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Significado de Paródia
Paródia é a recriação de uma obra já existente, a partir de um ponto de vista predominantemente cômico.
Além da comédia, a paródia também pode transmitir um teor crítico, irônico ou satírico sobre a obra parodiada, através de alterações no texto ou imagem do produto original, por exemplo. Uma paródia pode ser feita a partir de um poema, uma música, um filme, uma peça teatral e etc.
A intertextualidade (criação de um texto a partir de outro existente) e a intratextualidade (referências de outro texto para confeccionar um novo trabalho) são características básicas das paródias.
O filme “As branquelas”? Nele, dois agentes do FBI precisam proteger duas socialites de um sequestro. Para que isso não aconteça, eles ficam no lugar delas, se transformando completamente – colocam uma peruca loira, roupas cor-de-rosa e precisam se comportar como elas.
Nesse filme, há uma paródia feita em cima do comportamento das mulheres ricas e mimadas. Os agentes de FBI levam esse comportamento a um patamar completamente caricato e, por isso, esse filme ainda é lembrado por muitas pessoas, devido suas cenas engraçadas.
Paródia na literatura
Há muitas paródias na Literatura brasileira! Casimiro de Abreu, um poeta da segunda geração do Romantismo, escreveu um poema com muito saudosismo:
MEUS OITO ANOS
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
O que Casimiro de Abreu não esperava é que, no futuro, surgiria o Modernismo – uma escola da Literatura que desejou libertar-se dos moldes antigos, principalmente desse sentimento nacionalista do romantismo.
Oswald de Andrade, um dos grandes nomes modernistas, que conhecia o poema de Casimiro de Abreu, decidiu fazer uma paródia, como se esse fosse o seu canal no YouTube da época, à la Whindersson Nunes.
MEUS OITO ANOS
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
Nele, você pode perceber que Oswald de Andrade usou a mesma estrutura do poema anterior, inclusive com o mesmo nome. Contudo, ele muda detalhes importantes. O fato de não ter nenhum laranjal já é uma crítica, um fator que gera humor, já que o laranjal era tão amado por Casimiro de Abreu.
A Última Ceia Com Batman E Vilões
Paródia e Paráfrase
A Paródia e a Paráfrase representam dois tipos de intertextualidade, ou seja, são recursos que estabelecem diálogos entre diferentes textos, criando um novo baseado num texto-fonte (referência).
Exemplo de paródia e paráfrase nas artes plásticas
Para entender melhor paródia e paráfrase, observe os exemplos abaixo de Mona Lisa, a obra mais emblemática do artista de Leonardo da Vinci.
Mona Lisa, pintura de Leonardo da Vinci
Paródia da Mona Lisa
Paráfrase da Mona Lisa
Segundo os exemplos acima, podemos perceber melhor a diferença entre a paródia e a paráfrase, na medida que na segunda imagem, observamos o tom humorístico e crítico envolvido. Assim, fica claro que a ideia original foi alterada e por isso, trata-se de uma paródia.
Por sua vez, a terceira imagem é uma obra do Museu Madame Tussauds, em Amsterdã, o qual não altera o sentido original do retrato. Neste caso, baseada numa das obras de artes mais conhecidas do mundo, esse exemplo é uma paráfrase, que não apresenta o caráter cômico ou irônico observado na paródia.
Exemplo de paráfrase na música
A intertextualidade pode ocorrer em diferentes tipos de textos, por exemplo, entre um texto visual (pintura, escultura) e um texto sonoro e escrito (música, literatura).
Assim, como exemplo de Intertextualidade (paráfrase) da obra Mona Lisa na Música temos a canção de Jorge Vercillo:
Mona Lisa (Letra da Música) - Paralisa com seu olhar
Monalisa
“É incrível
Nada desvia o destino
Hoje tudo faz sentido
E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você
Paralisa com seu olhar
Monalisa
Seu quase rir ilumina
Tudo ao redor, minha vida
Ai de mim, me conduza
Junto a você ou me usa
Pro seu prazer, me fascina
Deusa com ar de menina
Não se prenda
A sentimentos antigos
Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você”
Exemplo de paródia e paráfrase na literatura
A paródia é um recurso muito utilizado na literatura. A Canção do Exílio de Gonçalves Dias é um dos exemplos mais notórios, visto que muitos literatos fizeram uma paródia do poema, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes.
Texto Original
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.” (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)
Paródia da Canção do Exílio
"Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. (...)
Eu morro sufocado em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas são mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!” ("Canção do Exílio", Murilo Mendes)
Paráfrase da Canção do Exílio
"Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto. (...)
Onde tudo é belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá, na palmeira, longe.)" (“Nova Canção do Exílio”, Carlos Drummond de Andrade)
Intertextualidade implícita e explícita
A intertextualidade pode ser apresentada de forma direta (explícita) ou indireta (implícita):
· Implícita: não há relação direta com o texto fonte nem outras coisas que o identifiquem.
· Explícita: há relação direta com o texto e elementos com o texto fonte.
Tipos de intertextualidade
· Alusão: faz referência a elementos de outros textos de maneira indireta, ou seja, implícita.
· Citação: quando é acrescentado partes de outros textos em uma produção textual, o que gera a intertextualidade direta.
· Epígrafe: complemento de parágrafo ou frase no texto produzido que se relaciona com outro.
· Paráfrase: recriação de um texto com a mesma ideia do texto fonte.
· Paródia: a paródia é a subversão de um texto original, de maneira crítica ou satírica.
· Bricolagem: criação de um texto a partir de elementos retirados de outros.
· Sample: músicas, textos utilizados como base para outras novas produções.
· Pastiche: vários tipos de manifestações em uma mesma obra. 
Exercícios de Intertextualidade
Operários, 1933, óleo sobre tela, 150×205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. (Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.)
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em:
a) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes)
b) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto)
c) “O funcionário público não cabe no poema/ com seu salário de fome/ sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar)
d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)
e) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (…)/ Os inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade)
2 – 
Ideologia
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquelegaroto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver.
(Cazuza e Roberto Frejat – 1988)
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)
Esse verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac.
Tal procedimento constitui o que se chama de:
a) metáfora
b) pertinência
c) pressuposição
d) intertextualidade
e) metonímia
3  –
Disponível em Super Interessante. Acesso em 10 out. 2014
O gordo é o novo fumante
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto preconceito contra gordos.
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão sobre saúde. Por outro, algo de podre: o nascimento de uma nova eugenia.
(Adaptado de: Super Interessante. Editora Abril. 306.ed. jul. 2012. p.21.)
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir:
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao segundo desenho, revela o discurso preconceituoso e, consequentemente, um aspecto ideológico.
II. O sentido de proibição é captado por meio da intertextualidade estabelecida entre os códigos não verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor.
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, indivíduos obesos sofrerão ainda mais discriminação social.
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal serve para reforçar o caráter polissêmico da placa.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
4 –  Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I.
Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. 
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. 
Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, com a Carlos Drummond de Andrade, por
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.
5 –  Observe a capa de um livro reproduzida abaixo:
A imagem é capa do livro Memórias Desmortas de Brás Cubas, de Pedro Vieira. Editora Tarja Editorial
a) uma metonímia.
b) uma transcrição literal.
c) uma paráfrase direta.
d) um procedimento paródico.
e) um plágio explícito.
6 – Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas, disse-me: “A senhora gosta de uma pessoa…” Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade… A Cartomante (Machado de Assis)
A intertextualidade é um recurso criativo utilizado na produção do texto. No conto, Machado de Assis dialoga com o clássico “Hamlet” de Shakespeare com o fito de:
a) Reafirmar a crença no conhecimento científico para explicar as situações da vida humana.
b) Discutir o conhecimento científico e o conhecimento místico na sociedade burguesa do século XX. Reconhecer a importância da espiritualidade na formação da sociedade burguesa do século XIX.
c) Revelar a ambiguidade própria da obra machadiana em Hamlet de William Shakespeare.
d) Ironizar o culto ao cientificismo da sociedade burguesa.
e) Reconhecer a importância da espiritualidade na formação da sociedade burguesa do século XIX.
7 –Sobre a presença da intertextualidade na obra Ensaio sobre a cegueira é correto afirmar que:
a) o questionamento da religião e dos deuses, presente ao longo da obra, justifica o fato de o autor ter evitado conscientemente dialogar com a Bíblia.
b) a referência a textos clássicos, por exemplo, Odisséia ou Divina comédia revela a incapacidade de a literatura contemporânea criar novos mitos e símbolos.
c) a teia intertextual da obra provoca uma mistura de estilos narrativos, advindos de parábolas, alegorias, fábulas, ensaios, entre outros.
d) a relação intertextual com obras da narrativa fantástica explica a temática lendária do romance, o qual não estabelece nenhuma relação com o contexto histórico atual.
8 – Texto I
Peixinho sem água, floresta sem mata
É o planeta assim sem você
Rios poluídos, indústria do inimigo
É o planeta assim sem você
http://mataatlantica-pangea.blogspot.com. br/2009/10/parodia-meio-ambiente_02.html
Texto II 
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim, sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim, sem você
(Claudinho e Buchecha)
Os textos I e II apresentam intertextualidade, que, para Julia Kristeva, é um conjunto de enunciados, tomados de outros textos, que se cruzam e se relacionam. Dessa forma, pode-se dizer que o tipo de intertextualidade do texto I em relação ao texto II é
a) epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do texto II para introduzir o seu texto.
b) citação, porque há transcrição de um trecho do texto II ao longo do texto I.
c) paródia, pois a voz do texto II é retomada no texto I para transformar seu sentido, levando a uma reflexão crítica.
d) paráfrase, porque apesar das mudanças das palavras no texto I, a ideia do texto II é confirmada pelo novo texto.
e) alusão, porque faz referência, de modo implícito, ao texto II para servir de termo de comparação.
9 – Mais de 25 séculos após Heráclito de Éfeso dizer que
Não se toma banho duas vezes no mesmo rio,
Raul Seixas declarou
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
(Metamorfose ambulante – Raul Seixas)
E Lulu Santos comparou a vida a uma onda:
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
(Como Uma Onda – Lulu Santos / Nelson Motta)
A intertextualidade evidente entre o pensamento de Heráclito e as letras das músicas de Raul Seixas e Lulu Santos se realiza por:
a) Paródia.
b) Citação
c) Alusão.
d) Paráfrase.
e) Pastiche.
Intertextualidade: Paráfrase e Paródia
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autordo texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.
Paráfrase
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas idéias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.
Paródia
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, freqüentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia.
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.
Intertextualidade, interdiscursividade e paródia 
· Intertextualidade se refere à relação entre os textos.
· Interdiscursividade está associada à relação entre os discursos.
· Paródia é um tipo de intertextualidade caracterizada pela subversão.
· Esses temas são cobrados em concursos , principalmente, como auxiliares na interpretação textual.
O que é intertextualidade?
A intertextualidade está associada ao diálogo entre textos. Assim, muitas vezes, um texto retoma outro(s). Essa relação pode estar explicitada, com a indicação da fonte. Do contrário, o autor do texto conta apenas com o conhecimento de mundo do receptor.
Veja este trecho da letra de música Flor da idade, de Chico Buarque, composta em 1973:
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo
que amava Juca que amava Dora que amava
Carlos amava Dora
que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha
Agora leia o trecho do poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), do livro Alguma poesia, publicado em 1930:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
É evidente a relação entre os dois textos, pois a letra da música retoma o poema de Drummond. Percebemos isso por meio de elementos linguísticos, como a semelhança da estrutura sintática.
O que é interdiscursividade?
O discurso está relacionado à intenção do enunciador, à sua ideologia e ao contexto sociocultural em que estão inseridos. Nesse sentido, um discurso pode estar apenas reproduzindo outro. Portanto, a interdiscursividade é a relação ou diálogo entre discursos, de forma que o texto é apenas um instrumento de manifestação do discurso.
Por exemplo, o poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias (1823-1864), traz um discurso nacionalista, pois defende a superioridade da nação brasileira em relação a outras nações:
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Agora, vejamos este trecho do Hino Nacional Brasileiro:
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida, no teu seio, mais amores.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Perceba que nele há uma retomada linguisticamente explícita do poema romântico de Gonçalves Dias, que configura um processo intertextual. Mas também há interdiscursividade, já que o hino dialoga com o discurso nacionalista do poema.
O que é paródia?
A paródia é um processo intertextual caracterizado pela subversão, crítica e ironia em relação ao texto parodiado. É, portanto, antitética, já que se opõe ideologicamente ao texto imitado, dando-lhe novo sentido, como podemos ver no poema Canção do exílio, de Murilo Mendes (1901-1975):
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Exercícios sobre intertextualidade, interdiscursividade e paródia.
1-
Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
Carlos Drummond de Andrade.
Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a
A) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.
B) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos.
C) ironia, que consiste em dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
D) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
E) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.
2-No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao regime Talibã, no Afeganistão.
Leia trechos das declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião:
George Bush:
Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percepçãodo valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os Estados Unidos.
Osama Bin Laden:
Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que Deus nos proteja deles.
Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001.
Pode-se afirmar que
A) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush.
B) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden.
C) ambos apoiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifício e reivindicar justiça.
D) ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos.
E) ambos tentam separar a noção de justiça das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estratégia militar.
3-Quem não passou pela experiência de ler um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade com Carlos Drummond de Andrade por
A) reiteração de imagens.
B) oposição de ideias.
C) falta de criatividade.
D) negação dos versos.
E) ausência de recursos.
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Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 26 jul. 2020 (adaptado).
O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a atração “Noites do Terror”, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor
A) identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio.
B) avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror.
C) atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente.
D) reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular.
E) percepção do sentido literal da expressão “noites do terror”, equivalente à expressão “noites de terror”.
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Jornal Zero Hora, 2 mar. 2006.
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar
A) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
B) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
C) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
D) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.
E) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro. Alternativa E.
No balão da charge, o texto verbal “O trânsito no feriadão é sempre um quadro dramático!” apresenta a expressão polissêmica “quadro dramático”, que pode se referir à situação do trânsito ou à obra de Picasso. Assim, a alternativa correta é a letra “e”.
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Luscar. Cartum.
Nesse cartum, o artista lança mão do recurso da intertextualidade para construir o texto. Esse recurso é constituído pela presença de informações que remetem a outros textos. O emprego desse recurso no cartum revela uma crítica
A) à qualidade da informação prestada pela mídia brasileira.
B) aos altos níveis de violência no país veiculados pela mídia.
C) à imparcialidade dos telejornais na veiculação de informações.
D) à ausência de critérios para divulgação de notícias em telejornais.
E) ao incentivo da mídia a atos violentos na sociedade.
Interpretação de Texto – 
Leia o texto abaixo para responder as questões 1 e 2.
Heresia
As culturas científica e humanística eram separadas, entre outras razões, pela linguagem. Tinham vocabulários diferentes. Seus códigos não combinavam. Previa-se até que se distanciariam tanto que um dia nenhuma comunicação seria possível entre as duas. O advento da língua comum dos computadores parecia ter diminuído essa discrepância, mas curiosamente a divisão perdurou, agora entre facções da mesma cultura, que usam o mesmo vocabulário e não se entendem. Economistas de um lado e de outro (rudemente, esquerda e direita) lidam com os mesmos números, analisam os mesmos gráficos, recebem as mesmas informações e falam todos o mesmo idioma universal, só variando o estilo – e veem e preveem coisas diferentes.
A não ser que se procure a causa da cisão no terreno movediço do caráter de cada um, ela não tem explicação. Ou tem: o mundo da ciência econômica, como todos os mundos, está subdividido entre humanistas e seus contrários, que divergem nos seus pressupostos antes de divergirem nas suas interpretações e receitas. O que os separa é o valor que dão à vida humana, o princípio de todas as equações matemáticas para uns e um dado irrelevante para outros. Não se trata de ter melhor ou pior coração. Como já disse alguém, ninguém tem o monopólio dos bons sentimentos. Mas a sua escolha de lado na divergência entre economistas, no fim, é uma definição de escolha política. É-se solidário pela mais egoísta das razões, por uma preocupação elementar com a salubridade do meio em que se respira, porque uma civilização que sacrifica o ser humano pelo lucro não é exatamente o ambiente em que se quer viver.
Quando a Europa submergiu na intolerância religiosa e no obscurantismo da Idade das Trevas, dominada por uma espécie de pensamento único que condenava como heresia qualquer forma de desafio dos dogmas da Igreja, e nem os reis sabiam ler, foi nos claustros da própria Igreja que a escrita e a cultura clássica foram preservadas e, quase sem querer, resistiram ao dogma. Hoje, outra vez, uma minoria herética se vê sitiada por dogmas inquestionáveis. Mas a Idade das Trevas acabou na Renascença.
(Por Luiz Fernando Veríssimo. Disponível em: http://www.jornalcontato.com.br/home/index.php/heresia-luis-fernando-verissimo-o-globo/
1. Esse texto foi escrito com a finalidade comunicativa de:
a) Defender o respeito à vida humana.
b) Defender o ponto de vista científico.
c) Esclarecer as divergências entre economistas de esquerda e de direita.
d) Explicar a diferença entre a cultura científica e a cultura humanística.
e) Enaltecer as culturas pela união e parceria pela vida.
2. De acordo com o texto, a cultura científica e a cultura humanística:
a) Distanciaram-se tanto, que não conseguem mais dialogar.
b) Representam duas formas diferentes de interpretar o mundo.
c) Fundiram-se com a globalização das informações,por isso não há mais divisão de lados.
d) Mantêm não só suas diferenças bem delimitadas, como também um vocabulário próprio.
e) Trabalham com o mesmo objetivo, por isso unira-se em prol da vida.
Leia atentamente o texto.
Fonte: Fonte: Assessoria de Comunicação ACAERTc/ Revista Imprensa (01/11/2019)
3. Compreende-se a partir das informações trazidas pelo gráfico que
a) o telejornalismo comprovou ser mais confiável dos que as redes sociais e demais aplicativos de mensagens.
b) segundo o estudo, as mídias sociais são consideradas as fontes de notícias mais confiáveis.
c) veículos de notícias exclusivamente online são considerados não confiáveis por toda a população.
d) a imprensa não conseguiu livrar-se das acusações de fake news e continuou a amargar altos níveis de desconfiança entre os consumidores de notícias.
e) os aplicativos de mensagens foram os mais indesejados para se confiar em suas informações.
Leia o texto:
O poeta declina de toda responsabilidade na marcha do mundo capitalista e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas promete ajudar a destruí-lo como uma pedreira, uma floresta, um verme. (Autor: Carlos Drummond de Andrade) 
4. Sobre as funções da literatura, leia as afirmações abaixo e marque a opção que corresponde às ideias dos versos acima.
a) O caráter ficcional da literatura nos permite entrar em contato com a nossa história, nossa trajetória como nação.
b) Por meio da convivência com os textos literários, que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer possibilidades de resposta a questões comuns a todos os seres humanos.
c) A literatura acompanha a trajetória humana, pois os mundos construídos por ela são completamente distintos dos mundos familiares. As pessoas que habitam esses mundos literários são completamente distintas e vivem problemas totalmente diferentes dos nossos.
d) A literatura tem o poder de transportar o ser humano, provocar alegria ou tristeza, divertir ou emocionar. Ela nos oferece um descanso dos problemas cotidianos, quando nos descortina o espaço do sonho e da fantasia.
e) A literatura pode ter um papel fundamental: o de criticar a realidade, em relação a causas sociais e políticas.
 
Considere o texto a seguir e responda à questão.
Presente no Brasil há 161 anos, desde o reinado de Dom Pedro II, o serviço estatal de telegramas encontrou na tecnologia uma aliada para resistir ao tempo. A transmissão via internet, que teve início em 2001, impulsionou o tráfego de mensagens no País, dando sobrevida a esse braço dos Correios. (…) A atual transmissão eletrônica é chamada de HÍBRIDA: os dados são captados pela Web e depois a mensagem é impressa e envelopada por máquinas na agência mais próxima do destinatário, sem a intermediação humana. (O Estado de S. Paulo, 26 jul. 2013.) 
5. A palavra em destaque “HÍBRIDA” indica que a transmissão de telegramas atualmente:
a) faz uso tanto de meios eletrônicos quanto mecânicos.
b) depende da intermediação humana em todas as fases.
c) usa uma combinação de meios eletrônicos.
d) ocorre integralmente por transmissão mecânica.
e) combina a ação manual com a eletrônica.
Leia o texto
Luz sob a porta
– E sabem que que o cara fez? Imaginem só:
me deu a maior cantada! Lá, gente, na porta de minha
casa! Não é ousadia demais?
– E você?
– Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho,
quem ele pensou que eu era?
– Que eu fosse.
– Quem tá de copo vazio aí?
– Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.
6. O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante
a) escrupuloso em ambiente de trabalho.
b) ajustado às situações informais.
c) rigoroso na precisão vocabular.
d) exato quanto à pronúncia das palavras.
e) contrário ao uso de expressões populares. 
Leia.
Namoro
O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone:
– Desliga você.
– Não, desliga você.
– Você.
– Você.
– Então vamos desligar juntos.
– Tá. Conta até três.
– Um… Dois… Dois e meio…
Ridículo agora, porque na hora não era não.
Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos.
Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca…
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá, olho no olho, dizendo:
– As dondozeira ama os dondozeiro?
– Ama.
– Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro.
Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo.
Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe.
A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes.
Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999. 
7. No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado:
a) às brigas por amor.
b) às mentiras inocentes.
c) às reconciliações felizes.
d) aos apelidos carinhosos.
e) aos telefonemas intermináveis.
Observe a imagem, em seguida responda à questão 8.
Disponível em: https://goo.gl/yB3k9f. Acesso em: 6 out. 2017.
 8. O anúncio trata de vagas de estágios para uma assessoria de comunicação. Como recurso morfossintático, a conjunção “mas”, utilizada no texto principal, estabelece uma ideia de que o importante para o anunciante é contratar alguém que
a) tenha ambição para crescer profissionalmente.
b) esteja preparado para exercer a profissão.
c) precise de menos qualificação profissional.
d) compartilhe seus conhecimentos.
e) saiba trabalhar em equipe.
Leia o texto abaixo e responda as questões 9 e 10.
Trançar a vida é fitar os laços com quem corre ao seu lado
[…] Recolher-se é colher as partes que formam a sua torre de autoconhecimento. É a identificação da dor da outra como sendo a sua. E a sua sendo a dela. É crescer por dentro e junto com elas. […]
Não basta saber dessa existência. É preciso cultivar. Cuidar. Trançar. Amarrar os laços de respeito, reciprocidade e cuidado para que os ataques externos não nos derrubem. Afinal, se uma cair, todas cairão. Se a outra se reerguer, todas irão permanecer erguidas.
Usar da palavra como alicerce da reconstrução da sua vida é tomar para si a linguagem e fazer dela seu terreno de germinações. Produzir. Criar. Recomeçar.
Os imperativos para essa retomada são o estado de reconciliação com a sua jornada. Se apaziguar com as suas raízes. Reconhecer as que estão ao seu lado. E perceber a vitalidade nas relações de irmandade que são construídas ao longo do seu processo de cura e reconhecimento de si.
O espelho não é mais o inimigo de si, e que te faz se comparar com a outra. Ele torna-se o que ele é: reflexo. A identificação da sua trajetória através do reflexo das que correm junto contigo.
Não se trata de relações subordinadas. Mas sim de bordados. Costura. Coletividade sem negar a sua individualidade. É flor do cacto. O veneno enquanto o antídoto. A crítica que constrói e gera movimento.
Reconhecer que se cresce por dentro e através da outra vai muito além de relações fixas e superficiais. Exige-se empenho, cuidado e amorosidade. Se doar pelos olhos da identificação. Se permitir ser acolhida pelo merecimento do que tu és. […]
JESUS, Claudia Kathyuscia Bispo de. Disponível em: https://bit.ly/3yFMSI1 
9. Nesse texto, no trecho “É preciso cultivar.” (2º parágrafo), a expressão em destaque foi usada paraa) remeter a razão pela qual a reflexão do conteúdo abordado no texto é importante.
b) expor a dúvida do enunciador em relação ao assunto abordado no texto.
c) expressar uma solicitação do enunciador em relação ao assunto abordado no texto.
d) apresentar a opinião do enunciador acerca do assunto abordado no texto.
e) revelar a indiferença do enunciador em relação ao assunto abordado no texto. 
10. A representação da mulher em evidência nesse texto é
a) a idealização de um caráter puro e ingênuo.
b) a consagração de direitos no mercado de trabalho.
c) a declaração contra a tradição dos casamentos arranjados.
d) a exaltação da beleza de forma exagerada.
e) a aliança baseada na empatia e no companheirismo.
Observe a tirinha e responda as questões 11 e 12.
Disponível em http://jananias.blogspot.com.br/2009/10/charges-interessantes.html. Acesso em 13/05/2017. 
11. A charge critica a política executada pelos planos de saúde, pois
a) cobram mais caro dos jovens e mais barato dos idosos, porque estes precisam mais.
b) cobram muito caro da população e não prestam um serviço de qualidade.
c) privilegiam os jovens, que usam pouco, e discrimina os velhos, que usam mais os planos de saúde.
d) os planos de saúde agem de forma humana e tratam todos os pacientes com igualdade.
e) privilegiam os jovens, já que eles usam muito os planos de saúde. 
12. A imagem do esqueleto com a foice nas mãos representa na charge
a) o interesse dos planos de saúde em cuidar bem das pessoas idosas.
b) o descaso e o desinteresse com que os planos de saúde tratam seus clientes idosos.
c) a realidade cruel do sistema público de saúde e a má assistência aos idosos.
d) o número elevado de mortes de idosos que são atendidos nos hospitais pelos planos de saúde.
e) a fase da vida de uma pessoa em que ela mais precisa de atendimento pelos planos de saúde.Baiar Aqui
GABARITO
1A / 2B / 3A / 4E / 5A / 6B / 7C / 8A / 9D / 10E / 11C / 12B
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