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E-book_-_Iniciantes_no_Mercado_Financeiro

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14. Participantes 
de mercado
1. O que é a 
bolsa de valores
2.Renda Fixa 
e Renda Variável
SUMÁRIO
3.O que preciso 
para investir
4. Plataformas 
operacionais
5. Enviando ordens de 
compra e venda no mercado
6.Mercado à vista 
7. Mercado Futuro
8. Análise 
Fundamentalista 
9.Análise Técnica
10. Leitura de fl uxo 
de ordens (Tape Reading)
11. Day Trade, Swing 
Trade e Posição
12. STOP Loss - o 
que é? Para que serve?
13. Importância 
da diversifi cação
Mercado à vista 
www.novafutura.com.br 1
1 O QUE É A BOLSA DE VALORES?
A bolsa de valores é um espaço/ambiente destinado a 
negociação de títulos. Nesse ambiente, as pessoas ou 
entidades participam tentando comprar ou vender os 
seus títulos.
O objetivo principal da bolsa é propiciar um 
ambiente seguro e organizado para que essas 
negociações ocorram garantindo que as transações 
sejam rápidas, práticas e que os títulos transacionados 
passem da mão de um investidor para outro sem 
qualquer problema.
Quando uma empresa vai levantar dinheiro 
vendendo suas ações, ela utiliza a bolsa de valores 
como ferramenta para conseguir fazer essa transação. 
Uma ação corresponde a uma parte de uma empresa.
Ao comprarmos uma ação de determinada 
empresa, nos tornamos sócios da mesma e, enquanto 
mantivermos aquela ação em nossa custódia, 
podemos receber dividendos, bonificações ou até 
nos beneficiar do crescimento do valor da empresa e 
revender a ação com lucro depois.
Fazendo uma analogia simples, a bolsa de valores 
se assemelha a uma feira livre onde qualquer pessoa 
pode ser o cliente ou ser o feirante que está oferecendo 
a sua mercadoria (ativo).
Atualmente, o Brasil possui a B3 como única bolsa 
de valores. Nela, podemos negociar não só ações de 
empresas, mas também commodities, derivativos 
de moedas e outros títulos. A B3 é responsável por 
administrar os sistemas de negociação, compensação, 
liquidação, depósito e registro das negociações.
O índice Ibovespa é o principal indicador do 
desempenho médio das empresas brasileiras listadas 
na bolsa de valores. Ele equivale a uma carteira teórica 
com as principais ações da bolsa e os principais itens 
para essas ações serem incluídas nesta carteira são: 
liquidez, volume de negociação e participação do 
ativo nos pregões dos últimos doze meses.
2www.novafutura.com.br
Antigamente, o pregão (como são chamadas 
as janelas de negociação da bolsa de valores) era 
presencial e viva voz. Os operadores ficavam todos em 
um mesmo ambiente físico negociando e tentando 
fechar as suas operações. Mas, esse tipo de pregão 
deixou de existir e hoje temos o chamado pregão 
eletrônico, o que facilitou muito a vida das pessoas 
com menos capital e que querem ter acesso aos ativos 
negociados em bolsa de valores.
 2 RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL
Quando falamos sobre investimentos, é importante 
saber que existem diversos produtos disponíveis no 
mercado, para diferentes prazos e objetivos. Porém, 
vale a pena classificar os investimentos em duas cestas: 
renda fixa e renda variável. Assim, ficará mais fácil de 
montar sua carteira de investimentos, de acordo com 
seu perfil de investidor. 
De maneira geral, investimentos em Renda 
Fixa são aqueles onde já sabemos as condições de 
rentabilidade no momento da aplicação. Ou seja, já 
sabemos mais ou menos o quanto iremos receber de 
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juros. É como emprestar dinheiro para um banco, uma 
financeira ou para o governo. Estes irão utilizar esse 
montante para financiar seus projetos e negócios. 
Em contrapartida, receberemos nosso dinheiro de 
volta após um período combinado, acrescido de juros. 
Nesse caso, poderemos sacar o dinheiro em qualquer 
data, se o produto tiver liquidez diária ou apenas no 
vencimento, caso não seja um produto com liquidez 
diária. 
E o principal: a rentabilidade será pré-acordada, 
seja a um percentual fixo, como 10% a.a., ou um 
percentual atrelado a algum indicador, como a Selic 
(taxa básica de juros do nosso pais), CDI (que é muito 
próximo a Selic) ou a inflação. 
Outra característica importante é que muitos 
investimentos em Renda Fixa possuem a cobertura do 
FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso significa que, 
se o banco ou financeira que você emprestou dinheiro 
quebrar, pode receber até 250mil de volta, por CPF e 
instituição financeira. Além disso, quando aplicamos 
no Tesouro Direto, por exemplo, estamos emprestando 
dinheiro para o governo e é o próprio Tesouro Nacional 
que assegura que receberemos nosso dinheiro de 
volta e, por conta disso, este é considerado como o 
investimento mais seguro do mercado.
Ou seja, na renda fixa temos algumas características 
importantes: segurança, baixo risco de crédito e de 
mercado (que são os riscos de perder dinheiro com 
as oscilações ou de ficar sem receber de volta o seu 
capital) e previsibilidade, já que a rentabilidade e 
prazo de investimento são conhecidos no momento 
da aplicação. 
São exemplos de produtos de renda fixa:
- Tesouro Direto: empresto dinheiro para o 
governo, tenho a garantia do Tesouro Nacional;
- CDB: empresto dinheiro para um banco, possui 
cobertura do FGC;
- LC: empresto dinheiro para uma financeira, 
possui cobertura do FGC;
- LCI: empresto dinheiro para um banco investir 
no setor imobiliário, possui cobertura do FGC;
- LCA: empresto dinheiro para um banco investir 
no setor de agronegócio, possui cobertura do FGC;
- Debêntures: empresto dinheiro para uma 
empresa, não possui cobertura do FGC. 
Enfim, investir em renda fixa seria como emprestar 
dinheiro para o financiamento de projetos e negócios 
e as condições de rentabilidade são estabelecidas 
independente do sucesso desse projeto. 
Por outro lado, na renda variável, você se torna 
sócio daquele negócio. Assim, a rentabilidade vai 
acompanhar o desempenho da empresa em que 
aplicou. Portanto, o percentual que irá receber irá variar 
de acordo com seu sucesso ou fracasso. Contudo, é aí 
que mora o grande segredo. Pois, apesar de ter o risco 
de perder dinheiro caso a empresa não vá bem, há 
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possibilidades de obtermos retornos elevados, caso 
tudo dê certo. São exemplos de aplicações em renda 
variável:
- Mercado de Ações;
- Mercado Futuro, como índice e dólar;
- Derivativos, que são ativos que dependem de 
outros ativos, como as opções;
- Fundos imobiliários.
Nesse caso, os investimentos não possuem a 
cobertura do FGC. Porém, quem faz a intermediação 
dos negócios é a própria bolsa de valores. No caso do 
Brasil, a B3. E ela atua como compradora de todos os 
vendedores e vendedora de todos os compradores. 
Portanto, dizemos que ela é a contraparte central 
dos negócios. Assim, temos o risco de mercado que 
é o risco de perder dinheiro com as oscilações, mas 
temos baixo risco de crédito, já que a B3 atua como 
contraparte central.
Agora que você já conhece as principais diferenças, 
características e produtos da renda fixa e renda 
variável, fica mais fácil de montar uma carteira de 
investimentos. Nesse caso, quanto mais conservador 
você for, é recomendável ter maior concentração de 
capital em produtos de renda fixa. E quanto mais 
arrojado for, maior o percentual de produtos em renda 
variável. 
 3 O QUE PRECISO PARA INVESTIR
Todo investidor iniciante traz consigo a ideia que 
para investir na bolsa de valores é necessário ter muito 
dinheiro e/ou que é algo de elevada complexidade. 
O ponto de acesso mais comum à bolsa de valores 
é por meio dos bancos comerciais, onde possuímos 
nossas contas correntes. Entretanto as taxas cobradas 
costumam não ser as mais atrativas e a diversidade 
de produtos é limitada, reduzindo assim nossas 
oportunidades. 
De fato, alguns recursos chave são indispensáveis 
para investirmos no mercado. São eles:
a. Conta corrente em algum banco – a finalidade 
aqui é transacionar recursos financeiros para a 
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corretora, bem como retirar da corretora seus recursos 
quando julgar necessário.
b. Conta em uma corretora de títulos e valoresmobiliários - as corretoras são as instituições que estão 
habilitadas a negociar na bolsa de valores. Não existe 
custo para abrir conta em uma corretora, contudo, 
só são permitidas transferências de recursos de seu 
banco para a corretora com o mesmo CPF. 
c. Capital – Obviamente precisamos de recursos 
financeiros para investirmos. Mas quanto de capital 
precisamos? Atualmente existe um leque bem amplo 
de produtos de investimento para atender todos os 
perfis de investidores. A partir de R$100,00 é possível 
ter acesso a produtos de investimento.
d. Computador e internet – Imprescindível, 
não só para enviar ordens de compra e venda, 
mas para gerenciar suas posições no mercado. 
Ter um computador e internet velozes e estáveis 
são especialmente importantes para quem busca 
oportunidades nas operações de Day Trade.
e. Plataforma de negociação – precisamos de uma 
plataforma na qual possamos enviar nossas ordens 
de compra e venda. Com a evolução do mercado, as 
plataformas também se desenvolveram e permitem 
não somente o envio de ordens, mas também 
trazem informações úteis para a tomada de decisão 
do investidor. Esse tema será abordado com mais 
profundidade em seguida.
 4 PLATAFORMAS OPERACIONAIS
A primeira coisa que se ouve quando falamos de 
negociação na bolsa através da internet é o Home 
Broker, que é um sistema que permite a negociação 
de ações de qualquer lugar do mundo através da Web, 
de forma simples e rápida.
Já a plataforma operacional é uma ferramenta 
com maiores recursos e é o sistema que os operadores 
profissionais utilizam. Nela, o operador pode estudar 
e analisar diversos ativos, inserir vários indicadores, 
cálculos etc.
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Várias plataformas possuem a possibilidade de 
visualização de negócio a negócio do ativo selecionado, 
configuração de alarme para cotação ou eventos 
especiais, gráficos para visualização da movimentação 
do preço etc.
Obviamente, todos esses recursos têm um certo 
preço, então, as plataformas operacionais costumam 
ter uma mensalidade de acordo com a quantidade de 
recursos e elas são indicadas para quem quer entrar 
mais a fundo nos estudos gráficos, de tape reading 
ou para fazer day trade. Para os que querem somente 
fazer investimentos de longo prazo e realizam poucas 
operações no ano, o Home Broker costuma atender 
muito bem as suas necessidades.
Alguns exemplos de boas plataformas: ProfitChart 
Pro, Max Trader e Tryd.
A grande vantagem de se utilizar uma plataforma 
operacional é agilidade com que se consegue 
executar as ordens de compra e venda, configurar 
ordens automáticas e a quantidade quase infinita 
de possibilidades de se fazer estudos gráficos sem 
um conhecimento profundo de programação ou de 
outros softwares.
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Quando um investidor deseja realizar a compra 
ou a venda de um ativo negociado no mercado, ele o 
faz através do envio de uma ordem ao intermediário 
contratado, ou seja, envia uma ordem através da 
corretora, por meio do Home Broker ou da plataforma 
escolhida.
 Contudo, é importante entender que a própria 
B3 define alguns tipos de ordem que podemos enviar 
para comprar e vender os ativos que desejamos, 
independentemente da plataforma que iremos utilizar. 
É claro que a boleta (local que preenchemos para 
enviar a compra ou a venda), irá variar de acordo com 
ENVIANDO ORDENS DE 
COMPRA E VENDA NO MERCADO
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a plataforma e precisaremos entender como funciona 
cada uma para não cometer nenhum erro operacional. 
Porém, é fundamental conhecer quais tipos de ordem 
existem, pois serão as mesmas, independente do meio 
que utilizaremos para operar. São elas: 
- Ordem à mercado: enviaremos uma ordem a 
marcado quando desejarmos comprar ou vender o 
ativo no valor que está sendo cotado no momento do 
envio da ordem. Assim, iremos especificar somente o 
ativo e a quantidade a serem comprados ou vendidos, 
sem que seja fixado o preço. A ordem deverá ser 
executada a partir do instante em que for recebida. Ou 
seja, compraremos ou venderemos o ativo no preço 
que está sendo negociado naquele momento. 
- Ordem limitada: enviaremos esse tipo de 
ordem quando desejarmos comprar um ativo a um 
valor inferior ao que está sendo negociado agora no 
mercado, ou vender a um valor superior ao atual. 
Assim, a ordem será executada por preço igual ou 
melhor do que o especificado pelo cliente. Exemplo: 
quero comprar uma ação a R$10,00, mas ela está 
valendo R$10,50 no mercado.
- Ordem stop: quando desejo comprar um ativo 
a um valor superior do atual ou vende-lo a um valor 
inferior ao atual, envio uma ordem stop. É importante 
ressaltar que nesse caso o nome stop se refere ao tipo 
da ordem e não ao stop loss ou gain que utilizamos nas 
operações. Assim, a ordem será executada por preço 
acima do que está sendo negociado o ativo naquele 
momento no caso de uma compra e abaixo no caso 
de uma venda. Exemplo: quero comprar uma ação a 
R$10,00, mas ela está valendo R$9,00 no mercado.
Agora que já sabe quais os tipos de ordem existem, 
ficará mais fácil de entender o funcionamento da 
plataforma de sua escolha para que possa realizar 
suas operações com maior segurança. 
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6 MERCADO À VISTA 
O mercado à vista é aquele em que não há uma 
data de vencimento para as operações. A realização 
do negócio é no ato, já havendo, de fato, uma troca 
entre compradores e vendedores. Esse é o tipo de 
mercado onde negociamos ações. 
Uma ação, por sua vez, nada mais é do que um 
título que representa a mínima fração do capital social 
de uma empresa. Quando compramos uma ação, 
realmente nos tornamos pequenos sócios daquela 
companhia.
É importante ressaltar que o preço de uma ação é 
definido, nada mais nada menos, do que pela oferta e 
demanda por aquele ativo. Ou seja, em um movimento 
de alta, há forte interesse na compra, enquanto que 
em um movimento de baixa dos preços, há pressão 
vendedora. Para que haja esse interesse mais forte 
para um dos lados, os investidores geralmente 
repercutem os resultados divulgados pela empresa, 
o cenário político e econômico interno e externo e as 
notícias que vão saindo. 
É importante ressaltar que quando compramos 
a ação de uma empresa no mercado, não enviamos 
uma ordem com o nome da empresa, mas sim com 
o código daquele ativo. No mercado de ações, este 
código é composto por 4 letras, que são escolhidas a 
partir de alguma abreviação do nome da companhia, 
seguida de um número. 
Em alguns casos é seguido por uma letra que 
significará o mercado, como F de fracionário. Pois, 
quando vamos comprar uma ação da Vale, por 
exemplo, cujo código é VALE3, estaremos comprando 
através do lote padrão, no qual a bolsa estipula que só 
podemos negociar de 100 em 100 ações. Caso queira 
comprar uma quantidade quebrada desses ativos, terá 
que partir para o mercado fracionário. No exemplo de 
Vale, utilizaria o código VALE3F para comprar de 1 a 99 
ações. 
Nesse caso, é importante saber que o lote padrão 
possui maior *liquidez do que o fracionário e, caso for 
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comprar uma quantidade fracionada, é importante 
fazer o cálculo dos custos da sua operação para 
ver se vale a pena a entrada. O ideal é saber qual o 
percentual que os custos equivalem de seu capital para 
poder saber o quanto deve ganhar para ficar no que 
chamamos de “break even” ou “ponto de equilíbrio”, 
que nada mais é do que quando empatamos o lucro 
com os custos e ficamos no “0 a 0”.
E por fim, como podemos ganhar dinheiro no 
mercado de ações? Existem duas formas. A principal e 
mais rentável forma que é com a valorização da ação, 
mas também podemos ganhar com a distribuição 
de proventos, como dividendos e juros sobre capital 
próprio, que nada mais são do que a distribuição dos 
lucros da empresa aos acionistas. Esse lucro é pago 
de tempos em tempos, caso a empresa tiver lucro, 
e a data de pagamento é anunciada pela própria 
companhia. 
Para saber o melhor momento para comprar 
ou vender uma ação e quais empresassão as 
mais indicadas para seu objetivo, podemos utilizar 
algumas analises como a análise técnica e a análise 
fundamentalistas, as quais abordaremos com mais 
detalhes em seguida.
* Liquidez: é a capacidade de conversão de um ativo em 
dinheiro. Ou seja, é a rapidez com a qual você consegue se desfazer 
de algo que você possui para receber dinheiro em mãos. Em 
uma ação com maior liquidez, geralmente há maior quantidade 
de ações sendo negociadas e mais investidores comprando e 
vendendo aquele ativo, assim fica mais fácil de entrar e sair da 
operação quando quiser e no nível de preço desejado.
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7 Mercado Futuro
O mercado futuro é onde são negociados os 
contratos futuros. Esses contratos são termos de 
compra e venda onde as partes se comprometem a 
fazer essa operação em determinado ativo com uma 
data determinada.
Os contratos futuros são padronizados com 
vencimentos pré-determinados e negociados através 
do sistema de pregão da bolsa. Os investidores podem 
encerrar a sua posição a qualquer momento e há 
possibilidade de alavancagem, graças ao sistema de 
margens de garantias e ajustes diários.
Alguns exemplos de contratos futuros são: dólar, 
índice, milho, boi gordo, café etc.
O contrato futuro de dólar americano é o principal 
ativo negociado atualmente no mercado futuro. A 
principal vantagem desse tipo de contrato é proteger 
o investidor contra oscilações indesejadas de preço 
do dólar americano (hedge).
Vamos imaginar que somos uma empresa 
importadora e fechamos um contrato de compra 
de produtos para posteriormente vendermos aqui 
no Brasil. Pagamos cada unidade a U$1.00, o que na 
época da negociação equivalia a R$3,50. Só que vamos 
imaginar que pagaremos a mercadoria em dólar 
somente quando ela chegar no Brasil, daqui a 1 mês. 
Se o dólar disparar, pagaremos muito mais em real 
pelo produto e pode ser até que inviabilize totalmente 
o nosso negócio, deixando a mercadoria muito cara 
e fora do preço aceitável do mercado. Então, para 
protegermos esta nossa operação, podemos utilizar 
o contrato futuro de dólar americano para que caso 
haja uma alteração muito grande no dólar para cima, 
ganharemos com a operação de compra de dólar 
futuro no mercado financeiro ao mesmo tempo que 
teremos que pagar mais pela mercadoria recebida.
Como todo ativo desse mercado, ele possui 
vencimentos e, por isso, o seu código será formado de 
uma sigla que simboliza o nome do ativo, mais a letra 
e ano que indicam o vencimento daquele contrato.
Ex.: DOLK19 → Contrato futuro de Dólar padrão 
com vencimento em maio de 2019.
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Abaixo temos uma tabela com os meses de 
vencimento e as respectivas letras para se formar o 
código de negociação.
 8 ANÁLISE FUNDAMENTALISTA 
A análise fundamentalista tenta definir o valor de 
cada empresa e, a partir disso, o preço pelo qual as suas 
ações devem ser negociadas. Se os preços praticados 
pelo mercado estiverem menores que os encontrados 
pela análise, o analista pode indicar a compra da ação 
e, caso contrário, se a empresa estiver cara demais, ele 
pode indicar a venda da mesma. Há vários métodos 
para estabelecer o valor correto, ou justo, de cada 
empresa e nem sempre eles convergem. O que há 
de comum em todos os modelos de avaliação, ou de 
valuation, é que eles utilizam informações relativas aos 
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dados contábeis da empresa, dos exercícios anteriores 
e, a partir de uma análise objetiva dos mesmos, 
procuram estimar o comportamento futuro dos 
resultados, com base em hipóteses sobre as vendas, 
as despesas, impostos e outras variáveis estimadas. A 
partir do momento que o analista consegue projetar os 
resultados futuros da empresa, ele consegue atribuir 
um valor para ela no instante em que está sendo 
avaliada. O grande desafio que os analistas encontram 
na análise fundamentalista é o de traçar cenários que 
contemplem o comportamento futuro das principais 
variáveis de resultado. Esses cenários estão sujeitos a 
incertezas e, para tentar reduzir os seus efeitos sobre 
as hipóteses de valuation, são usadas ferramentas 
avançadas de estatística e modelos macroeconômicos.
A construção dos modelos de avaliação parte da 
estrutura contábil de cada empresa e da análise de 
como cada conta de receita e de despesa é afetada 
pelo ambiente de negócios, seja no nível micro, seja no 
nível macroeconômico. Dados sobre a demanda dos 
produtos ou dos serviços oferecidos são relacionados 
à demanda da sociedade, no plano doméstico e no 
plano global, bem como com a renda, com a taxa de 
crescimento do PIB, com as formas de gerenciamento 
da política econômica e outras variáveis. Da mesma 
forma, procura-se entender a estrutura dos custos 
incorridos para a oferta dos bens e serviços e sua 
relação com variáveis como câmbio, salários, juros, 
preços internacionais, etc. Todas essas variáveis de 
receitas e despesas são exaustivamente analisadas 
por que são elas que dão origem ao lucro que é obtido 
em cada período, reportado no balanço e distribuído 
sob a forma de dividendos para os acionistas.
O lucro contábil é a diferença entre as receitas e 
as despesas da companhia em cada exercício, depois 
dos impostos pagos ou provisionados. O lucro é a 
variável fundamental para os analistas, já que ele que 
dá o norte à avaliação. Quando um acionista compra 
uma ação, ele tem o mesmo objetivo que o investidor 
em título do governo ou de um fundo que compra um 
título privado. Todos querem alocar seu capital em um 
ativo que lhes dê o direito de receber uma renda no 
futuro e que, ao final do período acordado, devolva 
o valor do principal investido. O acionista compra 
uma ação para obter o direito de receber os lucros 
obtidos no negócio ao longo do tempo sob a forma 
de dividendos, de valorização da empresa e, ao final 
do seu ciclo de investimentos, o principal investido. 
Ocorre que esses valores que serão recebidos no 
futuro devem ser corrigidos pelos juros que o acionista 
receberia se tivesse investido em outro ativo livre de 
risco.
O valor da empresa no presente é a soma de 
todos os valores que o acionista receberá no futuro, 
descontados pela taxa de juros que ele receberia em 
um investimento livre de risco: 
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Tudo o que influencia os resultados de cada 
exercício, afeta o valor presente da companhia. Além 
dos resultados da empresa, note que as taxas de juros 
dos títulos livres de risco, que geralmente são títulos 
do tesouro, também afetam o valor das ações. Se as 
taxas de juros sobem, o denominador sobe e o valor 
presente, portanto, cai. Do contrário, quando as taxas 
caem, o valor presente sobe.
Os resultados são influenciados por fatores próprios, 
endógenos, como a governança, a estrutura de custos, 
o seu capital humano, seu tamanho e outros. Há os 
fatores exógenos, que podem afetar tanto as receitas 
como as despesas. São exemplos de fatores exógenos 
os processos de inovação feitos pelos concorrentes, 
mudanças nas taxas de câmbio e na inflação, eventos 
decorrentes da política econômica e outros.
Os dados das empresas são divulgados 
trimestralmente nas suas demonstrações contábeis. 
Elas são padronizadas e devem espelhar fielmente 
a situação de cada companhia, sendo auditadas por 
empresas especializadas e fiscalizadas pela Comissão 
de Valores Mobiliários. As demonstrações contábeis 
devem conter obrigatoriamente: o balanço patrimonial 
ao final do período, demonstração do resultado do 
período, demonstração das mutações do patrimônio 
líquido do período, demonstração dos fluxos de caixa 
do período, demonstração do valor adicionado do 
período e notas explicativas. 
Para avaliar a performance da empresa e sua 
evolução ao longo do tempo, são utilizados indicadores 
ou múltiplos. Há os relativos ao enterprise value (EV) 
e ao firm value e suas relações com a geração de 
caixa (FV/EBITDA e EV/EBITDA), Vendas (FV/Vendas e 
EV/Vendas. Há, adicionalmente, os relativos ao valor 
de mercado, como o ValorMercado/LucroLiquidoe 
ValorMercado/PatrimônioLíquido. O múltiplo mais 
consagrado é o ValorMercado/LucroLíquido, também 
conhecido como P/L, ou preço/lucro. Ele indica quanto 
tempo é necessário para que o valor principal investido 
seja recuperado e, portanto, o retorno que uma ação 
dá ao seu proprietário. Quanto maior o indicador, 
menor a rentabilidade da empresa e maior o tempo 
necessário para que o investidor tenha o seu capital 
recuperado.
Esses elementos de análise ao serem combinados 
permitem uma visão da empresa que se resume 
ao seu valuation, ou ao seu valor. Mais uma vez é 
importante ressaltar que há vários modelos de análise 
e cada analista os implementa de acordo com seus 
julgamentos e experiências. É essa diferença de 
análise que justifica o comportamento do mercado, 
que nunca está parado, está sempre em movimento, 
ao sabor das mudanças das expectativas dos agentes 
em relação aos fatores que afetam o valor de cada 
empresa.
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9 ANÁLISE TÉCNICA
A Análise Técnica, também conhecida como Análise 
Gráfica, é uma ferramenta utilizada por investidores e 
traders para o estudo do mercado de renda variável 
(como o de ações e minicontratos). Com ela, podemos 
montar estratégias para saber o melhor momento de 
comprar ou vender uma ação, um minicontrato de 
dólar, de índice, dentre outros ativos. Podemos definir 
este tipo de análise como o estudo dos preços ao 
longo do tempo. 
Geralmente, para poder realizar uma melhor 
interpretação do gráfico, não utilizamos o mais 
conhecido gráfico de linhas ou barras, mas sim o gráfico 
de candlestick. Neste gráfico, conseguimos visualizar 
4 informações: o preço de abertura, fechamento, 
máxima e mínima que um ativo foi negociado em 
determinado período de tempo. Período esse que 
pode variar entre minutos, horas, dias, semanas, 
meses e até anos. 
Formado por um eixo horizontal de tempo e 
um eixo vertical de preço, o gráfico mostrará de 
forma simples como se comportou e como está se 
comportando, neste exato momento, o preço de uma 
ação. E o analista técnico baseia-se na premissa de que 
todas as informações estão representadas no gráfico, 
na medida em que este traduz o comportamento 
do mercado e um consenso entre compradores e 
vendedores. Ou seja, não importa se uma notícia está 
saindo ou o que está acontecendo agora no cenário 
político e econômico, mas sim como os investidores 
reagem a tudo isso. E é nesse ponto que a análise 
técnica se destaca, já que olha para algo simples, mas 
que reflete todas as informações do mercado na sua 
essência, a formação do preço. 
Com a análise técnica, podemos identificar a 
direção em que o preço está se movendo, se é uma 
tendência de baixa, de alta ou se o mercado está de 
lado. Além disso, é possível identificar pontos onde 
há maior interesse de compra e de venda e algumas 
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barreiras para o preço, os chamados suportes e 
resistências. Temos também diversos indicadores 
disponíveis, os quais nada mais são do que fórmulas 
matemáticas plotadas no gráfico e que podem nos 
auxiliar a montar uma estratégia operacional.
E todo o histórico de preços, visualizado através 
do gráfico de clandlestick, forma alguns padrões. 
Assim, basta conhecer alguns desses padrões para 
poder procurar oportunidades de compra e venda no 
mercado. Ou seja, buscamos identificar a repetição de 
padrões para realizar operações.
 E como estaremos acompanhando passo a passo 
o comportamento dos preços, podemos começar 
a perceber rapidamente quando uma ponta está 
perdendo força. Se estou comprado em um ativo 
e percebo que os vendedores começam a ganhar 
força, posso rapidamente realizar meu lucro naquela 
operação e partir para uma nova oportunidade. Isto 
é, no curto e médio prazo a análise técnica funciona 
muito bem como uma ferramenta para encontrar 
oportunidades no mercado, nos auxiliando a diminuir 
as perdas e maximizar os lucros. 
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O Tape Reading ou Leitura de Fluxo é uma técnica 
utilizada pelos day traders para especular em cima de 
um ativo específico.
Surgiu nos tempos antigos onde as transações 
dos negócios eram todos registrados em uma fita e as 
corretoras recebiam essas informações e analisavam 
para tomar as suas decisões.
Atualmente, mudou muito a forma de se fazer o 
tape reading e o desenvolvimento do pregão eletrônico 
foi o responsável por isso.
LEITURA DE FLUXO DE 
ORDENS (TAPE READING)
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A técnica consiste em analisar as ordens eletrônicas 
que estão sendo executadas em conjunto com as 
ordens penduradas no livro de ofertas para tentar 
identificar um padrão da direção na qual o mercado 
está querendo se deslocar.
O trader que utiliza essa técnica analisa uma série 
de ferramentas como o Times&Trades, o Book de 
Ofertas, o Volume at Price, entre outras.
O Times & Trades é uma das principais ferramentas 
de um trader que utiliza a leitura de fluxo para realizar 
as suas operações. Nessa ferramenta são listados todos 
os negócios executados em um determinado ativo 
durante o pregão. É destacado o horário da negociação, 
quantos lotes foram executados, o lado comprador e 
o lado vendedor. Através desse histórico, podemos 
saber também como está a evolução e o saldo das 
principais corretoras em relação a determinado ativo.
O Book de Ofertas nos mostra todas as ordens 
penduradas para determinado ativo e aguardando 
execução. É importante saber que o book de ofertas nos 
mostra possível intenção do mercado, mas, as ordens 
que constam nele, não foram executadas e os players 
que estão pendurados aparentemente não estão com 
tanta pressa. Afinal, os players mais agressivos e com 
pressa são aqueles que acabam agredindo as ordens 
que estão penduradas no livro de ofertas.
O Volume At Price, como o próprio nome nos 
demonstra, é uma ferramenta que exibe o volume 
negociado em cada nível de preço. Ele é muito utilizado 
pelos traders para identificar possíveis regiões de 
briga, resistência e até de reversões ou rompimentos 
de patamares do mercado.
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11 DAY TRADE, SWING TRADE E POSIÇÃO
No mercado financeiro, podemos investir em ativos 
com objetivo de longo prazo, formação de patrimônio 
e aposentadoria, o que chamamos de “buy and hold” 
(comprar e segurar na tradução literal), porém, para 
quem tem perfil mais arrojado e vontade, é possível 
especular e ganhar com as oscilações de curtíssimo, 
curto e médio prazo dos ativos. Para cada um desses 
prazos de operação, temos uma denominação, sendo 
elas:
Day Trade: operação de compra e venda de um 
ativo no mesmo dia. Pode ainda se ramificar no que 
chamamos de “scalping”, que é uma operação que 
geralmente dura segundos ou poucos minutos. 
Swing Trade: compra e venda em dias diferentes, 
operação que geralmente dura de alguns dias até 
algumas semanas.
Position trade: operação um pouco mais longa 
que o swing trade, geralmente dura meses ou até 
alguns anos.
É importante saber qual tipo de operação iremos 
realizar pois ambas possuem algumas vantagens, 
desvantagens e também pois para realizar cada uma 
delas, temos que adequar um pouco a estratégia 
utilizada.
Por exemplo, no day trade e scalping, podemos 
utilizar a análise técnica ou o tape reading como forma 
de análise para tomada de decisão. Já no swing trade, é 
a análise técnica que vai dar o principal sinal de entrada 
e saída, no máximo podemos fazer um filtro nos ativos 
operados com base em análise fundamentalista. Já no 
position trade e principalmente no buy and hold, é a 
análise fundamentalista que será o principal critério de 
escolha, a análise técnica, nesses casos, pode auxiliar 
no máximo na escolha do ‘timing’, ou seja, o melhor 
momento de entrada. 
Deu pra perceber que a análise técnica pode 
ser utilizada em qualquer tipo de operação, não é 
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mesmo? Porém, para cada um deles, iremos utilizar 
diferentes tempos gráficos. No day trade, utilizamos 
principalmente os gráficos intradiários, como 1, 5 e 15 
minutos. Já no swing trade,o principal tempo gráfico 
utilizado é o diário, também podemos utilizar o semanal 
e o de 60 minutos como base. Já no position trade 
ou buy and hold, podemos utilizar tempos gráficos 
maiores, além do diário, o semanal e o mensal. 
Após conhecer os principais aspectos desses tipos 
de operação, vale destacar algumas vantagens e 
desvantagens de cada um deles. 
Day Trade
- Compra e vende no mesmo dia;
- Analise Técnica (gráfico Intradiário) + Tape 
Reading;
Vantagens 
- Possibilidade de alavancagem;
- Pode dormir tranquilo, já que não passa 
posicionado para o próximo pregão, evitando o risco 
de o ativo abrir no dia seguinte a um preço muito 
distante de sua entrada;
- É possível operar vendido, sem necessidade de 
alugar o ativo;
- Podemos operar minicontratos, mercado com 
boa liquidez, volatilidade, alavancagem e baixo custo.
Desvantagens
- Alíquota de Imposto de Renda de 20% sobre o 
lucro, sem possibilidade de isenção;
- Exige maior controle emocional para realizar as 
operações;
- Demanda mais tempo de tela e de aprendizado.
Swing Trade
- Operação que dura no mínimo dois dias, até no 
máximo algumas semanas;
- Uso de Análise Técnica (gráfico diário, 60min, 
semanal) + Análise Fundamentalista;
- Busca variações percentualmente maiores.
Vantagens
- Menor alíquota de imposto de renda (15%) e 
possibilidade de isenção de IR, no caso de realizar o 
volume de vendas de até R$20.000,00 no mês, no 
mercado à vista de ações;
- Exige menos tempo de tela, por isso são operações 
mais tranquilas;
- Há mais tempo para tomar decisão.
Desvantagens
- Exige um capital maior, já que não há possibilidade 
de alavancagem, existem custos envolvidos e é 
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importante diversificar o capital disponível em mais 
de uma ação para mitigar o risco;
- Há risco de sair alguma notícia entre os pregões e 
o ativo que está posicionado abrir com um GAP (pulo 
no preço) contra sua operação, fazendo com que seu 
stop seja pulado;
- É possível operar vendido, porém precisa alugar 
a ação que deseja vender, o que significa que terá um 
custo a mais na operação, que pode ser pequeno, 
mas já será um custo a mais do que no day trade, por 
exemplo. 
Position Trade
- Operação um pouco mais longa que o swing 
trade, geralmente dura alguns meses;
- Uso de Análise Técnica (gráfico diário, semanal) + 
Filtro Fundamentalista;
- Busca variações percentualmente maiores e 
movimentos de tendência mais amplos.
Vantagens
- Assim como no swing trade, há menor alíquota 
de imposto de renda (15%) e possibilidade de isenção 
de IR, no caso de realizar o volume de vendas de até 
R$20.000,00 no mês, no mercado à vista de ações;
- Também exige menos tempo de tela e há mais 
tempo para tomada de decisão.
Desvantagens
- Demanda um capital maior;
- Há risco de GAP’s entre os pregões;
- É possível operar vendido, porém precisa alugar 
a ação;
- Pode ter stops mais caros do que no swing trade.
Buy and Hold
- Compra e segura por um período mais longo;
- Análise Fundamentalista, timing gráfico.
Vantagens
- Formação de poupança;
- Pode ir comprando aos poucos, portanto exige 
um capital menor do que no swing e position trade;
- Boas empresas costumam gerar valor ao longo 
do tempo;
- Não opera vendido, mas pode deixar suas ações 
disponíveis para aluguel, o que possibilita uma renda 
a mais na operação.
Desvantagens
- Perde oportunidades e oscilações de curto prazo;
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- Pode demorar mais tempo para começar a trazer 
resultados satisfatórios. 
Vale lembrar que, para quem escolhe um tipo de 
operação, não precisa deixar de realizar o outro, pelo 
contrário, pode compor sua carteira de investimentos 
com diversos e diferentes ativos, técnicas e prazos. 
 12 STOP LOSS - O QUE É? PARA QUE SERVE?
Ao abordarmos o tema de investimento em bolsa 
de valores, temos que ter em mente que diversas 
variáveis podem interferir no preço de uma ação ou 
no valor do dólar. Dessa forma, temos que ter bem 
claro em nossa mente que o mercado financeiro, mais 
precisamente o mercado de renda variável, está cheio 
de incertezas que podem mudar a percepção de valor 
por parte dos investidores, fazendo com que estes 
comprem ou vendam seus títulos repentinamente, 
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ocasionando a valorização ou desvalorização de 
grande amplitude em curto período de tempo. 
Quando falamos de incertezas, estamos falando 
de risco. Logo, temos que ter alguma ferramenta que 
limite nossa exposição ao risco. Uma das ferramentas 
mais importantes para limitar ou controlar os riscos 
nos quais estamos expostos é o Stop Loss.
O Stop Loss é uma ordem condicional (ao atingir 
determinado preço a ordem é disparada) que enviamos 
à corretora com o objetivo de encerrar uma operação 
que não evoluiu como havíamos planejado. Ao 
comprarmos uma ação, o preço dela pode aumentar, 
gerando lucro ao vendê-la por um valor superior ao 
que foi pago no início da operação. Entretanto, o 
preço dessa mesma ação também pode cair. O Stop 
Loss funciona como um limite dessa possível perda. 
Exemplo: comprei um lote de ações a R$20,00 com 
o objetivo de vendê-las com lucro a R$23,00. Mas 
quero limitar minhas perdas caso o preço da ação caia 
para R$19,00. Ou seja, caso essa operação desenvolva 
conforme o esperado eu terei um lucro bruto de R$ 
3,00 por ação (23,00 – 20,00 = 3,00), por outro lado se 
o preço cair para R$19,00 uma ordem de venda será 
enviada para limitar meu prejuízo em R$1,00 por ação 
(19 – 20 = -1).
 13 IMPORTÂNCIA DA DIVERSIFICAÇÃO
Um dos principais conceitos em finanças é que 
todo investimento, em maior ou menor grau, possui 
algum risco. A diversificação de investimentos consiste 
em alocar os recursos a serem investidos em ativos 
com riscos diferentes. O objetivo da diversificação 
é minimizar ou diluir o risco que um ativo teria caso 
colocado de maneira isolada. 
O contexto macroeconômico interfere nas 
decisões de investimento, cenários de juros baixos 
favorecem ciclos de valorização no valor das ações, 
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tornando a renda variável muito atrativa. Por outro 
lado, em períodos de crise, o dólar tende a ser um ativo 
que apresenta forte valorização. Logo, é importante 
compreender o contexto para dar suporte às decisões 
de investimento.
Ao estabelecer uma carteira de investimentos é 
recomendado estar consciente do que está buscando, 
conhecer os diferentes produtos financeiros e 
compreender os riscos envolvidos. 
Uma empresa, e até mesmo um setor podem 
estar expostos a fatores isolados que podem impactar 
de maneira negativa seu desempenho e caso um 
investidor tenha 100% do seu capital nessa empresa 
ou setor, o impacto no seu patrimônio será muito 
maior do que se tivesse diversificado.
Uma boa diversificação se inicia pela definição de 
qual percentual dos investimentos estará em Renda 
Fixa e Renda Variável. O próximo passo seria selecionar 
ativos existentes em cada uma das categorias.
 14 PARTICIPANTES DE MERCADO
Os principais participantes do mercado são:
- Investidores Institucionais – Fundos 
- de investimento, fundos de pensão, seguradoras;
- Investidores Estrangeiros;
- Empresas Públicas e Privadas;
- Instituições Financeiras;
- Pessoas físicas.
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