Buscar

PEÇA CIVIL - 5º SEMESTRE

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PATOS DE MINAS/MG. 
Processo n.º XXX
Otávio, nacionalidade, estado civil, profissão, R.G. xxx, CPF. xxx, residente e domiciliado à rua xxx, e-mail xxx, vem respeitosamente perante este Juízo, por meio de seu advogado subscritor, com escritório a rua xxx, usado para o recebimento de intimações, oferecer contestação em face da ação proposta por Ercília, nos termos abaixo expostos.
PRELIMINARMENTE
Dê-se afirmar em preliminares a existência de ação idêntica em trâmite pela 2.ª Var Cível desta Comarca, Processo xxx.
O citado processo é idêntico, nos termos do parágrafo 2º do art. 337 do CPC, havendo mesma identidade de partes, pedidos e causa de pedir. Dê-se informar que neste citado processo, já foi oferecida contestação e aguarda-se a réplica.
Diante disso impõe-se o reconhecimento da litispendência, conforme termos do art. 485.
No mais também existe carência de interesse processual cuja a questão se confunde com o mérito da ação.
Conforme se perceberá, a única responsável pelo acidente foi a autora, razão pela qual lhe falta interesse processual, o que também gerará a extinção do processo sem a análise do mérito conforme art. 485 do CPC.
MÉRITO
O réu reconhece que no dia XX/XX/XX, por volta das XX hs., no cruzamento da rua XX com a rua XX, o veículo guiado por ele e pela autora, se envolveram em um grave acidente.
Ocorre que ao contrário do afirmado pela autora, a responsabilidade pelo acidente foi dela, conforme se perceberá.
Pouco antes da colisão, a autora freou abruptamente, para parar em uma faixa de pedestres, sendo certo que não havia nenhum pedestre para atravessar a rua.
Com a parada abrupta da autora foi inevitável a colisão com o veículo da mesma.
Assim, não guarda o réu qualquer responsabilidade sobre o acidente.
DIREITO
A art. 42 do CTB estabelece que nenhum condutor poderá frear bruscamente seu veículo. Foi o que a autora fez, ao parar em uma faixa de pedestre vazia.
A responsabilidade pelo acidente é da autora, e não do réu.
A teoria da responsabilidade civil estabelece que o dever de indenizar surge a partir de uma relação causal entre a conduta do agente causador do dano e o prejuízo da vitima, conforme consta no art. 927 do CC.
Desta forma em não sendo o réu causador do dano, esta ele isento do dever de indenizar. Ressalte-se que a própria autora foi a causadora do dano, gerando inclusive prejuízos ao réu, o que esta sendo discutido na ação que tramita na 2ª Vara Cível desta Comarca.
Na remota hipótese de V. Excelência reconhecer alguma responsabilidade do réu, envoca-se, desde logo, o parágrafo único do art. 944 do CC, o réu não pode ser responsabilizado por uma conduta causada pela autora, revendo a indenização também ser proporcional a atitude da autora e do réu no caso.
Uma vez que a autora freou abruptamente, tornou-se inevitável a colisão com o seu veiculo, de modo que, se não houver isenção da responsabilidade do réu, no mínimo de espera uma redução no valor da idenização pretendida pela autora.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Em face do exposto requer-se:
1. A extinção do processo, sem a análise do mérito, pelo art. 485, V, com o reconhecimento da litispendência em relação ao processo n.º XXX em trâmite na 2ª Vara desta Comarca.
2. A extinção do processo sem análise do mérito, conforme o art. 485, VI, diante da falta de interesse processual.
3. A improcedência da ação, diante da culpa exclusiva da autora com a condenação às custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
Requer-se a produção de provas pertinentes e a juntada dos documentos abaixo relacionados:
- procurção;
- documentos pessoais do réu;
- CNH do réu;
- documentos do automóvel;
- boletim de ocorrência do acidente;
- carta de citação e estado do processo e cópia da inicial da 2ª Vara Cível;
Termos em que, 
Pede deferimento.
Local, 24 de junho de 202016.
ADVOGADO
OAB/SUBSEÇÃO N.º XXX
ASSINATURA

Continue navegando