO IV 
 
 
 
 1º.) PROGRAMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA, Á JUVENTUDE E À FAMILIA = CONSELHOS MUNICIPAIS E TUTELARES.
 
São centralizados nos municípios.
Os municípios agem como principais agentes contra a violência que atinge crianças e adolescentes brasileiros.
Constroem a cidadania e a democracia do país.
Agem diretamente ou como apoio às instituições da sociedade civil (governamentais ou não).
Seguem o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº. 8069 de 13 de julho de 1990), tendo como principais itens:
a municipalização do atendimento;
a criação do CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
a manutenção de um Fundo Municipal, vinculado ao conselho acima; e a
mobilização da opinião pública no sentido de sua efetiva participação no atendimento à criança e ao adolescente.
 
O ECA define os seguintes princípios:
políticas sociais básicas (habitação, saúde, educação, etc.).
políticas e programas (alimentação, abrigo, etc.).
prevenção e atendimento às vitimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão.
identificação e localização de pais ou responsáveis, bem como de crianças e adolescentes desaparecidos.
proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
 
As entidades de atendimento à criança e ao adolescente são classificadas em 7 (sete) categorias:
orientação e apoio sócio familiar.
apoio socioeducativo em regime aberto.
colocação familiar.
abrigo.
liberdade assistida.
sensibilização.
internação.
 
 ● Cabe ao CMDCA: 
Gerir o Fundo Municipal.
Inscrever as entidades de atendimento, governamentais ou não.
Efetuar seu registro.
Manter informados os Conselhos Tutelares, bem como a autoridade judiciária competente.
 
● Estrutura dos Conselhos Tutelares:
são responsáveis pela fiscalização de todas as entidades de atendimento à criança e ao adolescente (governamentais ou não), juntamente com o Poder Judiciário e o Ministério Público.
são órgãos permanentes, não jurisdicionais, encarregados pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
deve ser instalado pelo menos, um em cada município; cabendo à lei municipal dispor sobre seu funcionamento e eventual remuneração dos seus integrantes, bem como reservando sua dotação orçamentária.
deverá ser composto por cinco membros eleitos pelos cidadãos locais (eleitores legais) para mandato de 3 (três) anos, permitida a reeleição.
 ► Cabe aos mesmos =
atender crianças e adolescentes quando ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade, pais ou responsáveis, bem como atender os que tenham praticado ato infracional.
atender e aconselhar os pais / responsáveis.
representar junto à autoridade judiciária e requisitar serviços nas áreas de saúde, educação, serviço social, trabalho e segurança.
encaminhar casos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que se fizerem necessário.
providenciar a medida estabelecida pelas autoridades.
expedir notificação e requisitar certidões de nascimento e de óbito.
assessorar o Poder Público Municipal.
representar ao Ministério Público, para efeitos de ações de perda ou suspensão do pátrio poder.
suas ações somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária.
seu processo eleitoral deverá ser estabelecido por Lei Municipal e realizado pelo CMDCA.
 
► Cabe às Prefeituras Municipais:
manter plantão permanente de 24 horas, relacionado à atividade.
manter estreita ligação com o Conselho Tutelar e o Juiz da Vara da Infância e da Juventude.
manter pernoites de crianças abandonadas, ou que por quaisquer situações costumem dormir nas ruas.
manter cursos profissionalizantes ou pré-profissionalizantes, ministrados pelo próprio município ou por instituições conveniadas (SENAI, SENAC, etc.), mesmo que para atividades informais.
manter orientação técnico-jurídica.
encaminhar para estágios remunerados, como aprendizes, em entidades públicas ou privadas.
encaminhar para empregos (os maiores de 18 anos de idade).
manter unidades móveis de profissionalização.
 
► FUNDAÇÃO CASA (EX – FEBEM):
 
Apresentação = A Fundação Casa é uma instituição ligada ao Governo do Estado de São Paulo (Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania) e tem como objetivo primordial aplicar em todo o Estado as diretrizes e as normas dispostas no ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, na faixa etária compreendida entre 12 e 18 anos de idade. Presta assistência a muitos adolescentes inseridos em programas socio-educativos específicos (privação de liberdade e liberdade assistida), dependendo do grau infracional e da idade.
 
Finalidades = têm como finalidades precípuas:
cumprir as decisões da Vara da Infância e da Juventude.
elaborar, desenvolver e conduzir programas de atendimento integral, incluindo a profissionalização e a reintegração social do adolescente.
selecionar e preparar pessoal técnico necessário à execução de seus programas e objetivos, aprimorando sua capacidade profissional e mantendo atividades de formação continua e de aperfeiçoamento.
participar de programas comunitários e estimular a comunidade, obtendo sua colaboração para o desenvolvimento de programas de reintegração social e/ou cultural, educacional e profissional dos adolescentes.
manter intercâmbio com entidades que se dediquem às atividades no âmbito particular e/ou oficial, mediante convênios e contratos com os mesmos sempre que conveniente e/ou necessário à harmonização de sua política ou ao cumprimento de seus objetivos.
propiciar assistência técnica aos municípios que pretendam implantar obras ou serviços destinados ao mesmo objetivo.
► Áreas de atuação =
Atendimento Inicial: é a porta de entrada da instituição. Destina-se ao primeiro atendimento a 110% dos adolescentes a quem se atribui ato infracional no Estado de São Paulo (cumprindo o art. 175 do ECA). Acolhe por um prazo máximo de 72 horas, antes de sua apresentação ao sistema de Justiça.
Internação Provisória: programa destinado ao atendimento aos adolescentes infratores antes da recepção da sentença (art. 108 do ECA). O adolescente é cadastrado e pode ficar com restrição de liberdade pelo prazo máximo de 45 dias.
Internação: programa deatendimento privativo de liberdade para adolescentes infratores com sentença judicial. O prazo máximo de permanência na instituição é de 3 (três) anos (art. 122 do ECA).
Semi-liberdade: programa destinado a adolescentes infratores como forma de transição para o meio aberto. O adolescente trabalha e estuda fora da instituição, devendo retornar a tarde para dormir em sua unidade de origem (art. 120 do ECA).
Liberdade Assistida: o chamado circuito aberto, onde o adolescente e sua família são acompanhados por Assistentes Sociais e Psicólogos durante um período determinado, devendo comparecer à instituição juntamente com seus familiares para uma avaliação periódica, até que complete o cumprimento das medidas sócio-educativas (art. 118 do ECA).
OBS.: O circuito fechado (privação de liberdade) conta com várias unidades em todo o Estado e algumas em instalação devido à política de descentralização adotada pela instituição, abrigando mais de milhares de adolescentes – um número que se altera diariamente em razão de novas internações e das desinternações determinadas pela Vara da Infância e da Juventude.
CAPITULO V
 
 
PRINCIPAIS DIREÇÕES OBSERVADAS ATUALMENTE NO CAMPO DA PSICOLOGIA EM RELAÇÃO À SUA APLICAÇÃO AO DIREITO.
 
Duas escolas principais: 
Psicanálise (Freud, Jung, Alexander, Ferenczi, Pfister e Rank).
Psicologia da Forma (Wertheimer, Köhler, Koffka e Goldstein).
 
OBS.: “Não devemos renunciar ao estabelecimento de hipóteses e teorias psicológicas, mas que estas devam ser consideradas somente como construções provisórias, como instrumentos de trabalho que permitam obter um maior benefício na investigação (desde o momento em que lhe dêem uma direção e lhe fixem certos limites)”.
 
Direções metodológicas da Psicologia:
 
Psicologia Condutivista ou “Condutivismo” (J. Watson) = “A vida psíquica inteira se traduz em movimentos ou ações e deve ser, por conseguinte, estudada de fora, sem nos preocuparmos nada com a “introspecção”, por considerar que a consciência não passa de um epifenômeno completamente fortuito na vida psíquica”. A consequencia natural desse critério é a de considerar o homem como um animal. O lema desta psicologia é o do estímulo – resposta e tem como propósitos: dado um estímulo determinado, saber que resposta se desencadeará no individuo (serve para predizer a conduta humana) e dada uma resposta determinada, saber que estímulos puderam engendrá-la (serve para o julgamento ou a valorização da conduta humana → é a de maior interesse para o jurista: p. e.: testes ou provas de aptidões, alterações emocionais, reconhecimento objetivo do criminoso, etc.).
 
2) Psicologia da Forma ou “Configuracional” (Wertheimer) = “É o mais recente. Suas aplicações no Direito ainda são insipientes, sendo que o maior mérito desta escola psicológica consiste em haver demonstrado a impossibilidade de estudar os fenômenos psíquicos empregando os métodos válidos para a físico – química (um fenômeno psíquico é uma unidade vital)”.
3) Psicanálise e a Neo – Análise (Freud – Alexander) = “Apresenta sólidos pontos de apoio para a compreensão da conduta delituosa, da psicologia do testemunho, de algumas atitudes pleitistas ou reinvindicatórias e – o que é mais importante – de não poucos erros judiciais cometidos por juízes probos e experimentados”.
Os princípios da Psicanálise são:
 
3.1) Determinismo Psíquico: Todo ato psíquico possui uma causalidade própria ou autóctone e, devido a isso, todo ato psíquico tem intenção, motivação e significação; não se tratando de fenômeno esporádico, acidental, isolado e indeterminado, mas de um elo de uma série causal.
3.2) Transferência: A energia psíquica é transferível e em virtude de tal deslocamento das “cargas” psíquicas é possível que uma percepção, uma idéia ou um pensamento qualquer, indiferente e “neutro”, se anime subitamente, em um dado momento e receba uma forma (impulso) atrativa ou repulsiva tão grande que chegue a dirigir toda a conduta individual.
3.3) Pandinamismo Psíquico: A energia libertada de nossa capacidade mental, em um dado momento, varia amplamente de acordo com o grau dessa repressão inibidora (p. e.: é mínima no sono, depressão e estupor e máxima nos de agitação ou desespero, porém o seu valor total permanece constante).
3.4) Repressão e Censura: Quando a repulsa não se exerce sobre as lembranças, mas sobre os pensamentos que traduzem tendências instintivas incompatíveis com a moral social vigente, a força repressora toma o nome de “censura consciente”.
3.5) Tripartição da Personalidade: A individualidade psíquica é uma tentativa de síntese de três grupos de forças = 1ª) provenientes do fundo orgânico – ancestral humano (instintos tânato – destruidores, sado – masoquistas ou de morte uns; e criadores, vitais, expansivos ou libidinosos, os outros). É irracional e inconsciente; denominado ID.
2ª) derivadas da experiência e educação (aprendizagem) individual, conscientes, racionais e lógicas, criando oposição entre o indivíduo e o objeto; denominado EGO.
3ª) surgidas por um processo de introjeção, coercitivo e punitivo. Supera o “Complexo de Édipo”, incorporando ao indivíduo o mesmo sofrimento que antes desejou ao progenitor do sexo igual ao seu, criando um princípio de expiação e autopunição; denominado SUPEREGO.
3.6) Auto compensação: Assegura o restabelecimento do equilíbrio psíquico quando a luta entre as três forças ou instâncias individuais se torna tão violenta que o individuo sofre a angústia do conflito intra – psíquico, surgindo dispositivos amortizadores e compensadores (p. e.: catatimia, racionalização, satisfação imaginária, etc.).
 
DIREÇÕES DA PSICOLOGIA
Personalistica ou Personalogia (W. Stern) = Pressupõe a impossibilidade de fragmentar analiticamente a vida psíquica. O elemento psíquico é a pessoa. Conduz à possibilidade de predizer, com certas garantias de acerto, o campo delituoso em que com maior facilidade pode penetrar um determinado indivíduo e, o que não é menos importante, permite entrever a possibilidade de uma nova modalidade de pena individualizada que será ditada muito menos tendo em conta o delito cometido do que a personalidade do delinquente.
 2) Genético – Evolutiva (Krueger – Werner) = Já não se mantém hoje a concepção de “criminoso nato” (como defendia Lombroso), porém não se duvida que a herança transmite a certos seres um acúmulo de predisposições para o delito muito maior que a outros.
 
3) Neuro – Reflexológica (Bechterew – Pavlov) = Baseada nos estudos dos “reflexos condicionados” e se baseia, em síntese, na atuação nos diversos planos funcionais do sistema nervoso central e em especial no córtex cerebral: a excitação e a inibição. Explica igualmente, a ineficiência das sanções (penas e castigos) para conseguir evitar a reincidência, pois a sanção é sempre a posteriori, distante e continuada (isto é, sem intervalos).
 
4) Tipológica, Constitucional ou Caracteriológica (Kretschmer – Sheldon) = É das mais brilhantes direções no campo da Psicologia atual, integrando as condições morfo – funcionais (visíveis, incorporáveis e imensuráveis, mas até certo ponto avaliáveis).
 
5) Patológica ou Anormal (Jasper – Janet) = Baseia-se em que por definição, todo conflito com as leis que regulam a vida social pressupõe – se uma anormalidade (sem que isto queira dizer uma morbidez) e, portanto, em toda atuação profissional ver-se-á à frente de mentes normais colocadas em situações anormais ou ante mentes anormais colocadas em situações normais ou, o que é mais freqüente, ante mentos anormais colocadas em situações anormais. Preocupa-se em descobrir não quais pessoas são normais e quais não são, mas sim, que classe e que grau de anormalidade são próprias de cada pessoa. Serve para fazer desaparecer a clássica oposição entre psiquiatras e juízes diante de um processo que, segundo os primeiros, está louco e conforme os segundos, não está.
 
6) Psicologia Social (Murphy – Allport) – É a mais nova das direções da Psicologia experimental, procedendo das mais variadas escolas psicológicas anteriormentecitadas. Realiza um plano de investigação em “equipe” (antropólogos, sociólogos, psiquiatras, historiadores, economistas e pedagogos) da conduta individual em relação com as pressões e as aspirações (sucções) do grupo – ou grupos – com o qual (ais) convive (grupo familiar, vicinal, congenital, etc.). Conduziram a uma nova concepção e enfoque das transgressões legais, quanto à sua profilaxia e correção coletivas (uma verdadeira terapêutica social, baseada em fatos psicológicos irrefutáveis). O “laboratório” deve ser transportado para as ruas. Os benefícios práticos que são obtidos desta nova direção psicológica são reais e palpáveis.
 C) Síndrome da Alienação Parental:
 
Fato infelizmente comum após a separação dos pais é a ocorrência da Alienação Parental e da Síndrome da Alienação Parenteral.
Pode-se conceituar a “Alienação Parental” (AP) como o processo de “programar” uma criança para que odeie o genitor não-guardião sem justificativa idônea e a “Síndrome da Alienação Parental” como sendo o resultado dessa atitude, demonstrada pelo filho (a)..
Esse fenômeno ocorre por influência do genitor guardião (via de regra a mãe, que fica com a guarda em aproximadamente 91% dos casos de separação e divórcio), com quem a criança estabelece laços afetivos mais fortes. Quando a síndrome se instala, o relacionamento da criança com o genitor alienado fica irremediavelmente comprometido.
O genitor que tem a guarda do filho vale-se de comportamentos manipuladores, induzindo a criança, por meio de técnicas e processo, a criar uma má imagem do outro genitor (não guardião), visando “puni-lo” e expulsa-lo por completo da vida dos filhos. Com o tempo, o filho, consciente ou inconscientemente, passa a colaborar com essa finalidade, situação altamente destrutiva para ele e para o genitor alienado.
Fica evidente que a SAP está intimamente ligada a uma relação extremamente conflituosa entre os pais.
O genitor alienante é indivíduo superprotetor e tem o desejo de possuir o amor dos filhos com exclusividade. É comum que o genitor alienante, para manipular o afeto do filho, use de expressões como: “seu pai abandonou vocês”; “vocês deveriam ter vergonha de seu pai”; “seu pai não se importa com vocês”; “seu pai não dá dinheiro suficiente para manter vocês”, etc.
Ainda, o genitor alienante costuma impedir qualquer contato entre o filho e os parentes do ex-cônjuge, aumentando o sentimento de perda na criança, já abalada com a separação dos pais.
Infelizmente, também é corriqueiro que o genitor alienante não autorize a convivência do filho com o genitor alienado fora dos dias e horários determinados judicialmente. Isso quando não descumpre as ordens judiciais, visando impedir de toda forma o convívio do filho com o genitor alienado.
O genitor alienado, por não saber como lidar com a situação, adota atitude passiva. No entanto, continua amando seus filhos, na esperança de no futuro reconstruir as relações prematuramente rompidas. Enquanto isso não acontece, sofre imensamente com a falta de convívio com os filhos. Mas, os personagens que mais sofrem nessa tragédia, sem dúvida, são os filhos, que continuam amando o genitor alienado.
Os filhos, como mecanismos de autodefesa, negam o conflito, acreditando que rejeitam o pai por crença própria, e não por induzimento do genitor guardião; nutrem sentimentos de baixa estima, exteriorizando comportamentos regressivos, com a queda do rendimento escolar e urinar nas vestes; não se adaptam aos ambientes sociais em que devem interagir, apresentam agressividade imotivada.
Pode se dizer que o filho tem a SAP quando começa a nutrir sentimento de aversão ao genitor alienado, não querendo mais o ver. Ter de “tomar o partido” do genitor alienante faz a criança pensar que perderá para sempre o amor do genitor alienado, o que gera um sofrimento mental indestrutível. Em situações extremas, a SAP pode causar na criança depressão, perturbações psiquiátricas e até suicídio.
Quando adulto, o filho perceberá que fez uma grande injustiça ao genitor alienado, e passará a odiar o genitor alienante.
Para superar a SAP, os pais devem ter, dentre outros, qualidades superiores para exercerem suas funções parentais; grande equilíbrio emocional; amor incondicional aos filhos; e contar com a necessária ajuda jurídica e psicológica especializada.
Lidar com a SAP exige também grande consciência e atenção por parte dos operadores do Direito, Assistentes Sociais e Conselheiros Tutelares, que devem buscar elementos para enfrentamento do problema na área da Psicologia, uma vez que se trata de relacionamentos humanos conflituosos.
Por fim, refiram-se que a alienação parenteral é uma das maiores formas de abuso contra a criança, podendo levar à perda do poder familiar do genitor alienante.
 
 
 
CAPITULO V
 
 
 
 
ESTUDO PSICOLÓGICO DAS DIVERSAS FASES DO PROCESSO JURÍDICO NOS FOROS CIVIL E CRIMINAL. CRÍTICA AOS DOCUMENTOS JUDICIÁRIOS.
 
 
 
Defeitos psicológicos do processo jurídico:
 
A administração da justiça requer técnicos especializados no vasto campo do direito.
Atualmente há tantos advogados que vivem da justiça, quanto os que vivem para a justiça.
Se confiam a estes profissionais: sua vida, seus bens e sua honra.
Os defeitos da administração da justiça do ponto de vista psicológico não são devidos somente à falta de equanimidade (justiça, prudência, etc), mas também - talvez em maior proporção - aos procedimentos técnicos e ao modo como se produzem os seus resultados.
Vejamos quais as criticas que, desse ponto de vista podem ser dirigidas, nos Processos Cíveis e Criminais.
 
2) Processos Cíveis:
 
Têm origem com uma demanda judicial realizada por advogado particular ou fiscal (representando o Estado).
Em qualquer dos casos, o demandado têm direito a defesa.
Processo decorre de uma série de rounds, onde cada uma das partes procura acumular “pontos a seu favor”, para quando houver a “sentença”, esta seja favorável aos interesses de seu representado.
Interferem na elaboração da sentença: meios econômicos das partes, acerto na escolha de seus advogados, interesses na causa, prestígio e habilidades profissionais, recursos de que dispunham, etc.
As partes “procuram” relatar in extenso somente o que lhes favorece e omitir parcial ou deformadamente o que favorecer a outra parte.
As duas partes contendoras exibem ante os “juízes” uma luta de poderes dialéticos e sofísticos, ao invés de esforços lógicos e honestos.
Os juízes têm que desconfiar tanto de uns como de outros litigantes e tratar de encontrar a verdade por meio das duas séries de referências (que contém poucas verdades, muitos exageros e alguns falseamentos).
Os juízes dispõem de assessores próprios (Peritos Judiciais) que os informam - a seu pedido - sobre os dados contraditórios em teoria.
Na prática, existem fontes de erro: “companheirismos”, “restringir ao parecer do de maior prestígio”, etc.
Pela falta ou insuficiência material de fatos, os técnicos forenses costumam “fundamentar” suas conclusões em uma série de comentários teóricos – especulativos.
Por muitas vezes, os processos são perdidos em primeira instância, ganhos na apelação e voltam a perder no Supremo Tribunal (ou vice-versa).
A par dessas “falhas de processo” existem: a insuficiente preparação dos juízes nos problemas da Psicologia moderna, de sorte que cada um se sente obrigado a formar independentemente um critério acerca deles.
O que se vê são juízes empregando diversos recursos e meios de interrogação, acareação, ampliação de informe, comprovação de fatos, etc; seguindo uma “inspiração” ao invés de um sistema organizado e planejado de investigação e ponderação.
 
 
 
3) Processos Criminais:
 
Nestes casos acha-se em jogo não somente a vida e os interesses de seus réus, mas também a tranquilidade e a segurança públicas.
O Estado desempenha o papel de “acusador” (mesmo que exista um demandante privado).
O próprio Estado, em nome da sociedade, deve assegurar o cumprimento das sanções impostas, no caso de ficar demonstrada a culpabilidade do réu (mantém numerosopessoal e custosos estabelecimentos - denominados “penitenciários”).
Nesses casos, os erros cometidos são mais graves, acarretando: longos sofrimentos, perda da vida de inocentes, impunidade, etc.
Falhas processuais nas diversas fases de qualquer processo criminal:
Coleta de dados insuficientes, não verídicos e significativos, na fase inicial da investigação e inquirição (policial); as quais devem ser colhidas por pessoas excepcionalmente peritas e dotadas de instrumentos e meios modernos de inscrição e gravação de expressões.
As declarações originais de protagonistas e testemunhas (quando os acontecimentos ainda estão “frescos” e não se organizou a “parada” ante a ação judicial).
Quando a culpabilidade ainda não foi demonstrada ao imputado (ou aqueles cuja gravidade de culpa não atinge um certo nível), o juiz decrete uma prisão com fiança - “distinção entre ricos e pobres” - TODOS OS CIDADÃOS NÃO SÃO IGUAIS PERANTE A LEI?.
 
4) Análise dos documentos judiciais:
 
A linguagem esotérica - tanto nos documentos jurídicos quanto nos laudos médicos - estes últimos menos graves, pois não são objetados pelos interessados o que, ao contrário, acontece no caso da maioria dos documentos jurídicos.
A extensão excessiva dos processos (verdadeiros “calhamaços”), dificultando até os próprios advogados. Deveriam ser adotados sistemas de fichas, esquemas e de organizações expositivas.Uma sugestão para tão enfadonha e longa prática “tradicional”, seria a da utilização de filmes no que fosse possível - seriam “vistos e ouvidos diretamente” os dados dos fatos em litígio, ao invés de pesadas e insuficientes descrições verbais - Quem sabe se, juntamente com a modernização estática e teórica, se consiga a modernização dinâmica dos processos judiciais (a última revisão do Código de Processo Penal (CPP) que entrou em vigor em Setembro/2008, foi reduzido o tempo de exposição dos casos em Tribunais de Júri Popular).
Na atualidade, muita evolução tecnológica tem se observado, facilitando aos operadores do Direito, na sua atuação diária.
 
CAPITULO VI
 
 
PSICOLOGIA DO DELITO.
 
 
Conceitos:
►Jurídico = Um delito é todo ato (positivo ou negativo) de caráter voluntário, que se afasta das normais estabelecidas pela legislação do Estado, transgredindo-as de maneira a encontrar uma qualificação predeterminada nas leis de caráter penal.
► Filosófico = Um delito é todo ato que não se ajusta aos princípios da ética.
► Psicológico = É um episódio - nem sempre significante - na vida psíquica do indivíduo (“incidental”).
2) Fatores determinantes:
 
Não é possível julgar um delito sem compreendê-lo.
Devem-se conhecer os antecedentes da situação.
Deve-se conhecer o valor de todos os fatores determinantes da reação pessoal (“É um trabalho psicológico que compete ao jurista realizar”).
Há uma discussão entre os penalistas se tem que castigar de acordo com os resultados ou com a intensão do ato delituoso.
O porquê não castigar de acordo com a motivação psicológica do ato delituoso? (Resposta: pela simples razão de que lhes é desconhecida na maioria dos casos).
A sanção jurídica de um ato delituoso não pode ser somente concebida sob o estreito campo do castigo.
A sanção não deve ser encarada como uma vingança que a sociedade toma contra o indivíduo que a ofendeu, mas um recurso por meio do qual aquela (a sociedade) trata de conseguir com que este (o indivíduo) recobre a normalidade de sua conduta.
A escolha da pena - e sobretudo na aplicação da mesma - devem colaborar os técnicos da Psicologia anormal, social, jurídica e pedagógica, se quisermos conseguir um efeito verdadeiramente útil da ação penal.
O futuro de um delinquente acha-se menos condicionado pela qualificação que mereça seu delito no Código Penal do que pela ação que sobre sua consciência moral exerçam os acontecimentos provocados pela intervenção criminológica.
Os mesmos mecanismos psicológicos intervêm na execução dos atos legais que na dos atos delituosos, sendo que somente compreenderemos este caráter predeterminado das ações humanas, conhecendo os 9 (nove) fatores que as determinam =
- A constituição corporal;
- O temperamento;
- A inteligência;
- O caráter;
- A experiência anterior;
- A constelação;
- A situação externa desencadeante;
- O tipo médio da reação coletiva aplicável à situação;
- O modo de percepção da situação por parte do delinquente.
OBS.: Estes fatores podem. Em cada caso, comportar-se de um modo distinto (positivo ou negativo, isto é, favorecendo ou impedindo) e somar-se ou contrapor-se, formando o que denominamos “Complexos determinantes” da ação ou ações delituosas. 
► Prestem atenção em quão complexo problema é o de julgar - do ponto de vista psicológico legal - a conduta humana.
 
3) Os motivos do delito:
 
Primários ou Endógenos (Internos) =
 
- Necessidade de conservar a vida individual =
 a) Aumentando o domínio dos bens (tendência de posse ou aquisição) → delitos contra a propriedade material ou intelectual em todas as suas formas (cometido por medo ou cólera geralmente).
 b) Repelindo as influências prejudiciais (tendência defensiva ou destruidora) → delito de violência ou de sangue e delitos por ocultação ou omissão de obrigação (a chamada negligência). Ambos também cometidos por medo ou cólera.
 
- Necessidade de conservar a vida da espécie =
 a) Conseguindo o objeto sexual desejado.
 b) Desprendendo-se ou destruindo o que se opõe à finalidade anterior.
 
OBS.: Ambos os acima são denominados Delitos Sexuais (cometidos por emoção sexual).
 
Exógenos (Externos) = Representados pela Época, Cláusulas de honra (infringir abertamente a moral no sentido comum), Altruístas (para obter um benefício para um terceiro - pessoal ou ideal), Vingadores, Opinião pública (“faz pressão”), por Sugestão (resultado da supressão da capacidade de crítica da pessoa, conservando-se normais todas as demais funções psíquicas da mesma).
Mistos =
Delito Profilático: O autor sabe que infringe a lei más está convencido de que com isso evita um mal maior. São caracterizados por = ausência de remorso (pode haver sentimento de culpa); possibilidade de ser praticado por pessoas de fina sensibilidade / inteligência / ampla cultura; há plena aceitação da responsabilidade do ato / passividade na defesa e no cumprimento da sanção. O individuo não evita sua confissão.
OBS.: Variedades deste tipo de delito → delito eutanásico; falsa denúncia; chantagem invertida (o individuo após receber uma chantagem e para evitar esta ação, ameaça usar de outra coação anterior e maior - p. e.: “se ... então eu ...”; agressão preventiva (após acumular ódio por alguém, vem à sua mente a idéia de “eliminá-lo”, mas em vez de praticar essa agressão “física” limita-se à ameaça / prejudicar seus interesses / agredir algum bem - humano, animal, material).
 
Delito Simbólico: É um variante do delito profilático, porém é praticado tardiamente - como liquidação de fatos puníveis anteriormente ocorridos. Quem sofre as conseqüências deste delito está, geralmente, diretamente relacionado com o delinqüente.
c) Delito Reivindicador: O autor delinquente é impelido pela necessidade de libertar sua “sede de vingança” ante uma (real ou suposta) afronta pessoal. Há duas características essenciais = o autor não se acha diretamente implicado no assunto do qual se diz paladino; e o autor costuma desenvolver uma ação agressiva, de crescente intensidade, que supera em muito o motivo que aparentemente a provoca.
 
d) Delito Libertador ou “de Aventura”: Quando o autor sente uma inquietação e uma avidez (paulatinamente irresistíveis) de “sair da horrível monotonia da vida cotidiana” e proporcionar para si - mesmo que momentaneamente - e à custa de males maiores ulteriores, o prazer de uma aventura (p. e.: apoderam-se de dinheiro, rompem violentamente com suas obrigações morais ou cometem qualquer disparate, como poderiam arrancar os cabelos, cair em prantos ou sofrer uma “crise de nervos”).
 
e) Delito de Expiação ou de Autopunição: Tais indivíduosdelinquem para serem castigados e terem ocasião de acalmar um remorso procedente de atos anteriores, não confessáveis (p. e.: as pessoas que sentiram ódio intenso por um dos seus genitores, ou que foram muito censuradas por estes, nos primeiros anos de sua infância, teriam propensão a terem essa “consciência de culpa”, que as conduziria inclusive, a acusar-se de delitos não cometidos ou a cometer atos de violência para convencer aos demais de sua maldade e assim serem punidos, de modo a lhes ser permitido libertar-se do remorso.
CAPITULO VII
 
 
PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO
 
 
 
Eis um dos capítulos mais brilhantes da Psicologia Jurídica.
Vamos estudar a seguir algumas das principais características desse assunto, ou seja, as quais incluem o testemunho de uma pessoa sobre um acontecimento qualquer, do qual dependerá essencialmente de cinco fatores:
 
do modo como percebeu esse acontecimento (depende de condições externas (meios) e internas (aptidões) de observação).
 
2) do modo como sua memória o conservou (puramente neurofisiológico, influenciado pelas condições orgânicas e do funcionamento mnêmico).
 
3) do modo como é capaz de evocá-lo (é misto, isto é, psico-orgânico).
 
4) do modo como quer expressá-lo (é o grau de sinceridade. É puramente psíquico).
 
5) do modo como pode expressá-lo (é o grau de precisão expressiva, isto é, o grau de fidelidade e clareza com que o indivíduo é capaz de descrever suas impressões e representações até fazer com que as demais pessoas as sintam ou compreendam como ele).
 
 Veremos a seguir as influências que podem ocorrer nos 5 (cinco) processos acima citados:
 
6) Influência da tendência afetiva (constelação) ao processo da percepção = 
6.1) Nem sempre as relações entre as tendências afetivas e as percepções externas são diretas, mas sim que, muito frequentemente são inversas, isto é, que não só é certo que vemos as coisas como queríamos que fossem, mas sim em determinadas circunstâncias as vemos como queríamos que não fossem.
6.2) A tendência afetiva poderosa segue um caminho ascendente (do mesencéfalo ao córtex cerebral), onde forma uma imagem, dando lugar à produção de uma pseudopercepção.
6.3) Alucinação é uma pseudopercepção com uma intensidade maior, a custa de elementos psíquicos anteriores.
6.4) Ilusão é quando, com uma intensidade menor ou se as circunstâncias externas são propícias, a pseudopercepção limita-se a deformar a percepção externa, no sentido que ela representa. Este caso é insuficientemente conhecido, sendo que tanto o desejo positivo como o negativo (medo) de que algo ocorra podem dar lugar a fazer o indivíduo acreditar que esse algo já ocorreu.
6.5) Sugestão de espera: cria-se em ambos os casos, ou seja, ocorre em virtude da qual a consciência antecipa o tempo e dá por acontecido o que ainda não foi ou só foi em parte.
6.6) Devido ao fato acima, os resultados acerca da fidelidade do testemunho podem ser tão diferentes; os efeitos sem prévia advertência do indivíduo, quando a “constelação” é neutra dos que foram previamente advertidos do que ia se passar.
 
 
7.) Influência do hábito na percepção =
 
7.1) É a mais importante por ser a mais geral.
7.2) O hábito faz com que completemos as percepções da realidade exterior.
7.3) Basta que se encontrem presentes alguns de seus elementos para que nosso juízo da realidade se dê por satisfeito e aceite a presença do todo.
7.4) Segundo a “Psicologia da Forma”, diz-se que em rigor não percebemos a realidade e sim sua caricatura subjetiva; explicando-se assim, a dificuldade de uma testemunha quando interrogada acerca de detalhes que, por não serem essenciais para o “esquema de reconhecimento”, lhe passaram totalmente inadvertidos.
7.5) Estes fatos diferem de uma testemunha para outra, de modo que um recorda perfeitamente o que o outro esqueceu também perfeitamente.
7.6) É importante lembrar que nossa mente efetua sua percepção mais de acordo com a lembrança de como era do que com o conhecimento de como é (em outras palavras, o passado intervém mais do que o presente em nossas percepções); explicando-se o porquê a mudança de caráter ou de conduta de um indivíduo pode ser notada antes pelas pessoas que não tem intimidade do que pelos parentes do indivíduo, uma vez que estes, por seu maior hábito em lidar com ele, levarão mais tempo em desligar-se do conceito que dele formaram (independente de que este seja bom ou mau).
8.) Influências que determinam uma mudança no processo evocador das percepções =
 
8.1) Amnésia emocional: em consequência de um brusco abalo moral, as pessoas são incapazes de lembrar do que se refere a situação desencadeante do choque psíquico e então, uma lacuna de memória se estende a partir daquele momento até que o tempo transcorrido ou a intervenção médica consegue pouco a pouco fazer emergirem novamente as lembranças daquelas percepções determinantes da comoção emocional. Está relacionada com mecanismos emocionais dolorosos para o espírito (repugnância, horror, remorso, etc.), tendo uma finalidade de defesa psíquica. Devem-se afastar os traumas físicos (podem causar amnésia comocional). Freud demonstrou que na prática, o esquecimento espontâneo tem menos importância que o esquecimento forçado (ativo), sendo que este último é devido à ação de um processo que ele denominou repressão e que é considerado - do ponto de vista fisiológico - sinônimo de uma inibição.
8.2) Importância da repressão na evocação das lembranças ligadas a uma tendência afetiva desagradável ou imoral: Quando há um esquecimento involuntário, porque a força de repressão age de um modo absolutamente inconsciente, sendo que quanto mais esforço fizer o indivíduo para vencer seu esquecimento, mais firme este se tornará. A importância da repressão nas declarações judiciais é enorme e só pode ser compreendida pelos especialistas que tiveram de examinar psicanaliticamente enfermos psiconeuróticos, nos quais essa força repressora atua intensamente, se bem que por motivos diferentes. Esta repressão pode agir de modo fragmentário, ou seja, de modo incompleto, dificultando a evocação das lembranças; e o que é pior, surgem deformados e misturados com falsas lembranças (pseudomemórias).
8.3) Mas, não só isso pode ocorrer, pois o individuo quando se dá conta da pobreza de suas lembranças, as completa automaticamente utilizando as cadeias de associações que logicamente devem se encontrar relacionadas com eles e isto faz com que mesmo contando com sua absoluta boa fé, o resultado da evocação se acha tão distante da realidade como o poderia estar um sonho.
 
9.)Fatores que influenciam o ato de expressão do testemunho =
 
9.1) Primeiramente devemos ressaltar a dificuldade que as pessoas têm de expressão, ou seja, mesmo que elas sendo equilibradas e hábeis para resistir à influência perturbadora de todos os fatores que vimos até agora, ainda persiste uma grande dificuldade para que cada um de nós cheguemos a uma compreensão do ocorrido. É uma aptidão pouco frequente a que permite descrever bem.
9.2) Não devemos intervir ativamente nas descrições de um individuo sob o pretexto de ajudá-lo, pois com isto poderemos fazer com que, este insensivelmente vai descrevendo os fatos e as situações, não como os viveu, mas como parece ao interrogando que ele os devia ter vivido.
9.3) Concluímos portanto, que a averiguação das normas que devem ser seguidas para obter testemunhos puros, isto é, não deformados de antemão pelos próprios que têm interesse em procurar a verdade, deve ser uma rotina. Não devemos considerar que somente é triste que a testemunha tente premeditadamente deformar a fidelidade de seu relato, mas muito mais, quando involuntariamente o chegue a fazer em virtude de perguntas sugestivas, capciosas ou de resposta forçada que lhe são dirigidas por um interrogador demasiadamente cioso de sua obrigação e pouco preparado para cumpri-la tecnicamente. Sendo de grande importância a falta de preparação psicológica para um ato tão essencial no processo jurídico, veremos a seguir os elementos que integram otestemunho obtido por interrogatório.
 
10.) Diferenças essenciais entre o testemunho por relato espontâneo e o obtido por interrogatório =
 
10.1) Testemunho espontâneo: é um relato (se sincero) menos deformado, mais incompleto e irregular; não apresentando elementos úteis no seu conteúdo. Poucos dizem tudo e nada mais do que interessa.
10.2) Testemunho por interrogatório: representa o resultado do conflito entre o que o indivíduo sabe e o que as perguntas tendem a fazê-lo saber. Podem sofrer as influências citadas nas aulas anteriores. Costuma fornecer dados mais concretos, porém menos exatos.
11.) Classes de perguntas empregadas nos interrogatórios judiciais =
 
11.1) Determinantes: perguntas com pronomes interrogativos (como?, quando?, por quê?).
11.2) Disjuntivas completas: formula explicitamente as duas possibilidades (era assim?, não era assim?).
11.3) Diferenciais: sim ou não?.
11.4) Afirmativas condicionais: afirmação (por acaso era?).
11.5) Negativas condicionais: negação (não era?).
11.6) Disjuntivas parciais: o interrogado decide entre duas possibilidades, excluindo-se as demais. Feita às vezes de um modo premeditado.
11.7) Afirmativas por presunção: se supõe a existência de uma lembrança na mente da testemunha sem se haver certificado antes. Deve ser evitada devido à sugestão ao erro.
12.) Meios para se obter a máxima sinceridade possível nas respostas =
 
12.1) Reconhecimento prévio da personalidade da testemunha.
12.2) Sua posição na situação a testemunhar (qual será a intenção que o guia a fazê-lo?).
12.3) Declaração Centrípeta, ou seja, não se fale nada do acusado mas sim solicite informação acerca dos processos reacionais secundários à ação ou conduta que se deseja esclarecer (p. e.: se estava num determinado local - perguntam-se as características de um determinado local e não diretamente!).
 
13.) Causas mais comuns da inexatidão do testemunho =
 
13.1) Hábito: mais como costumam ocorrer do que o foram na realidade.
13.2) Sugestão: perguntas com elementos que condicionam a respostas a um determinado sentido.
13.3) Transposição cronológica: “confusão no tempo”.
13.4) Tendência afetiva: “influência deformante”.
13.5) Deformação voluntária e consciente da realidade: visão da realidade de modos diferentes.
 
14.) Técnica do reconhecimento prévio das testemunhas =
 
14.1) Capacidade visual, Visão de cores, Visão noturna.
14.2) Capacidade auditiva.
14.3) Excepcionalmente a capacidade gustativa e/ou olfatória.
14.4) Exame Psicotécnico: verificação da capacidade de testemunhar.
 
A OBTENSÃO DA “EVIDÊNCIA DO DELITO”.
 
Confissão com provas =
 
1.1) Perguntas premeditadas, formuladas coerentemente, precisas e claras.
1.2) Respostas registradas exatamente: taquigrafia e melhor ainda, por registro parlográfico (permite reconstituir as inflexões de voz, pausas, vacilações, etc.).
1.3) Comprovação da sinceridade ou falsidade por meio de processos preparados (p. e.: questionários, etc.), para se obter a “evidência do delito”.
2) Técnicas utilizáveis para o controle da sinceridade dos declarantes = 
 
2.1) Prova Psicanalítica de Abraham-Rosanoff-Jung: Trata-se de, após a leitura de várias palavras, o examinando se deter em uma chamada “palavra-estímulo”, quando se medirá o tempo para sua resposta, anotação da resposta, sinais objetivos (mudança da voz, repetição da pergunta, titubeios, movimentos de impaciência, etc.). Tudo isso deverá ser repetido e comparado. Pode-se associar também, as alterações cardiocirculatórias, respiratórias e elétricas.
 
2.2) “Detector de mentiras” de Larson e seus derivados: Baseia-se no registro de oscilações gráficas irregulares (utilizando-se oscilógrafos e esfigmomanômetros e o pneumógrafo), quando o indivíduo diz uma mentira. As perguntas interessantes devem ser feitas distraidamente, intercaladas entre outras inofensivas.
 
2.3) “Expressão motora” de A. R. Luria: Baseia-se na associação entre o estímulo psíquico e a reação neuromuscular voluntária, registrada por métodos gráficos.
 
2.4) Supressão consciente dos declarantes: Hipnotismo (depende de um bom hipnotizador e das condições de receptividade especial na pessoa que será hipnotizada). Emprego de substâncias estupefacientes (p. e.: éter, morfina, hioscina, barbitúricos → “Soro da Verdade de House”). “Eletrochoque” que produz uma “libertação” emocional pela transitória debilidade da autocrítica.
 
2.5) Reflexo psicogalvânico para o controle da sinceridade: Parte do princípio de que toda declaração forçada, isto é, falsa, acarreta um aumento da resistência elétrica da pele à passagem galvânica fraca. Não há registro gráfico. É influenciado por fatores cutâneos e não fornecem dados acerca da classe ou natureza dessa emoção (medo, carinho, raiva, etc.).
 
2.6) Técnica eletroencefalográfica: Ainda não provada cientificamente. Pode ser utilizado no futuro para controle da sinceridade dos testemunhos, caso se tenha certeza das alterações gráficas relativas às emoções humanas.
 
OBS.: A aplicação de cada método depende da oportunidade, estudando-se cada caso em particular. Se possível, deveriam ser aplicados todos para se estabelecer com maior segurança um juízo acertado.
DEPOIMENTO ESPECIAL
Vamos acessar um resumo de uma coleção de slides referentes ao treinamento dos Policiais Civis de São Paulo, implantado e realizado pela Academia de Polícia Civil de São Paulo, referentes ao tema.
CAPITULO VIII
 
 
 
O ADOECER NA CLASSE TRABALHADORA
 
 
 
 
 
 SAÚDE PSICOLÓGICA.
 
O trabalho exerce sobre o homem uma ação específica: “impacto no aparelho psíquico”.
 
Saúde (OMS): “Completo bem estar bio – psico – social”.
 
Sentimentos geradores de disfunções:
- Indignidade = vergonha; ser apêndice de máquinas, etc.
- Inutilidade = qualificação e finalidade do trabalho, etc.
Desqualificação = repercute para si e para o ambiente do trabalho.
 ● A vivência depressiva condensa os 3 (três) sentimentos acima, ampliando-os.
 
 ● A depressão é dominada pelo cansaço (físico e psicosensorial).
 
 ● Também se associam ao cansaço:
 
 - Fadiga: sobrecarga de trabalho.
 - Insatisfação: confronto com aspirações, motivações ou desejos.
 - Satisfação: muitas vezes negligenciada ou desconhecida.
 - Frustração: conteúdo inadequado às potencialidades e necessidade do indivíduo.
 - Angústia: contradição entre dois impulsos inconciliáveis (desejos, etc.).
 - Medo: presente em todos os tipos de ocupações profissionais, principalmente às expostas a riscos à integridade física – leva a alteração do sono e consumo de drogas psicotrópicas.
 - Ansiedade, Tensão Nervosa e Carga Psicosensorial: relacionadas ao medo, geralmente decorrentes da vigilância, concentração e memorização – contribui para o sofrimento sentido. Tem relação com o desempenho do individuo (produtividade, ritmo, cotas de produção, rendimento, prêmios e bonificações).
 - Agressividade, Hostilidade e Perversidade: geradas pelas relações do trabalho (hierarquia, chefia, supervisão, outros trabalhadores).
 - Alcoolismo.
 - Uso de drogas psicoativas.
 
2) STRESS OCUPACIONAL. 
Até a década de 40 = termo utilizado na engenharia (carga em material até sua ruptura).
Desde então = utilizado nas ciências biológicas.
Stress = tem estreita relação com mudança – é inerente à vida.
Stress = tensão nervosa, doença, etc. – é o “mal do século” - acionam nossos mecanismos de adaptação.
Stress = pode resultar em uma experiência revigorante ou em doença - depende da capacidade de adaptação de cada indivíduo.
Stress = “Síndrome de Adaptação Geral”.
Três (3) fatores interagem no stress = o estressor (são os agentes de mudança); o contexto (é o ambiente) e a vulnerabilidade (ou seja, a individualidade). 
Os estressores ocupacionais = estão presentes em qualquer ambiente de trabalho - causam prejuízo à saúde dos funcionários e da empresa; redundando em:
- dificultando o relacionamento interpessoal;
- reduzindo a capacidade de atenção e concentração;
- causando lapsos de memória;- aumentando o absenteísmo;
- aumentando os acidentes de trabalho;
- diminuindo a qualidade dos produtos e serviços; e
- diminuindo a produtividade em geral. 
Adaptação = estímulo e adaptação → insatisfação e baixa produtividade → mudanças na natureza do trabalho, promoções, demissões, transferências, etc.
Detecção do Stress - Combate ao Stress =
- Técnicas de relaxamento, meditação, yoga, tai-chi-chuan, neurolinguistica, etc.
- Gerenciamento do tempo, análise de problemas, priorização, tomada de decisões, etc.
 
 
PSICOLOGIA FORENSE
Obrigado pela paciência.
Espero que tenham aproveitado e apliquem na sua via pessoal e profissional.
BOAS FÉRIAS
SUCESSO NA NOVA CARREIRA PROFISSIONAL!!!!!
PSICOLOGIA FORENSE
= FIM =

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