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Processo de reparo alveolar 
Processo de reparo alveolar: trocas teciduais que ocorrem entre cavidade e alvéolo e 
vão culminar com o preenchimento do alvéolo dentário com tecido ósseo maduro. 
Lei de wolf: a estrutura e formato do osso se adaptam permanentemente as cargas que 
lhe são aplicadas, perdendo volume ou aumentando de densidade/fortalecendo→ 
adaptação do tecido ósseo frente as forças aplicadas a ele. 
 Remodelação óssea: é continua na nossa vida→ equilíbrio entre formação e 
reabsorção óssea. 
 Reguladores de remodelação óssea: vit. D, estrógeno, insulina, glicocorticóide... 
 Se um osso perde sua função, o mesmo também perde volume. Quando perdemos 
os dentes, o tecido ósseo/processo alveolar perde sua função, perdendo osso 
constantemente e gradativamente durante sua vida inteira (perda de altura mandibular, 
por exemplo). 
 Se submetermos o osso a uma força fora do normal ele se torna mais forte. 
Trocas teciduais: ocorrem de forma concêntrica e centrípeta, ou seja, das paredes do 
alvéolo para o centro, devido a presença de vasos sanguíneos nas paredes. Tecidos 
aparecem na periferia do alvéolo e vão caminhando no sentido do centro do alvéolo. 
 Tecidos da periferia do alvéolo são sempre mais recentes/novos e os do centro 
são sempre mais velhos/antigos. 
 Após remoção do dente: 
• Primeiro tecido que preenche o alvéolo recém-desocupado: coágulo. Vasos 
sanguíneos chamam células inflamatórias 
• Segundo tecido que ocupa o alvéolo: trecido de granulação. 
• Terceiro tecido: tecido conjuntivo. 
Tecido de granulação→ o tecido de granulação é importante por: 
• ser muito resistente à infecção; 
• o epitélio irá migrar sobre a sua superfície; 
• promove suprimento dos fibroblastos que vão produzir colágeno; 
• promove o processo de contração da ferida, que consiste na redução do 
tamanho da ferida aberta (espessura total). Essa redução resulta de movimentos 
centrípetos da pele que circunscreve a lesão em função da fibroplasia no tecido 
de granulação. 
 
 Leitura: The time sequence of tissue regeneration in human extraction wounds. 
Sequência do surgimento de tecidos de regeneração: 
(depende muito do tamanho do alvéolo, sendo que em molares demora mais, já que o 
alvéolo é maior) 
1. PO imediato: remanescentes do lig. Periodontal + coágulo sanguíneo. 
“As horas seguintes a extração são críticas pois se o coágulo for deslocado, ocorrerá uma 
hemorragia e o processo de cicatrização pode ser bastante retardado e extremamente 
doloroso.” (Shafer, 1983) 
2. 2-3 dias após extração: remanescentes do LP + coágulo sanguíneo + tecido de 
granulação (paredes/periferia do alvéolo, principalmente ao redor dos 
remanecentes do LP) Amler, 1969. 
3. 4 dias após extração: coágulo sanguíneo + tecido de granulação + tecido 
conjuntivo jovem . 
4. 7 dias após extração: tecido de granulação + tecido conjuntivo + tecido ósseo 
imaturo (trabéculas desorganizadas) + início da reabsorção. 
“Tecido osteogênico é evidente ao 7° dia de PO em áreas isoladas ou ligadas a espículas 
contíguas a porção periférica ou apical do alvéolo.” (Amler) 
5. 20 dias após a extração: tecido conjuntivo + tecido ósseo imaturo + tecido ósseo 
maturo. Espaços medulares menores. 
“Foram necessários 20 dias para que todo o tecido de granulação fosse substituído por 
tecido conjuntivo.” (Amler). 
“A fusão do epitélio ocorreu entre 24-35 dias de PO ou mais, mas nunca antes disso.” 
(Amler) 
6. 40 dias após a extração: tecido conjuntivo + tecido ósseo maturo (em 2/3 do 
alvéolo). 
• alguns autores consideram esse TC como tecido cicatricial→ cicatriz = 
substituição do tecido original por tecido conjuntivo fibroso/denso/organizado 
“O único remanescente visível do alvéolo depois de 1 ano é a faixa de tecido fibroso 
pouco vascularizado (cicatriz) que permanece sobre o processo edêntulo.” (Peterson et 
al, 1996)→ dificuldade de descolar/desenserir o tecido cicatricial do tecido ósseo em 
pacientes edêntulos (cuidado com o retalho quando em aberturas de pacientes que 
sofreram extrações relativamente recentes). 
 
Classificação dos processos de reparo: 
1° intenção: 
• É o tipo mais simples de cicatrização, também denominado fechamento de 
primeira intenção ou cicatrização por primeira intenção. 
• É o processo que ocorre quando a pele é cortada de maneira asséptica e limpa, 
e as bordas são aproximadas por suturas ou outros meios, mas havendo sempre 
a união imediata das bordas da ferida. 
• Estas feridas geralmente cicatrizam-se sem complicações, em um período 
aproximado de 4 a 10 dias, e com a formação de discreto tecido cicatricial. 
• Estão presentes as três fases do processo de cicatrização, mas as fases 
proliferativa e de maturação envolvem modesta reparação e regeneração 
tecidual, uma vez que pouco tecido de granulação é formado. 
• Processo que geralmente observa-se em incisivos e caninos. 
*É comum e considerada normal a presença de membrana branca recobrindo→ fibrina 
+ bactérias. Porém se houver relatos de dor e gosto ruim + presença de material 
purulento deve-se atuar na ferida. 
2° intenção: 
• É o processo de cicatrização que ocorre em feridas abertas com grande perda 
tecidual, nas quais houve dano nos tecidos. 
• Também denominado cicatrização por fechamento secundário. 
• As feridas abertas que se fecham por segunda intenção demandam mais tempo 
para cicatrizar quando comparadas com as de primeira intenção, podendo variar 
de dias a meses, uma vez que não há aproximação das bordas. Além disso, elas 
necessitam de grande formação de tecido de granulação no preenchimento do 
espaço morto até que a contração e a epitelização aconteçam, podendo deixar 
uma cicatriz exuberante. 
• É o que ocorre em molares. 
 
 
 
“Não é antes de 6 meses depois da extração que a cortical óssea que forma o alvéolo é 
completamente reabsorvida” (Amler et all, 1960 e peterson et al, 1996) 
“Com aproximadamente 100 dias de PO o tecido ósseo neo-formado é semelhante ao 
circunjacente, radiograficamente” (Amler et al, 1960). 
 
Fatores locais e sistêmicos que interferem no reparo alveolar: 
• Dimensão do alvéolo→ geralmente alvéolos menores reparam por 1° 
intenção. 
• Infecção→ causa mais comum de retardo do processo de reparo (conceito de 
infecção: 10 5/10 6 bactérias por grama de tecido.) 
• Presença de corpo estranho: fragmento ósseo, raíz residual, remanescentes de 
dentina/cemento/esmalte, algodão, fio de sutura, materiais dentários, restos 
de amálgama (dente adjascente com restauração), fragmento de algum 
instrumental, como por ex a ponta do elevador. Obs.: raiz dentária nem 
sempre provoca reação de corpo estranho, sendo que dependendo do 
tamanho e relação om os tecidos, pode permanecer sepultada ou ser expulsa 
(por ex se o fragmento for pequeno, sem cariação ou luxação e prox ao seio 
maxilar. Se houver luxação da raiz, necessariamente deve ser removida). 
“Presença de fragmentos de dentina-esmalte e dentina-cemento atrasa 
consideravelmente a reparação alveolar.” (Carvalho et al, 1984) 
“Restos dentais de materiais estranhos no interior do alvéolo pode se transformar em 
foco patagênico. A presença desses materiais pode ser considerada de prognóstico 
duvidoso.” (Carvalho, Okamoto, 1978) 
• Radiação ionizante→ radioterapia (porém apenas se for na região buco-facial, 
outras partes do corpo não afetam): destrói células com alto turnover, 
gerando mucosite, eritema e descamação. Depressão medular, fibroblástica e 
endotelial + vasculite obliterativa: vasos capilares se obliteram, e, como a rede 
capilar está afetada, células de defesa não chegam ao local e ocorre perda da 
capacidade de defesa com consequente necrose; também é dose-dependente, 
daí a importância de saber a quantidade de sessões. Geralmente osso exposto, 
sendo que as alterações são irreversíveis, com sequelas permanentes e que 
não se modificam com o tempo. onsequÊncia da vasculite obliterativa é aOsteorradionecrose. 
“Uma vez que estas alterações ocorram, são irreversíveis e não se modificam com o 
tempo. Os tecidos tornam-se fibrosados e hipoxêmicos devido a vasculite obliterativa e 
a susceptilidade a infecções aumenta dramaticamente.” (Peterson et al, 1992). 
• Idade do paciente: há diferença entre a velocidade de troca de tecidos o reparo 
tecidual em pacientes de diferentes idades, porém aos 30 dias não é 
encontrada diferença na regeneração final. 
• Gravidez: retarda no processo de reparo devido a interferência na organização 
do coágulo e na fase de proliferação celular, além da eventual presença 
hipocalcemia gestacional (queda da quantidade de cálcio sérico pelo desvio 
para a criança). 
• Cigarro: retarda o processo de reparo devido a ação direta de temperatura e 
substâncias químicas e ação indireta no aumento da viscosidade sanguínea 
que prejudica a microcirculação (maior número de hemácias circulantes 
oblitera vasos). *Perda de dentes porque afeta a saúde periodontal. 
• Medicamentos: bi(s)fosfonados→ causa osteonecrose dos maxilares 
(medicamentosa). 
 Potência→ quanto maior, mais aumenta os efeitos. 
 Duração da terapia: mesma regra. 
 ****Incidência aumenta após 3 anos de uso de bifosfonados orais. 
• Fatores locais: cirurgia dento-alveolar→ exodontias, implantes ósseointegráveis, cirurgia do 
periápice, cirurgia periodontal envolvendo manipulação do tecido ósseo, resumindo, 
qualquer procedimento que envolva exposição óssea.

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