Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA AULA 2 Profª Thaisa Maria Nadal 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula vamos conhecer, por meio de uma visão cientifica, a origem do universo e da vida no planeta. Em algum momento de nossas vidas certamente já fizemos as seguintes indagações: Quem somos? De onde viemos? Estamos sozinhos? A partir deste momento, convidamos você para fazermos uma viagem pelo universo do conhecimento e coletarmos dados importantes para a construção de nossos estudos na área da vida. Depois de estudar esse fascinante tema, continuaremos nossa viagem, conhecendo mais sobre a Evolução Bioquímica da vida na Terra, as formas de obtenção de energia e a evolução e diversidade dos grupos de seres vivos. São objetivos dessa aula: Objetivo geral: Compreender as origens do Universo e a evolução da vida na Terra. Objetivos específicos: Compreender as principais teorias de origem do universo. Relacionar as principais teorias sobre a origem da vida na Terra ao momento histórico em que foram desenvolvidas. Conhecer a evolução bioquímica proposta por Oparin e Haldane, bem como os experimentos que a comprovam. Identificar as principais formas de obtenção de energia pelos primeiros seres vivos: a fermentação, a respiração celular e a fotossíntese. Interpretar gráficos de filogenia identificando o parentesco entre as espécies. TEMA 1 – ORIGEM DO UNIVERSO O ser humano tem diferentes maneiras de explicar a origem do universo, tais como a mitológica, a religiosa, a filosófica e a científica. E o nome que se dá ao estudo que busca explicar cientificamente a origem e a evolução do universo como um todo é Cosmologia. Segundo essa ciência, tal evolução, aplicada ao estado inicial escolhido do Universo, deve dar o estado atual, como é observado. Quanto ao estado inicial do Universo, se há estado inicial, é atualmente impossível para nós 3 observá-lo. Mas a tecnologia nos deu uma imagem muito precisa do estado do universo há cerca de 13,8 bilhões de anos, que é um marco valioso para avaliar os vários modelos cosmológicos. Logo após essa data remota, as galáxias e os quasares tornaram-se observáveis e, assim, podem nos fornecer informações sobre os estados intermediários. Temos, portanto, uma imagem muito precisa da evolução do universo, entendendo como estado inicial o primeiro em que as leis da Física começaram a se aplicar, não significando, porém, que ele que seja a origem do universo. TEMA 2 – ORIGEM DA VIDA No vasto espaço do universo, a Terra e tudo que nela existe não passam de menos que um grão de areia. Com efeito, há mais estrelas no universo que grãos de areia em todas as praias do nosso planeta. E, no entanto, nosso mundo tem uma peculiaridade que faz dele um lugar especial. Trata-se de um mundo com vida: até o momento, é o único que conhecemos que serviu de palco para esse fenômeno incrível. A Astrobiologia, também chamada de Exobiologia, é um campo de pesquisa interdisciplinar cujos objetivos são de compreender como a vida surgiu na Terra e se ela pode aparecer em outros lugares do universo, utilizando a melhor estratégia de pesquisa possível. Diversas disciplinas interagem no campo da Astrobiologia, desde a Química do meio interestelar até a caracterização dos exoplanetas para procurar sinais de vida em outros planetas e os mais antigos sinais de vida na Terra, considerando os aspectos históricos em que as teorias foram desenvolvidas. TEMA 3 – A EVOLUÇÃO BIOQUÍMICA DA VIDA NA TERRA A origem da vida trouxe, no decorrer da história, várias hipóteses: algumas pertinentes e capazes de embasar esse estudo até os dias atuais, e outras completamente descabidas como a da Geração Espontânea. Nos dias atuais, o conhecimento científico é construído sobre os sólidos alicerces do embasamento teórico e da comprovação científica, além dos experimentos e da coleta de dados. No início do planeta Terra, a temperatura atingiu níveis altíssimos e fundiu rochas; além disso, sua superfície era continuamente bombardeada por 4 asteroides e cometas, o que poderia, inclusive, explicar a origem da vida na Terra, que teria vindo com um ou vários desses corpos celestes. A Terra primitiva era formada basicamente por gás carbônico, nitrogênio, amônia, hidrogênio e vapor d’água, que, segundo a teoria mais aceita, teriam se juntado e formado uma primeira biomolécula que foi evoluindo e formou desde organismos simples até os mais complexos descritos e classificados na escala biológica hoje conhecida. Os seres vivos apresentam características próprias que os distinguem da matéria sem vida, tais como a célula, a reprodução, a composição química orgânica, o metabolismo, a evolução, a hereditariedade e a resposta aos estímulos ambientais. Além disso, os seres vivos se organizam do nível mais simples, a célula, até a complexidade da reunião dos ecossistemas, a Biosfera. TEMA 4 – OBTENÇÃO DE ENERGIA PELOS PRIMEIROS HABITANTES DA TERRA São diversas as correntes de estudos sobre a origem da obtenção de energia dos seres vivos. A hipótese autotrófica é a mais aceita atualmente e defende que os primeiros seres vivos eram capazes de sintetizar seus próprios alimentos, uma vez que, na Terra primitiva, não havia a disponibilidade de moléculas orgânicas. Essa síntese, chamada quimiossíntese era realizada dentro dos próprios organismos da seguinte forma: as moléculas inorgânicas eram unidas e por meio das reações químicas, havia a produção de energia para a manutenção da vida. Esses processos autotróficos foram evoluindo e, então, surgiu a fotossíntese, que é um processo pelo qual os vegetais e alguns outros seres vivos produzem seu alimento utilizando a luz solar, a água e o gás carbônico. Com o decorrer da evolução, também surgiram os heterótrofos, que são os seres vivos que precisam da ingestão de matéria orgânica produzida por outros organismos para a manutenção de suas vidas biológicas. TEMA 5 – A EVOLUÇÃO E DIVERSIDADE DOS GRUPOS DE SERES VIVOS Diversas são as correntes de pensamento que acreditam que a evolução dos ambientes do planeta Terra também aconteceu devido aos seres vivos que o habitavam. A forma como utilizavam o ambiente o modificou para proporcionar 5 condições ideais de sobrevida desses indivíduos. A cadeia alimentar também tem um papel importante nesse molde ambiental. Segundo os estudos, os seres que se adaptaram melhor, genética e ambientalmente foram os que apresentaram os melhores índices de sobrevivência no planeta. A diversidade dos grupos de seres vivos está ligada a esses fatores. Em cada ambiente, as condições abióticas, como a luminosidade, a disponibilidade de água, a temperatura e os níveis de gás carbônico e oxigênio, por exemplo, moldaram o tipo de seres vivos simples que começaram o povoamento e também determinaram a condição para que os mais complexos conseguissem sobreviver. Logo, o equilíbrio dessas relações é que proporciona a manutenção da vida. NA PRÁTICA Nessa viagem pelo conhecimento desde a origem do universo até os dias atuais, notamos que a dinâmica e o movimento de todo o universo são constantes, assim como a manutenção da vida. Notamos que, a cada dia, o universo e os seres vivos vão sofrendo novas mudanças para se adaptar ao novo momento. Seria essa dinâmica a forma de entendermos que a vida no planeta Terra precisa se transformar para sobreviver? Que apenas conhecemos essa forma de vida e existiriam outras? Todas as teorias nos levam a pensar que a vida se manifesta além desse pequeno planeta que habitamos, mas, mesmo assim, apresenta uma diversidade de espécies e condições ambientais. Na vida cronológica e biológica do planeta Terra, houve muitas transformações. Espera-se, para o futuro da vida, que essas mutações continuem adaptando e qualificando novas espéciese ambientes para a sobrevivência e equilíbrio e que a humanidade consiga encontrar também essa forma de sobreviver. 6 FINALIZANDO Nesta aula, avançamos mais no conhecimento das Ciências Biológicas, entendendo o seguinte: 7 REFERÊNCIAS AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015. CARNEIRO, J., JUNQUEIRA, L.C. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2005. POUGH, F. H.; HEISER, J. B., JANIS., C.M. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu, 2003. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. RODRIGUES, F.; GALANTE, D.; AVELLAR, M. G. B. Astrobiologia: estudando a vida no universo. In: GALANTE, D. et al. Astrobiologia: uma ciência emergente. São Paulo: Tikinet, IAG/USP, 2016, p. 23-42. Disponível em: <http://www.iag.usp.br/astronomia/sites/default/files/astrobiologia.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2018. STEINER, J. E. A origem do universo. In: Estudos avançados 20 (58), 2006 P. 233-248. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v20n58/20.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2018. STORER, T. I., STEBBINS, N. Zoologia geral. 6. ed. São Paulo: Nacional, 2003.
Compartilhar