Ambiente especial de mar profundo

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Ambiente especial de mar profundo
Corais de águas frias 
Devido ao fato de não haver luz nas zonas profundas, esses corais não possuem zooxantelas (azooxantelados) então não podem contar com a fotossíntese das algas como fonte e nutrição, tendo que utilizar como substituo a quimiossíntese.
Ambientes redutores
Locais no mar profundo de grande produção primaria bacteriana de matéria orgânica em grande quantidade. 
A “fonte de energia” dessas regiões é proveniente de fissuras desse assoalho oceânico por onde sai água aquecida misturada com uma gama de minerais.
Sulfeto de Hidrogênio e Metano são reduzidos por bactérias (de vida livre ou simbiontes de organismos). Alta produção de biomassa. 
Essas comunidades Quimiossintetizantes são encontradas em:
· Fontes Hidrotermais (Thermal Vents ou Hot Spots) – Comunidades com biomassa enorme, vistas peal primeira vez em 1977, por meio do submersível Alvin, nas falhas de Galápagos a 2700m. 
Formam-se em zonas de expansão e subducção do assoalho oceânico associadas às bordas das placas tectônicas.
Falhas no fundo permitem que a água saia da crosta terrestre, onde está aquecida a 400°C carregando minerais das rochas em fusão.
 Quando o fluído quente entra em contato com a alta concentração de O2 da água do mar, reações químicas ocorrem depositando minerais e metais nas chaminés. 
	O organismo mais característico das fontes termais é o verme-tubular-gigante (Riftia		pachyptila)
· Exsudações Frias – São áreas similares as fontes hidrotermais, mas com uma temperatura mais baixa (em torno de 200°C).
Ocorre a percolação de hidrocarbonetos leves, metano e sulfeto de hidrogênio, que saem pelas fissuras do solo em forma de bolhas sem formar chaminés.
Possuem comunidades semelhantes as presentes nas fontes hidrotermais.
Uma espécie comum nesse ambiente é o poliqueta (Lamellibrachia luymesi).
Outra espécie típica é o bivalve (Calyptogena magnifica).
· Carcaças de Baleias – A queda de uma baleia sofre de quatro estágios de decomposição, o tempo deles pode variar devido a fatores como: tamanho da carcaça, temperatura, profundidade da água e velocidade das correntes. 
1st. Estágio – Essa parte começa com a aproximação de carniceiros moveis, como o peixe bruxa e o tubarão dorminhoco, que consomem o tecido mole do cadáver. Essa fase pode durar de alguns meses até 1,5 anos. 
2nd. Estágio – Nesse ponto chegam animais que limpam os ossos atrás de qualquer resto deixado para trás no primeiro estágio e vasculham o solo em volta por sobras. Essa fase pode durar de alguns meses até 4,5 anos. 
3rd. Estágio – Bactérias sulfofilicas começam a ter acesso aos lipídios dentro dos ossos e transformam a gordura em metano e sulfeto. Essa fase pode durar de 50 a 100 anos. 
4th. Estágio – Nesse ponto a carcaça está totalmente desprovida de matéria orgânica e os ossos servem como substrato consolidado para o crescimento de corais. 
Esses ambientes caracterizam áreas com amplo suprimento de alimento no mar profundo. Neles são encontrados organismos com alta taxa metabólica (crescem rapidamente). 
Como os organismos são recrutados e como se dispersam ao acabar o tempo de vida útil de um vents? 
A teoria mais aceita é que as carcaças de baleia servem como “pontes” para que esses organismos tenham um local para se alimentar e reproduzir enquanto passam de um vent para outro.