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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é um relato do Estágio Curricular Obrigatório do curso de Pedagogia da Universidade Pitágoras Unopar, realizado na Escola Estadual Indígena da Aldeia Itapicuru/Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. O mesmo tem por finalidade demonstrar quais foram ás aprendizagens alcançadas com esta matéria de extrema importância na grade curricular do educando em pedagogia. Ainda que o mesmo tenha o corrido de maneira adaptada em decorrência da pandemia que assola o mundo, foi de grande valia e só trouxe a acrescentar para a vida do acadêmico, que pôde viver na prática tudo que se viu em sala de aula. 
O estudo focaliza o papel do pedagogo na organização do trabalho escolar, tendo como objetivo a sistematização do trabalho pedagógico, situando a função específica deste profissional no contexto escolar. Partindo da problemática levantada, que aponta para a clarificação do papel do pedagogo no interior da escola. 
Ainda se desmembrará todas as atribuições do gestor escolar ressaltando que se deva trabalhar com afinco, dedicação e interdisciplinaridade fazendo que a escola tenha fluidez e que tudo ande em conformidade. 
No decorrer deste estudo irá se perceber com mais convicção cada uma dessas atribuições, sendo este o objetivo do estágio, que visa desmembrar e analisar todas as tarefas do gestor escolar e direção, clarificando e exemplificando cada uma delas. Outro aspecto de extrema importância que o relatório discorre são os espaços não escolares em que o pedagogo pode atuar, demonstrando tamanha abrangência da profissão escolhida, onde o mesmo surge sendo capacitado para desempenhar uma função de mediador e articulador da aprendizagem na organização. Nos últimos anos cresceu de maneira significativa a gestão em espaços não escolares sendo estes hospitais, ONGS, empresas, hotéis, dentre outros espaços, ampliando ainda mais o leque do pedagogo para novas oportunidades de atuação. 
Diante de tal realidade nos dias atuais onde o sistema é globalizado e tornou-se cada vez mais competitivo o mercado de trabalho, os pedagogos e futuros pedagogos precisam estar sempre atualizados e com uma visão de inovação, ou seja, este estudo demonstrou que é necessário sempre estar estudando e se aprimorando para que se possam acompanhar tamanhas mudanças diante da globalização atual e de todas as tecnologias advindas com este tempo. 
Em uma organização, há preocupação na preparação do colaborador para o mercado de trabalho, pois quanto mais uma sociedade se desenvolve, mais se diversificam as funções e ocupações, exigindo das pessoas versatilidade e adaptação ao novo por isso se faz necessário capacitar os colaboradores de acordo com as necessidades do seu meio.
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
Tendo ciência que a Pedagogia é a mais importante profissão, visto que elaforma todas as outras se faz necessário um breve estudo pa ra sabermos suahistória, como tudo se originou até o contexto atual. No Brasil, o Curso de Pedagogia, ao longo de sua hi stória, teve definido comoseu objeto de estudo e finalidade os processos educativos em escolas e em outrosambientes, sobremaneira a educação de crianças nos anos iniciais deescolarização, além da gestão educacional. Aprendeu-se no estudo disponibilizado para realização deste estagio que apadronização do curso de Pedagogia, em 1939, é decorrente da concepçãonormativa da época, q ue alinhava todas as licenciaturas ao denominado “esquema3+1”, pela qu al era feita a formação de bacharéis nas diversas áreas das CiênciasHumanas, Sociais, Naturais, nas Letras, Artes, Matemática, Física, Química. 
Analisar a nossa atuação no papel de professores, promovendo a contextualização dos temas trabalhados na busca da formação do pensamento crítico e reflexivo dos alunos, almejando sempre uma formação cidadã e para a equidade social, é fator determinante nesse momento. O Estágio Supervisionado torna-se o eixo central na formação acadêmica do futuro professor, pois é por meio deste que o educando tem acesso aos conhecimentos indispensáveis para a construção da identidade e dos saberes do cotidiano (PIMENTA; LIMA, 2004). 
Embora o momento da práxis seja aguardado por todos os estudantes dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas com muita ansiedade, algumas questões precisam ser problematizadas quando refletimos sobre este processo formativo: Como trabalhar os conceitos, se, quando vamos para a prática, principalmente na rede pública de ensino, existem barreiras que, muitas vezes, não permitem que a atividade seja realizada com eficiência? Como promover propostas motivadoras para a turma que iremos atuar? Será que o professor responsável pela turma oportunizará momentos, em sua aula, para a realização das atividades propostas pelos estagiários?
Durante o Estágio Supervisionado, a observação é o primeiro passo deste momento de formação, tornando-o essencial para o sucesso das atividades a serem desenvolvidas. Permite conhecer o contexto da sala de aula e as práticas educativas utilizadas pelo professor titular.
A segunda etapa é a identificação do nível de aprendizagem em que os educandos se encontram. Com estes dados em mãos, é possível trabalhar temas desafiadores e desenvolver atividades mais significativas, tanto para os alunos quanto para nós, em processo de formação. Destacamos outro momento importante neste momento: o de conhecer a realidade e a comunidade escolar a ser trabalhada, e também o de respeitar as opiniões e as “dicas” do professor titular. Somente assim o estagiário poderá desenvolver uma prática criativa e transformadora pela inserção de teorias que sustentam o trabalho do professor. 
Quando chegamos à prática, realmente percebemos um cenário diferente, muitas vezes já idealizado por nós, mas nunca com o real tamanho da complexidade do sistema público de ensino. Seguindo este esquema, o curso de Pedagogia oferecia o título de bacharel, aquem cursasse três anos de estudos em conteúdos específicos da área, quais sejamfundamentos e teorias educacionais; e o título de licenciado que permitia atuar comoprofessor, aos que, tendo concluído o bacharelado, cursassem mais um ano deestudos, dedicados à Didática e a Prática de Ensino. O então curso de Pedagogiadissociava o campo da ciência Pedagogia, do conteúdo d a D idática, abordando-osem cursos distintos e tratando-os separadamente.Em 1961, fixou-se o currículo mínimo do curso de bacharelado emPedagogia, composto por sete disciplinas indicadas pelo CFE e mais duasescolhidas pela institui ção. Esse mecanismo centralizador da organização curricularpretendia definir a especificidade do bacharel e m Pedagogia e visava ma nter umaunidade de conteúdo, aplicável como critério para transferências de alunos, em todoo território nacional. Regulamentada pelo Parecer C FE nº. 292/1962, a licenciaturaprevia o estudo de três disciplinas: Psicologia da Educação, Elementos deAdministração Escolar, Didática e Prática de Ensino; esta última em forma deEstágio Supe rvisionado. Mantinha-se, então, a dualidade, bacharelado e licenciaturaem Pedagogia, ainda que, nos termos daquele Parecer, não devesse haver aruptura entre conteúdos e métodos, ma nifesta na estrutura curricular do esquema3+1. A Lei da Reforma Universitária 5.540, de 1968 facultava à graduação emPedagogia a oferta de habilitações: Su pervisão, Orientação, Administração e
9Inspeção Educacional, assim como outras especialidades necessárias aodesenvolvimento nacional e às peculiaridades do mercado de trabalho.Em 1969, oParecer C FE n°. 252, que dispunha sobre a organização e o funcionamento do cursde Pedagogia, indicou como finalidade do curso preparar profissionais da educaçãoe assegurava a possibilidade de ob tenção do título de especialista, mediantecomplementação de estudos. O mesmo Parecer prescrevia a unidade entrebacharelado e licenciatura, fixando a duração do curso em 4 anos.
2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
A Escola Estadual Indígena da Aldeia Itapicuru, é um órgão público do município de São João das Missões/MG, localizada na Reserva Indígena Xacriabá, onde trabalha com as fases de ensino infantil, fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio. 
A filosofia da escola requer oportunizar aos educandos condições para tornarem-se cidadãos organizados, conscientes, participativos e críticos na formação da sociedade, levando aprofundar seus conhecimentos e buscar bases sólidas, cujo foco é torna-los sujeitos comprometidos, conscientes de suas ações.
Devido às mudanças ocorridas na última década do século XX, algumas questões relativas à educação, ganharam uma ênfase maior no que diz respeito ao acesso irrestrito e a permanência com qualidade das crianças nas escolas. Deixou-se de pensar em uma estrutura hierarquizada de administração, partindo para a descentralização de responsabilidades e tarefas, de modo que as instituições e seus envolvidos passassem a ser avaliados. Nesta perspectiva é de extrema importância mensurar o desempenho e exercer a prestação de contas à sociedade das políticas e programas implantados. As avaliações educacionais realizadas hoje em nosso país estão diretamente relacionadas ao desempenho destas e o seu real funcionamento dentro da educação. Com o intuito de aumentar o conteúdo informacional da avaliação e suas consequências sobre as escolas, foi implementado, a partir de 2005, a Prova Brasil, que permite agregar à perspectiva diagnóstica a noção de responsabilização (FERNANDES; GREMAUD, 2009). 
Ao chegar à escola todos nos receberam muito bem, desde a diretoria, ao pessoal do suporte pedagógico e os professores. Isso contribuiu bastante para o fácil acesso aos documentos da escola, como o PPP e as pessoas que fazem parte da gestão escolar, o que foi de extrema importância para realização das atividades na escola, já que poderíamos nortear nossas atividades baseadas no projeto da escola. 
Considero que o PPP foi muito bem elaborado, pois toma por base as necessidades encontradas na realidade da instituição e dos educandos, atrelados aos documentos oficiais nacionais direcionados a Educação Infantil e as teorias abordadas nas diferentes disciplinas do curso de pedagogia. Um dos documentos importantes para a realização do projeto foi o Parâmetro de Qualidade da Educação Infantil proposto pelo Ministério da Educação. 
A instituição conta com uma completa infra-estrutura: salas de aula amplas e adequadas à faixa etária; quadras esportivas; ampla área verde; parque infantil; salas de artes, de música; casinha de bonecas, sala multiuso, enfermaria, capela, Biblioteca com computadores; praça de alimentação, banheiros masculinos e femininos. 
Há um ambiente de afetividade e respeito entre todos, que proporciona às crianças acolhimento e segurança ao se sentirem amadas e respeitadas. 
As salas são organizadas em espaços diversificados e flexíveis, pois permitem modificações no decorrer do ano, essa organização propicia espaço de convivência, oportunidades para que assumam pequenas responsabilidades, tomem decisões, discutam seus pontos de vista, façam escolhas, expressem seus pensamentos através de diversas linguagens. As atividades realizadas pelas crianças ficam em exposição, fazendo parte também da organização da sala. 
Esses espaços favorecem o desenvolvimento da autonomia da criança ao escolherem o espaço desejado para realizarem suas atividades em pequenos grupos ou individualmente.
A escola, também, possui o Conselho Escolar que é constituído por representantes de pais, estudantes, professores, demais funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola. Segundo a diretora todos participam das decisões da gestão administrativa. 
3 RELATO DA ANÁLISE DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Durante o Estágio Supervisionado, a observação é o primeiro passo deste momento de formação, tornando-o essencial para o sucesso das atividades a serem desenvolvidas. Permite conhecer o contexto da sala de aula e as práticas educativas utilizadas pelo professor titular. 
Verificar o dia a dia dos alunos ajuda a entender o que mais lhes interessa e, assim, abre caminhos para percebermos de que maneira vamos abordar os temas e trabalhá-los dentro e fora da sala de aula. Ou seja, dá-nos as condições concretas da escola e da turma escolhida. Para isso, o professor deve conhecer bem seus alunos e perceber em qual contexto está inserido, se aquilo que o aluno estuda é interessante para a vida dele ou se não está muito distante de seu cotidiano. 
A observação realizada com o objetivo de criar estratégias e organizar a ação docente está em conformidade com uma proposta de planejamento crítico, reflexivo e comprometido com o processo de ensino-aprendizagem, pois favorece a seleção consciente e diversificada de conteúdos, metodologias e avaliação. 
A segunda etapa é a identificação do nível de aprendizagem em que os educandos se encontram. Com estes dados em mãos, é possível trabalhar temas desafiadores e desenvolver atividades mais significativas, tanto para os alunos quanto para nós, em processo de formação. 
Destacamos outro momento importante neste momento: o de conhecer a realidade e a comunidade escolar a ser trabalhada, e também o de respeitar as opiniões e as “dicas” do professor titular. Somente assim o estagiário poderá desenvolver uma prática criativa e transformadora pela inserção de teorias que sustentam o trabalho do professor. Quando chegamos à prática, realmente percebemos um cenário diferente, muitas vezes já idealizado por nós, mas nunca com o real tamanho da complexidade do sistema público de ensino. 
Quando cursamos a disciplina de Educação Infantil, percebemos na teoria como de fato deve ser a postura de um professor lotado nesta etapa de ensino. Sua prática deve ser organizada de modo que as crianças possam desenvolver com confiança sua capacidade e percepção das limitações. 
Conhecer seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo hábitos de higiene pessoal. Ampliar suas relações sociais por meio de vínculos com outras crianças e adultos. Saber utilizar diferentes linguagens, entender as diversidades e expressar suas emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. Durante os momentos em sala de aula pude perceber que os estudos realizados nesta disciplina foram primordiais para a realização do planejamento e das aulas no período da regência. Acredito na importância da realização da atividade de estágio para nossa formação, pois é o ponto de partida para vivenciar, na prática, as experiências da sala de aula e como parte integrante de uma comunidade escolar. Além de poder analisar a prática à luz da teoria estudada na academia e pensar nossa futura atuação enquanto professores.
A rotina diária da sala de aula é estabelecida pela professora no começo da aula, na roda de conversa, onde são mostrada às crianças fotos das atividades que serão realizadas no dia, colocadas no relógio da rotina, proporcionando as crianças uma certa autonomia, e organização, pois estão conscientes das atividades que vão realizar no dia.
A rotina diária ou semanal das crianças é a roda de conversa, o parque externo (onde ficam os brinquedos maiores e o tanque de areia), atividades dirigidas, lanche, hora da fruta, espaços, culinária, educação física, aula de inglês, aula de música e hora do conto.
A organização das atividades na Educação Infantil é em forma de Projetos, atividades diversificadas e atividades permanentes. Os “Espaços de aprendizagem”são utilizados como suporte para o desenvolvimento dos Projetos, das atividades diversificadas e das atividades permanentes. 
4 RELATO DA ANÁLISE DE MATERIAIS DIDÁTICOS DA ESCOLA
Estabelecida como primeira etapa da educação, a LDB apresenta em seu Art. 29 que “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Logo, esta etapa passa a ser o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade. 
Segundo Craidy e Kaercher (2001), nem os pais, nem as instituições de atendimento, nem qualquer setor da sociedade ou do governo poderão fazer com as crianças o que bem entenderem ou o que considerarem válido. Todos são obrigados a respeitar os direitos definidos pela Constituição e LDB.
O primeiro encontro para desenvolver as atividades do plano de ação foi no dia 18 de março de 2019. Foram realizados registros fotográficos do espaço interno da escola e das dependências, que no período da realização do plano de ação I não foi possível. Nos dias 25 e 01 do corrente mês, em sala de aula continuamos as observações. Este foi o momento apenas de observar o cotidiano em sala de aula e fazer as anotações que considerássemos importantes. 
A professora foi bastante atenciosa, mas deixou claro no primeiro encontro que sua intenção era estar no ensino fundamental, mas que por falta de escolha teve que assumir a turma de educação infantil. 
Apresentei-me as crianças e percebi que estavam um pouco tímidas, mas com o decorrer do dia foram se familiarizando. O processo de familiarização da professora com os alunos durou duas semanas. A docente buscou conhecer as crianças, onde moravam, quantos anos tinham o que gostavam de fazer, entre outros. Em seguida iniciou uma atividade de sondagem para perceber o nível de desenvolvimento das crianças, pelo menos foi o que percebemos, mas só tivemos uma resposta concreta nas próximas visitas.
Estes momentos foram importantes para que pudéssemos analisar e planejar as aulas e projetos para turma. Além disso, verificamos a real necessidade dos alunos do nível IV da educação infantil que foi a turma escolhida por nós para fazermos nosso primeiro estágio curricular obrigatório na educação infantil. Lembramos que essas crianças tinham entre 3 e 6 anos de idade.
Na observação participante houveram muitos elementos que envolvem o cotidiano escolar e que puderam ser observados e avaliados. Pode-se perceber, durante as observações em ambas escolas, que predominantemente a relação professor e aluno era de interação, respeito, afeto, amor e responsabilidade. 
Há o planejamento das atividades que precisam ser realizadas no cotidiano escolar da instituição, elaborada pelos profissionais da mesma, que precisa ser respeitada e realizada com os alunos seguindo o tempo reservado para tal atividade.
De fato, a escolha foi bastante certa, no sentido que as atividades propostas desenvolvidas tiveram uma repercussão bastante significativa para o aprendizado dos alunos, baseada nesta perspectiva, começamos a articulação para nossa próxima etapa que seria a regência.
5 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC
Todavia, a grande responsabilidade da educação infantil, de acordo com Almada (2007), é compreender o jeito especial de cada criança de estar no mundo, respeitando o seu tempo, seu estilo incomum de ser e sua individualidade.
 É importante que seja oferecido um ambiente rico em atividades lúdicas ao passo que proporcione um desenvolvimento sadio, desenvolve habilidades motoras, aumente a integração, estimule a sensibilidade; favoreça espaços livres que possibilitem as crianças se lançarem de maneira livre em suas ações criativas.
A importância da Educação Infantil é evidênciada pelo interesse que vem ganhando ao longo da historia, e sua eficácia deve ser comprovada pela combinação dos seguintes fatores: consideração às características da criança, ambiente adequado a cada fase do seu desenvolvimento, profissionais preparados, socialização com indivíduos semelhantes e estímulo à criança.
A historia da Educação Infantil tem mostrado que as crianças em desenvolvimento não mais ocupam um lugar desconhecido, mas sua relevância tem sido cada vez mais compreendida, ao perceber-se que é justamente na infância que se desenvolvem as características mais importantes para o equilíbrio e inteligência de um adulto preparado, principalmente em relação social.
Foi por meio de brincadeiras que realizamos as atividades em sala de aula no período de 18 de março a 09 de abril de 2019. Sentamos com a professora titular, para realizar o planejamento de nossas atividades na regência. Então, diante da liberdade que tivemos para planejar nossas atividades e a escolha do vídeo começamos a idealizar nossas atividades de alfabetização para aquela turma.
Nos dias de observação percebemos que a professora em sua prática trabalhava com as famílias das letras. Isso pode ser demonstrado na fala da docente: - “hoje vamos trabalhar a família do B - ba, be, bi, bo, bu”. Minha intenção neste trabalho não é criticar ou desfazer da metodologia adotada pela docente, porém considero ser mais significativo trabalhar com as letras dentro de um contexto mais amplo e fazendo relação com aquilo que a criança vivencia, trazendo significado para o alfabetizando. Para isso, o professor tem que fazer uma investigação inicial sobre os conhecimentos prévios dos seus alunos.
Nossa primeira atividade foi planejada diante da dificuldade dos alunos escrevem seu próprio nome. Fazer os crachás e o mural para colocar o nome deles foi o ponto de partida para conhecermos melhor o nível em que as crianças se encontravam, sempre pensando em trabalhar de forma lúdica e considerando os interesses e necessidades deles. Por isso, tivemos um momento de investigação de interesses das crianças. Daí então, começamos nosso trabalho de regência. Segundo Lopes apud Leal (2011), a brincadeira é um poderoso instrumento que pode auxiliar nas práticas de alfabetização e letramento. Diante desse pressuposto buscamos alicerçar todo nosso projeto com base lúdica. 
Desse modo, confirma que o brincar com a língua faz parte das atividades sociais que a criança realiza quando canta cantigas de roda, recitam poemas, quadrinhas e adivinhações, quando lê contos de fadas, faz palavras cruzadas ou brinca de adedonha. Essas atividades lúdicas que envolvem a formação de palavras permitem à criança o entendimento do sistema de escrita alfabética, ao mesmo tempo, que se constituem em momentos prazerosos de utilização da leitura, escrita e oralidade nas práticas sociais (Lopes apud Leal, p13, 2011). 
Foi nesta perspectiva que buscamos desenvolver as atividades em sala de aula na prática de estágio tendo em vista que articular os jogos e as brincadeiras aos conteúdos escolares propicia às crianças o conhecimento sobre o uso social da leitura e da escrita. Essa forma lúdica de se trabalhar é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, pois, adquirem diversas experiências, interagem com outras pessoas, organizam seu pensamento, tomam decisões e criam maneiras diversificadas de jogar, brincar e produzir conhecimentos. Ressaltamos ainda que os processos de desenvolvimento e de aprendizagem envolvidos no jogar e no brincar contribuíram de forma significativa nos processos de apropriação do conhecimento, além de desenvolver as habilidades físicas, cognitivas, afetivas e sociais. Para Vygotsky, 
“O lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.” (Vygotsky, 1998). 
A falta da intencionalidade e situações reais de alfabetização, nas brincadeiras realizadas na salade aula nos motivou a desenvolver nosso planejamento nessa perspectiva. Preencher esta lacuna foi um dos maiores desafios enfrentados por nós, já que passaríamos dar uma importância maior ao lúdico, trabalhando de maneira intencional, para que as atividades realizadas fizessem sentido para nós e para as crianças. Acredito que escolhemos o caminho certo, pois era notória a felicidade das crianças ao estarem conosco e realizando as atividades, além de terem conseguido grandes avanços no processo de alfabetização.
Sabendo da intervenção como parte do processo de formação e do estágio observei o que seria novo para as crianças e estando no parque optei por uma atividade realizada em longo prazo na qual eu pudesse acompanhar o processo e observar os resultados até o final do estágio.
Como atividade permanente eles jogavam futebol no parque. Possuindo já a estrutura necessária sob a intervenção da estagiária as crianças passaram ter intencionalidade ao correr e objetivo de ter resultados. Ao início da atividade as crianças não tinham noção de desvio, que é própria da idade, mas aos poucos foram se apropriando dessas noções. As próprias regras do jogo que a princípio se resumiam em chutar a bola no espaço das traves acaba adquirindo sentido como resultado de um trabalho coletivo. Eles já conseguiam correr melhor e tocar um para o outro.
A competição como valor maior além da vitória ou derrota era muito interessante. Os times se mesclavam durante o jogo. Com certeza no início não foi tão fácil colocar regras e muitas vezes caiam e se chocavam involuntariamente. Tudo foi questão de tempo. Ainda hoje passando pela instituição podemos reconhecer o sentimento de contentamento das crianças que participaram desta intervenção.
Para concluir o estágio realizamos uma atividade com música. As crianças escolheram várias músicas que fazem parte de seu dia-a-dia. Com a tentativa de ilustrar e auxiliada pela professoras escolhemos a música 1, 2, 3 indiozinhos para confecção dos materiais e execução da música como atividade conclusiva do estágio.
6 RELATO DA ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE
1 - Nome completo do professor entrevistado? Cátia Gama da Silva Almeida 
2 - Curso de graduação e ano que concluiu? Licenciatura Plena em História. Conclusão em 2010. 
3- Possui curso de especialização? Área do curso de especialização.
Sim. Sou especializada em História do Brasil. 
4 - Tempo de magistério e locais de atuação. Leciono a mais ou menos oito anos. Primeiro foi no Colégio Estadual Mariana Agostinho. 
5 - Participa de cursos de capacitação ou formação continuada? 
Citar os últimos cursos realizados. Não. Comecei alguns já faz um tempo, mas não cheguei a concluir. 
6 - Visão sobre o ensino de História no Ensino Médio. Acho que o ensino de História é fundamental pra vida de qualquer aluno, mas acredito que se o estudante pretende ir pra faculdade e quer fazer um curso na área de humanas, saber História pra esse aluno é crucial, mas pro garoto que quer atuar nas exatas, pode ser uma bagagem que vai fazer pouca diferença, por isso acho interessante a nova proposta para o Ensino Médio.
7 - Rotina de trabalho nas aulas de História no Ensino Médio: Trabalha com mapas, imagens, vídeos (filmes/desenhos), músicas, livros didáticos, computador, internet, história em quadrinhos? Como? Eu gosto de usar essas ferramentas, mas as vezes elas causam dispersão no aluno, mesmo estando tudo planejado. Imagens e mapas são utilizados com mais frequência.
8 - Em sua opinião quais as diferenças existentes entre o ensino de História no Ensino Fundamental e no Ensino Médio? Quais as diferenças em relação à seleção e abordagem dos conteúdos? Não acho que exista tanta diferença entre o aluno do médio e um aluno do fundamental II, por exemplo. Ambos são igualmente desinteressados. O professor se engana em pensar que o aluno do médio é diferente, pois já sabe o que quer e é mais maduro. Há uma pequena parcela de pessoas assim, que já fazem alguma ideia do que querem pra si. No geral, são moças e rapazes sem nenhuma perspectiva, muito preguiçosos e desinteressados, portanto, não vejo nenhuma grande diferença. Sobre a seleção de conteúdo, ela precisa ser mais voltada para o sujeito mais maduro, que pensa em fazer o ENEM.
9 - A escola realiza atividades que contemplam a Lei 11645/08 –sobre a História e cultura africana, afro-brasileira e dos povos indígenas? Que tipo de atividades referentes a essa temática desenvolve com os alunos? Essas atividades ocorrem apenas em um momento do ano ou em diferentes momentos? Quais seriam? Aqui na escola não desenvolvemos muitas atividades voltadas a estas questões. Cada professor aborda em suas aulas com o parte de algum outro conteúdo. Mas pretendemos melhorar quanto ao assunto.
7 RELATO DE REUNIÃO PEDAGÓGICA OU CONSELHO DE CLASSE
O projeto político pedagógico é uma proposta flexível, a ser permanente revisada, atualizada e concretizada nos projetos educacionais, onde a escola acompanha as verdadeiras necessidades da comunidade escolar. Estão contidas as tendências pedagógicas utilizadas na educação infantil, bem como sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças.
De acordo com a LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações: 
Art: 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I-Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II-Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.(...)
Art.15- Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público. (Lei 9424/96).
Portanto, o projeto político pedagógico não deseja ser um manual de ações pedagógicas, mas um caminho aberto para ser enriquecido pela dinâmica da prática, tanto nos aspectos estruturais, como nos conteúdos e metodologias educacionais praticados, tendo como seu maior objetivo a formação da “criança”, exercendo em sua plenitude o direito à cidadania suas potencialidades e o seu papel socializador.
8 RELATO DO LEVANTAMENTO DE MATERIAIS DE APOIO ESPECÍFICOS PARA ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS
A escola escolhida para fazermos o nosso estágio curricular obrigatório foi a Escola Estadual Indígena da Aldeia Itapicuru, que trabalha com as fases de ensino infantil, fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio. 
Durante toda a nossa vivência na instituição ficou claro que a equipe escolar se preocupa, de fato, com a qualidade da educação que oferecem. Este foi um dos pontos mais importantes para a realização do nosso trabalho, pois é uma preocupação que está registrada no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, como também é algo que vai de encontro com as necessidades que existem hoje na educação. 
Devido às mudanças ocorridas na última década do século XX, algumas questões relativas à educação, ganharam uma ênfase maior no que diz respeito ao acesso irrestrito e a permanência com qualidade das crianças nas escolas. Deixou-se de pensar em uma estrutura hierarquizada de administração, partindo para a descentralização de responsabilidades e tarefas, de modo que as instituições e seus envolvidos passassem a ser avaliados. Nesta perspectiva é de extrema importância mensurar o desempenho e exercer a prestação de contas à sociedade das políticas e programas implantados. As avaliações educacionais realizadas hoje em nosso país estão diretamente relacionadas ao desempenho destas e o seu real funcionamento dentro da educação. Com o intuito de aumentar o conteúdo informacional da avaliação e suas consequências sobre as escolas, foi implementado, a partir de 2005, a Prova Brasil, que permite agregar à perspectiva diagnóstica a noção de responsabilização (FERNANDES; GREMAUD, 2009).Ao chegar à escola todos nos receberam muito bem, desde a diretoria, ao pessoal do suporte pedagógico e os professores. Isso contribuiu bastante para o fácil acesso aos documentos da escola, como o PPP e as pessoas que fazem parte da gestão escolar, o que foi de extrema importância para realização das atividades na escola, já que poderíamos nortear nossas atividades baseadas no projeto da escola. 
Considero que o PPP foi muito bem elaborado, pois toma por base as necessidades encontradas na realidade da instituição e dos educandos, atrelados aos documentos oficiais nacionais direcionados a Educação Infantil e as teorias abordadas nas diferentes disciplinas do curso de pedagogia. Um dos documentos importantes para a realização do projeto foi o Parâmetro de Qualidade da Educação Infantil proposto pelo Ministério da Educação. 
A instituição conta com uma completa infra-estrutura: salas de aula amplas e adequadas à faixa etária; quadras esportivas; ampla área verde; parque infantil; salas de artes, de música; casinha de bonecas, sala multiuso, enfermaria, capela, Biblioteca com computadores; praça de alimentação, banheiros masculinos e femininos. 
Há um ambiente de afetividade e respeito entre todos, que proporciona às crianças acolhimento e segurança ao se sentirem amadas e respeitadas. 
As salas são organizadas em espaços diversificados e flexíveis, pois permitem modificações no decorrer do ano, essa organização propicia espaço de convivência, oportunidades para que assumam pequenas responsabilidades, tomem decisões, discutam seus pontos de vista, façam escolhas, expressem seus pensamentos através de diversas linguagens. As atividades realizadas pelas crianças ficam em exposição, fazendo parte também da organização da sala. 
Esses espaços favorecem o desenvolvimento da autonomia da criança ao escolherem o espaço desejado para realizarem suas atividades em pequenos grupos ou individualmente.
A escola, também, possui o Conselho Escolar que é constituído por representantes de pais, estudantes, professores, demais funcionários, membros da comunidade local e o diretor da escola. Segundo a diretora todos participam das decisões da gestão administrativa.
9 RELATO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA BNCC NA ESCOLA
A escola se define como um ambiente em que sua principal função é ensinar, entretanto, ensinar significa também oferecer vivências e experiências significativas na vida desses sujeitos, estimulando-os a agirem de forma cidadã perante a sociedade no qual estão inseridos. É neste local em que os sujeitos permanecem grande parte de seu dia, alguns em período integral, outros somente por um período, mas independentemente do tempo em que a frequentam, todos estão em um ambiente que precisa proporcionar a aprendizagem.
Para que isso ocorra, a escola precisa estar organizada com uma proposta pedagógica que define os objetivos e metas para cada faixa etária, ressaltando o que cada sujeito precisa aprender e vivenciar nas etapas em que a escola oferece. Esta definição das metas e objetivos no Projeto Político Pedagógico da escola, tem de ser do conhecimento de todos os educadores desta instituição, bem como que todos tenham participação na elaboração do mesmo.
Se tratando da Educação Infantil, não é uma etapa que apresenta conteúdos definidos como acontece no Ensino Fundamental, mas sim que elabora um currículo que proporcione vivências dos princípios, atendendo as necessidades dos sujeitos. Os princípios conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil são:
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. (2010, p.16).
A Educação Infantil além de apresentar princípios norteadores para elaboração das metas, apresenta campos de experiências conforme a Base Nacional Comum Curricular para elaboração do planejamento dos educadores, que determinam as aprendizagens e os objetivos, são eles: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Traços, sons, cores e imagens. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (2016; p.21).
É com base nos campos de experiência que o planejamento da Educação Infantil pode ser organizado, de maneira que proporcione vivências significativas, favorecendo às crianças a autonomia e desenvoltura, além da expressão corporal, a fala e a imaginação. Por ser uma fase em que os sujeitos estão desenvolvendo-se, o planejamento pode levar em conta o desenvolvimento motor, que envolve a mudança de comportamento, físico, envolvendo as alterações fisiológicas e morfológicas, e o cognitivo, no qual os sujeitos começam a compreender o mundo.
10 RELATO DA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS AVALIATIVOS UTILIZADOS PELO PROFESSOR
O Projeto Político Pedagógico da escola explícita a importância da participação de todos para construir uma escola com educação de qualidade. A instituição apresenta uma gestão democrática que possibilita uma interação entre família, docentes e discentes. Juntos unem forças para propor um ambiente de formação, seja na escola, em casa ou na comunidade. Segundo Veiga (1995), é necessário decidir, coletivamente, o que se quer reforçar dentro da escola e como detalhar as finalidades para se atingir a almejada cidadania. Para que isto aconteça à educação infantil deve estar fundamentada na função indissociável do cuidar e educar, como também atender os direitos e necessidades próprias das crianças no que se refere à saúde, alimentação, higiene, proteção e acesso ao conhecimento sistematizado. 
Na Educação Infantil o Cuidar e Educar estão entrelaçados. O desenvolvimento, a construção dos saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos estanques e de maneira compartimentada, tudo isto acontece de forma conjunta. É necessário, portanto, ter uma visão integrada do desenvolvimento da criança.
Nos dias de observação percebemos que a professora em sua prática trabalhava com as famílias das letras. Isso pode ser demonstrado na fala da docente: - “hoje vamos trabalhar a família do B - ba, be, bi, bo, bu”. Minha intenção neste trabalho não é criticar ou desfazer da metodologia adotada pela docente, porém considero ser mais significativo trabalhar com as letras dentro de um contexto mais amplo e fazendo relação com aquilo que a criança vivencia, trazendo significado para o alfabetizando. Para isso, o professor tem que fazer uma investigação inicial sobre os conhecimentos prévios dos seus alunos.. 
11 RELATO DA ANÁLISE DA ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DA DISCIPLINA
Podemos vivenciar de fato a teoria na prática quando nos deparamos com esta realidade. Embora o plano de aula e as atividades propostas, tivessem sido passados e aprovado pela professora na hora houve algumas mudanças. Tivemos que readequar o momento de realização da atividade. 
Nesta semana não trabalhamos com a exposição do vídeo, pois era uma semana atípica. A comemoração do dia das mães estava se aproximando e a professora solicitou que destinássemos o segundo momento da aula a uma atividade que pudesse contemplar essa temática. 
Foi então trabalhado atividades de artes. As crianças confeccionaram um cartão desenhando suas mãos e recortando. Propomos que colocassem seus nomes e deixamos os desenhos e pinturas livres. Esta atividade proporcionou para nós a compreensão de que com poucos recursos podemos fazer uma aula diferenciada, além de envolver a disciplina das artes no contexto da sala de aula. Para esta atividade foi usado apenas, papel A4, tesoura, giz de cera e coleção de madeira. 
Realizamos esta atividade por acreditar que o desenho na educação infantil tem um papel fundamental. Ao desenhar a criança expressa seu pensamento, conta sua história, realiza suas fantasias, expõemseus medos, alegrias, tristezas e interagem com seu corpo e como meio.
A presença das artes na Educação Infantil é essencial. Por meio do desenho as crianças expressam suas emoções desenvolvendo seus sentimentos e através dele o professor pode perceber dificuldades de aprendizagem, de interação, entre outros. Mas não basta só o desenho pelo desenho, o professor deve estar sempre atento e procurar informações para entender as produções dos seus alunos. 
Optamos por trabalhar de forma lúdica, pois segundo Oliveira (1985, p. 74), o lúdico é “(...) um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula à crítica, a criatividade, a sociabilização, sendo, portanto reconhecidos como uma das atividades mais significativas pelo seu conteúdo pedagógico social”. 
Foi desta maneira que os nossos educandos vivenciaram momentos de aprendizagem significativa por meio de brincadeiras e das artes com situações reais de aprendizagem. Interagiram com os colegas, afloraram suas emoções e desenvolveram habilidades motoras.
12 RELATO DA OBSERVAÇÃO
Como planejado, fizemos uma roda da conversa, que não era um procedimento adotado pela professora, pelo menos nas segundas, pois nunca tínhamos presenciado. Convidamos os alunos para sentarem no chão formando um círculo, iniciamos as perguntas: Como foi seu final de semana? Brincaram de quê? O que comeram? Enfim, tentávamos trabalhar a oralidade com eles, enquanto aproximávamos do contexto social daqueles alunos.
Logo após a roda da conversa, fomos trabalhar os crachás que fizemos para eles e buscamos fazê-lo de forma lúdica para que não fosse algo cansativo. Espalhamos os crachás no chão e oferecemos a oportunidade dos alunos procurarem seus próprios crachás e o dos colegas. Dessa forma podemos perceber quais as crianças precisavam de uma atenção maior nas atividades de alfabetização diante das dificuldades encontradas durante a brincadeira, além de trabalhar a socialização entre eles. 
Infelizmente era notório que muitas crianças não sabiam nem a letra que começava seu próprio nome. Diante disto, todo o processo de planejar, executar e avaliar foi extremamente importante para o nosso aprendizado. Nesse momento aprendíamos mais do que ensinávamos.
Como as crianças têm muita resistência a escrever no caderno, pensamos então em colocá-los para escrever no quadro. Como em uma brincadeira, todos adoraram a ideia e desta forma, escreveram o seu nome e dos seus colegas.
Na volta do intervalo era a hora do vídeo, assim é a rotina da professora titular nas segundas-feiras. Pensávamos em outra proposta, mas a professora não abriu mão do vídeo, mas nos deixou escolher o que passaríamos nos dias das nossas regências. A partir deste momento poderíamos explorar vídeos intencionais, que de fato estivesse inserido em uma proposta real de alfabetização, já que antes, pelo que percebemos no período da observação, este era apenas para passar o tempo e acalmar as crianças na volta do recreio. Além disso, as atividades propostas após o vídeo nem sempre tinham relação com o mesmo.
Outro momento de aprendizagem envolvendo as brincadeiras e o lúdico é a hora do recreio.
Quando voltamos do intervalo as crianças realizaram uma atividade de caça palavras. De início seria uma atividade para casa, porém a professora nos informou que seria muito complexa para que eles fizessem sozinhos, segundo ela exigia muito das crianças e alguns pais poderiam não conseguir ajudá-los. Então trabalhamos a atividade em sala de aula, antes do vídeo. Este momento foi de fundamental importância para nós, pois remeteu-nos as aulas de didática quando a professora enfatizava a discussão trazida por vários autores de que Não existe planejamento rígido! 
Todos nós discutimos durante o curso de pedagogia a ideia de que o planejamento flexível permeia as ações pedagógicas desenvolvidas no contexto escolar, por isto devemos estar atentos a esta tal flexibilidade.
4 PLANO DE AÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO – 
TEMÁTICA:Sentido d os grupos de estudo no ensino fundamental: contribuições para umaaprendizagem significativa.PÚBLICO ALVO: Professores e educandos dos anos finais do ensino fundamental ecoordenação e direção pedagógicaDESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA: A partir de relatos de alunos dos anos finais do ensino fundamental, dasobservações realizadas e da proposta de trabalho apresentada pela coordenaçãopedagógica para o Grupo de Estudos, constatou-se que esta proposta deveria serrepensada e reorganizada para melhoria do processo de aprendizagem.Destacamos que alguns fatores devem ser considerados como tempo deinício, intervalo e término, dias da semana em que acontece, o espaço e queixas dospróprios alunos quanto ao andamento das atividades no grupo de estudos.Após conversa como os alunos envolvidos percebeu-se que possíveismudanças podem acontecer para que os grupos colaborem para a melhoria doprocesso de aprendizagem, e ainda para que possam interessar mais os alunos, demodo que não venha a ocorre r incoerências entre a proposta para o Grupo deEstudos e a sua execução.
Justificativa: O favorecimento à autonomia no trabalho coletivo assume importante papelno desenvolvimento da cooperação e interação social. Neste sentido, o trabalho como g rupo de estudos propicia uma troca de conhecimentos que contribui para uma maior aprendizagem já que os próprios alunos se organizam e priorizam os conteúdos a serem estudados.
Destaca-se nos grupos de estudos o surgimento da figu ra dos monitores queassumem a liderança dos grupos de forma natural com a aceitação dos demais porconsiderarem importante para o direcionamento das atividades. O fato de estarmos discutindo e repensando algo que já está em vigência,mostra a preocupação em garantir ou proporcionar maio res condições para queaquilo que aconteça na prática esteja de acordo com a proposta dos grupos deestudos. Isso porque a ju stificativa maior para esse plano de ação é melhoria dosprocessos educativos na instituição escolar em que realizamos o estágio. 
OBJETIVOS DA AÇÃO
21De acordo com Piaget (1944/1958, p.17, apud Vinha, 2000) a partir dos sete,oito a nos de idade, a criança começa a desenvolver a sua autonomia devido àconstrução de estruturas operatórias concretas e por vol ta dos onze a treze anos jáatingem o período operatório formal favorável ao exercício da prática da autonomia.Diante d isso, o professor assume a responsabilidade de p ropiciar um ambiente quefavoreça a autonomia e a integração social, podendo iniciar este processo com ascrianças menores de forma a prepará-las para um posterior trabalho coletivo nogrupo de estudos. Em um grupo é natural que se tenha a presença de um líder. Ele assume umaposição de destaque e pode administrar as tarefas propostas, motivando os demaisa ca minharem de modo que alcancem seus objetivos. De acordo com Guimarães(2012) “me smo na ausência de estruturas hierárquicas formais, sempre existempessoas q ue tomam a iniciativa pela ação e desempenham papel principal nosprocessos de tomada de decisão de seus respectivos grupos sociais” (GUIMARÃES,2012, p.6). O grupo de estudos proposto pelo colégio torna possível o surgir de l íderes deforma natural e demonstra a importância da liderança na organização dasatividades. Quando se tem um líder o trabalho se torna mais organizado, vi sto que omesmo orienta as atividades do grupo envolvidoem uma ação coletiva. Deste modo,Guimarães (2012) aponta que a necessidade, portanto, de uma figura que sedestaque dentre os demais elementos de um grupo social qualquer, com capacidadepara conduzi-lo, de forma voluntária, na consecução dos seus objetivos, tem sidofundamental para a subsistência, sobrevivência e sucesso do ser humano.(GUIMARÃES, 2012, p.6) Ou seja, nos grupos de estudos a liderança - representativa pode surgir deuma maneira natural, no momento em que um aluno se destaca no papel de l íder,sem alguém ter lhe dado este poder, sendo assim uma liderança informal, já quandoos alunos escolhem alguém para l hes representarem o mesmo exerce uma liderança formal. A liderança-representativa deve ser aperfeiçoada e exercitada a cada dia, umlíder precisa ter re speito, paciência, disciplina e, o principal, p recisa ter a capacidadede conduzir as pessoas de modo co m que as mesmas d esenvolvam o trabalhoproposto com êxito.
Para Freire (1996) algumas capacidades devem estar presentes na condutados educadores, de quem ensina. Mas podemos trazer essa di scussão aqui para osgrupos de estudo, já que na ausência de um professor a responsabilidade sobre oestudo cabe ao próprio aluno e ainda mais aos líderes. Podemos buscar em Freirefundamentos para essa ideia de liderança-representativa. Podemos entendê-la comouma atitude ou postura que exige algumas capacidades: l iberdade e autoridade,comprometimento, tomada consciente de decisões e saber escutar. Essascapacidades exigem d o educando a co nsciência de que “o respeito à autonomia e àdignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou nãoconceder uns aos outros” (FREIRE, 1996, p.66). Entende-se por trabalho coletivo uma atividade desenvolvida e m grupo, ondetodos buscam alcançar o mesmo objetivo. O trabalho em equipe possibilita umatroca de conhecimento e uma maior agilidade para se cumprir o qu e lhes foiproposto, uma vez q ue o mesmo potencializa o tempo que cada integrante aindapode contribuir para conhecimentos de outras pessoas e proporciona que oindivíduo a prenda novas tarefas com os demais. De acordo com Alonso (2002) otrabalho coletivo é necessário, pois: Aprender a trabalhar em conjunto com outras pessoas é um objetivo deformação que se impõe hoje para todas as pessoas em qualquer situação que seconsidere. Na verdade, é uma condição necessária para a formação do cidadão emuma sociedade democrática (ALONSO, 2002, p.25). É muito importante que o aluno saiba trabalhar em equipe, pois quando omesmo consegue pensar no todo e não somente nele, as atividades saem bemfeitas, por ser um traba lho coletivo e contar com a contribuição d e todo s. Em umgrupo de estudos é necessário q ue o s alunos saibam trabalhar juntos p ara que comisso consigam alcançar todos os objetivos propostos. O trabalho em equipe permite uma troca de informações, ideias econhecimentos necessários ao desenvolvimento do individuo e a construção deconceitos. Esta integração social é de grande importância “pois é a partir dessastrocas sociais que a criança desenvolve a personalidade e o re speito, percebendo,aos poucos, qu e as pessoas têm diferentes necessidades e maneiras de pensar”(VINHA, 2000 p.93). No ambiente escolar, a interação acontece a todo momento e éna escola que aprendizagens se consolidam, inclusive as que não constam nocurrículo (MELLO; TEIXEIRA, 2012).
CONSIDERAÇÕES 
A disciplina de Estágio supervisionado na Gestão Escolar proporcionou umaexperiência muito válida, nos permitiu pensar e repensar a prática pedagógica.Clarificou muito e foi de grande valia a contribuição que essa e xperiência deestágio proporcionando, identificar novas estratégias para solucionar problemas quetalvez não imaginasse que fosse encontrar na área profissional. É pelo estágio que se desenvolve de uma maneira mais eficaz o raciocínio, acapacidade e o espírito crítico, além da autonomia para investigação das atividadesdesenvolvidas no campo de trabalho, sendo uma oportunidade para a escolha daárea de atuação dos futuros profissionais.Vivenciar a realidade escolar, e não só ler sobre ela, fez com quepudéssemos conhecer aspectos práticos e atender as necessidades de determinadogrupo de alunos dentro de suas comunidades. Cada escola tem sua realidade epoder adaptar, auxiliar e levar a eles práticas mais sugestivas foi um momentodesbravador.Sem dúvida os vídeos apresentados para o desenvolvimento desterelatório foram fundamentais na compreensão de todas as atribuições e campos deatuação que o Pedagogo pode atuar, as e xplicações trazer a realidade da escolaproporcionando experiências e um grande aprendizado. O trabalho do pedagogo não se limita ao e xercício de atividades isoladas, éum trabalho diversificado que exige competência e comprometimento para eficiênciaem sua execução. Durante o estágio em gestão escolar, pudemos acompanhar umpouco do dia-a-dia da coordenação pedagógica e ainda, desenvolver um trabalho deintervenção por meio da elaboração de um plano de ação vol tado aos grupos deestudo do colégio e as dificuldades que impediam o bom desenvolvimento dotrabalho coletivo. Esta ação nos permitiu conhecer uma das muitas ações do pedagogo epensar estratégias que pudessem co ntribuir com a melhoria do traba lho dos gruposde estudos. 
28Identificou-se que tudo deve fluir conforme as regras a fim de que oresultado final sej a u m aprendizado eficaz do aluno. Ou seja, tudo coopera para obem estar do aluno e de sua aprendizagem.Observa-se qu e é muito i mportante ter u m currículo adaptado emaleável, com o intuito de se mpre adequá-lo á realidade da comunidade escolar.Também precisa ter participação dos pais e alunos sendo uma escola onde todosparticipem desde a criação do PPP, ressalta-se a i mportância de uma equipepedagógica motivada e u nida e um gestor e equipe diretiva engajados na causamaior o bem estar e o aprender do aluno.Enfim, todo processo de Educação é contínuo, e se realizacompletamente á longo prazo, e para que este processo se cumpra faz-senecessário professores engajados e entusiasmados pela profissão que ainda édesvalorizada pela grande parte da sociedade.
REFERÊNCIAS
30 MEC. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as Diretrizes e Basesda Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, v. 134, n. 1.248, p. 27.833-27.841, 23 dez. Disponível em:https:<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.> Acesso em:10 de j unho de2020.MEC. Parecer CNE/CP, nº 05, de 13 de dezembro de 2005 . DiretrizesCurricularesNacionais para o Curso de Pedagogia . Disponível em<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/>. Acesso em: 10 de junho de 2020MELLO, E.F.F.; TEIXEIRA, A.C. A interação s ocial descrita por Vigotski e a suapossível ligação com a aprendizagem colaborativa através das tecnologias derede. IX ANPED Sul, 2012. Nova escola. Gestão Escolar. C omo fazer o PPP da Escola. Disponível em:<https://gestaoescolar.org.br/conteudo/559/como-fazer-o-ppp-da-escola >. Acessoem 18 de junho de 2020.Nova escola. Gestão Escolar. Desafios do Coordenador Pedagógico.Disponível em:<.https://gestaoescolar.org.br/conteudo/647/os-desafios-do-coordenador-pedagogico>. Acesso em 18 de junho de 2020Nova escola. Gestão Escolar. O que e como funciona a equipe diretiva.Disponível em <.https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1943/o-que-e-e-como-funciona-a-equipe-diretiva > Acesso em 18 de junho de 2020Nova escola. Gestão. Regimento Escolar o que é e para q ue serve.Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2302/regimento-escolar-o-que-e-e-para-que-serve>. Acesso em 18 de junho de 2020.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
LARIZA GOMES DOS SANTOS
Estágio Curricular Obrigatório III: Gestão Educacional e Espaços Não Escolares
Manga
2020
nome do aluno
Estágio Curricular Obrigatório Iii: Gestão Educacional e Espaços Não Escolares
Relatório de Estágio apresentado para a disciplina de Estágio Curricular em Pedagogia – Educação Infantil no curso de Pedagogia.
Manga
2020

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