Slide - Serviços Públicos

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Prof. Msc. Carlos J C Costa
Serviços Públicos
Serviços Públicos
1. Introdução
Funções precípuas do Estado:
Exercício do Poder de Polícia
Atividades de Fomento
Prestação de Serviços Públicos
Arts. 175 e 176, CF/88
Atuação estatal na prestação de serviços públicos
Somente se admite prestação de serviços públicos por particulares com expressa delegação estatal.
Ex.: concessões e permissões.
CORRETA: “A prestação de serviços públicos incumbe ao Poder Público, na forma da lei, e ocorre diretamente ou sob regime de concessão ou permissão”.
Serviços Públicos
2. Conceito (Carvalho Filho)
Atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados,
Basicamente sob regime de direito público,
Com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade.
3. Características do serviço público
Atividade material
Tarefa exercida no plano concreto pelo Estado
Não se limita a uma atividade normativa ou intelectual
Funções legislativa, jurisdicional e política não são serviços públicos em sentido técnico, pois são tarefas essencialmente intelectuais.
Ausente a materialidade necessária para configurar um serviço público.
Serviços Públicos
3. Características do serviço público
b) Natureza ampliativa
O serviço público é uma atuação de natureza ampliativa da esfera de interesses do particular.
Traz vantagens e comodidades aos usuários.
Uma atividade em favor do particular e não contra o particular.
Diferente do Poder de Polícia que restringe a atuação do particular.
Serviços Públicos
3. Características do serviço público
c) Prestada diretamente pelo Estado ou por seus delegados
Regra: prestado diretamente pelo Estado.
Mas, por opção do legislador
Pode ser delegado a particulares
Por meio de concessão e permissão
Onde o particular assume a prestação e
Se responsabiliza direta e objetivamente pelos danos causados.
CORRETA: “O exercício dos serviços públicos pode ser delegado a entidades públicas ou privadas, por meio de concessão ou permissão, mantendo-se a titularidade com o Poder Público”.
Serviços Públicos
3. Características do serviço público
d) Sob regime de direito público
Disciplina normativa baseada nos princípios e regras de Direito Administrativo.
Mas, admite a incidência de algumas normas de Direito Privado (Regime parcialmente público)
Ex.: Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)
Art. 7º, Lei 8.987/95 admite expressamente aplicação subsidiária do CDC, quando aos direitos do usuário:
“Art. 7º. Sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários: (...)” 
Aplica-se o critério da especialidade:
Lei 8.987/95 (lei especial) que se aplica primariamente sobre a denominada “relação jurídica especial de consumo” que envolve usuário de serviço público.
O CDC se aplica de forma subsidiária.
Serviços Públicos
3. Características do serviço público
e) Para satisfação das necessidades essenciais ou secundárias da coletividade
O Estado é gestor do interesse da coletividade
Os serviços públicos são divididos em:
Primários ou essenciais
Deve o Estado prestar na maior dimensão possível
Para atender as principais demandas da coletividade.
Secundários ou não essenciais.
Algumas atividades sem tanta importância para a sociedade podem ser qualificadas como serviços públicos.
A relevância social não é condição suficiente para a transformação de uma atividade em serviço público, pois depende da vontade legislador.
Serviços Públicos
4. Serviços públicos Uti Universi e Uti Singuli
Serviço público em sentido amplo:
Qualquer atividade estatal ampliativa ainda que produza vantagens para algumas pessoas.
Há os serviços de fruição geral (Uti Universi) e de fruição individual (Uti Singuli).
Serviços públicos Uti Universi ou Serviços gerais
Não criam vantagens particularizadas para cada usuário.
Impossível estabelecer um valor justo que possa ser cobrado do beneficiário como remuneração pela prestação do serviço.
Não podem ser dados em concessão nem remunerados pela cobrança de taxas.
São prestados diretamente pelo Estado e a prestação é custeada por Impostos.
Ex.: Iluminação pública, varrição de ruas, limpeza pública.
Serviços públicos Uti Singuli ou Serviços individuais
São prestados para criar benefícios individuais para cada usuário.
Podem ser objeto de concessão
Podem ser custeados por taxas
Ex.: energia residencial, água canalizada, transporte coletivo, telefonia fixa etc.
CORRETA: “Os serviços públicos uti universi são indivisíveis, e a Administração presta-os a usuários indeterminados, mantendo-os por impostos”.
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4. Serviços públicos Uti Universi e Uti Singuli
Segurança Pública não é serviço público.
Trata-se de atuação estatal de manutenção da ordem como manifestação do Poder de polícia (atividade restritiva).
Os autores de Direito Tributário costumam exemplificar como serviço público a segurança pública,
Mas para o Direito Administrativo é atividade limitadora da esfera de interesses do particular (exercício do Poder de Polícia).
Serviços de coleta, remoção e tratamento de lixo:
Súmula Vinculante nº 19:
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o art. 145, II, da Constituição Federal”.
Portanto, os serviços de coleta, remoção e tratamento de lixo são considerados uti singuli pelo STF.
A Lei nº 9.472/97 define a telefonia fixa como serviço público.
Mas a telefonia móvel é atividade econômica.
Assim, havendo quebra de uma operadora de telefonia fixa, o Estado tem o dever de garantir a continuidade da prestação, o que não acontece se houver a quebra de uma operadora de telefonia móvel.
Serviços Públicos
5. Titularidade do Serviço Público
Concessionários e Permissionários não titularizam serviços públicos.
Serviço público só pode ser titularizado por Pessoa Jurídica de Direito Público.
A titularidade de serviços públicos só pode ser atribuída:
União
Estados
DF
Municípios
Territórios
Autarquias
Associações Públicas
Fundações Públicas
As Pessoas Jurídicas de Direito Privado que integram a Administração Indireta recebem a titularidade da prestação do serviço público.
Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista
Fundações Governamentais
Consórcios Privados
Ex.: ECT – Empresa Pública Federal de direito privado, não tem a titularidade do serviço postal, titulariza apenas a sua prestação.
O serviço postal é titularizado pela União (art. 21, X, CF).
Serviços Públicos
6. Serviços Públicos Federais, Estaduais, Municipais e Distritais
a) Compete à União (art. 21, X a XII, CF/88)
Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e lacustres.
Executar os “serviços” de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
Explorar os “serviços” e instalações nucleares de qualquer natureza.
Serviços Públicos
6. Serviços PúblicosFederais, Estaduais, Municipais e Distritais
b) Compete aos Estados (art. 25, §2º, CF/88)
Explorar diretamente ou mediante concessão, os serviços de gás canalizado, na forma da lei.
c) Compete aos Municípios (art. 30, CF/88)
Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
Prestar, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.
Ao Distrito Federal (art. 32, §1º, CF/88)
Prestar todos os serviços públicos de competência estadual e municipal.
Serviços Públicos de titularidade comum 
São prestados pela União, Estados, DF e Municípios os denominados serviços sociais:
Saúde
Educação
Previdência Social
Assistência Social
Também podem ser prestados por particulares, mediante autorização estatal.
Mas só serão considerados serviços públicos propriamente ditos quando prestados pelo Estado.
Serviços Públicos
6. Serviços Públicos Federais, Estaduais, Municipais e Distritais
Serviços Notariais e de Registro (art. 236, CF)
São exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.
Esses serviços visam garantir:
Publicidade
Autenticidade
Segurança e
Eficácia dos atos jurídicos (art. 1º, Lei nº 8.935/94) 
O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público.
Não se permite que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso por mais de 06 meses (art. 236, §3º, CF).
O valor dos emolumentos tem natureza jurídica de taxa de serviço público.
Já o percentual repassado ao tribunal fiscalizador tem natureza de taxa de polícia.
Responsabilidade dos notários e oficiais de registro é objetiva pelos danos que seus prepostos causarem a terceiros
Assegurado o direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.
A responsabilidade civil independe da criminal (arts. 22 e 23, Lei nº 8.935/94). 
Serviços Públicos
6. Serviços Públicos Federais, Estaduais, Municipais e Distritais
Uber e demais aplicativos de transporte privado
Há importantes mudanças quanto a forma de prestação do transporte coletivo (serviço público municipal) 
Os Aplicativos utilizados para conectar diretamente passageiros e motoristas privados (Uber, Cabify, etc.) trouxeram a necessidade de nova regulamentação.
A Lei nº 12.587/2012 – Política Nacional de Mobilidade Urbana, no art. 4º, X (incluído pela Lei nº 13.640/2018), reconheceu o transporte remunerado privado individual de passageiros, conceituado como:
“o serviço remunerado de transporte de passageiros, não aberto ao público, para a realização de viagens individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por usuários previamente cadastrados em aplicativos e outras plataformas de comunicação em rede”.
Assim, os Municípios e o Distrito Federal, por lei própria, podem regularizar o funcionamento desses aplicativos.
“Art. 11-A. Compete privativamente aos Municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei no âmbito de seus territórios”.
Serviços Públicos
7. Princípios do Serviço Público
Além dos princípios administrativos há princípios específicos aplicáveis à prestação de serviços públicos:
a) Adequação (art. 6º, §1º, Lei 8.987/95):
Aquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
b) Obrigatoriedade
O Estado tem o dever de promover a prestação do serviço público.
Não configura faculdade discricionária.
c) Atualização, modernidade ou adaptabilidade
A técnica empregada na prestação do serviço público não precisa ser a mais avançada disponível, mas deve se mostrar compatível com o desenvolvimento tecnológico vigente à época da prestação.
Art. 6º §2º, Lei 8.987/95:
“A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço”.
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7. Princípios do Serviço Público
d) Universalidade ou generalidade
A prestação do serviço deve ser estendida à maior quantidade possível de usuários.
e) Modicidade das tarifas (ou modicidade da remuneração)
Módico significa algo barato, acessível.
O valor exigido do usuário a título de remuneração pelo uso do serviço deve ser o menor possível, reduzindo-se ao estritamente necessário para remunerar o prestador com acréscimo de pequena margem de lucro.
f) Cortesia
O serviço público e as informações de interesse do usuário devem ser prestados com polidez e educação.
g) Transparência (art. 7º, III, Lei 8.987/95)
O usuário tem direito de receber do poder concedente e da concessionária informações para defesa de interesses individuais ou coletivos. 
CORRETA: “Diante do princípio da transparência, constitui dever, seja do concedente, seja do concessionário, o de fornecer aos usuários as informações para defesa de interesses individuais e coletivos. Cabe aos usuários, ainda, como sujeitos interessados na boa prestação do serviço, o direito de representação no sistema de fiscalização dos serviços concedidos”.
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7. Princípios do Serviço Público
h) Continuidade
A prestação do serviço público não pode sofrer interrupção.
Deve ser promovida de forma contínua e sem intervalos.
Exceção:
Art. 6º, §3º, Lei 8.987/95 admite a interrupção em situação de emergência ou mediante prévio aviso:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações.
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade
i) Igualdade
Serviços públicos devem ser prestados a todos os usuários, sem privilégios ou discriminações.
Com base no mesmo princípio deve-se dar tratamento especial a usuários em condições diferenciadas:
Ex.: transporte público adaptado para portadores de deficiência e tarifas reduzidas para usuários economicamente hipossuficientes.
CORRETA: “Segundo o critério da igualdade dos usuários, a nenhum deles será negada a prestação de serviço público em razão da distinção de caráter pessoal”.
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7. Princípios do Serviço Público
j) Motivação
Todas as decisões relacionadas com a prestação do serviço devem ser fundamentadas.
k) Controle
As condições de prestação do serviço público estão sujeitas a fiscalização por parte da própria Administração (controle interno) e pela via judicial (controle externo).
l) Regularidade
A prestação dos serviços deve observar as condições e horários adequados de acordo com os interesses da coletividade, sem atrasos ou intercorrências.
m) Eficiência
O serviço público deve ser prestado buscando a melhor qualidade e os mais altos índices de aproveitamento.
n) Segurança
A prestação do serviço não pode colocar em risco a integridade dos usuários ou a segurança da coletividade.
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7. Princípios do Serviço Público
	Princípios do Serviço Público	
	Adequação	h) Continuidade
	b) Obrigatoriedade 	Igualdade
	c) Atualização, modernidade ou adaptabilidade	j) Motivação
	d) Universalidade ou generalidade	k) Controle
	e) Modicidade das tarifas (da remuneração)	l) Regularidade
	f) Cortesia	m) Eficiência
	g) Transparência	n) Segurança
CORRETA: “O conceito de serviço público não alberga o princípio da livre-iniciativa”.
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9. Serviços Essenciais
No caso de greve dos trabalhadores de um dos serviços públicos abaixo, os sindicatos, empregadores e trabalhadores ficam obrigados a garantir a prestação dos serviços.
A lei 7.783/89 definiu como serviços essenciais:
Tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis
Assistência médica e hospitalar
Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos
Funerários
Transporte coletivo
Captação e tratamento de esgoto e lixo
Telecomunicações
Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares
Processamento de dados ligadosa serviços essenciais
Controle de tráfego aéreo
Compensação bancária.
Serviços Públicos
10. Formas de prestação 
Há diversas formas de prestação de serviços públicos.
10.1. Prestação Direta
Realizada pelo próprio Estado (Administração Direta).
Se houver cobrança pelos serviços a remuneração terá natureza de taxa.
A prestação direta pode ser realizada de dois modos:
Pessoalmente pelo Estado:
Exercida pelos órgãos públicos da Administração Direta.
Ex.: Varrição de ruas.
Com auxílio de particulares:
Particulares são selecionados por meio de licitação e celebram contrato de prestação de serviços.
Ex.: Coleta de lixo feita por empresa terceirizada.
Obs.: a prestação direta com auxílio de particulares é feita em nome do Estado e não em nome próprio pelo prestador. Em caso de prejuízo decorrente da prestação, a responsabilidade é exclusiva do Estado.
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10. Formas de prestação 
Há diversas formas de prestação de serviços públicos.
10.2. Prestação Indireta por Outorga
Prestação dos serviços realizada por Pessoas Jurídicas especializadas criadas pelo Estado (Administração Indireta).
Autarquias, Fundações Públicas, Associações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
Remuneração: paga pelo usuário ao prestador e tem natureza jurídica de taxa.
Responsabilidade: 
Direta e Objetiva do prestador.
Estado responde subsidiariamente.
Ex.: serviço postal exercido pela Empresa de Correios e Telégrafos.
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10. Formas de prestação 
Há diversas formas de prestação de serviços públicos.
10.3. Prestação Indireta por Delegação ou “por colaboração”
Realizada por concessionários e permissionários após regular licitação.
A delegação tem que estar prevista em lei específica (concessão) ou autorização legislativa (permissão).
Só pode ocorrer em relação a serviços Uti Singuli.
Responsabilidade: 
Direta e Objetiva do concessionário ou permissionário
Estado responde subsidiariamente.
As regras aplicáveis são de direito público.
Exemplos de prestação indireta por delegação:
Transporte aéreo de passageiros
Rodovia dada em concessão
Telefonia fixa
Radio e televisão
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10. Formas de prestação 
Em todas as formas de delegação há a transferência da prestação dos serviços públicos.
O poder de fiscalizar a prestação do serviço público permanece nas mãos do poder concedente.
	Formas de prestação de serviços públicos			
	DIRETA		INDIRETA	
	Pessoalmente 
(por seus órgãos e agentes públicos)	Com auxílio de particulares, em nome do Estado	Por outorga 
(usando pessoas criadas pelo Estado)	Por delegação 
(concessionárias e permissionárias de serviço público)
	Ex.: varrição de ruas	Ex.: Coleta de lixo	Ex.: Autarquias	Ex.: Concessão de rodovia
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11. Responsabilidade do prestador de serviços públicos
Objetiva
A responsabilidade pela prestação dos serviços públicos é sempre objetiva (independe da demonstração de culpa ou dolo).
Trata-se de direito do usuário, independentemente de quem seja o prestador do serviço público.
Subjetiva: danos por omissão.
12. Controle
Interno
Realizado pelo órgão da Administração Pública incumbido de exercer a atividade.
Externo
Quando a Administração Pública procede à fiscalização dos concessionários e permissionários.
Também quando verifica os aspectos administrativo, financeiro e institucional de pessoa da administração descentralizada.
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13. Formas de remuneração
Há 03 formas de remuneração para a prestação dos serviços públicos:
Tarifa (Preço público)
Remuneração paga pelo usuário quando o serviço é uti singuli.
Prestado indiretamente por delegação nos casos de concessão e permissão.
Não possui natureza tributária, mas de cunho privado-contratual.
Assim, não observa os princípios da legalidade e anterioridade, podendo ser majorada por ato administrativo do poder concedente.
Ex.: valor do pedágio cobrado nas rodovias exploradas por particulares.
Serviços Públicos
13. Formas de remuneração
b) Taxa
Possui natureza tributária. Só podem ser criadas ou majoradas por meio de lei (art. 150, I, CF)
Sua cobrança está submetida ao intervalo mínimo imposto pelo princípio da anterioridade (art. 150, III, b e c, CF).
Utilizada nas hipóteses de prestação direta pelo Estado de serviço uti singuli.
Também são remunerados por taxas os serviços públicos outorgados a pessoas jurídicas da Administração Indireta (Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista etc.).
Ex.: Serviço postal prestado pelos Correios.
CORRETA: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”.
Serviços Públicos
13. Formas de remuneração
Obs.: STF - Iluminação pública, por ser genérico e indiscriminado (não é divisível e específico), não pode ser remunerado por taxa:
Súmula Vinculante nº 41: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”
“CF, Art. 149-A (incluído pela EC nº 39/2002): “Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica”
c) Impostos
Possuem natureza tributária
Não se pode falar em remuneração, mas em prestação custeada pelas receitas provenientes de impostos.
Ex.: Serviços de limpeza e conservação de ruas.
Serviços Públicos
14. Classificação dos Serviços Públicos
Critérios de classificação (Hely Lopes Meireles)
Quanto à essencialidade
Quanto à adequação
Quanto à finalidade
Quanto à essencialidade
Serviços públicos propriamente ditos:
Privativos do Poder Público
Indispensáveis e necessários para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado.
Ex.: defesa nacional.
Serviços públicos de utilidade pública
A prestação não é indispensável para a sociedade, mas conveniente e oportuna 
Facilita a vida do indivíduo
Ex.: fornecimento de energia elétrica.
Serviços Públicos
14. Classificação dos Serviços Públicos
b) Quanto à adequação
Serviços próprios do Estado 
Em regra são prestados diretamente pelo Estado.
Estão vinculados às atribuições essenciais do Poder Público.
Ex.: saúde pública, segurança pública, ensino.
Serviços impróprios do Estado
Podem ter a prestação outorgada a entidades estatais descentralizadas ou delegada a particulares.
Não afetam substancialmente as necessidades da coletividade.
Ex.: telefonia fixa.
CORRETA: “Os serviços que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e por isso a Administração os presta remuneradamente por seus órgãos ou entidades descentralizados, ou delega sua prestação a concessionários ou autorizatários, são chamados serviços impróprios do Estado”.
Serviços Públicos
14. Classificação dos Serviços Públicos
c) Quanto à finalidade
Serviços administrativos
Prestados para atender necessidades internas da administração (serviços de organização interna)
Ex.: imprensa oficial.
Serviços industriais
Exploração de atividades econômicas pelo Estado
Produzem renda e lucro para o prestador.
Ex.: venda de refeições a preços populares por empresa pública municipal.
Serviços Públicos
15. Direitos do usuário
Art. 7º, Lei 8.987/95:
São direitos e obrigações dos usuários, além daqueles estabelecidos no CDC:
Receber serviço adequado.
Receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais e coletivos.
Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente.
Levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado.
Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço.
Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos por meio dos quais lhes sãoprestados os serviços.
Concessionárias estão obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos (art. 7º-A).
Serviços Públicos
15. Direitos do usuário
Código de Defesa do Usuário de Serviços Públicos (Lei nº 13.460/2017)
Estabeleceu normas básicas para a participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos prestados direta ou indiretamente pela Administração Pública, sem prejuízo da incidência do CDC.
Passou a ser obrigatória a divulgação de tabela com a evolução do valor da tarifa e do preço praticados pelas concessionárias e prestadoras de serviços públicos.
Serviços Públicos
Não Desanimeis...