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Observação dos padrões de regularidade encontrado nos livros didáticos.
É sabido que os livros didáticos são ferramentas que auxiliam na aprendizagem do
ser humano ao longo de sua vida escola, eles são de total importância no
desenvolvimento do aluno, e servem como material de apoio em que o professor pode
traçar um norte em seu plano de aula. Mas, é evidente que eles seguem padrões de
consistência que são visíveis, em que o uso de determinados modos de instruir o aluno
estão presentes em todos eles, mas será que esse padrão é um problema? Vamos ver.
A metodologia que encontramos nos livros que exemplificam esse assunto e
mostra esses padrões podem passar despercebidos, mas é recorrente, por exemplo, um
deles é o que eu chamo de comparações entre textos, o livro traz determinado assunto
e esse tema é disseminado em mais de um texto e logo em seguida o aluno responde
questões sobre o que acabou de ler, a princípio aparenta ser um ponto raso, até banal
pois é como falei, esse recursos embora sejam simples (e de fato é) não deixa de ser
fantástico e primoroso, pois é nela que podemos ver os pontos que servem para o
desenvolvimento do aluno em várias áreas diferentes da sua formação, a partir dela o
aluno desenvolverá outras modalidades como: leitura, escrita, análise, senso crítico,
oratória… são inúmeras possibilidades. Além disso, esse recurso pode ser utilizado em
qualquer assunto, desde o uso gramatical ou literário, várias possibilidades são possíveis
a partir desta premissa.
Na comparação entre textos o aluno verá, por exemplo, visão diferente sobre o
mesmo assunto, “o texto 1” e “o texto 2”, podem ser vistos como diferentes ou
complementos dependendo do tema abordado, essas comparações faz lembrar de um
termo que me chamou bastante atenção quando estava estudando sobre esse tema foi a
“epistemologia social”, que é um ramo da filosofia que estuda o conhecimento científico,
em que se destacam-se as: hipóteses e dos resultados, finalidade e fundamentos lógicos,
o termo epistemologia social é utilizado por Popkewitz (1994) para nomear uma
abordagem que:
Fornece uma forma de analisar as regras e os padrões pelos
quais o conhecimento sobre o mundo é formado e pelos quais as
distinções e categorizações que organizam as percepções, as
formas de responder ao mundo e as concepções do "eu" são
formadas através de nosso conhecimento sobre o mundo
(POPKEWITZ, 1994, p. 197).
De forma geral, esse é um recurso abrangente e bastante usado, o que faz com
que ele seja bem-sucedido, pois sua eficácia é perceptível, a princípio esses padrões de
ensino não são um problema, desde que eles evoluam seu nível quando o estudante for
avançando de série, padrões podem ser e são importantíssimos na aprendizagem do
discente, reconhecer os padrões é o que torna o ser humano especial e capaz de
aprender, pois, aprender não é tarefa fácil, esse dilema é antigo e importante desde os
primórdios.
REFERÊNCIAS:
POPKEWITZ, Thomas. História do Currículo, regulação social e poder. In: SILVA,
T.T. (org). O Sujeito da Educação estudos foucaultianos. Vozes. Petrópolis, 1994