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UNIVERSIDADE FEEVALE
DIREITO ADMINISTRATIVO
STÉFNE MARIN DE SOUZA
SERVIÇOS PÚBLICOS
Novo Hamburgo, 2020.
1
13
Sumário
INTRODUÇÃO	4
1.Conceito de Serviço Público	5
2. Classificação dos serviços públicos	6
2.1. Serviços públicos próprios e serviços impróprios.	6
2.2. Serviços públicos compulsórios ou facultativos:	6
2.3.Serviços Administrativos e de utilidade pública.	6
2.4. Serviços publicos “uti universi” serviços públicos “uti singuli” ou individuais:	6
3.Princípios aplicados na prestação do serviço público.	7
4.Execução do Serviço Público	8
5. Concessão para serviço público	8
5.1.Formas de extinção das concessões:	9
6.Permissão para serviços públicos	10
7. Autorização para Serviço Público	10
8. Parcerias Público Privadas	11
CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS	13
INTRODUÇÃO
 Objetiva-se com este trabalho, apontar o serviço público, delimitando seu conceito e elementos de definição, para, assim, verificar o que deve ser considerado um serviço público adequado.
Aborda-se a delegação dos serviços a entes privados, a qual se dá através de institutos como a concessão e a permissão. O estudo dos institutos da concessão e permissão são importantíssimos, pois é através deles que surge a questão tarifária. 
Desse modo, com fulcro principalmente na carta magna brasileira, versa-se no presente trabalho os serviços públicos, essencialmente prestados pelo Estado ou indiretamente, por delegação, pelas pessoas jurídicas de direito privado, submetido ao regime jurídico de direito público, visando o atendimento do interesse público, sem finalidade lucrativa (o que não impede que a pessoa jurídica de direito privado a tenha), estabelecido na definição concessional, abordada no trabalho. Neste sentido, o trabalho vale-se a entender a aplicabilidade e efetividade dos princípios dentro do direito administrativo brasileiro. 
 Portanto, de modo geral, aborda-se a compreensão do Direito Administrativo Brasileiro, no que tange a forma de ser prestado os serviços públicos, atendendo a sua finalidade e os objetivos que devem ser exercidos pelo Administrador Público.
SERVIÇOS PÚBLICOS
1.Conceito de Serviço Público
A lei constitucional brasileira prevê em seu texto a prestação dos serviços públicos,  no caput, do art. 175,segui in verbis, “Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
Os serviços públicos constituem atividades prestacionas, assumido pelo o Estado o dever de garantir a oferta de certas materialidades em favor da coletividade. De acordo com os ensinamentos da Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, serviço público é ¹“toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público.” (PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2007. P. 90)
Verifica-se que a materialidade da prestação dos serviços se dá através da satisfação concreta das necessidades coletivas. Nesse mesmo sentido, segue o conceito dado por Lucia Figueredo:
²“Serviço público é toda atividade material fornecida pelo Estado, ou por quem esteja a agir no exercício da função administrativa se houver permissão constitucional e legal para isso, com o fim de implementação de deveres consagrados constitucionalmente relacionados à utilidade pública, que deve ser concretizada, sob regime prevalente de Direito Público” (FIGUEREDO, Lúcia Valle. Curso de direito administrativo. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.p. 78-79)
Com isto, observa-se que a titularidade da atividade de prestação de serviços é pública, o que garante ao Estado as atribuições jurídicas necessárias para determinar em que condições a atividade deve ser prestada. Entretanto, para os particulares protegerem suas expectativas patrimoniais legítimas, podem ser utilizados instrumentos como, a concessão e a permissão que transferem mediante licitação, a atividade pública à exploração privada.
2. Classificação dos serviços públicos
A titularidade do serviço público, de acordo com a repartição constitucional de competências, os serviços públicos podem ser classificados em federais, estaduais e municipais.
 A classificação pode ser subdivida entre:
2.1. Serviços próprios e serviços impróprios. Os serviços públicos próprios são aqueles destinados a atender as necessidades da coletividade dada a sua natureza essencial, devendo o Estado executá-lo direta ou indiretamente. Já serviços impróprios podem ser entendidos como aquele que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas.
2.2. Serviços públicos compulsórios ou facultativos: os serviços públicos compulsórios são aqueles que por serem considerados essenciais à coletividade não poderão ser recusados pelos destinatários, que deverão realizar a contraprestação pelo simples fato do serviço público estar à disposição. Sendo os serviços facultativos, bem como, pode-se observar o nome, são aqueles aos quais os cidadãos têm faculdade de optar pela execução em seu benefício, ou não. 
2.3. Serviços Administrativos e de utilidade pública. Sendo que os Serviços administrativos são aqueles que o Estado executa para melhor compor a sua organização. São serviços de organização interna. Beneficiam indiretamente a coletividade. Em contrapartida os serviços de utilidade pública são aqueles não essenciais, podendo ser prestados diretamente ou não pelo Poder Público.
2.4. Serviços “uti universi” serviços públicos “uti singuli” ou individuais: O primeiro são aqueles em que não é possível determinar a quantidade utilizada por cada um individualmente. A exemplo a doutrina, utiliza a iluminação pública, uma vez que é um serviço indivisível, que de fato não pode ser cobrada a sua prestação por meio de taxa, já que não é possível mensurar individualmente o seu valor. Já os serviços públicos “uti singuli” são aqueles em que é possível mensurar quanto cada usuário usufruiu na sua prestação, ou seja, são serviços divisíveis.
3. Princípios aplicados na prestação do serviço público. 
Além dos princípios gerais do Direito Administrativo (legalidade, impessoalidade, moralidade, pessoalidade e eficiência), podem ser aplicados os princípios da supremacia do interesse público sobre o particular, indisponibilidade do interesse público, razoabilidade e proporcionalidade, ainda mais, os princípios a seguir:
Princípio da regularidade na prestação, o qual trata-se do dever do Estado em prestar regularmente o serviço público, direta ou indiretamente. A ausência do Poder Público na prestação desse serviço poderá causar danos, e, por consequência gerará o dever de indenizar os prejudicados. 
Princípio da segurança, o qual estabelece que o Estado deverá prestar o serviço público de forma a não colocar em perigo a integridade física e a vida do usuário.
Princípio da atualidade está bem definido no § 2º do art. 6o da Lei n. 8.987/85: “Art. 6º, § 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.”
Princípio da generalidade estabelece a busca da universalidade na prestação do serviço público, isto é, o serviço deve ser prestado a todos os usuários de forma igualitária e impessoal, sem qualquer espécie de discriminação. 
Princípio da cortesia na prestação, sendo assim, que o serviço público seja prestado por pessoas que tratem os usuários com respeito e educação.
Princípio da modicidade das tarifas, trata-se de princípio que exige a prestação de serviço público a um preço justo do custo-benefício, de forma a atingir a universalidade na prestação. 
Princípio da continuidade, condiz com a não interrupção do serviço público, em razão da sua relevânciaperante a coletividade. 
4.Execução do Serviço Público
Os serviços públicos podem ser prestados de forma centralizada ou descentralizada. Na forma centralizada o serviço é prestado diretamente pelas entidades políticas da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) por meio de seus órgãos e agentes. Já na forma descentralizada o serviço público é aquele prestado por outra pessoa que não seja integrante da Administração Direta.
Portanto, quando a Administração Pública deseja repassar a execução de determinado serviço público de sua competência para a iniciativa privada pode fazê-lo mediante autorização, permissão ou concessão conforme art. 21, XII, e art. 175, ambos da CF/88. Modalidades a seguir descritas: 
5. Concessão para serviço público
A concessão é o acordo de vontades entre a Administração Pública e um particular, pelo qual a primeira transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário. 
Verifica-se, portanto, uma forma de descentralização da prestação de serviços. Sendo somente transferido a execução do serviço, obra, ou uso de bem público; a titularidade permanece com o Poder Público; isto chama-se delegação. Já no caso de transferência de titularidade denomina-se outorga, e se opera somente mediante lei, como é o caso das autarquias, por exemplos.
Importante ressaltar a exigência de prévia concorrência pública através da licitação, sua natureza contratual precedida de lei específica, além, dos prazos e normas contratuais. 
O concedente é aquele, que fixa as normas de prestação do serviço ou uso do bem público, que fiscaliza, impõe sanções e reajusta tarifas. Já o concessionário detém direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da concessão, se sujeita às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. 
Além da concessão em sentido comum, existem as chamadas concessões Especiais. Entre elas está a concessão de serviço público precedida de obra pública, a qual pode ser compreendida como uma forma de delegação, cuja seleção se dá mediante licitação, na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou ao consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco. Entretanto, a prestação do serviço é precedida de obra pública, realizada pela concessionária, cujo investimento será remunerado e amortizado através da exploração do serviço ou da obra, por prazo determinado. 
Também, importante definir a concessão patrocinada, a qual trata-se de uma concessão comum que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Ademais, o regramento específico estabelece várias nuances para essa espécie de concessão.
Por fim, identifica-se a concessão administrativa, a qual é apontada pela Lei n° 11.079/2004, como “contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens".
5.1. Formas de extinção das concessões:
As formas de extinção do contrato de concessão estão previstas no Artigo 35 da Lei Nº 8987 /95 : a) Advento do termo contratual ; b ) anulação ; c) falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular , no caso de empresa individua l; d) encampação; e) caducidade ; f) rescisão.
6. Permissão para serviços públicos
A permissão de serviço público é descrita como o contrato de cunho administrativo, por meio do qual o Poder Público, denominado permitente, transfere a um particular, nomeado permissionário, a execução de específico serviço público. Ressalta-se que é um ato discricionário e precário. 
Segundo Justen Filho ³“permissão é o ato administrativo de delegação da prestação de serviço público a particular, sem a imposição de deveres de investimento amortizáveis em prazo mínimo de tempo”
Sendo assim, mediatamente, a permissão se revela a vontade administrativa de executar, de modo descentralizado, determinado serviço público. Onde não há transfere a titularidade, somente a execução ou uso, efetivada através de contrato de adesão, precedido de licitação
Portanto, o instituto da concessão e da permissão são formalizados por meio de contratos administrativos, bem como possuem o mesmo objeto, qual seja, a prestação de serviços público, representando a mesma forma descentralizada, sendo ambos resultantes da delegação negocial. 
7. Autorização para Serviço Público
A terceira forma pela qual a Administração Pública pode repassar a execução de determinado serviço público para a iniciativa privada é a autorização conforme consta no art. 21, XI e XII, CF/88.
Compreende-se que se trata de ato administrativo unilateral discricionário e precário, ou seja, podendo ser revogado a qualquer tempo, independentemente de indenização, por meio do qual o Poder Público delega a particulares a execução de certos serviços.
Utiliza-se para os serviços que apresentem menor complexidade, nem sempre remunerados por meio tarifário.
Desse modo, são todos os serviços públicos que podem ser delegados por intermédio de autorização, mas apenas aqueles admitidos pela Constituição Federal e por leis específicas.
8. Parcerias Público Privadas
As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são contratos de longo prazo formalizados entre empresas privadas e a Administração Pública, tem-se o objeto de envolver a prestação de serviços públicos ou a prestação de serviços à Administração Pública, e, adicionalmente, a execução de obra e o fornecimento de bens. 
São contratos assemelhados aos contratos de concessão comum, mas se diferem pela integração de compromissos financeiros assumidos pela Administração Pública. O objetivo das PPPs é atrair investimento nacional e estrangeiro para a realização de grandes projetos
As concessões tradicionais são utilizadas quando se trata de projetos economicamente viáveis financeiramente. Existem casos em que a implementação do projeto demanda o aporte de recursos fiscais, uma contraprestação da Administração Pública em caráter complementar ao montante arrecadado com a tarifa cobrada dos usuários. 
Denota-se, que este fato ocorre quando a prestação de serviços ou a construção de obras de infraestrutura não for atraente para os agentes privados, devido à limitação dos ganhos possíveis ou ao elevado nível dos riscos inerentes ao empreendimento. Nesses casos, se efetuam as parcerias público-privadas. 
 Está instituída as normas gerais de licitação e contratação de parceria público-privada, na Lei 11.079/2004, definindo-a como contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativo. 
CONCLUSÃO 
Ante todo o exposto neste trabalho, notou-se que a noção de serviço público permanece com a titularidade estatal, no sistema brasileiro. Ocorre que, por ser uma atividade do Estado, este muitas vezes não consegue prestar um serviço adequado, portanto, se utiliza do art. 175 da CF que autoriza a prestação indireta do serviço público por meio de autorização, permissão e concessão.
 Desta forma, o concessionário passa a ser o responsável pela prestação do serviço, e o Estado tem o dever de fiscalizar essa prestação a fim de garantir a prestação do serviço adequado.
Portanto, demonstrou-se que a prestação dos serviços público inclinam-se a ser um assunto complexo. Devendo para sua melhor aplicação acompanhar o desenvolvimento da sociedade e das norma do direito, os processos referentes aos serviços públicos devem seguir a forma positivada e os princípios que regem a Administração pública. Com o intuito de obter-se a melhor prestação desses serviços a coletividade, sem prejuízo de nenhum individuo e sem perdas por parte do Estado. 
REFERÊNCIAS
· FREITAS DO AMARAL, DIOGO, Curso de Direito Administrativo, 2.ª Edição, Vol. I, Livraria Almedina, 1994.
· PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
· FIGUEREDO, LúciaValle. Curso de direito administrativo. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
· JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 7ª ed., rev. e atual. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2011.

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