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Cleusa Helena Rockembach Mazuim Maria Solange dos Santos Gomes São Paulo Editora Perse 2019 Título TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 1ª EDIÇÃO Todos os direitos reservados à autora. Proibida a reprodução no todo ou em parte, salvo em citações com a indicação da fonte. Printed in Brazil/Impresso no Brasil ISBN: 978-85-7138-157-5 Organização e publicação: Autoras Diagramação, capa e publicação: Felipe Bonoto Fortes (felipeb.fortes@hotmail.com) Autoria e revisão: Autoras É de inteira responsabilidade das autoras a emissão de conceitos e opiniões, bem como a originalidade dos respectivos textos. Ficha Catalográfica: M476t MAZUIM, Cleusa Helena Rockembach; GOMES, Maria Solange dos Santos (Autoras) Teorias e Vivências de Metodologias Ativas / MAZUIM, Cleusa Helena Rockembach Mazuim; GOMES, Maria Solange dos Santos. São Paulo: Perse – 1ª Edição, 2019. 108 p. 14 x 21 cm. ISBN: 978-85-7138-157-5 1. Educação. 2. Questões Gerais de Didática e Método. 3. Método para o desenvolvimento da capacidade mental, intelectual e criativa I. Título. CDU: 37.025 Ficha Catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Cristiano Simões CRB 10/2123. CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA Educação 37 Questões Gerais de Didática e Método 37.02 Método para o desenvolvimento da capacidade mental, intelectual e criativa 37.025 Autoras Cleusa Helena Rockembach Mazuim Natural de Pelotas – RS, formada em Serviço Social pela Universidade Católica de Pelotas – UCPEL, em 1981. Especialista em Saúde Comunitária pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Canoas, em 1992. Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, em 2004, onde atuou no Núcleo de Pesquisa de Políticas Sociais e desenvolveu a pesquisa com o tema: Idoso institucionalizado: suporte, abrigo ou segregação, a qual deu origem ao seu primeiro livro com o mesmo nome. Foi assistente social na área do idoso por oito anos e na área da saúde pública por 20 anos, onde coordenou o Setor de Controle, avaliação e auditoria da Secretaria Municipal da Saúde do município de Cachoeira do Sul – RS. Coordenadora do Curso de Serviço Social no período de 2004 à 2013. Coordenadora da Pesquisa, Extensão e Pós- graduação da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Campus Cachoeira do Sul, com dedicação exclusiva, no período de março de 2013 à julho de 2015. Atualmente é professora na ULBRA – Campus Cachoeira do Sul. Possui aderência nas áreas de Serviço Social, Saúde Pública, Ciência Política, Metodologia Científica e Pesquisa. Maria Solange dos Santos Gomes Natural de Cachoeira do Sul - RS. Formada em Pedagogia, com habilitação em Supervisão Escolar. Especialista em Supervisão Escolar. Possui mestrado em Programa de Pós Graduação em Educação pela Universidade Luterana do Brasil (2005). Atuou na Secretaria Municipal de Educação como Supervisora Escolar, na Coordenadoria Regional de Educação, como Supervisora Educacional,na Universidade Luterana do Brasil – Campus Cachoeira do Sul como coordenadora Acadêmica e professora de disciplinas que pertencem ao núcleo comum das licenciaturas. Também foi professora e supervisora escolar na Rede Estadual de Ensino. Possui experiência na área da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: aprender, planejamento, atividades de ensino e aprendizagem no ensino superior, na pré-escola e séries iniciais, metodologia de ensino e educação brasileira. Atuou como professora da Educação Infantil e Anos Iniciais, no início de sua carreira. Somou ao seu cotidiano acadêmico, atuação na Comissão Própria de Avaliação do Campus Universitário e no Núcleo de Atendimento ao discente e docente (NADI/NAD), bem como em decisões administrativas com as direções, dos lugares onde atuou. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Ensinar não é transferir conhecimento. Paulo Freire Sumário Introdução 11 1 Metodologias Ativas 13 1.1 A pirâmide da aprendizagem 16 1.2 Entendendo as metodologias ativas 17 2 Práticas Ativas 23 2.1 Aprendizagem baseada em problemas – ABP 24 2.2 Classe invertida 25 2.3 Gincana 26 2.4 Quadro de dicas/conceitos 27 2.5 Rodas de conversa 29 2.6 Trabalhando tema específico 30 2.7 Dicionário ao contrário 31 2.8 Visitas técnicas 33 2.9 Seminário 34 2.10 Dramatização 35 2.11 Máscaras 37 2.12 Charadas – O que é, o que é? 38 2.13 GV/GO – Grupo verbalizador/Grupo observador 39 2.14 Painel integrado 41 2.15 De casa-em-casa (Painel múltiplo) 42 2.16 Painel com gravuras 45 2.17 Curtograma 46 2.18 Portfólios/Webfólios 48 2.19 Técnica do liquidificador (Liquidificador mental) 51 2.20 Estudo de caso 52 2.21 Estudo em grupo 53 2.22 Teatro comunitário 54 2.23 Juri simulado 55 2.24 Simpósio 56 2.25 Maquetes 57 2.26 Aula interdisciplinar 58 2.27 Show do milhão 59 2.28 Filmes (Sete dicas, S/D) 60 2.29 Relato de experiências 61 2.30 Grupos de questionamento 62 2.31 Afirmativas – Verdade ou Mentira 63 2.32 Pesquisa etnográfica 65 2.33 Pesquisa bibliográfica 66 2.34 Pesquisa de campo 67 2.35 Jogos e brincadeiras 68 2.36 Ferramentas on-line 69 2.37 Estudo de texto 70 2.38 Mapa conceitual 71 2.39 Phillips 66 72 2.40 Estudo de caso 73 2.41 Simpósio 74 2.42 Estudo de meio 75 2.43 Oficina (laboratório ou workshop) 76 3 Vivências em Sala de Aula 77 3.1 Exemplo 01 79 3.1.1 Metodologia 01 – Verbalização 79 3.1.2 Metodologia 02 – Mapa conceitual 80 3.1.3 Metodologia 03 – Painel 81 3.1.4 Metodologia 04 – Grupo de imagens (Gravuras) 83 3.1.5 Metodologia 05 – Sistematização – Perguntas pedagógica 84 3.1.6 Metodologia 06 – Elaboração de texto a partir de gravura 85 3.1.7 Metodologia 07 – Composição de letra musical 87 3.1.8 Metodologia 08 – Siga a linha 89 Dicas para Estudar 91 Considerações Finais 103 Referências 106 TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 11 Introdução O presente trabalho é uma construção onde se pretende relatar algumas vivências desenvolvidas na academia no que se refere às metodologias ativas realizadas em sala de aula, na ULBRA Campus Cachoeira do Sul – RS, bem como existentes na literatura. Sabe-se que o desenvolvimento de metodologias ativas envolve a preocupação com uma formação de qualidade e pró ativa, onde o aluno é o protagonista de seu processo de formação, através do desenvolvimento de competências específicas, sendo o professor mediador do processo. Pela experiência que se traz na academia, salienta-se a ideia de que o interessante nas aulas é levar aos discentes muito além do espaço da sala de aula formal, da lousa e do giz, se faz necessário criar alternativas extra muros, dentro deste espaço, envolvendo atividades dinâmicas e lúdicas, para que o acadêmico, possa recriar a teoria junto com a aprendizagem, na prática. Os professores precisam, dentro do nosso velho mundo de certezas metodológicas, reinventar e desvelar um mundo novo, quebrando alguns paradigmas, que antes eram praticados de uma geração para outra. Não se pode mais deixar de olhar para os lados, sair da zona de conforto e encorajar- TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 12 nos na busca de inovação recheada de cientificidade e ao mesmo tempo de corresponsabilidades. Guimarães Rosa tem uma frase, que diz mais ou menos assim:” O colher é de todos, o capinar é sozinho; o colher é coletivo, o capinar é individual”. O que nos faz refletir que mesmo no coletivo, aprende-se de acordo com nossas expectativas e formas de ver o necessário, o queestá sendo exposto. Cada um constrói sua estrada de aprendizagens , pois ninguém pode pensar e recriar pelos outros; somos seres que precisamos muito do coletivo, mas temos a nossa individualidade de saberes e crenças que nos tornam competentes para atuar em sociedade. Aprender é uma atividade coletiva em alguns momentos, mas também pessoal. Precisa-se ter presente que ter competência, significa, muitas vezes, o que se chama de talento, dom ou extrema facilidade para alguma atividade. Neste caminho, de buscar tornar competente, ou se desvelar competências, afirmamos que trabalhar metodologias ativas é um grande desafio, tanto para os discentes como para os docentes, por ser um método que faz com que saiamos da experiência de somente ouvir em que o ensino tem se perpetuado. Salienta-se que este livro é uma produção em construção, aberto a atualizações e sugestões. Profª. A.S. Ms. Cleusa Helena Rockembach Mazuim 1 Metodologias Ativas TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 14 A formação profissional, na atualidade, tem exigido cada vez mais profissionais com competências e habilidades aguçadas. Para tanto, se faz necessário que a mesma envolva-se em um cenário onde a teoria e a prática caminhem juntas, de forma articulada e indissociável. Neste contexto destaca- se as metodologias ativas, as quais são fundamentais tanto para os docentes como para os discentes, tornando os alunos com mais autonomia e protagonistas de sua aprendizagem, abandonando o ensino tradicional, também conhecido como ensino bancário. Segundo Borges e Alencar (2014) as metodologias ativas são maneiras de desenvolver o processo de aprender, utilizadas pelos professores na busca de conduzir a formação crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas. As metodologias ativas funcionam de forma diferente da metodologia tradicional do ensino. Geralmente as aulas embasam-se em momentos em que o docente “transfere” conhecimento e o discente “o recebe”, de forma passiva, não havendo participação ativa do estudante na relação de aprendizagem mais comum. Metodologias estas que, tem como propósito romper a característica de passividade mudando, principalmente, o foco da aula para a aprendizagem do estudante, e não mais para o conteúdo proferido. É muito vantajoso permitir a participação ativa dos discentes na tessitura dos conhecimentos (RIBEIRO, 2014). A busca das metodologias ativas ou de dinâmicas como fim em si, nos mostram vários pressupostos, dentre os quais podemos ressaltar: TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 15 Repensarmos a forma de apreender os conteúdos pelos alunos, reavaliando a dinâmica que está sendo utilizada, principalmente, no momento de avaliações, onde o resultado demonstra a não assimilação de conteúdos desenvolvidos, deixando a prática a desejar; Repensarmos, que o domínio de dinâmicas em sala de aula, passa por momentos de aprendizagem mais motivadores e interessantes, Aula diferente, pressupõe alunos mais atentos, participativos e felizes para conhecer, Professores planejando com dinâmicas diferenciadas, aulas mais agradáveis, com maior envolvimento de seus alunos, terão disciplinas com melhores resultados de conhecimento. Diante destes pressupostos citados, deixamos neste livro o registro de algumas metodologias ativas aplicadas em sala de aula e que tornaram o conhecimento mais interessante, bem como outras pesquisadas em literaturas da área educacional. Para ver o mundo num grão de areia E o céu numa flor silvestre, Segure o infinito na palma de sua mão E a eternidade numa hora. William Blake TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 16 1.1 A Pirâmide da aprendizagem Segundo Dale (1969) a Pirâmide da Aprendizagem sinaliza o percentual de apreensão do conhecimento que se adquire, desde somente lendo até o aplicar na prática o conteúdo. Percebe-se que quanto mais dinâmico e participativo o desenvolvimento dos conteúdos maior será a probabilidade de retenção dos mesmos. Aqui cabe relembrar a importância de em sala de aula dizermos aos alunos quais as habilidades que estamos trabalhando, através do conteúdo proposto para a aula que se iniciará. Se eles souberem o que e como pretendemos trabalhar antecipadamente, mais participativa e organizada será a aula. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 17 Nos reportando a figura acima, vemos a importância do ler, ouvir, ver e falar, sendo estas habilidades básicas para todo e qualquer conhecimento. Todos, não só os alunos, sabemos o que acontece quando não somos conhecedores do que vamos aprender, como acontecerá e para quê. O ambiente deve ser favorável a aprendizagem, seja na escola, universidade ou em outros espaços. Precisamos recordar, enquanto professores que ensinar significa instruir, educar, oportunizar trocas de saberes, para que os alunos se sintam parte importante deste processo, onde expor a eles as habilidades que serão desenvolvidas em cada aula é de suma importância. 1.2 Entendendo as metodologias ativas Destaca-se que alguns estudos tem evidenciado a importância de trabalhar a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABProb), o qual fundamenta-se no “uso contextualizado de uma situação problema para o aprendizado autodirigido ( BARBOSA & MOURA, 2014). O quadro abaixo demonstra os requisitos para professor e aluno no ensino convencional e na abordagem da ABProb, conforme Ribeiro, 2005 apud Barbosa e Moura (2014). TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 18 As metodologias são concepções educacionais que favorecem o melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem entre professor e aluno, num clima de trabalho, onde ambos possam saborear o conhecimento em questão. A seguir são elencados exemplos de Metodologias Ativas, algumas já bastante utilizadas e outras inovadoras, desenvolvidas em disciplinas ministradas a partir do ano de 2018. As mesmas poderão ser adaptadas às mais diversas matérias e conteúdos programáticos. Antes ainda, vale lembrar, que é preciso: TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 19 Existir o conhecimento e reconhecimento das individualidades na busca da convivência e da solidariedade (respeitar o eu e o grupo de trabalho); Ter presente no desenvolvimento da aula, as competências, habilidades e atitudes que se pretende adquirir, por meio destas metodologias ativas; Escolher, definir, aplicar e avaliar constantemente estas metodologias ativas de trabalho; Dominar a forma de acompanhamento e registro do processo, ou seja, a avaliação, Buscar fontes fidedignas de apoio durante todo o processo a ser desenvolvido. O trabalho deverá ser pensado para o coletivo e no coletivo, sendo todos responsáveis pela aquisição de conhecimento. Estará sempre presente a incerteza, para o professor, quanto aos resultados, mas o que importa mesmo, é, o pensar, ver e fazer diferente o movimento de ensino aprendizagem com seus alunos. Não temos a pretensão e nem a expectativa de apresentar receitas prontas para o desenvolvimento das habilidades em sala de aula; mas temos a simples esperança de motivar por práticas realizadas o movimento de ensinar e aprender. O caminho sim, terá de ser construído no cotidiano, em cada espaço. Somente o tentar e reinventar de cada docente pode adequar caminhos. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 20 Não esqueçamos de nos perguntar, sempre O que são habilidades? Quais preciso desenvolver? O que significa competência? Capacidade e competência são a mesma coisa? Quando nos propomos a trabalhar competências, como faremos? Qual o processo a ser construído?Perrenoud lembra-nos, em artigo escrito para Pátio ( n. 17, p. 9-12, 2001), que existem referenciais que identificam cerca de 50 competências cruciais para todo professor e que estas podem ser agrupadas em dez grupos, cada um reunindo diversas competências inter-relacionadas, a saber: Organizar e estimular situações de aprendizagem, Gerar a progressão das aprendizagens. Conceber e fazer com que os dispositivos de diferenciação evoluam. Envolver os alunos em suas aprendizagens e no trabalho. Ensinar os alunos a trabalhar em equipe. Participar da gestão da escola. Dominar e utilizar as novas tecnologias. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão. Gerar a sua própria formação continuada. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 21 Então, percebe-se, do quanto temos de estudar para que possamos tornar nossos alunos competentes. Dizer que aplicar metodologias ativas, apenas porque se insere em nossa aula, dinâmicas de trabalho é um conceito equivocado, pois, trabalhar com metodologias ativas é tornar o aluno, discente, um indivíduo, que reconstrói seu conhecimento, tornando-se autor e gestor de sua aprendizagem. 2 Práticas Ativas TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 24 2.1 Aprendizagem baseada em problemas - ABP Responsabilizar-se pela própria aprendizagem implica, segundo WOODS (2000), que os alunos desempenhem as oito tarefas seguintes: 1. Explorar o problema, levantar hipóteses, identificar e elaborar as questões de investigação; 2. Tentar solucionar o problema com o que se sabe, observando a pertinência do seu conhecimento atual; 3. Identificar o que não se sabe e o que é preciso saber para solucionar o problema; 4. Priorizar as necessidades de aprendizagem, estabelecer metas e objetivos de aprendizagem e alocar recursos de modo a saber o que, quanto e quando é esperado e, para a equipe, determinar quais tarefas cada um fará; 5. Planejar, delegar responsabilidades para o estudo autônomo da equipe; 6. Compartilhar o novo conhecimento eficazmente de modo que todos os membros aprendam os conhecimentos pesquisados pela equipe; 7. Aplicar o conhecimento para solucionar o problema; e 8. Avaliar o novo conhecimento, a solução do problema e a eficácia do processo utilizado e refletir sobre o processo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 25 2.2 Classe invertida Objetivo: Propor uma inversão das aulas tradicionais, promovendo a dinamização do ensino. Desenvolvimento: Escolher um assunto para os alunos; Os alunos devem ler o conteúdo em casa; O horário da sala de aula deve ser dedicado a discussões e resoluções de questões referentes ao assunto, articulando com o cotidiano. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 26 2.3 Gincana Objetivos: Motivar os alunos para que sejam mais participativos nos assuntos desenvolvidos na sala de aula; Promover a melhor fixação de algum conteúdo estudado. Desenvolvimento: Escolher tema; Definir local e duração (é importante estabelecer a duração de cada prova e da gincana como um todo); Elaborar questões, atividades pertinentes ao tema escolhido; Pontuação e premiação: Por fim, o último passo de como organizar uma gincana é estabelecer as pontuações e premiações. É importante que cada prova tenha um valor justo equivalente à tarefa desenvolvida. Deixando as pontuações mais altas para o fim, dessa forma os alunos ficarão mais motivados. A premiação é importante, pois ela será a recompensa de todo o trabalho realizado. Troféus, medalhas, livros, materiais escolares, passeios, etc. Sabemos que o importante é competir, mas todo mundo gosta de ver seu trabalho reconhecido, por isso também é válido pensar em prêmios para as outras colocações. No final é pertinente realizar um debate sobre a aprendizagem obtida com a gincana. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 27 2.4 Quadro de dicas/conceitos Objetivos: Fortalecer a aprendizagem de conteúdos. Desenvolvimento: Selecionar assunto; Organizar a turma em duplas ou trios; Cada dupla/trio deverá escolher uma palavra chave (poderá ser o nome da disciplina ou de um determinado conteúdo) para iniciar a construção das dicas/conceitos; A partir de cada letra da palavra chave os alunos deverão elaborar as dicas/conceitos a serem preenchidas no quadro; Ao finalizar apresentar para a turma Exemplo 1 P 2 A 3 L 4 A 5 V 6 R 7 A 8 9 C 10 H 11 A 12 V 13 E TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 28 1 a 13 – Elaborar dicas/conceitos para preencher os espaços. Cada dupla/trio criará o quadro, conforme as letras necessárias para o preenchimento do mesmo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 29 2.5 Rodas de conversa Objetivos: Oportunizar aos alunos o desenvolvimento do raciocínio e o pensamento crítico; Socializar as experiências sobre determinado tema; Trabalhar a escuta e o respeito às diferentes opiniões. Desenvolvimento; Iniciar com a exposição breve de um determinado tema; Disposição da turma: sentados em círculos; O professor faz alguns questionamentos sobre o tema; Oportuniza aos alunos recontar o assunto, conversar e falar o que mais lhes chamou a atenção. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 30 2.6 Trabalhando tema específico Objetivos: Aprofundar temática. Desenvolvimento: Escolher assunto: exemplo: Ética na sociedade Selecionar recortes de jornais, revistas, internet notas/notícias sobre o assunto. Alguns exemplos: 1. Jogar lixo na rua 2. Se fazer que está dormindo no ônibus para não dar o lugar para uma pessoa idosa. 3. Não recolher o coco do cachorro. 4. Não entregar o troco quando o atendente se engana, etc. Expor em sala de aula. Cada aluno deverá escolher um dos recortes e justificar o motivo da escolha. Finalizar com um debate na turma. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 31 2.7 Dicionário ao contrário Objetivos: Relembrar conteúdo. Desenvolvimento: Elaborar um cartaz com várias letras, em forma de fichas, anexadas, conforme exemplo abaixo. E P Escolher um assunto; Descrever no verso das fichas (letras) e o que significa a palavra a ser descoberta; O animador deverá solicitar que o grupo escolha a letra no dicionário. Após, fazer a leitura do significado da palavra que inicia com a letra escolhida. Os componentes do grupo deverão descobrir qual a palavra se refere; O grupo que acertar o maior número de palavras, ganha o jogo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 32 Exemplo: FRENTE DA FICHA E VERSO DA FICHA Conjunto das instituições que possuem a autoridade para regular o funcionamento da sociedade, dentro de um determinado território. Resposta: Estado TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 33 2.8 Visitas técnicas Objetivos: Aprender na prática. Desenvolvimento: Visitar empresas, órgãos, instituições, entre outros, os quais desenvolvem atividades referentes aos cursos de formação; Sempre que tiver oportunidade, o professor deverá incentivar os alunos a aprenderem através de experiênciaspráticas. Isso ajuda a fixar o conteúdo de forma muito mais fácil do que através de uma leitura. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 34 2.9 Seminário Objetivos: Levar os participantes a uma reflexão aprofundada sobre determinado tema; Instigar o raciocínio dos participantes. Desenvolvimento: Escolher texto, o qual todos os participantes tem que ter conhecimento, para julgamentos e críticas; Cada aluno deverá fazer um roteiro sobre a obra, uma síntese dos pontos essenciais do texto; Quando da apresentação o professor faz uma breve introdução do assunto Em seguida o professor passa a palavra para o seminarista (ou coordenador, escolhido antecipadamente, evitando-se assim o monopólio do assunto e permitindo que todos se manifestem); Observar durante o seminário a postura crítica e conclusões pessoais dos participantes e a contribuição e reflexão feita para além do texto, o que favorecerá uma maior contribuição à sala de aula sobre o assunto; Realizar uma avaliação final sobre a atividade. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 35 2.10 Dramatização1 Objetivo: Contribuir com a aprendizagem e na socialização dos alunos. Desenvolvimento: Para a consolidação desse tipo de trabalho é necessário percorrer algumas etapas, dessa forma, as principais são: Escolha do tema e sua viabilidade de inserção na modalidade de trabalho. Composição dos grupos. Estabelecer um objetivo a ser alcançado com a apresentação da dramatização. Formação e elaboração do roteiro de acordo com cada grupo, tais como definição do tipo da peça, produção de textos, fala dos personagens, diálogos entre outros componentes relacionados. Confecção do cenário, das roupas, instalação de som, luz dentre outros recursos audiovisuais que se julgam necessários. Ensaio/Apresentação. Apresentação do teatro com a participação de todos os alunos e preferencialmente com a presença de pessoas de outras salas e professores. A dramatização ou apresentação teatral na escola é de grande valia, isso porque possibilita uma melhor compreensão dos conteúdos, além de promover uma socialização, aumento da criatividade, memorização entre outros fatores positivos na construção do conhecimento. Ao recorrer a esse tipo de trabalho o professor terá a oportunidade de avaliar a postura de cada aluno, especialmente ligados ao comportamento desenvolvido coletivamente ou individual. Atividade como essa atrai os 1 FREITAS, 2016. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 36 “alunos problemas”, pois muito deles possuem potenciais nesse seguimento, e que devem ser explorados. Avaliação final. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 37 2.11 Máscaras Objetivo: Identificar as ideias de principais autores de determinado conteúdo. Desenvolvimento: Escolher uma temática ou conteúdo programático. Solicitar à turma alunos voluntários, conforme o número necessário para desenvolver o assunto (aproximadamente 10 alunos). Exemplo de tema: Os clássicos contratualistas da política. Escolher cinco gravuras com a imagem (máscaras) do rosto dos filósofos. Definir características sobre as ideias dos filósofos (5 a 10 características). Cinco alunos representarão os filósofos colocando as máscaras. Cinco grupos de, aproximadamente, cinco alunos terão que descobrir quais as ideias principais das teorias de cada um dos autores. O tamanho do grupo dependerá do número de alunos na turma. O grupo deverá explicar as características de cada teoria. Fazer a sistematização do conteúdo com a turma. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 38 2.12 Charadas – o que é, o que é? Objetivo: Aprofundar conhecimento sobre determinado tema. Desenvolvimento: Dividir a turma em grupos, conforme a necessidade; Elaborar charadas sobre o assunto escolhido; Expor cubos com desenhos que retratem a resposta de cada charada ou outra forma de resposta; Após a leitura da charada, um dos participantes deve pegar o cubo com o respectivo desenho e explicar porque considera que é aquela resposta; Ganha o grupo que tiver mais pontos; O professor realiza uma síntese do assunto; Exemplo: Tema: Ciência CHARADA O que é, o que é? Que possui tema, problema, hipótese? RESPOSTA Pesquisa ENSINO METODOLOGIA PROJETO SOCIAL PESQUISA TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 39 2.13 GV/GO – Grupo verbalizador/Grupo observador2 Objetivo: Levantar dados, interpretar, criticar, levantar hipóteses, obter e organizar dados de um assunto inicial. Desenvolvimento: Divisão da turma em dois grupos (pode ser pela escolha de temas diferentes); Grupo 1 = Grupo de verbalização (GV); Grupo 2 = Grupo de observação (GO); Dentro do GO os alunos devem possuir material, para anotarem os principais tópicos sobre o tema e formularem questões sobre o mesmo (essas questões podem, posteriormente, servir como instrumento de avaliação); Dentro do GV os alunos deverão escolher um coordenador para organizar as falas do grupo. Montar dois círculos: GV = Círculo interno; GO = Círculo externo; Começa-se a exposição do tema no grupo interno. Não é uma apresentação na qual as pessoas falam em uma ordem os conteúdos, mas sim uma discussão do assunto; Em primeiro lugar se faz a caracterização e depois se vai discutindo sobre o assunto apontando opiniões em relação a sua utilização, etc; Enquanto o GV fala, o GO não pode se pronunciar, apenas deve prestar atenção ao que é dito, fazer anotações e formular questões sobre as 2 UFRGS, 2012. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 40 mesmas. Essas questões devem dizer respeito ao que não ficou claro na explicitação e também a pontos sobre o tema nos quais gostariam de uma maior explicação.; Após a discussão 1, pelo grupo 1 (GV), pode-se: 1. Iniciar a exposição das perguntas, do GO para o GV, que devem ser respondidas oralmente. 2. Inverter os grupos, isto é, o grupo 1 torna-se o grupo de observação e o grupo 2 torna-se o grupo de verbalização (do mesmo tema ou de um tema diferente – mesma dinâmica de funcionamento). 3. Analisar as questões propostas pelos alunos e junto com as questões o professor pode pedir que os alunos de cada grupo (se os temas forem diferentes) respondam a elas como parte de sua avaliação. 4. Pedir a cada grupo que elabore um material sobre o tema que pode ser deixado no xerox. Avaliação do GV/GO: Os alunos avaliam a utilização da técnica (como tudo transcorreu, a ideia, sugestões); O professor avalia os alunos, utilizando critérios como, por exemplo: clareza ao explicar o tema, participação no debate no grupo de verbalização, respostas às perguntas feitas por colegas e professor (clareza, coerência e argumentação); Instrumentos: Por exemplo, perguntas respondidas, anotações feitas quando participava do grupo de observação. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 41 2.14 Painel integrado Objetivo: Integrar conceitos, ideias e conclusões sobre determinado tema. Desenvolvimento: Planejar com antecedência determinado tema; O grande grupo é dividido em subgrupos; Cada grupo deverá ter um relator; Apresente as questões e o tema para discussão; Após determinado tempo (ex. 30 minutos) de discussão os subgrupos são totalmente reformulados; Todos devem anotar as ideias e conclusões do grupo para transmití-las aos demais grupos; Os novos subgrupos devem ser compostos por integrantes de cada subgrupo anterior; Cada participante leva para o novo subgrupo as conclusões ou ideias do grupo anterior, havendo assim possibilidades de cada grupo conhecer as ideias levantadas pelos demais; Finalizar com um debate final para sintetizar o assunto. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 42 2.15 De casa-em-casa3 (painel múltiplo) Objetivo: Estudar vários aspectos de um tema; Revisar diversos pontos de um assunto. Desenvolvimento: Apresentação do tema a ser estudado; Formação dos grupos e distribuição das questões para o grupo. 1ª Etapa: em casa Cada grupo pesquisa, estuda, elabora a questão que lhe coube. 3 ANDREOLA, 2004. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 43 2ª Etapa: de casa-em-casa Cada grupo envia representantes para todos os outros grupos, a fim de buscar as respostas das várias questões; ao mesmo tempo fica alguém no grupo para fornecer aos outros a própria resposta. 3ª Etapa: de-novo-em-casa Cada grupo, de novo reunido, de posse de todas as respostas, elabora a própria síntese e faz seu estudo final. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 44 4ª Etapa: Assembleia final Perguntas e esclarecimentos complementares; avaliação do trabalho feito. Programação da próxima tarefa; Conclusão. Aplicações e variações da técnica Cada etapa pode durar 10 minutos, meia hora, um ou vários períodos de aula, conforme a complexidade das questões. Não esqueça que a técnica deve ser muito bem planejada. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 45 2.16 Painel com gravuras Objetivo: Fixar conteúdos através de gravuras. Desenvolvimento: Entregar texto ou solicitar previamente aos alunos, algum conteúdo estudado na disciplina; Confeccionar painéis (tantos quantos o número de grupos) com algumas gravuras que retratem o assunto do texto e outras que não tenham a ver com o assunto; As gravuras poderão ser levadas pelo professor ou solicitadas, previamente, para os alunos; G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9 G10 G11 G12 Dividir a turma em grupos, conforme a quantidade de painéis; Solicitar aos alunos que após a leitura do texto e observação atenta aos painéis façam os seguintes procedimentos: Identificar as gravuras que tem a ver com o conteúdo lido. Excluir do painel as gravuras que não tem a ver com o texto. Após a análise e escolha das gravuras, os grupos deverão explicar os motivos pelos quais escolheram e/ou excluíram as gravuras, articulando com o conteúdo estudado. Avaliação final da atividade. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 46 2.17 Curtograma Idealizadora da metodologia: Profa. Especialista Sonia Canabarro Soares – EAD Pólo ULBRA Cachoeira do Sul. Objetivo: Integrar a turma. Identificar quais os métodos o aluno utiliza para ampliar os conhecimentos. Desenvolvimento: Escolher um assunto ou temática; Ter um dado com numeração (cada lado com um número de 1 a 6). - No quadrante 01 – será o “Curto e faço”. - No quadrante 02 – será o “Curto e não faço”. - No quadrante 03 – será o “Não curto e não faço”. - No quadrante 04 – será o “Não curto e faço”. - No quadrante 05 – será “Porque escolheu esse curso”. - No quadrante 06 – será “Qual a metodologia de estudo utilizo em casa?” TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 47 As questões referentes a cada quadrante poderão estar expostas em uma folha (Pode ser escrito no quadro/lousa ou em uma folha de cartolina, etc.); Individualmente, cada participante deve listar o máximo de itens para cada quadrante, sobre o assunto escolhido; Após jogarão o dado e conforme o número destacará o que listou no referido quadrante, justificando; A seguir, realizar um debate entre os participantes, com mediação do professor; Finalizar elencando as metodologias referidas na dinâmica, firmando um contrato com cada um para colocá-las em prática, durante um mês, por exemplo. Esta dinâmica poderá ser retomada num período seguinte, previamente combinado, com vistas a analisar os resultados obtidos. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 48 2.18 Portfólios/Webfólios4 Objetivo: Levar o aluno ao universo da pesquisa; Desenvolver o gosto pela leitura; Propiciar o registro, análise e acompanhamento das ações cotidianas no diário de aprendizagem; Reelaborar e resumir dados. Estrutura do Portólio Normalmente tem uma estrutura que compreende: capa, índice, introdução, desenvolvimento pessoal, desenvolvimento social, desenvolvimento acadêmico, conclusão e anexos. No Portfólio Acadêmico é possível postar uma coletânea de aulas, trabalhos, provas, exercícios (contidos na pasta individual), anotações que permitem construir entre outras coisas, o perfil acadêmico do aluno. Desta forma irá refletir o ritmo e a direção de seu crescimento, os temas de seu interesse, suas dificuldades e o potencial a ser desenvolvido. Quando desenvolver o portifólio Deve ser desenvolvido no início de cada ano, semestre, período letivo e/ou atividade acadêmica estabelecida. Pode ser até mesmo um Projeto ou um curso. É interessante que o Portfólio contenha um diário reflexivo onde o 4 ROMÁRIO, 2009. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 49 aluno possa registrar, diariamente, suas reflexões, pensamentos, sentimentos, auto avaliações de crescimento ao longo de sua experiência, em determinada disciplina, naquele espaço de formação. Aplicação do portifólio Deve conter os registros de todas as disciplinas cursadas e as que estão em andamento, de forma cronológica, de maneira a construir o “Caderno Físico ou Virtual” que perpetuará no Universo da informação e que poderá servir de subsídios para outros estudantes/indivíduos. Representa a Responsabilidade Universitária que compreende o compartilhamento de conhecimentos com a comunidade de seu contexto. Considerando a “Missão” do Portfólio Acadêmico é importante lembrar que todo o contexto produzido, para registro deve ser revisado e analisado, sob a ótica da língua vernácula, ou seja, da língua portuguesa. Estrutura funcional do portfólio Consiste em Pasta Individual física ou hospedada em um servidor, conforme escolha do estudante. Contempla um índice sequencial do material que serve de aporte para o seu desenvolvimento estruturado. Sugere-se que seja estabelecida uma Folha de Abertura para cada item abaixo: TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 50 Nome do aluno(a), do professor(a), da disciplina, curso, semestre, ano e instituição de ensino; Sumário dos assuntos; Justificativa do portfólio (texto redigido pelo aluno, utilizando a criatividade na comunicação, de maneira agradável); Textos (artigos) lidos com registros de intervenções pessoais como: fichamentos orientados pelo professor da disciplina; Anotações/registros de aulas compreendendo o objetivo de cada aula e o que aprendeu (rotina realizada diariamente). TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 51 2.19 Técnica do liquidificador (liquidificador mental)5 Objetivo: Revisar e fixar conceitos estudados; Desenvolver a capacidade de descobrir e estabelecer novas relações entre conceitos. Desenvolvimento: Pede-se aos membros do grupo que preparem três (3) bilhetes; Cada qual escreve três conceitos-chave da disciplina estudada, do tema da unidade, do curso, da conferênciaou da aula, um em cada bilhete e dobra; Os bilhetes são recolhidos numa caixa ou num envelope, e depois misturados bem (liquidificador); Cada membro do grupo retira três bilhetes; Durante um minuto (ou mais, segundo as características do tema e o tempo disponível), cada um disserta, não sobre cada um dos conceitos separadamente, mas relacionando-os entre si. 5 ANDREOLA, 2004. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 52 2.20 Estudo de caso Objetivo: Analisar de forma detalhada uma situação real que necessita ser aprofundada. Desenvolvimento: O professor escolhe um ou mais casos. Distribui para a turma, a qual pode ser dividida em grupos. Pode ser um caso por grupo ou o mesmo para diversos grupos. O grupo faz a leitura e análise do caso, expondo suas percepções e possíveis soluções. O professor faz a mediação, retomando os pontos principais e as proposições de solução. Os grupos sintetizam o estudo relacionando com a teoria estudada. A avaliação final poderá ser feita através de fichas com critérios pré- estabelecidos pelo professor. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 53 2.21 Estudo em grupo Objetivo: Estimular os alunos a tirarem dúvidas entre si. Desenvolvimento: Estimular os alunos a tirarem dúvidas entre si. Escolher o tema a ser trabalhado. Dividir a turma em duplas ou em pequenos grupos. Após leitura do material disponibilizado os alunos tiram as dúvidas entre si. Dessa forma, exploram o assunto e enriquecem a discussão, tornando o aprendizado bastante colaborativo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 54 2.22 Teatro comunitário Objetivo: Analisar como as diferentes faces da memória se manifestam nas narrações dos participantes. Oportunizar aos alunos trabalhar temas pertinentes ao curso/disciplina na formação. Desenvolvimento: Os alunos deverão escolher previamente um tema (Ex. Direitos Humanos, Meio Ambiente, etc.) a ser desenvolvido, em forma de teatro, em uma comunidade (pode ser com crianças, adolescentes, idosos), etc. Os participantes devem colaborar com lembranças ou fatos de suas vidas, articulando com o tema escolhido. O modo de contar e apresentar os fatos ficará a critério dos organizadores e participantes do teatro comunitário. Avaliar com todo o grupo (organizadores e participantes). TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 55 2.23 Juri simulado6 Objetivo: Levar o grupo a análise e avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo; Propiciar a crítica construtiva de uma situação e a dinamização do grupo para estudar profundamente um tema real. Desenvolvimento: Definir uma situação concreta e objetiva, estudada e conhecida pelos participantes; Um aluno será o juiz e o outro o escrivão; Os demais componentes da turma serão divididos em quatro grupos: promotoria (4 componentes), defesa (4 componentes), conselho de sentença (sete componentes) e o plenário (restante da turma); A promotoria e a defesa, após alguns dias de preparação dos trabalhos, sob orientação do professor, apresentará seus argumentos em torno de 15 minutos para cada parte; A ordem dos trabalhos será mantida pelo juiz, o qual formulará os quesitos ao conselho de sentença; O relatório dos trabalhos será de responsabilidade do escrivão; Após ouvir os argumentos de ambas as partes, o conselho de sentença apresenta sua decisão final; O plenário será encarregado de observar o desempenho da promotoria e da defesa e fazer uma apreciação final sobre sua desenvoltura. 6 MATTOS et al., 2011. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 56 2.24 Simpósio7 Objetivo: Desenvolver habilidades sociais e de investigação; Ampliar experiências sobre conteúdos específicos. Desenvolvimento: Seleção de temas e planejamento do simpósio, onde o professor coordena o processo, juntamente com os alunos; Dividir a turma em pequenos grupos, os quais devem estudar e esquematizar a apresentação com antecedência, organizando o conteúdo em unidades significativas, de forma a apresentá-lo com duração de no máximo 1h e 30min, destinando de 15 a 20min para a apresentação de cada grupo; O professor indica as bibliografias a serem consultadas para cada grupo, evitando repetições; Cada grupo indica o seu representante, que exercerá a função de comunicador e comporá a mesa apresentadora do tema; Durante as apresentações, os comunicadores não devem ser interrompidos; O grande grupo assiste a apresentação, anotando perguntas e dúvidas, encaminhando-as ao coordenador da mesa; O coordenador (pode ser um aluno indicado pela turma) da mesa resume as ideias apresentadas e encaminha as perguntas aos membros da mesa. Não há necessidade de fechamento das ideias. 7 MATTOS et al., 2011. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 57 2.25 Maquetes Objetivo: Construir réplicas de um desenho, projeto, situação e ou conhecimento. Desenvolvimento: Definir o assunto. Pensar na essência do que deve ser visualizado; Selecionar o material (papel, madeira, argila, isopor, etc.); Organizar o planejamento das etapas (material, recursos, tempo...); Montar a maquete conforme tema escolhido; Apresentar em sala de aula ou em feiras. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 58 2.26 Aula interdisciplinar Objetivo: Debater assunto comum às disciplinas ou de interesse aos cursos. Desenvolvimento: Escolher a temática comum aos cursos. Reunir as turmas em uma sala ampla. O professor discorre sobre o assunto escolhido (máximo 1 hora). Dividir a turma em grupos, desde que não fiquem todos do mesmo curso no grupo (Misturar os alunos dos cursos participantes). Os grupos farão uma síntese do que foi apresentado, destacando os pontos principais. Realizar o debate final com todo o grupo, sendo que cada grupo dará destaque aos pontos destacados. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 59 2.27 Show do milhão Idealizadora da metodologia: Profa. Especialista Viviane Dias – ULBRA Cachoeira do Sul. Objetivo: Fixar conteúdos envolvidos na disciplina. Desenvolvimento: A técnica deve ser um recurso bem pensado para que o aluno: Dividir a turma em grupos de cinco ou seis alunos, conforme o número de alunos matriculados. Distribuir para cada grupo placas contendo as letras A, B, C,D. Apresentar uma pergunta e quatro alternativas. Os alunos devem optar por uma das alternativas. Após um tempo (em torno de 5 a 10 minutos, pedir para os grupos levantarem as placas. Marcar as respostas por grupos anteriormente identificados, no quadro para que possam acompanhar a pontuação do seu grupo e dos demais. O grupo vencedor recebe uma premiação, a ser definida pelo professor (pontuação, chocolate, etc.) Nos intervalos das perguntas o professor pode atirar balas e pirulitos, como faz o apresentador Silvio Santos, mas que no caso atira dinheiro. A média de perguntas gira em torno de 30, começando com as mais fáceis, para motivar a todos, e ir dificultando a medida que o jogo avança. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 60 2.28 Filmes (sete dicas, s/d) Objetivo: Complementar o conteúdo ministrado em sala de aula. Sensibilizar os alunos sobre o conteúdo desenvolvido. Desenvolvimento: O filme deveser um recurso bem pensado para que o aluno não perca o interesse. Preparar previamente qual o objetivo da exibição do filme. Elaborar uma lista de questões às quais os alunos terão que responder. Após a exibição do filme, propiciar um tempo para que os alunos respondam as questões. Os alunos deverão apresentar uma crítica ao filme, que servirá de “roteiro de leitura”. Sugere-se: Dividir a sala em grupos pode dar mais dinamismo ao debate para que este não fique centrado em um grupo restrito de alunos. Selecionar cenas do filme às quais o professor gostaria de chamar a atenção e mostrar relações possíveis com o conteúdo que podem ter passado despercebidas e para reforçar as ideias principais. O filme como recurso pedagógico precisa promover o ensino. O filme selecionado para um trabalho com os alunos deve estar relacionado ao conteúdo e contribuir para o ensino da disciplina. Se não fizer isso, não há razão de ser; é apenas uma atividade a mais, entre as muitas que os alunos já precisam cumprir. Um filme sem ligação com o conteúdo pode ser exibido aos alunos como atividade de lazer ou como estímulo para seus estudos. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 61 2.29 Relato de experiências Objetivo: Colaborar na práxis metodológica da área/disciplina estudada. Desenvolvimento: Ao iniciarmos devemos ter em conta um marco teórico de referência. Este deve ser apresentado com clareza e em congruência com o assunto da experiência. A pertinência da problemática que está na origem da experiência e dos objetivos desta, será outro ponto importante na elaboração inicial deste tipo de relato. Deixar em evidência a consideração, conhecimento e utilização de outros trabalhos de intervenção sobre o mesmo tipo de problemática ou com objetivos similares. Apresentar referências bibliográficas atuais e pertinentes à problemática. Apresentar uma descrição adequada do contexto institucional e espaço temporal de onde se realizou a experiência. O procedimento proposto deve ser adequado à intervenção em função da problemática e dos objetivos almejados por esta. Será também importante a relevância e adequação dos procedimentos utilizados na apresentação dos dados. Juntamente com o anterior, ganha relevância a explicitação dos procedimentos de análises dos dados utilizados e sua adequação ao projeto de intervenção. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 62 2.30 Grupos de questionamento8 Objetivo: Estimuar o esforço individual e grupal, no estudo de um determinado tema. Desenvolvimento: Apresentação do tema a ser estudado. Formação dos grupos. Distribuição do texto para estudo ou indicação das fontes de consulta. Estudo do tema e formulação de questões para serem propostas aos colegas. Para as questões formuladas, cada grupo deve preparar também, com precisão, as respostas, a fim de poder avaliar depois as respostas dadas pelo grupo questionado. Sorteio dos grupos para o questionamento. Determina-se o tempo máximo para cada resposta. Em sequência, cada grupo apresenta, verbalmente, as questões ao grupo que lhe coube. Este responde, procurando que todos os membros tomem parte. Completando o rodízio de questionamentos e respostas, o professor ou palestrante pode complementar com esclarecimentos ou observações que julgar oportunas. Avalia-se o trabalho realizado e encerra-se. 8 ANDREOLA, 2004 TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 63 2.31 Afirmativas – Verdade ou Mentira Objetivo: Rever conteúdos. Desenvolvimento: Definição do tema. Três gravuras do Pinóquio. Elaboração de questões afirmativas (que podem ser verdade ou mentira) sobre o assunto - em torno de 10 afirmativas. Dividir a turma em três grupos. Distribuir argolas de papel. Lançar as perguntas, uma a uma. Cada grupo terá as argolas com a letra M e numeradas, conforme a quantidade de afirmações que serão colocados nos Pinóquios. Cada grupo deverá identificar se a frase é verdade ou mentira. Quando o grupo considerar “mentira” deverá colocar uma argola no nariz do Pinóquio do seu grupo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 64 Ao finalizar as perguntas, cada grupo deverá justificar porque considerou “mentira” a referida afirmação. O grupo que tiver o maior número de acertos ganhará uma pontuação definida pelo professor. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 65 2.32 Pesquisa etnográfica9 Objetivo: Propiciar ao estudante sua participação ativa em todas as etapas da pesquisa. Desenvolvimento: Realiza-se no âmbito de unidades como: empresas, escolas, hospitais, clubes, etc. Usam-se técnicas como entrevistas, observação, análise de documentos, de fotografias e filmagem. É realizada no próprio local onde ocorre o fenômeno. O pesquisador apresenta maior nível de participação, o que torna maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis. 9 GIL, 2010. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 66 2.33 Pesquisa bibliográfica Segundo (MINAYO, 2007) Pesquisa bibliográfica é quando uma pesquisa é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Oliveira (2007) faz uma importante distinção entre essas modalidades de pesquisa. Para essa autora a pesquisa bibliográfica é uma modalidade de estudo e análise de documentos de domínio científico tais como livros, periódicos, enciclopédias, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos. Como característica diferenciadora ela pontua que é um tipo de “estudo direto em fontes científicas, sem precisar recorrer diretamente aos fatos/fenômenos da realidade empírica”. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 67 2.34 Pesquisa de campo10 Objetivo: Aprofundar determinado tema. Desenvolvimento: A coleta de dados costuma ser prolongada; Requer, muitas vezes, contatos variados com as mesmas pessoas; Utiliza instrumentos como: formulários, questionários, entrevistas, escalas de observação, etc. A análise de dados é predominantemente quantitativa; Realiza-se no âmbito de unidades como: empresas, escolas, hospitais, clubes, etc; Usam-se técnicas como entrevistas, observação, análise de documentos, de fotografias e filmagem; É realizada no próprio local onde ocorre o fenômeno. O pesquisador apresenta maior nível de participação, o que torna maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis. 10 FERNANDES, 2010. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 68 2.35 Jogos e brincadeiras Que tal lançar um assunto e pedir para que os alunos anotem informações sobre o tópico em uma folha de papel? Um talk-show também pode ser bastante divertido: um aluno é entrevistado, encenando personagens históricos ou de um livro. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 69 2.36 Ferramentas on-line Explore as ferramentas que a internet oferece. Criar um blog e postar as lições deixa aberto o caminho para pesquisa. As discussões em sala de aula podem se estender ao ambiente virtual, promovendo uma troca mais interessante com links de artigos ou entrevistas sobre o assunto abordado. E, se no passado, as fontes de pesquisa eram escassas – em algunscasos se resumiam às bibliotecas -, hoje temos uma infinidade de meios para chegar até as respostas e informações. A internet está aí para ser a grande aliada da aprendizagem ativa. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 70 2.37 Estudo de texto Objetivo: Explore as ideias de um texto de forma aprofundada gerando discussões. Desenvolvimento: Contexto do texto – data, tipo de texto, autor e dados sobre este, Análise textual – preparação do texto: visão de conjunto, busca de esclarecimentos, verificação do vocabulário, fatos, autores citados, esquematização, Análise temática: compreensão da mensagem do autor: tema, problema, tese, linha de raciocínio, ideia central e as ideias secundárias, Análise interpretativa/ extrapolação ao texto, Problematização, Síntese. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 71 2.38 Mapa conceitual Objetivo: Construir um diagrama que indique a relação de conceitos em uma perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre os conceitos pertinentes â estrutura do conteúdo. Desenvolvimento: O professor poderá selecionar um conjunto de textos, ou de dados, objetos, informações sobre um tema ou objeto de estudo de uma unidade de ensino e aplicar a estratégia do mapa conceitual propondo ao estudante a ação de: Identificar os conceitos-chave do objeto ou texto estudado; Selecionar os conceitos por ordem de importância; Incluir conceitos e ideias mais específicas; Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identificá-las com uma ou mais palavras que explicitem essa relação; Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou expressam uma proposição; Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas, traçá-las; Perceber que há várias formas de traçar um mapa conceitual; Compartilhar os mapas coletivamente, comparando-os e complementando-os; Justificar a localização de certos conceitos, verbalizando seu entendimento. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 72 2.39 Phillips 66 Objetivo: Fazer análise e discussão sobre temas/problemas do contexto dos conteúdos. Desenvolvimento: Dividir os alunos em grupos de 6, que durante 6 minutos podem discutir um assunto, tema, problema na busca de uma solução ou síntese final ou provisória. A síntese pode ser explicitada durante mais 6 minutos; Preparar a melhor forma de apresentar o resultado do trabalho, em que todos os grupos explicitem o resultado pelo seu representante. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 73 2.40 Estudo de caso Objetivo: Criticar e buscar suposições, decisões e resumir. Desenvolvimento: O professor distribui o caso a ser estudado; Os grupos analisam o caso, expondo seus pontos de vista e os aspectos sob os quais o problema pode ser enfocado; O professor retoma os pontos principais, analisando coletivamente as soluções propostas; O grupo debate as soluções, discernindo as melhores conclusões; Descrição do caso: aspectos e categorias que compõem o todo da situação. Professor deverá indicar categorias mais importantes a serem analisadas; Prescrição do caso: estudante faz proposições para mudança da situação apresentada; Argumentação: aluno justifica suas proposições mediante aplicação dos elementos teóricos de que dispõe. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 74 2.41 Simpósio Objetivo: Obter dados, criticar, comparar, elaborar hipóteses e organizar dados. Desenvolvimento: O professor coordena o processo de seleção dos temas e planeja o simpósio juntamente com os alunos da seguinte forma: Divididos em pequenos grupos estudam e esquematizam apresentação com antecedência, organizando o conteúdo em unidades significativas, de forma a apresentá-lo em no máximo 1h30min, destinando de 15 a 20 min para a apresentação de cada comunicador (apresentador do pequeno grupo); O professor é o responsável pela indicação das bibliografias a serem consultadas para cada grupo, ou para cada subtema, a fim de evitar repetições; Cada pequeno grupo indica o seu representante, que exercerá a função de comunicador e comporá a mesa apresentadora do tema; Durante as apresentações os comunicadores não devem ser interrompidos; O grande grupo assiste â apresentação do assunto anotando perguntas e dúvidas e encaminhando-as para o coordenador da mesa; O coordenador da mesa resume as ideias apresentadas e as encaminha as perguntas aos membros da mesa. Aquele não precisa ser necessariamente o professor, pode ser um aluno indicado pelo grande grupo. Não há necessidade de um fechamento de ideias. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 75 2.42 Estudo de meio Objetivo: Inserir o aluno no contexto natural e social dos conteúdos, visando a uma determinada problemática de forma interdisciplinar, propiciando a aquisição de conhecimentos de forma direta, por meio de experiências vividas. Desenvolvimento: 1. Planejamento: os alunos decidem junto com o professor o foco de estudo, os aspectos mais importantes a serem observados, os instrumentos a serem usados para o registro da observação e fazem uma revisão da literatura referente ao foco de estudo, 2. Execução do estudo conforme o planejado: levantamento de pressupostos, efetivação da visita, coleta de dados, da organização e sistematização, da transição e análise do material coletado, 3. Apresentação dos resultados: os estudantes apresentam as conclusões para a discussão do grande grupo, conforme os objetivos proposto para o estudo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 76 2.43 Oficina (laboratório ou workshop) Objetivo: Reunir um pequeno número de pessoas com interesses comuns, a fim de estudar e trabalhar para o conhecimento ou aprofundamento de um tema, sob orientação. Desenvolvimento: O professor organiza o grupo e providencia com antecedência ambiente e material didático necessário â oficina. A organização é imprescindível ao sucesso dos trabalhos; O grupo não pode ultrapassar a quantidade de 15/20 componentes; Pode ser desenvolvida por meio das mais variadas atividades: estudos individuais, consulta bibliográfica, palestras, discussões, resolução de problemas, atividades práticas, redação de trabalhos, saídas de campo, etc. 3 Vivências em Sala de Aula TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 78 Tomamos a autorização dos alunos para que pudéssemos a partir deste momento, termos os registros de algumas vivências realizadas em sala de aula, mostrando através de evidências que é possível sim, tornar o processo da aprendizagem motivador e rico de trocas entre professor e alunos. Não temos a pretensão de dizer que desta forma se faz o melhor e o mais correto, mas sim de socializar o que deu certo em nossos experimentos de metodologias ativas em sala de aula, desenvolvendo os diversos programas estabelecidos nas disciplinas ministradas. Pode-se dizer que vale a pena, pois a aula fica mais dinâmica e num processo mais alegre e descontraído de aprender. Passamos a transcrever alguns exemplos. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 79 3.1 Exemplo 01 Tema: Sociedade (texto previamente entregue aos alunos). Objetivo: Trabalhar diferentes metodologias de forma concomitante sobre o mesmo assunto. Competência: Compreensão sobre a temática desenvolvida, relacionando com a vida cotidiana. Desenvolvimento:1. Escolher um assunto. 2. Dividir a turma em grupos (de 5 a 7 alunos). 3. Cada grupo escolhe um tipo de metodologia para apresentação do conteúdo. 4. Metodologias escolhidas, conforme abaixo. 3.1.1 Metodologia 01 - Verbalização O grupo de verbalização inicia a abertura das apresentações, a partir do texto sugerido. Destaca os pontos fundamentais da temática. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 80 3.1.2 Metodologia 02 – Mapa conceitual O grupo vai construindo o Mapa Conceitual, conforme o assunto vai sendo desenvolvido, a partir de conexões entre os conceitos e definições. Mapa conceitual Acadêmicos idealizadores: Adriano Eroni Teixeira Marques Júnior; Alessandra de Moraes Plates; Alexia de Oliveira Marion e Jociara da Costa. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 81 3.1.3 Metodologia 03 - Painel O grupo elabora três (3) questões sobre cada parte do assunto, as quais podem ser em tirinhas de papel. Seleciona um (1) aluno da turma. Pode ser pelo diário de classe; O aluno selecionado deverá identificar, dentre as respostas, a correta; Colocar no painel a resposta certa. Acadêmicos idealizadores: Sabrina Porto,Caroline Saueressig, Letícia Roos Dias, Lucas Franco Leal. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 82 TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 83 3.1.4 Metodologia 04 – Grupo de imagens (gravuras) Através de imagens (gravuras) o grupo demosntra e explica o conteúdo. Acadêmicos idealizadores: João Carlos Pinho; Simão Sklar; Ingrid Bredow Neubauer; João Pedro Teixeira Bredow e César Eliandro Dias Osorio. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 84 3.1.5 Metodologia 05 – Sistematização – Perguntas pedagógicas Ao final das apresentações dos demais grupos, o grupo de sistematização, sintetiza o assunto, através de perguntas, envolvendo toda a turma. Acadêmicos idealizadores: Aureo Marcelo da Rosa Machado, Dionatan Alves Vieira, Diule Souza Efel, Diulia Machado Kasper, Ester Terra Mattos,Fabiane Ziemann, Roger Schumacher Vargas e Sabrina Silva dos Santos. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 85 3.1.6 Metodologia 06 – Elaboração de texto a partir de gravura Desenvolvimento: Escolher um tema, como por exemplo: “Ética”. Dividir a turma em grupos – máximo cinco (5) participantes por grupo (livre escolha ou sorteio). Distribuir imagens diversas (uma para cada grupo) ou apresentá-las no data show. Cada grupo deverá elaborar um texto de 15 a 20 linhas, a partir de conteúdo estudado previamente. Não se esquecer de dar um título para o texto. Após, cada grupo apresentará o texto, relacionando com a imagem. Debate final com toda turma. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 86 Acadêmicos idealizadores: Alice Hunter Silveira; Amanda Grings Dias; Andrew Klatter dos Santos; Andriele Peixoto de Oliveira; Artur Unfer de Oliveira; Bruna Aline Barboza da Silva; Daniel Jacques Moreira; Eduarda Garcia dos Santos; Eduarda Guerres Domingues; Felipe Lappe Moreira; Guilherme Bauer Silveira; Jéssica Menezes Camargo Penna; Júlia de Lima Dias; Júlia Rodrigues Costa; Kelvin Silveira da Silva; Luan Veleda de Oliveira; Lucas Gonçalves de Oliveira; Manoela Lopes de Freitas; Matheus Machado Rodrigues; Natasha Mota da Silva; Nathalia Deporte Jagnow; Nicole Machado Grisa; Paula da Silva Soares e Thaynara Piazza. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 87 3.1.7 Metodologia 07 – Composição de letra musical Indicar um tema do conteúdo programático da disciplina e solicitar a um grupo de alunos, com habilidades musicais, para compor uma música, no ritmo que mais lhe convier. Tema sugerido: Etapas do projeto de pesquisa. Resultado: Estou tentando entender esse projeto de pesquisa Que é pra ver se sintetiza todo meu saber Procuro os temas mais diversos, minhas questões quero entender Me questiono o problema, logo hipótese vou saber E com minha justificativa vou tentar te convencer Só não te contei que o objetivo geral vai te guiar a uma solução. Essa é minha pesquisa, se torna fácil fazer Seguindo todos os passos não há como se perder Essa é minha pesquisa, tenho artigos para ler sob fontes confiáveis vou construindo o saber. No objetivo específico foco no referencial A teoria proposta é sempre geral O cronograma imposto é a planilha De organização pra acabar com o projeto da disciplina É preciso uma metodologia com coleta de dados E tipo de pesquisa já direcionado Pra dar resultado e manter a discussão Se não irmão, não há conclusão. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 88 Acadêmicos idealizadores: Cristian Roger Lopes Moraes (Psicologia), Milena Jacobi Rodrigues (Direito) e Larissa Correa Vidales (Enfermagem). TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 89 3.1.8 Metodologia 08 – Siga a linha Escolher um assunto a ser trabalhado. Neste caso foi trabalhada a teoria dos filósofos contratulistas. Elaborar cartazes com teorias dos filósofos estudados. Dividir a turma em grupos (neste caso três grupos). Os grupos deverão estudar as teorias contratualistas e definir qual a linha que encontra a teoria do filósofo Tomas Hobbes. No grande grupo debater sobre o fundamento da teoria trabalhada e porque as demais não se referem ao assunto. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 90 Gostaríamos ainda de colocar algumas sugestões dadas aos alunos de como estudar, pois estudar não é só ler e escrever, passa por viés muito mais profundos da ressignificação daquilo que é lido, ouvido e debatido no ambiente de sala de aula. Dicas para Estudar TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 92 As dicas11 a seguir são sugestões do Canal do Ensino que é um Portal dedicado a educação, e está no ar desde janeiro de 2012. É focado em compartilhar notícias sobre tudo o que há de mais relevante no universo educacional. Além disso, estão disponíveis no portal, cursos gratuitos, livros de domínio público, vídeo aulas, dicas de concursos, bolsas de estudo, dicas para professores e estudantes, bem como conteúdo sobre redes sociais na educação e tudo o que há de mais atual em tecnologia educacional. Portanto, aproveite! 11 CANAL DO ENSINO, 2018. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 93 Dica 01 Como estudar: ensine seu cérebro a se concentrar - Deixar o celular longe; reunir o material de estudo de forma organizada; desligar a TV; sair da Internet (usá-la somente quando necessário); deixar água e algum lanche por perto; preferencialmente, ficar sozinho. Um bom planejamento ajuda a melhorar o rendimento quando se precisa estudar. Cadê a concentração? Se mesmo com toda a preparação do mundo seus pensamentos continuam bem longe da matéria que você precisa estudar e está difícil focar no mesmo texto ou exercício, dê uma olhada nestas três técnicas, as quais poderão ser usadas separadamente ou combinadas para ajudar seu cérebro a se concentrar. É possível treinar o cérebro para focar numa única tarefa por mais tempo, do mesmo jeito que se pode treinar o corpo para fazer musculação, aprender capoeira, dançar ou correr uma maratona. Técnica do intervalo Se está difícil de concentrar-se, forçar a barra para passar horas diante dos livros não ajuda em nada. Se a ideia é treinar seu cérebro para tirar o melhor proveito dassuas horas de estudo, vale começar aos poucos. A Técnica Pomodoro, inventada em 1980 por Francesco Cirillo, é um método de gerenciamento do tempo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 94 A ideia é simples: usar um timer para marcar pequenos períodos de produtividade. Você pode usar um daqueles timers de cozinha, ou qualquer relógio ou mesmo o celular. O método recomenda 25 minutos de concentração, podendo atingir este tempo aos poucos. Antes de iniciar sua tarefa, exercícios ou leitura, programa o alarme para um tempo curto, por exemplo, 10 minutos. Ao fim desse intervalo, faça uma pausa de dois minutos. Repita até completar quatro ciclos e faça uma pausa maior. Vá aumentando o tempo de concentração aos poucos, de cinco em cinco minutos até alcançar o período ideal para você. Só mais cinco... Não, não são aqueles “só mais cinco minutinhos” quando o despertador toca de manhã cedo. É uma técnica para resistir a vontade de largar tudo que bate diante de uma tarefa extensa ou aborrecida demais. É uma boa maneira de lidar com o desânimo que dá, por exemplo, quando aqueles 20 exercícios de Química, ou outro assunto, parecem uma barreira intransponível, ou quando o livro não está nem na metade e você já pensa em desistir. O objetivo da Técnica do Intervalo significa que, em vez de largar tudo e sair correndo, é dizer a si mesmo que você vai fazer só mais cinco atividades/tarefas (cinco exercícios; cinco páginas do texto; cinco parágrafos do livro obrigatório ou mesmo cinco linhas) antes de desistir. Quando acabar, do mesmo jeito que você aperta o botão do despertador para dormir mais cinco minutos, fale para si mesmo: “só mais cinco”. Ao quebrar a tarefa “de cinco em cinco”, você vai aguentá-la por mais tempo e, quem sabe, até cumprir o objetivo sem muito sofrimento. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 95 Meditação Instantânea Muitas vezes o que atrapalha é a ansiedade (tem muita matéria para estudar, não vou dar conta!), ou um problema qualquer que não tem nada a ver com o estudo. Nesses momentos é importante deixar a mente livre de preocupações para que o tempo de estudo necessário seja o mais produtivo possível. Esta técnica de meditação pode ser aplicada em qualquer hora ou lugar. Vale para quando você precisa se concentrar nos estudos, mas também ajuda a baixar a ansiedade na hora de uma prova, por exemplo. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 96 Dica 02 Como escrever um artigo científico – Passo a passo É preciso ressaltar aqui, que existem vários estilos de escrita para a elaboração de um texto. No caso da elaboração de um artigo científico, é obrigatório que o aluno desenvolva o referido trabalho com técnicas de escrita científica. Para você saber como escrever um artigo científico é necessário ter ideias inovadoras, conceitos, interpretações e resultados que servem para comprovar seus propósitos e conceitos descritos. Quanto à maneira de escrever, você deve apresentar concisão e precisão, em uma escrita objetiva e explicativa. Algumas características interessantes para denominar uma escrita concisa, que é uma das técnicas de escrita científica são as seguintes: Eliminar o uso exagerado de adjetivos ou advérbios; Evitar o uso de palavras como grande, pequeno, amplamente, extensamente; Eliminar palavras e expressões redundantes; Tentar utilizar a fórmula: Sujeito + verbo + predicado para construir suas frases. Esta fórmula tornará seu texto mais sucinto; Evitar expressões como: Sendo assim, etc. Como descrito anteriormente, o artigo científico possui uma estrutura bem específica, e é bom que siga a estrutura e a ordem mencionadas. Em geral um artigo científico deve conter as seguintes seções: TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 97 1. Título 2. Autor (ou autores) 3. Resumo 4. Palavras-chave 5. Introdução 6. Materiais e métodos 7. Resultados 8. Discussão 9. Conclusão 10. Referências Como montar o resumo? O resumo é o tópico de maior importância no seu artigo, por isso deve ser elaborado de forma clara, coerente e objetiva. É a parte que o leitor visualiza e já consegue entender a relevância do assunto que será abordado no artigo. Este tópico precisa trazer quais serão as ideias inovadoras apresentadas no trabalho, a contextualização, os propósitos do trabalho e perspectivas. Existem duas formas de montar um resumo: De maneira descritiva ou informativa. Se o seu artigo irá trazer resultados comprovados de ideias, o resumo deverá ser obrigatoriamente informativo. Já os descritivos são utilizados para sumarizar conteúdos não originais. Descrever algum tipo de trabalho já realizado, entre outros. Elaborando a Introdução Por mais que a Introdução esteja estruturada como um dos primeiros tópicos do artigo, ela não deve ser necessariamente feita primeiro. É indicado que TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 98 você faça a introdução somente depois que a discussão e as conclusões estejam prontas. Desta maneira será muito mais fácil elaborar e você já terá uma base pronta para descrever ao leitor o que ele verá no artigo. A introdução é composta de antecedentes do problema, descrição do problema, trabalhos já realizados (caso haja), aplicação e objetivo. Material e métodos Nesta seção o leitor deverá entender como foi seu projeto de pesquisa. É aqui que você irá apresentar todos os materiais e métodos que utilizou para construir seu artigo científico. Deve, portanto, ser feito também nas etapas finais da conclusão do artigo. Resultados Neste tópico, você deverá apresentar uma descrição clara e objetiva de resultados de análise, estatísticas descritivas, inferenciais, relevância e amplitude dos dados e adicionar outros tipos de análises. Discussão Considerada muitas vezes a parte mais complexa do desenvolvimento do artigo científico. Nesta etapa, você deverá relacionar os resultados com suas ideias inovadoras, interpretar conclusões, descrever implicações teóricas de pesquisa e prática. TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 99 Conclusões É na conclusão que você irá defender realmente sua tese. Neste tópico você precisará apresentar ao leitor a solução que seu artigo traz para o problema em questão. Deve haver críticas, opiniões e uma finalização de artigo completa para que o leitor receba de fato a mensagem que seu artigo deverá passar. Regras da abnt para o artigo científico Uma das etapas mais importantes de aprender como escrever um artigo científico é ter muita atenção na hora de aplicar as regras da ABNT, as quais são indispensáveis para validar seu artigo e avaliar suas ideias. Observe abaixo, alguns elementos importantes da ABNT que devem ser aplicados em um artigo científico: Estilo de fonte: Times New Roman ou Arial Cor do texto: preta Tamanho de fonte do título: sugere-se 14 Tamanho de fonte do corpo do texto: 12 Tamanho de fonte de rodapé: 10 Tamanho de fonte para citações longas: 10 Numeração das páginas: deve constar no canto superior da folha. Espaçamento geral da folha (entrelinhas): 1,5 TEORIAS E VIVÊNCIAS DE METODOLOGIAS ATIVAS 100 Dica 03 Hábitos para ajudar a tirar proveito da leitura em seus estudos a) Dê uma olhada geral no texto antes de começar Você precisa dar uma olhada, mas uma boa olhada, não é apenas passar o olho para saber quantas páginas precisa ler, essa olhada é diferente. A ideia é conseguir informações que vai ajudar a saber o que esperar da leitura e vai permitir ler com o foco certo. Nossa dica é fazer algumas perguntas antes de começar, pergunte: Se o material contém um resumo, um prefácio, notas introdutórias ou algo do tipo e o que elas sugerem sobre o conteúdo?
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