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ROLAMENTOS 2 SUMÁRIO •Conceitos sobre rolamentos •Aplicações dos rolamentos •Exemplificação dos rolamentos Os rolamentos que suportam eixos de motores e polias estão sujeitos a cargas radiais 3 CARGAS DE ROLAMENTOS • Normalmente, os rolamentos têm que lidar com dois tipos de cargas: radial e axial. A grosso modo, a força radial é a que se estende ou se move de um ponto central para fora e a força axial é a que se estende ou dissipa através de um eixo central. Dependendo de onde os rolamentos são usados, talvez tenham cargas radiais, axiais ou uma combinação de ambas. 4 • Os rolamentos em um motor elétrico e em polias como a da figura acima enfrentam apenas carga radial. Neste caso, a maior parte da carga decorre da tensão na correia conectando as duas polias. 5 Os rolamentos neste banco estão sujeitas a cargas axiais O rolamento acima é do tipo usado em bancos de bar. Ele suporta apenas cargas axiais, e toda a carga decorre do peso da pessoa sentada no banco. 6 Os rolamentos em uma roda de carro estão sujeitos a cargas de empuxo e radial • O rolamento acima é do tipo encontrado em um cubo de roda de seu carro. Esse rolamento suporta cargas radial e axial. A carga radial decorre do peso do carro, e a carga de empuxo decorre de forças que surgem em curvas quando você faz uma curva. 7 O QUE SÃO ROLAMENTOS? 8 Definição 2º o dicionário: Fazer girar,rodar, fazer avançar (alguma coisa), obrigado-a dar voltas sobre si mesma. Avançar girando sobre si própria. Definição no mundo da manutenção: Definidos como dispositivos destinados a suportar cargas dinâmicas e transmitir movimento de rotação. 9 Dispositivos com a mesma definição já citada; porém, projetados e fabricados dentro de normas e do mais alto grau de tecnologia. Consiste em anéis, externo e interno, esferas ou rolos distribuídos eqüidistantes (mesma distância) entre os anéis e mantidos separados(as) por um acessório chamado de gaiola. ROLAMENTO NAS INDÚSTRIAS FABRICANTES 10 � Rolamentos SKF � Rolamentos FAG � Rolamentos INA � Rolamentos TINKEN PRINCÍPIOS DE SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE ROLAMENTOS 11 12 • Um arranjo de rolamentos não consiste apenas nos rolamentos em si, mas também inclui os componentes associados aos rolamentos, como o eixo e a caixa. O lubrificante também é um componente muito importante do arranjo de rolamentos porque ele precisa evitar o desgaste e proteger contra corrosão para que os rolamentos possam apresentar máximo desempenho. Além destes, o vedante também é um componente muito importante, cujo desempenho é de importância vital para a limpeza do lubrificante 13 Para projetar um arranjo de rolamentos, é necessário: • selecionar um tipo de rolamento apropriado e; • determinar um tamanho de rolamento apropriado, mas isso não é tudo. Vários outros aspectos precisam ser considerados: � um projeto e forma adequados dos outros componentes do arranjo, � ajustes apropriados e folga interna (pré-carga) do rolamento, � dispositivos de suporte, � vedantes adequados, � tipo e quantidade de lubrificante, � métodos de instalação e remoção, etc. 14 15 Cada decisão individual afeta o desempenho, confiabilidade e economia do arranjo de rolamentos. A quantidade de trabalho envolvida depende de já haver experiência com arranjos semelhantes. Quando falta tal experiência, quando existem requisitos extraordinários ou quando os custos do arranjo de rolamentos e qualquer item relacionado exigem considerações especiais, muito mais trabalho é necessário, incluindo, por exemplo, cálculos e/ou testes mais precisos. TERMINOLOGIA DE ROLAMENTO 16 17 TERMINOLOGIA DE ROLAMENTO � A terminologia seguinte é usada para um arranjo de rolamentos. Fig. 1 18 Arranjo de rolamentos (fig. 1) 1. Rolamentos de rolos cilíndricos 2. Rolamento de esferas de quatro pontos de contato 3. Caixa 4. Eixo 5. Ressalto de encosto do eixo 6. Diâmetro do eixo 7. Chapa de fixação 08. Vedante de eixo radial 09. Anel espaçador 10. Diâmetro do furo da caixa 11. Furo da caixa 12. Tampa da caixa 13. Anel de retenção 19 A terminologia seguinte é usada para as diversas partes de um rolamento. Fig 2 20 21 Fig. 3 22 Rolamentos radiais (fig. 2 e fig. 3) 1. Anel interno 2. Anel externo 3. Corpo rolante: esfera, rolo cilíndrico, agulha, rolo cônico, rolo autocompensador 4. Gaiola 5. Placa de vedação Vedação – feita de elastômero, com contato (mostrado na figura) ou sem contato Placa de proteção – feita de aço laminado, sem contato 6. Diâmetro externo do anel externo 7. Furo do anel interno 8. Diâmetro do ressalto do anel interno 23 9. Diâmetro do ressalto do anel externo 10.Ranhura do anel de retenção 11.Anel de retenção 12.Face lateral do anel externo 13.Ranhura de ancoragem do vedante 14.Pista do anel externo 15.Pista do anel interno 16.Ranhura de vedação 17.Face lateral do anel interno 24 18.Chanfro 19.Diâmetro médio do rolamento 20.Largura total do rolamento 21.Flange-guia 22.Flange de retenção 23.Ângulo de contato 25 Fig. 4 26 Rolamentos axiais (fig. 4) 24.Arruela de eixo 25.Conjunto de gaiola e corpos rolantes 26.Arruela de caixa 27.Arruela de caixa com superfície de assento esférica 28.Arruela de assento esférica ROLAMENTOS RÍGIDOS DE ESFERAS Os rolamentos rígidos de esferas são usados em uma variedade particularmente grande de aplicações. Assim sendo, estão disponíveis em vários modelos e tamanhos. 27 28 ROLAMENTO RÍGIDO DE ESFERAS, MODELO BÁSICO ABERTO ROLAMENTO RÍGIDO DE ESFERAS COM VEDANTES DE CONTATO 29 ROLAMENTO RÍGIDO DE ESFERAS, UMA CARREIRA COM SEÇÃO FIXA 30 31 ROLAMENTO RÍGIDO DE ESFERAS, DUAS CARREIRAS ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ESFERAS 32 • O rolamento autocompensador de esferas. Possui duas carreiras de esferas e uma pista esférica côncava comum no anel externo. Conseqüentemente, os rolamentos são autocompensadores e insensíveis a desalinhamentos angulares do eixo em relação à caixa. São particularmente adequados para aplicações em que possa haver deflexões do eixo ou desalinhamento consideráveis. Além disso, os rolamentos autocompensadores de esferas apresentam o menor atrito entre todos os rolamentos, o que lhes permite funcionar com uma temperatura mais baixa mesmo em altas velocidades. • Os modelos disponíveis são os seguintes: 33 ROLAMENTO AUTOCOMPENSADOR DE ESFERAS, MODELO BÁSICO ABERTO ROLAMENTO AUTOCOMPENSADOR DE ESFERAS COM VEDANTES DE CONTATO 34 35 ROLAMENTO AUTOCOMPENSADOR DE ESFERAS COM ANEL INTERNO PROLONGADO ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR • Os rolamentos de esferas de contato angular possuem pistas condutoras nos anéis interno e externo deslocadas uma em relação à outra, na direção do eixo do rolamento. Isto significa que eles são adequados para suportar cargas combinadas, ou seja, cargas axiais e radiais atuando simultaneamente. 36 • A capacidade de carga axial de rolamentos de esferas de contato angular torna-se maior à medida que se aumenta o ângulo de contato. O ângulo de contato α é definido como o ângulo entre a linha que une os pontos de contato da esfera e as pistas no plano radial, ao longo do qual a carga é transmitida de uma pista para a outra, e uma linha perpendicular ao eixo do rolamento (fig. 1). 37 Fig. 1 38 • Os rolamentos de esferas de contato angular são produzidos em uma grande variedade de modelos e tamanhos. Os mais freqüentemente utilizados são: 39 ROLAMENTOS DE UMA CARREIRA DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR 40 ROLAMENTOS DE DUAS CARREIRAS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR 41 ROLAMENTOS DE ESFERAS DE QUATRO PONTOS DE CONTATO42 ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS • Os rolamentos de rolos cilíndricos em muitos modelos, séries de dimensões e tamanhos. A maioria compreende rolamentos de uma carreira de rolos com gaiola. Os rolamentos de uma e duas carreiras de rolos com conjunto completo de rolos (sem gaiola) completam a linha padrão para engenharia geral. Os rolamentos com gaiola podem suportar cargas radiais altas e funcionar em velocidades elevadas. Os rolamentos com conjunto completo de rolos são adequados para cargas radiais extremamente altas em velocidades moderadas. 43 • A linha de rolamentos de rolos cilíndricos compreende os seguintes tipos básicos: • Rolamentos de uma carreira de rolos cilíndricos, com gaiola, principalmente dos tipos NU, NJ, NUP e N (fig. 1) 44 45 ROLAMENTOS DE DUAS CARREIRAS DE ROLOS CILÍNDRICOS, COM GAIOLA, PRINCIPALMENTE DOS TIPOS NNU E NN 46 ROLAMENTOS DE VÁRIAS CARREIRAS DE ROLOS CILÍNDRICOS, COM GAIOLA 47 ROLAMENTOS DE VÁRIAS CARREIRAS DE ROLOS CILÍNDRICOS, COM GAIOLA 48 ROLAMENTOS DE UMA CARREIRA ROLOS CILÍNDRICOS COM CONJUNTO COMPLETO DE ROLOS, PRINCIPALMENTE DOS TIPOS NCF E NJG 49 ROLAMENTOS DE DUAS CARREIRAS DE ROLOS CILÍNDRICOS COM CONJUNTO COMPLETO DE ROLOS, PRINCIPALMENTE DO TIPO NNF 50 ROLAMENTOS DE VÁRIAS CARREIRAS DE ROLOS CILÍNDRICOS COM CONJUNTO COMPLETO DE ROLOS, COM QUATRO OU OITO CARREIRAS DE ROLOS 51 ROLAMENTOS DE ROLOS CÔNICOS • Os rolamentos de rolos cônicos possuem pistas cônicas nos anéis interno e externo, entre as quais são dispostos rolos cônicos. As linhas de projeção de todas as superfícies cônicas convergem em um ponto comum no eixo do rolamento. Seu projeto torna estes rolamentos especialmente adequados para suportar a combinação de cargas axiais e radiais. A capacidade de carga axial dos rolamentos é amplamente determinada pelo ângulo de contato α (fig. 8); quanto maior α, maior a capacidade de carga axial (fig. 9). Uma indicação do tamanho do ângulo é fornecida pelo fator de cálculo e; quanto maior o valor de e, maior será o ângulo de contato e a capacidade do rolamento para suportar cargas axiais. 52 Fig. 8 53 Fig. 9 54 • Os rolamentos de rolos cônicos são produzidos em muitos modelos e tamanhos para várias finalidades. Estes podem ser agrupados como a seguir: 55 ROLAMENTOS DE UMA CARREIRA DE ROLOS CÔNICOS 56 ROLAMENTOS DE UMA CARREIRA DE ROLOS CÔNICOS EM PARES 57 ROLAMENTOS COM DUAS CARREIRAS DE ROLOS CÔNICOS 58 ROLAMENTOS COM QUATRO CARREIRAS DE ROLOS CÔNICOS 59 ROLAMENTOS DE ROLOS DE AGULHAS • Os rolamentos de rolos de agulhas são rolamentos com rolos cilíndricos que são finos e longos em relação a seu diâmetro. A despeito de sua seção transversal baixa, os rolamentos de rolos de agulhas possuem uma alta capacidade de carga e, portanto, são extremamente indicados para arranjos de rolamentos nos quais o espaço radial é limitado. 60 Os rolamentos de rolos de agulhas estão disponíveis em diversos modelos e em uma ampla linha de tamanhos, que são apropriados para diferentes aplicações. Além dos modelos personalizados, eles compreendem os seguintes tipos: 61 CONJUNTO DE GAIOLA E ROLOS DE AGULHAS 62 ROLAMENTO DE ROLOS DE AGULHAS COM CAPA RETIRADA E EXTREMIDADES ABERTAS 63 ROLAMENTO DE ROLOS DE AGULHAS COM CAPA RETIRADA E COM UMA EXTREMIDADE FECHADA 64 ROLAMENTO DE ROLOS DE AGULHAS COM ANEL INTERNO 65 ROLAMENTO DE ROLOS DE AGULHAS SEM ANEL INTERNO 66 ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS • Rolamentos axiais de esferas de escora simples. Os rolamentos axiais de esferas de escora simples compreendem uma arruela de eixo, uma arruela de caixa e um conjunto axial de gaiola e esferas. Os rolamentos são separáveis, de montagem simples, uma vez que as arruelas e o conjunto de esferas e gaiola podem ser montados separadamente. 67 • Há tamanhos menores disponíveis, com uma superfície de assento plana na arruela de caixa (fig. 1) ou uma superfície de assento esférica (fig. 2). Os rolamentos com arruelas de caixa esféricas podem ser utilizados em conjunto com arruelas de assento esféricas (fig. 3) para compensar o desalinhamento entre a superfície de apoio da caixa e o eixo. 68 Fig. 1 69 Fig.2 70 Fig.3 71 Os rolamentos axiais de esferas de escora simples, como o próprio nome sugere, podem suportar cargas axiais em uma direção, fixando, dessa forma, um eixo axialmente em uma direção. Não se deve submetê-los a cargas radiais. 72 Rolamentos axiais de esferas de escora dupla. Os rolamentos axiais de esferas de escora dupla compreendem uma arruela de eixo, duas arruelas de caixa e dois conjuntos axiais de gaiola e esferas. Os rolamentos são separáveis e de montagem simples. É possível montar as várias partes separadamente. As arruelas de caixa e os conjuntos axiais de esferas e gaiola são idênticos aos dos rolamentos de escora simples. 73 Fig. 4 74 Fig. 5 75 Fig. 6 76 Os rolamentos axiais de esferas de escora dupla podem suportar cargas axiais em ambas as direções, servindo para fixar axialmente um eixo em ambas as direções. Não se deve submetê-los a cargas radiais. 77 MONTAGEM DE ROLAMENTOS 78 Cerca de 16 % de todas as falhas prematuras nos rolamentos são causadas por montagem incorreta ou pelo uso incorreto das técnicas de montagem. Aplicações individuais podem exigir a utilização de métodos mecânicos, hidráulicos ou térmicos para se obter uma montagem correta e eficiente dos rolamentos 79 A escolha da técnica de montagem adequada para a sua aplicação o ajudará a aumentar a vida útil de seus rolamentos e reduzir os custos resultantes das falhas prematuras de rolamentos e dos danos potenciais à aplicação. 80 MONTAGEM DE ROLAMENTOS A FRIO Os rolamentos pequenos e médios geralmente são montados a frio. Tradicionalmente, os rolamentos são montados utilizando-se martelo e um pedaço de cano velho. Esse procedimento pode fazer com que as forças de montagem sejam transmitidas para as partes rolantes do rolamento, danificando as pistas dos rolamentos. 81 MONTAGEM A FRIO • Agente anti-desgaste; • Kit para montagem; • Combi Kit; • Chaves Gancho; • Suporte impacto. 82 MONTAGEM DE ROLAMENTOS A QUENTE Um banho de óleo geralmente é utilizado para aquecer os rolamentos antes da montagem. Entretanto, este método contamina os rolamentos e resulta na falha prematura dos mesmos. 83 MONTAGEM A QUENTE Atualmente, o aquecimento por indução constitui a técnica mais comum para aquecer os rolamentos, visto que essa técnica permite o aquecimento do rolamento com alto grau de controle, eficiência e segurança. 84 MONTAGEM DE ROLAMENTOS UTILIZANDO EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS O uso de técnicas que utilizam equipamentos hidráulicos para a montagem de rolamentos, tais como o Método de Injeção de Óleo e o Método “Drive-up”, Essas técnicas têm ajudado a simplificar os arranjos de rolamentos e facilitar a sua montagem correta e rápida. 85 A injeção de óleo entre duas superfícies cônicas cria uma película de óleo que reduz o atrito entre ambas, reduzindo significativamente as forças de montagem exigidas. A película de óleo também reduz o risco de contato entre metais na operação de montagem, diminuindo o risco de danos aos componentes. 86 • Durante a fabricação, os eixos são preparados com dutos e ranhuras para óleo. 87 A montagem dos rolamentos é feita empurrando-os no eixo com o auxílio de uma porca hidráulica . 88 A força de montagem dos rolamentos é reduzida na medida em que o óleo é injetado entre o eixo e o rolamento. Isso geralmente é feito com rolamentos grandes. 89 MÉTODO DRIVE-UP . 90 LUBRIFICAÇÃO Os rolamentosvedados são pré-lubrificados e não necessitam de novas lubrificações depois de montados. No entanto, nas aplicações com rolamentos abertos, esses rolamentos precisarão ser lubrificados depois de montados. A seleção da graxa correta para a lubrificação dos rolamentos de sua aplicação é outro passo que aumenta a vida útil de seus rolamentos. 91 DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS 92 Quando os rolamentos são desmontados, deve-se tomar muito cuidado para não danificar outros componentes da máquina, tais como o eixo ou a caixa do rolamento, visto que os danos podem comprometer o funcionamento eficiente e a vida útil da máquina. Às vezes, os rolamentos são desmontados para a realização da manutenção ou da substituição de outros componentes da máquina. Esses rolamentos em geral são reutilizados. 93 DESMONTAGEM MECÂNICA A escolha do extrator correto para o trabalho é muito importante. Não apenas o tipo de extrator, mas também sua capacidade máxima de extração é crucial para a realização segura e fácil de qualquer operação de desmontagem. A sobrecarga de um extrator pode resultar na quebra dos braços ou do suporte do extrator e, portanto, deve ser evitada. Essa quebra pode danificar o rolamento ou o eixo e causar ferimentos físicos. De modo geral, recomenda-se o uso de um extrator de três braços, em vez de um extrator de apenas dois braços, visto que o extrator de três braços garante maior estabilidade. 94 DESMONTAGEM A QUENTE Os anéis internos de rolamentos de rolos cilíndricos geralmente possuem um ajuste fixo apertado que exige o emprego de muita força para ser extraído. Nesses casos, o uso de um extrator pode danificar o eixo e o anel do rolamento e pode apresentar riscos para o operador. O uso de equipamentos de aquecimento pode facilitar e acelerar o processo de desmontagem, ao passo que reduz o risco de danificar o anel e o eixo. 95 AQUECEDORES POR INDUÇÃO FIXOS DA SÉRIE EAZ Usando o aquecedor EAZ os anéis internos são aquecidos, ao passo que o eixo do cilindro permanece praticamente frio. O anel interno e o aquecedor podem ser extraídos facilmente do eixo. Mesmo em se tratando de anéis relativamente grandes, a operação não dura mais do que 2 a 3 minutos. Com este aquecedor as operações de manutenção dos anéis dos rolamentos de laminação são eliminadas quase completamente. 96 97 DESMONTAGEM DE ROLAMENTOS COM O USO DE TÉCNICAS HIDRÁULICAS • As técnicas hidráulicas geralmente constituem o método preferido para a desmontagem de rolamentos de grandes dimensões, bem como de outros componentes. Essas técnicas, que envolvem o emprego de bombas, porcas e injetores hidráulicos de óleo, permitem a aplicação de forças consideráveis na operação de desmontagem dos rolamentos e de outros componentes. 98 DESMONTAGEM CORRETA E RÁPIDA DE ROLAMENTOS • O emprego de técnicas hidráulicas na desmontagem de rolamentos reduz o risco de danos ao rolamento ou ao eixo. Além disso, as grandes forças de extração podem ser aplicadas com o mínimo esforço e o máximo controle, proporcionando uma operação de desmontagem rápida e segura. 99 100 IDENTIFICAÇÃO 101 IDENTIFICAÇÃO 102 IDENTIFICAÇÃO 103 IDENTIFICAÇÃO 104 IDENTIFICAÇÃO 105 DESALINHAMENTOS CUSTAM TEMPO E DINHEIRO Desalinhamento do eixo O desalinhamento do eixo é responsável por até 50% de todos os custos relacionados com quebra de máquinas. Essas quebras aumentam o tempo de paradas não planejadas de máquinas, resultando em custos elevados de manutenção. Além disso, eixos desalinhados podem aumentar os níveis de vibração e atrito, os quais podem aumentar consideravelmente o consumo de energia e provocar falhas prematuras. 106 Motor superaquecido devido ao desalinhamento do eixo. Foto tirada usando uma câmera infravermelha FLIR. 107 MÉTODOS TRADICIONAIS DE ALINHAMENTO DE EIXO Os métodos tradicionais de alinhamento de eixo, embora sejam muito comuns, em geral não produzem o grau exigido de exatidão necessário para as máquinas de alta precisão disponíveis atualmente. Métodos de alinhamento bruto ainda são utilizados atualmente, tais como o uso de réguas ou de calibradores de lâminas, e embora possam ser rápidos, talvez sejam imprecisos. Outro método tradicional envolve o emprego de relógios comparadores e oferece um grau maior de precisão, mas exige operadores especialistas e podem demandar muito tempo. 108 Método que utiliza uma régua ou um calibrador de lâminas 109 Método que utiliza um relógio comparador 110 MÉTODO DE ALINHAMENTO DE EIXOS A LASER Os métodos de alinhamento de eixo a laser constituem um avanço significativo em relação aos métodos tradicionais. A ferramenta de alinhamento de eixos a laser proporciona um alinhamento mais rápido e mais preciso do que os métodos tradicionais. Uma vez que o desalinhamento do eixo exerce um impacto direto e negativo sobre a vida útil dos rolamentos. 111 O alinhamento preciso do eixo pode ajudá-lo a: • Aumentar a vida útil dos rolamentos • Reduzir a tensão sofrida pelos acoplamentos e, desse modo, o risco de superaquecimento e quebra • Reduzir o desgaste dos vedantes, prevenindo contaminação e vazamento do lubrificante 112 • Reduzir o atrito e, portanto, o consumo de energia • Reduzir o ruído e a vibração operacionais • Aumentar o tempo de operação, a eficiência e a produtividade das máquinas • Reduzir os custos com substituição de componentes e paradas não programadas das máquinas 113 Desalinhamento paralelo (ou “offset”) 114 Desalinhamento angular 115 Alinhamento correto 116 DESALINHAMENTO DE POLIAS Um dos motivos mais comuns para a interrupção não planejada da operação das máquinas acionadas por correias é o desalinhamento das polias. O desalinhamento das polias pode aumentar o desgaste das polias e das correias, bem como aumentar os níveis de ruído e vibração operacionais, o que pode resultar na parada não programada das máquinas. Outro efeito colateral do aumento da vibração é a falha prematura dos rolamentos. Essas falhas também podem ser causa para uma parada não programada de máquinas. 117 MÉTODOS TRADICIONAIS DE ALINHAMENTO DE POLIAS Esses métodos, que são os mais amplamente usados, envolvem o uso apenas da visão combinada com uma régua e/ou pedaço de barbante. A vantagem destes métodos tradicionais é o tempo curto necessário para realizar o ajuste, embora o uso de uma régua demanda mais tempo do que o uso apenas da visão. A maior desvantagem destes métodos é a falta de precisão. Alguns fabricantes de correias e polias recomendam um desalinhamento máximo horizontal de 0,5°, ou até 0,25°, o que é impossível de se conseguir usando apenas a visão. 118 Medição do desalinhamento paralelo e angular usando uma régua ou um pedaço de barbante. 119 MÉTODOS DE ALINHAMENTO DE POLIAS A LASER Uma ferramenta de alinhamento de polias a laser proporciona um alinhamento muito mais rápido e preciso do que os métodos tradicionais. As ferramentas de alinhamento de polias disponíveis no mercado podem ser classificadas de acordo com o modo como elas são fixadas nas polias e o mecanismo que utilizam para realizar o alinhamento. Em geral, existem dois grupos: ferramentas que alinham a face da polia e ferramentas que alinham as ranhuras das polias. 120 O alinhamento correto significa alinhar as ranhuras das polias. 121 O alinhamento preciso das polias e correias pode ajudá-lo a: • Aumentar a vida útil dos rolamentos • Aumentar o tempo operacional, a eficiência e a produtividade das máquinas • Reduzir o desgaste das polias e correias • Reduzir o atrito e, dessa forma, o consumo de energia • Reduzir o ruído e a vibração operacionais • Reduzir os custos com substituição de componentes e tempo de paradas não programadas das máquinas122 Desalinhamento Desalinhamento Desalinhamento Alinhamento em ângulo em ângulo Paralelo correto vertical horizontal 123 SEGURANÇA 124 Para realizar a desmontagem de rolamentos com um grau de segurança ideal: • Sempre use roupas e óculos de proteção quando for desmontar um rolamento; • Quando desmontar um rolamento com o emprego de extratores, certifique-se de ter escolhido o extrator adequado para reduzir o risco de sobrecarga do extrator. A sobrecarga do extrator pode resultar na quebra dos braços ou do fuso do extrator e causar ferimentos ao operador; 125 • Colocar uma manta de segurança em volta do extrator e do rolamento pode ajudar a reduzir o risco de ferimentos caso ocorra quebra do rolamento, do braço ou do fuso do extrator; • Sempre use luvas à prova de calor quando desmontar rolamentos a quente; • Para a sua segurança, não bata diretamente no rolamento com nenhum objeto, tal como um martelo ou talhadeira; • Aplique a força de extração na parte do rolamento que possua o ajuste mais apertado. 126