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ECA - revisão geral TJMS (não faça a prova sem antes saber)

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Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo 
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa 
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva 
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão 
reservados.
Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-
per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, 
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do 
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção 
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF 
para os formatos doc, odt, txt entre outros.
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NFPSS TJ/MS
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
1- Aspectos Gerais do Direito da Criança e do Adolescente. A proteção da infância no Brasil. 2 - O Direito 
de ser Criança e Adolescente. Retrospectiva Histórica. A proteção integral. O Princípio do Melhor Interesse 
da Criança. 3 - A Trilogia da Proteção Integral. Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
- HISTÓRICO LEGISLATIVO: 
1) Código de Menores de 1979 - doutrina da situação irregular; criança ou o adolescente considerados como um 
objeto de proteção; centralização de medidas socioeducativas aplicadas pelo juiz.
2) CF/88 e Lei nº 8.069/1990 (ECA) - mudança para a doutrina da proteção integral; mecanismos jurídicos volta-
dos à tutela da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, a partir de uma tríplice proteção: a) crianças e 
adolescentes são pessoas em condição de desenvolvimento; b) prioridade absoluta no seu tratamento; c) princípio 
do melhor (superior) interesse da criança e do adolescente, segundo o qual “todas as ações relativas às crianças, 
levadas a efeito por instituições públicas ou privadas de bem estar social, tribunais, autoridades administrativas ou 
órgãos legislativos, devem considerar, primordialmente, o interesse maior da criança” (art. 3.1, da Convenção sobre 
os Direitos da Criança).
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ECA
Prioridade absoluta 
(art. 227, CF; art. 4º, 
ECA)
A criança e o adolescente devem ter primazia, quanto às ações da família, comu-
nidade, sociedade em geral e Poder Público, na concretização dos direitos à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Proteção integral 
(art. 1º, ECA)
Proteção normativa direcionada a todas as crianças e adolescentes indistintamente, 
e não apenas àqueles taxados como “em situação irregular” (adotada no Código de 
Menores). Esse modelo de proteção integral deve ser levado em consideração pela 
família, sociedade e Poder Público.
Superior interesse 
da criança e do 
adolescente (art. 100, 
IV, ECA)
Orienta o legislador e o aplicador do Direito a conferirem primazia das necessidades 
da criança e do adolescente como critério de interpretação da lei, deslinde de con-
flitos ou mesmo para elaboração de futuras normas.
Criança e adolescente 
como pessoas em 
desenvolvimento (art. 
6º, ECA)
A noção do infante como pessoa em desenvolvimento justifica que esse grupo ob-
tenha um tratamento diferenciado, tanto no âmbito internacional quanto no âmbito 
interno, seja em relação a medidas administrativas ou mesmo em relação a medidas 
legislativas. É decorrência da maior vulnerabilidade das crianças e adolescentes e da 
necessidade de lhes conferir igualdade material.
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NFPSS
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#ATENÇÃO: Lembrar que, enquanto no Brasil, criança é quem tem de 0 a 12 anos incompletos e adolescente de 12 
a 18 anos (art. 2º do ECA), para a Convenção da ONU, criança é quem tem menos de 18 anos (art. 1). A Convenção 
de Haia sobre Sequestro de crianças aplica-se até os 16 anos incompletos (art. 4).
#JURISPRUDÊNCIA1 
São constitucionais os dispositivos do ECA que proíbem o recolhimento compulsório de crianças e adolescentes, 
mesmo que estejam perambulando nas ruas. São constitucionais o art. 16, I, o art. 105, o art. 122, II e III, o art. 136, 
I, o art. 138 e o art. 230 do ECA. Tais dispositivos estão de acordo com o art. 5º, caput e incisos XXXV, LIV, LXI e 
com o art. 227 da CF/88. Além disso, são compatíveis com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), 
a Convenção sobre os Direitos da Criança, as Regras de Pequim para a Administração da Justiça de Menores e 
a Convenção Americana de Direitos Humanos. STF. Plenário.ADI 3446/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
7 e 8/8/2019 (Info 946).
4- Responsabilidade Civil. Danos Causados por Crianças e Adolescentes. 
Os pais respondem objetivamente pelo ato dos filhos, nos termos do art. 932, I do CPC. Contudo, caso os 
filhos sejam emancipados, os pais não respondem objetivamente pelos seus atos.
Exceção: caso a emancipação seja voluntária os pais responderão objetivamente e de maneira solidária (não 
é subsidiária).
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, 
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
#FALATARTUCE #DOUTRINA
“O art. 932 do CC/2002 consagra hipótese de responsabilidade civil por atos praticados por terceiros, também 
denominada responsabilidade civil objetiva indireta ou por atos de outrem”; “para que os pais respondam ob-
jetivamente, é preciso comprovar a culpa dos filhos. (...) Desse modo, é fundamental repetir que não se pode 
mais falar em culpa presumida nesses casos, mas em responsabilidade sem culpa, de natureza objetiva. (...) os 
casos de presunção relativa de culpa foram banidos do ordenamento jurídico brasileiro, diante de um importante 
salto evolutivo”. (Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, págs. 609/610).
- A responsabilidade do incapaz é subsidiária, excepcional e equitativa (#APOSTACICLOS) e não cabe ação 
em regresso dos pais contra os filhos. 
1 A jurisprudência deste material foi retirada do site www.buscadordodizerodireito.com.br e do site do STJ (https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/ e https://scon.stj.
jus.br/SCON/recrep/
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b8fd7211e5247891e4d4f0562418868a?categoria=7&ano=2019
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b8fd7211e5247891e4d4f0562418868a?categoria=7&ano=2019
http://www.buscadordodizerodireito.com.br
https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/
https://scon.stj.jus.br/SCON/recrep/
https://scon.stj.jus.br/SCON/recrep/
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Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá 
ser equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, 
SALVO se o causador do dano for DESCENDENTE seu, ABSOLUTA OU RELATIVAMENTE INCAPAZ. 
#DIZERODIREITO: A responsabilidade civil do incapaz pela reparação dos danos é subsidiária, condicio-
nal, mitigada e equitativa Os incapazes (ex: filhos menores), quando praticarem atos que causem prejuí-
zos, terão responsabilidade subsidiária, condicional, mitigada e equitativa, nos termos do art. 928 do CC. 
Subsidiária: porque apenas ocorrerá quando os seus genitores não tiverem meiospara ressarcir a vítima. 
Condicional e mitigada: porque não poderá ultrapassar o limite humanitário do patrimônio mínimo do infante. 
Equitativa: tendo em vista que a indenização deverá ser equânime, sem a privação do mínimo necessário para a 
sobrevivência digna do incapaz.
A responsabilidade dos pais dos filhos menores será substitutiva, exclusiva e não solidária. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1436401-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/2/2017 (Info 599).
Atenção! O Enunciado n. 40 da I Jornada de Direito Civil, estabelece, quanto ao art. 928 do Código Civil, que o 
incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária ou excepcionalmente como devedor 
principal, na hipótese do ressarcimento devido pelos adolescentes que praticarem atos infracionais nos termos do 
art. 116 do Estatuto da Criança e do Adolescente, no âmbito das medidas socioeducativas ali previstas.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, 
que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo 
da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada
5- Direito à Vida e a Proteção ao Nascituro. 6-Direito Fundamental à Convivência Familiar e Comunitária. 
Parentesco. Poder Familiar. 
- DIREITO À VIDA:
#INOVAÇÃO LEGISLATIVA:
- Instituição da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente 
na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e 
educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, 
de 2019)
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Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, 
em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas prioritariamente ao público adolescente. (In-
cluído pela Lei nº 13.798, de 2019)
A interrupção da gravidez no primeiro trimestre da gestação provocada pela própria gestan-
te (art. 124) ou com o seu consentimento (art. 126) não é crime. É preciso conferir interpretação con-
forme a Constituição aos arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para ex-
cluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. 
A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da propor-
cionalidade. STF. 1ª Turma. HC 124306/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado 
em 29/11/2016 (Info 849).
- DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR:
Direito a convivência familiar e comunitária é uma regra, ao passo que o acolhimento familiar e institucional é ex-
ceção.
#OLHAOGANCHO: Acolhimento institucional significa retirar a criança ou o adolescente de seu lar orig-
inal e colocá-lo para residir, temporariamente, em uma entidade de atendimento (antigamente chamada 
“abrigo”) a fim de que ali ele fique protegido de situações de maus tratos, desamparo ou qualquer outra forma 
de violência (física ou moral) que estava sofrendo.
Trata-se de medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para reintegração familiar ou, 
não sendo esta possível, para colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade (art. 101, § 
1º). #ATENÇÃO: Somente pode ser determinado pelo magistrado. 
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, 
em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvol-
vimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
- Acolhimento familiar e institucional:
Art. 19, § 1 o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou 
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária 
competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma 
fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer 
das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolon-
gará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devida-
mente fundamentada pela autoridade judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
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#INOVAÇÃOLEGISLATIVA A Lei nº 13.509/2017 reduziu o prazo máximo de permanência da criança e ado-
lescente em programa de acolhimento institucional para 18 meses. 
§3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a 
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promo-
ção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por 
meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entida-
de responsável, independentemente de autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
§5o Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento 
institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§6o A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.509, 
de 2017)
PROCEDIMENTO CASO A GESTANTE OU MÃE MANIFESTE INTERESSE DE ENTREGAR 
O FILHO PARA ADOÇÃO: 
Encaminhamento ao juizado da infância e juventude:
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o 
nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Oitiva da gestante ou mãe por equipe interprofissional:
§1º A gestante ou mãe será ouvida pela equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que apre-
sentará relatório à autoridade judiciária, considerando inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e 
puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Encaminhamento para atendimento especializado:
§2º De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, 
mediante sua expressa concordância, à rede pública de saúde e assistência social para atendimento especializa-
do. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Preferência na manutenção da criança com o pai ou com algum representante da família extensa:
§3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará 
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o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Impossibilidade de permanência da criança com o genitor ou a família extensa:
§4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa 
apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e 
determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de 
entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 
2017)
Atenção! A extinção do poder familiar e a colocação em família substituta é uma exceção, priorizando-se a preserva-ção dos vínculos familiares com o genitor ou com a família extensa. 
Manifestação voluntária da mãe ou ambos os genitores para colocação em família substituta: 
§5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai 
indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo 
sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Obs. Trata-se da hipótese de adesão voluntária e expressa da mãe ou ambos os genitores, APÓS O NASCIMENTO 
DA CRIANÇA, em audiência específica.
Art. 166, § 1 o Na hipótese de concordância dos pais, o juiz: (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, devidamente assistidas por advogado ou por defensor 
público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da data do 
protocolo da petição ou da entrega da criança em juízo, tomando por termo as declarações; e (Incluído pela Lei 
nº 13.509, de 2017)
II - declarará a extinção do poder familiar. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante da família extensa para 
confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar 
da mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei 
nº 13.509, de 2017).
Prazo para ingresso da ação de adoção:
§7º Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia 
seguinte à data do término do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
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Desistência do desejo de entregar a criança:
§8º Na hipótese de desistência pelos genitores - manifestada em audiência ou perante a equipe interpro-
fissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será mantida com os genitores, e será determinado 
pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (In-
cluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Direito ao sigilo:
§9º É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. (Incluído 
pela Lei nº 13.509, de 2017)
Obs. Vale ressaltar, contudo, que o adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter 
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) 
anos (art. 48).
§10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no 
prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
- DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER:
• direito da criança e do adolescente (Art. 53 do ECA);
• dever do estado (art. 54 do ECA)
O ensino domiciliar não está previsto na Constituição Federal e depende de lei específica para ser permitido 
no Brasil. O ensino familiar (homeschooling) exige o cumprimento de todos os requisitos constitucionais. Não é 
vedado o ensino em casa desde que respeite todos os preceitos constitucionais, e há necessidade de legislação, 
como estabelecimento de requisitos de frequência, avaliação pedagógica. (STF, Info 914 e 915)
São constitucionais a exigência de idade mínima de quatro e seis anos para ingresso, respectivamente, na edu-
cação infantil e no ensino fundamental, bem como a fixação da data limite de 31 de março para que referidas 
idades estejam completas. Cabe ao Poder Público desenhar as políticas educacionais, respeitadas as balizas 
constitucionais. O corte etário, apesar de não ser a única solução constitucionalmente possível, insere-se no 
espaço de conformação do administrador, sobretudo em razão da “expertise” do CNE e da ampla participação 
técnica e social no processo de edição das resoluções, em respeito à gestão democrática do ensino público [CF, 
art. 206, VI]. (STF, Info 909)
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, pre-
paro para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
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V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo es-
tabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação 
dada pela Lei nº 13.845, de 2019)
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos 
congêneres assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas 
ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
7- Colocação em Família Substituta: Guarda, Tutela e Adoção.
MODALIDADE DE GUARDA2 DESCRIÇÃO
Guarda de fato não possui vínculo jurídico
Guarda provisória concedida no início do procedimento de tutela ou adoção (art. 33, § 1°; art. 167)
Guarda definitiva concedida ao final do processo de guarda
Guarda excepcional atende a situações excepcionais de ausência dos pais (art. 33, § 2°)
Guarda subsidiada
concedida a pessoas que recebem algum tipo de 
incentivo 
do Poder Público, ligada ao acolhimento familiar (art. 34)
Guarda derivada decorre da concessão de tutela (art. 36, p.ú.)
Guarda do dirigente de entidade de 
acolhimento institucional
decorre da inserção da criança ou adolescente em 
programa de acolhimento (art. 92, § 1°)
Guarda como medida protetiva ou estatutária concedida diante da caracterização de situação de risco (art. 98 c/c art. 101, IX)
Guarda concedida a terceiro na Vara de Família
decorre da verificação de que nem o pai nem a mãe 
estão 
em condições de exercer a guarda (CC, art. 1.584, § 5°)
Guarda de estrangeiro 
refugiado
situação em que os pais da criança ou do adolescente 
estão mortos ou não conseguiram fugir do país de 
origem; não há amparo legal expres.so. Situação jurídica 
disciplinada pela Lei n. 9.474/97.
Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento 
se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº 9.528/97 na Lei nº 8.213/91. O art. 33, § 3º do ECA 
deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da Previdência Social, em homenagem 
ao princípio da proteção integral e preferência da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). (STJ, Info 595)
2 BARROS, Guilherme Freire de Melo. Coleção Sinopses para Concursos, Bahia, Editora Juspodivm, 3ª edição, 2015, Pg.69. 
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HIPÓTESES DE PERDA DO PODER FAMILIAR (Art. 1635, CC)
Pela morte dos pais ou do filho.
Pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único.
Pela maioridade.
Pela adoção.
Por decisão judicial, na forma do artigo 1.638, CC (castigo imoderado – abandono – atos imorais – 
reiteradamente abusar da autoridade - arruinar bens dos filhos)
Por decisão judicial, o pai ou a mãe que entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de 
adoção. #INOVAÇÃOLEGISLATIVA (Lei 13.715/2018)
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
REGRA: a condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar.
EXCEÇÃO: A Lei 13.715/2018 dispôs que a destituição do Poder Familiar de mãe ou pai passa a ser possível diante 
da condenação de qualquer deles por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente 
titular do mesmo poder (mãe ou pai) ou contra filho, filha ou outro descendente (netos, bisnetos, etc.)
Art. 92. São também efeitos da condenação: (...) II - a incapacidade para o exercício do poder familiar, da 
tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos contra outrem igualmente 
titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado;
Obs. Os efeitos extrapenaisespecíficos da condenação previstos no art. 92 do Código Penal não são automáticos, 
de maneira que devem ser expressos na sentença penal condenatória e preencher os seguintes requisitos: 
•	 Condenação por crimes dolosos;
•	 Condenação por crimes sujeitos à pena de reclusão;
•	 Condenação por crimes cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra 
filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado ou curatelado;
•	 declaração expressa na sentença.
Obs. a falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do 
poder familiar. Pela doutrina da proteção integral, caso constatada a vulnerabilidade frente a esta situação será 
feito um acompanhamento em programas de proteção, nos termos do art. 19, §3º do ECA.
§3º A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a 
qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promo-
ção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 
129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016).
#SAINDODOFORNO: 
STJ – INFORMATIVO 659 - A existência de vínculo familiar ou de parentesco não constitui requisito para a 
legitimidade ativa do interessado na requisição da medida de perda ou suspensão do poder familiar. 
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RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE ADOÇÃO C/C PEDIDO DE EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR - MAGISTRADO 
SINGULAR QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS - TRIBUNAL DE ORIGEM QUE, DE OFÍCIO, EXTINGUIU A 
DEMANDA POR ILEGITIMIDADE ATIVA DA AUTORA.
A controvérsia reside em saber se, nos termos do art. 155 do Estatuto da Criança e do Adolescente, constitui 
requisito para o pedido de adoção cumulada com pedido de destituição do poder familiar que o interessado osten-
te algum laço familiar com o adotando. 1. O art. 155 do ECA estabelece hipótese de legitimação ativa concorrente 
para o procedimento de perda ou suspensão do poder familiar, atribuindo a iniciativa tanto ao Ministério Público 
como a quem tenha o legítimo interesse, esse caracterizado pela estreita relação/vínculo pessoal do sujeito ativo e 
o bem-estar da criança ou adolescente. 2. O legislador não definiu quem teria, em tese, o ‘’legítimo interes-
se” para pleitear a medida, tampouco fixou requisitos estanques para a legitimação ativa, tratando-se de 
efetivo conceito jurídico indeterminado. A omissão, longe de ser considerada um esquecimento ou displi-
cência, constitui uma consciente opção legislativa derivada do sistema normativo protetivo estatuído pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem como baliza central os princípios do melhor interesse da 
criança e da proteção integral. Eventuais limitações e recrudescimento aos procedimentos de proteção e 
garantia de direitos previstos no ECA são evitados para abarcar, na prática, um maior número de hipóteses 
benéficas aos seus destinatários. 3. A existência de vínculo familiar ou de parentesco não constitui requisito para 
a legitimidade ativa do interessado na requisição da medida de perda ou suspensão do poder familiar, devendo 
a aferição do legítimo interesse ocorrer na análise do caso concreto, a fim de se perquirir acerca do vínculo 
pessoal do sujeito ativo com o menor em estado de vulnerabilidade.
4. Recurso especial parcialmente provido.
(STJ – INFORMATIVO 659 - REsp 1203968/MG, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 
10/10/2019, DJe 23/10/2019)
STJ – INFORMATIVO 658 - A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e ado-
tado pode ser flexibilizada à luz do princípio da socioafetividade.
A diferença etária mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado é requisito legal para a adoção 
(art. 42, § 3º, do ECA). No entanto, a adoção é sempre regida pela premissa do amor e da imitação da realidade 
biológica, sendo o limite de idade uma forma de evitar confusão de papéis ou a imaturidade emocional indis-
pensável para a criação e educação de um ser humano e o cumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar. 
Dessa forma, incumbe ao magistrado estudar as particularidades de cada caso concreto a fim de apreciar se a 
idade entre as partes realiza a proteção do adotando, sendo o limite mínimo legal um norte a ser seguido, mas 
que permite interpretações à luz do princípio da socioafetividade, nem sempre atrelado às diferenças de idade 
entre os interessados no processo de adoção.
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. ADOÇÃO. MAIOR. ART. 42, § 3º, DO 
ECA (LEI Nº 8.069/1990). IDADE. DIFERENÇA MÍNIMA. FLEXIBILIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. SOCIOAFETIVIDADE.
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INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. IMPRESCINDIBILIDADE. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado 
na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. A diferença etária 
mínima de 16 (dezesseis) anos entre adotante e adotado é requisito legal para a adoção (art. 42, § 3º, do ECA), 
parâmetro legal que pode ser flexibilizado à luz do princípio da socioafetividade. 3. O reconhecimento de relação 
filial por meio da adoção pressupõe a maturidade emocional para a assunção do poder familiar, a ser ava-
liada no caso concreto. 4. Recurso especial provido. (STJ – INFORMATIVO 658 - REsp 1785754/RS, Rel. Ministro 
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/10/2019, DJe 11/10/2019)
#JURISPRUDÊNCIA 
O ensino domiciliar não está previsto na Constituição Federal e depende de lei específica para ser permitido 
no Brasil. O ensino familiar (homeschooling) exige o cumprimento de todos os requisitos constitucionais. Não é 
vedado o ensino em casa desde que respeite todos os preceitos constitucionais, e há necessidade de legislação, 
como estabelecimento de requisitos de frequência, avaliação pedagógica. (STF, Info 914 e 915)
São constitucionais a exigência de idade mínima de quatro e seis anos para ingresso, respectivamente, na edu-
cação infantil e no ensino fundamental, bem como a fixação da data limite de 31 de março para que referidas 
idades estejam completas. Cabe ao Poder Público desenhar as políticas educacionais, respeitadas as balizas 
constitucionais. O corte etário, apesar de não ser a única solução constitucionalmente possível, insere-se no 
espaço de conformação do administrador, sobretudo em razão da “expertise” do CNE e da ampla participação 
técnica e social no processo de edição das resoluções, em respeito à gestão democrática do ensino público [CF, 
art. 206, VI]. (STF, Info 909)
Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento 
se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº 9.528/97 na Lei nº 8.213/91. O art. 33, § 3º do ECA 
deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da Previdência Social, em homenagem 
ao princípio da proteção integral e preferência da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). (STJ, Info 595)
É inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art. 254 do ECA. O Estado não 
pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em determinados horários. Isso seria uma 
imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O Poder Público pode apenas re-
comendar os horários adequados. A classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória). (STF, Info 837)
A conduta de emissora de televisão que exibe quadro que, potencialmente, poderia criar situações discrimi-
natórias, vexatórias, humilhantes às crianças e aos adolescentes configura lesão ao direito transindividual da 
coletividade e dá ensejo à indenização por dano moral coletivo. (STJ, Info 618)
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MODALIDADES DE FAMÍLIA SUBSTITUTA
GUARDA (Arts. 33 a 35) TUTELA (Arts. 36 a 38) ADOÇÃO (Arts. 39 a 52-D)
Obriga aprestar assistência ma-
terial, moral e educacional.
Engloba o dever de guarda e de 
administração dos bens do tu-
telado.
Forma vínculo familiar.
Não implica perda ou suspen-
são do poder familiar, mas o 
guardião pode se opor aos pais.
Demanda necessariamente a 
perda ou suspensão do poder 
familiar.
É necessária a perda do poder 
familiar dos pais biológicos.
Destinada a regularizar a posse 
de fato da criança ou do adoles-
cente.
Destinada ao amparo e à admi-
nistração dos bens da criança 
ou adolescente em caso de fa-
lecimento dos pais, ausência ou 
perda do poder familiar.
Objetiva a criação do vínculo 
de paternidade/maternidade 
entre pais-adotantes e filhos-a-
dotados.
Em regra, é deferida no curso dos 
processos de tutela e adoção, ex-
ceto na adoção estrangeira. Ca-
bível também como pedido autô-
nomo em caso de falta eventual 
de pais ou responsável.
É possível a concessão de guarda 
no curso do processo de tutela.
É possível a concessão de 
guarda no curso do processo de 
adoção. Em processo de adoção 
estrangeira, não é possível a 
concessão da guarda.
Não é permitida para famílias es-
trangeiras.
Não é permitida para famílias es-
trangeiras.
É permitida para famílias 
estrangeiras
STJ: inclui direitos previdenciários.
Inclui direitos previdenciários, pois 
há previsão no art. 16, §3º, da lei 
8213.
Goza de plenos direitos previ-
denciários, pois é filho tal qual o 
biológico.
Revogável. Revogável. Em regra, irrevogável.
Não há mudança de nome da 
criança ou adolescente.
Não há mudança de nome da 
criança ou adolescente.
O adotado recebe o nome do 
adotante e pode mudar o preno-
me.
EDIÇÃO N. 27 DA JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - 
GUARDA E ADOÇÃO
1) A observância do cadastro de adotantes não é absoluta, podendo ser excepcionada em prol do princípio 
do melhor interesse da criança.
2) A jurisprudência tem excepcionado o entendimento de que o habeas corpus não seria adequado para 
discutir questões relativas à guarda e adoção de crianças e adolescentes.
3) O acolhimento institucional ou familiar temporário não representa o melhor interesse da criança mesmo 
nos casos de adoção irregular ou “à brasileira”, salvo quando há evidente risco à integridade física ou psíquica do 
menor.
4) É possível a adoção póstuma quando comprovada a anterior manifestação inequívoca do adotante.
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5) A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio, do foro do 
domicílio do detentor de sua guarda. (Súmula n. 383/STJ)
6) Eventuais irregularidades na adoção podem ser superadas em virtude da situação de fato consolidada no 
tempo, desde que favoráveis ao adotando.
7) O reconhecimento do estado de filiação constitui direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, po-
dendo ser exercitado sem qualquer restrição, fundamentado no direito essencial à busca pela identidade biológica.
8) Nas disputas de custódia de crianças e adolescentes devem ser evitadas sucessivas e abruptas alterações 
de guarda e residência, ressalvados os casos de evidente risco.
9) Compete à Justiça Federal o julgamento dos pedidos de busca e apreensão ou de guarda de menores 
quando fundamentados na Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças.
10) Nos casos em que o Ministério Público promove a ação de destituição do poder familiar ou de acolhimen-
to institucional não é obrigatória a nomeação da Defensoria Pública como curadora especial.
11) A falta da citação do pai biológico no processo de adoção não obsta a homologação da sentença estran-
geira, nos casos em que se verifica o abandono ou desinteresse do genitor.
12) É possível o deferimento da guarda de criança ou adolescente aos avós, para atender situações peculia-
res, visando preservar o melhor interesse da criança.
13) Não é possível conferir-se a guarda de criança ou adolescente aos avós para fins exclusivamente finan-
ceiros ou previdenciários.
14) Não há óbice à adoção feita por casal homoafetivo desde que a medida represente reais vantagens ao 
adotando.
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- ADOÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO DA ADOÇÃO
ADOÇÃO CONJUNTA 
OU BILATERAL (Art. 
42, §2°)
Hipótese em que um casal se apresenta como postulante à adoção, o ECA exige que 
ambos estejam casados ou mantenham união estável.
#ATENÇÃO: O STJ também já flexibilizou essa exigência. Adoção conjunta feita por 
dois irmãos. Na verdade, eram dois irmãos (um homem e uma mulher) que criavam 
um menor há alguns anos e, com ele, desenvolveramrelações de afeto. STJ. 3ª Turma. 
REsp 1217415-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/6/2012.
#ATENÇÃO: Excepcionalmente, é possível que um ex-casal realize a adoção conjunta, 
desde que:
a) Haja prévio acordo sobre a guarda e o regime de visitação ou fixação de 
guarda compartilhada;
b) O estágio de convivência tenha se iniciado no período em que o casal 
ainda estava junto;
c) Fique comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com 
quem não detenha a guarda.
ADOÇÃO 
UNILATERAL (Art. 41, 
§1)
Feita pelo cônjuge ou companheiro com relação ao filho de seu par. 
#SELIGANOEXEMPLO: homem, após casar-se com mulher que já tinha filho, adota 
a criança. 
ADOÇÃO PÓSTUMA 
(Art. 42, §6°)
Possibilidade expressa de que a adoção seja levada a efeito ainda que o adotante 
venha a falecer no curso do procedimento, desde que tenha manifestado 
inequívoca vontade.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Adoção post mortem mesmo que não iniciado o 
procedimento formal enquanto vivo. STJ. 3ª Turma. REsp 1217415-RS, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 19/6/2012.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Para o STJ a manifestação inequívoca de vontade 
tem os mesmos requisitos da filiação socioafetiva e significa: a) tratamento do menor 
como se filho fosse e b) conhecimento público dessa situação.
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ADOÇÃO INTUITO 
PERSONAE (Art. 50, 
§13°)
Situações em que a adoção poderá ser deferida a pessoa ou casal que não estava 
inscrito previamente nos cadastros de adoção. São hipóteses excepcionalíssimas 
que se fundamentam no melhor interesse da criança:
- Adoção unilateral.
- Formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de 
afinidade e afetividade.
- Pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) 
anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a 
fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de 
má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 do ECA.
ADOÇÃO 
INTERNACIONAL 
(Art. 51)
Aquela na qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da 
Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, relativa à Proteção das Crianças e à 
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087, 
de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção.
#SELIGA A adoção é internacional quando o postulante é residente ou 
domiciliado fora do Brasil, independente de nacionalidade!
#ATENÇÃO Os brasileiros residentes no exterior terão preferência aos 
estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro.
A possibilidade de adoção internacional se dá apenas quando esgotadas as tentativas 
de colocação em família substituta no Brasil.
Deverá haver a consulta a adolescente sobre a adoção e a demonstração, dentro do 
seu grau de discernimento, de que está preparado para a medida.
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ADOÇÃO À 
BRASILEIRA
Trata-se da situação em que uma pessoa registra filho alheio como próprio. Não é 
uma modalidade legítima de adoção, pelo contrário, configura o crime do at. 242 do 
Código Penal. 
#DEOLHONAJURIS Apesar de teoricamente esse ato de registro ser nulo, a 
jurisprudência mais moderna considera também esse vínculo irrevogável por estabelecer 
paternidade socioafetiva.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Desconstituição da paternidade registral e 
adoção à brasileira. Se o marido ou companheiro descobre que foi induzido em erro 
no momento de registrar a criança e que não é pai biológico do seu filho registral, ele 
poderá contestar a paternidade, pedindo a retificação do registro (arts. 1.601 e 1.604 
do CC). Não se pode obrigar o pai registral, induzido a erro substancial, a manter uma 
relação de afeto, igualmente calcada no vício de consentimento originário, impondo-
lhe os deveres daí advindos, sem que, voluntária e conscientemente, o queira. Vale 
ressaltar, no entanto, que, para que o pai registral enganado consiga desconstituir a 
paternidade, é indispensável que tão logo ele tenha sabido da verdade (da traição), 
ele tenha se afastado do suposto filho, rompendo imediatamente o vínculo afetivo. 
Se o pai registral enganado, mesmo quando descobriu a verdade, ainda manteve 
vínculos afetivos com o filho registral, neste caso ele não mais poderá desconstituir a 
paternidade. A situação acima descrita é diferente da chamada “adoção à brasileira”, 
que ocorre quando o homem e/ou a mulher declara, para fins de registro civil, o menor 
como sendo seu filho biológico sem que isso seja verdade. No caso de adoção à 
brasileira, o pai sabe que não é genitor biológico (ele não foi enganado). 
Caso o pai registral se arrependa da “adoção à brasileira” realizada, ele poderá 
pleitear a sua anulação? 
NÃO. O pai que questiona a paternidade de seu filho registral (não biológico), que ele 
próprio registrou conscientemente, está violando a boa-fé objetiva, mais especificamente 
a regra da “venire contra factum proprium” (proibição de comportamento contraditório). 
Para que seja possível a anulação do registro, é indispensável que fique provado que 
o pai registrou o filho enganado (induzido em erro), ou seja, é imprescindível que 
tenha havido vício de consentimento. STJ. 3ª Turma. REsp 1.330.404-RS, Rel. Min. Marco 
Aurélio Bellizze, julgado em 5/2/2015 (Info 555). 
Segundo já decidiu o STJ, o êxito em ação negatória de paternidade, consoante os 
princípios do CC/2002 e da CF/1988, depende da demonstração, a um só tempo, de 
dois requisitos: a) Inexistência da origem biológica; b) Não ter sido construída uma 
relação socioafetiva entre pai e filho registrais. Assim, para que a ação negatória de 
paternidade seja julgada procedente, não basta apenas que o DNA prove que o “pai 
registral” não é o “pai biológico”. É necessário também que fique provado que o “pai 
registral” não é “pai socioafetivo”, ou seja, que não existe relação socioafetiva entre pai 
e filho. STJ. 4ª Turma. REsp 1059214-RS, Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
16/2/2012.
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ADOÇÃO À 
BRASILEIRA
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #STJ: Para que haja a decretação da perda do 
poder familiar da mãe biológica em razão da suposta entrega da filha para adoção 
irregular (“adoção à brasileira”), é indispensável a realização do estudo social e 
avaliação psicológica das partes litigantes. Por envolver interesse de criança a questão 
deve ser solucionada com observância dos princípios da proteção integral e do 
melhor interesse dela e do adolescente, previstos na CF e no ECA. Para constatação da 
“adoção à brasileira”, em princípio, o estudo psicossocial da criança do pai registral e 
da mãe biológica não se mostra necessário. Contudo, como o reconhecimento de sua 
ocorrência (“adoção à brasileira”) foi fator preponderante para a destituição do poder 
familiar a realização da perícia se mostra imprescindível para aferição da presença de 
causa para a excepcional medida de destituição e para constatação de existência de 
uma situação de risco para a infante, caracterizando cerceamento de defesa o seu 
indeferimento. STJ. 3ª Turma. REsp 1674207-PR, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 
17/04/2018 (Info 624).
Principais características da adoção:
• Excepcionalidade da medida: cabível apenas quando superadas as tentativas de permanência da criança ou 
do adolescente no seio de sua família natural ou extensa;
• Irrevogabilidade; 
• cessa os vínculos com os pais biológicos, exceto os impedimentos matrimoniais; ainda que ocorra o faleci-
mento dos adotantes, os vínculos com os pais biológicos não se restabelecem;
• natureza jurídica de ato jurídico em sentido estrito;
• o adotante (aquele que irá adotar) deve ter, no mínimo, 18 anos de idade e ser 16 anos mais velho do que 
o adotante;
• o adotando (aquele que será adotado) deve ter, no máximo, 18 anos de idade, salvo se já estiver sob 
guarda ou tutela;
•toda adoção deve passar pelo crivo do Judiciário, ainda que o adotando seja maior; e os processos de ado-
ção que envolvam criança ou adolescente com deficiência ou doença crônica têm prioridade de tramitação.
- Estágio de convivência:
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 
90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso. (Redação dada pela 
Lei nº 13.509, de 2017)
§2º-A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo pode ser prorrogado por até igual período, mediante 
decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
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Obs. Possibilidade de dispensa excepcional do prazo de convivência se o adotando já estiver sob a tutela 
ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constitui-
ção do vínculo. Contudo, a simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de 
convivência. 
- Estágio de convivência na adoção internacional:
 §3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, 
no mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma 
única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
ADOÇÃO NACIONAL ADOÇÃO INTERNACIONAL
Até a edição da Lei n° 13.509/2017, o período 
do estágio de convivência era determinado pelo juiz. 
Agora, há previsão expressa de um limite de 90 dias 
(art. 46), prorrogável por igual período (art. 46, §2°-
A).
Assim, o art. 46 foi alterado para dizer que a 
autoridade judiciária continua tendo liberdade para 
fixar a duração do estágio de convivência, mas o 
prazo máximo tem que ser de 90 dias, observadas 
a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades 
do caso.
O estágio de convivência é de no mínimo 30 e 
no máximo 45 dias, prorrogável uma vez por 
igual período.
#Atenção: 
§3º-A. Ao final do prazo previsto no § 3 o deste artigo, deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe 
mencionada no §4º deste artigo, que recomendará ou não o deferimento da adoção à autoridade judiciária. (In-
cluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§4º O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da 
Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito 
à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento da medida. (In-
cluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA
§5º O estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca de residência 
da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a compe-
tência do juízo da comarca de residência da criança. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado 
do qual não se fornecerá certidão.
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§1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes.
§2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado.
§3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua resi-
dência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro. (Redação dada pela Lei 
nº 12.010, de 2009) 
§5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a 
modificação do prenome. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§6º Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o 
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§7º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese 
prevista no §6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito. (Incluído pela Lei nº 12.010, 
de 2009) 
§8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se 
seu armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer 
tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com de-
ficiência ou com doença crônica. (Incluído pela Lei nº 12.955, de 2014)
§10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma 
única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei 
nº 13.509, de 2017).
#OLHAOGANCHO: Direito de conhecer a família biológica: Apesar da formação do vínculo irrevogável entre o 
adotado e os adotantes, o adotado, ao completar a maioridade, tem direito de conhecer a sua origem e de saber 
quem são os seus pais biológicos, inclusive tendo acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada (art. 
48 do ECA). Para tanto, o ECA determina o armazenamento dos dados referentes aos processos de adoção. 
#OLHAOGANCHO Da Habilitação de pretendentes à adoção (arts. 197-A a 197-E)
Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apresentarão petição inicial na qual conste: 
I - qualificação completa; 
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II - dados familiares; 
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao período de união estável; 
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas; 
V - comprovante de renda e domicílio; 
VI - atestados de sanidade física e mental; 
VII - certidão de antecedentes criminais; 
VIII - certidão negativa de distribuição cível. 
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério 
Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá: 
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe interprofissional encarregada de elaborar o estudo 
técnico a que se refere o art. 197-C desta Lei; 
II - requerer a designação de audiência para oitiva dos postulantes em juízo e testemunhas; 
III - requerer a juntada de documentos complementares e a realização de outras diligências que entender 
necessárias. 
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da 
Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o 
preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e 
princípios desta Lei. 
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA
§1º É obrigatória a participação dos postulantes em programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juven-
tude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do 
direito à convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção devidamente habilitados perante a Justiça da Infância 
e da Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de 
adolescentes com deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades específicas de saúde, e de grupos 
de irmãos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§2º Sempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória da preparação referida no §1º deste artigo 
incluirá o contato com crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar ou institucional, a ser realizado 
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sob orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude e dos grupos de 
apoio à adoção, com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento familiar e institucional e pela 
execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 
2017)
§3º É recomendável que as crianças e os adolescentes acolhidos institucionalmente ou por família acolhedora 
sejam preparados por equipe interprofissional antes da inclusão em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 
2017)
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da participação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a 
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, decidirá acerca das diligências requeridas pelo Minis-
tério Público e determinará a juntada do estudo psicossocial, designando, conforme o caso, audiência de instrução e 
julgamento. 
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária 
determinará a juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) 
dias, decidindo em igual prazo. 
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo 
a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade 
de crianças ou adolescentes adotáveis. 
#INOVAÇÃOLEGISLATIVA
§1º A ordem cronológica das habilitações somente poderá deixar de ser observada pela autoridade judiciária 
nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando comprovado ser essa a melhor solução no interesse do 
adotando. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§2º A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo trienalmente mediante avaliação por equipe 
interprofissional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§3º Quando o adotante candidatar-se a uma nova adoção, será dispensável a renovação da habilitação, bas-
tando a avaliação por equipe interprofissional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§4º Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à adoção de crianças ou adolescentes indicados dentro 
do perfil escolhido, haverá reavaliação da habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§5º A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou 
do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos cadastros de 
adoção e na vedação de renovação da habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem prejuízo das demais 
sanções previstas na legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
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Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogá-
vel por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
APADRINHAMENTO (ART. 19-B): #INOVIDADELEGISLATIVA
Conceito
Proporcionar que a criança e o adolescente que estejam em acolhimento institucional 
ou em acolhimento familiar possam formar vínculos com pessoas de fora da instituição 
ou da família acolhedora onde vivem e que se dispõem a ser “padrinhos,” visando 
favorecer a convivência familiar e comunitária e colaborando com o desenvolvimento 
nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro.
#ATENÇÃO: Não implica em guarda ou qualquer outra forma de colocação em família 
substituta.
Padrinhos
Pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção.
Pessoas jurídicas.
Perfil das 
crianças e 
adolescentes
Será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para 
crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou 
colocação em família adotiva.
Execução do 
programa Por órgãos públicos ou por organizações da sociedade civil.
#NÃOCONFUNDA
Família Natural: Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais e seus descendentes ou por um dos pais e seus descendentes. (art. 25). Ex.: família monoparental.
Família Extensa 
ou ampliada:
É a comunidade que se estende para além da unidade de pais e filhos ou do casal, 
alcançando parentes próximos com os quais a criança ou adolescente conviva e 
mantenha vínculos de afinidade e afetividade.
Família 
substituta:
Possui caráter subsidiário, é a família resultante de guarda, tutela e adoção, sempre visando ao 
melhor interesse da criança e do adolescente.
8- Direito Fundamental à Educação e Cultura. Fundamentos constitucionais e legais. Os direitos infanto-
juvenis na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 9- O Direito à Profissionalização e a Proteção do Trabalho 
Urbano e Rural do Adolescente. 10- Direito Fundamental à Saúde da Criança e do Adolescente.
#INOVAÇÃO LEGISLATIVA:
ECA - Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo 
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
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I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabe-
lecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada 
pela Lei nº 13.845, de 2019)
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da de-
finição das propostas educacionais.
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congê-
neres assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas 
ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO (Lei 9.394/96)
EDUCAÇÃO INFANTIL: Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, 
de 2013)
DIREITO À EDUCAÇÃO NA LDB:
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da se-
guinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
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b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 
12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferen-
cialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio paratodos os que não os concluíram na idade 
própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de 
cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas 
às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e per-
manência na escola;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplemen-
tares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 
12.796, de 2013)
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, 
de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a 
toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação 
básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme 
dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 
13.716, de 2018).
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo 
de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, 
ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
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§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 
12.796, de 2013)
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não 
concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - fazer-lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino 
obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme 
as prioridades constitucionais e legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder 
Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial 
correspondente. 
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, 
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de 
acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 
(quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
11- A Justiça da Infância e da Juventude. Aspectos Processuais e Procedimentos Especiais. Atuação do 
Ministério Público. 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL:
Regra: 
Pelo domicílio dos pais ou responsável;
 
Pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável. 
Competência para apuração de ato infracional: lugar da ação ou da omissão (Teoria da Atividade). 
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Obs. Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de 
uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede esta-
dual da emissora ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo 
estado.
A competência territorial nas ações que envolvam medidas protetivas e discussão sobre o poder familiar é do 
juízo do domicílio dos pais ou responsáveis ou, ainda, do lugar onde se encontre a criança ou adolescente quan-
do da falta dos seus responsáveis. Se os pais são separados, a ação deverá ser proposta no foro do domicílio de 
quem exerça a guarda da criança. (STJ, 2ª Seção, CC 117135-RS)
- COMPETÊNCIA EM RELAÇÃO À MATÉRIA:
• COMPETÊNCIA EXCLUSIVA (art. 148, caput, do ECA) basta a incidência de uma das hipóteses legais.
• COMPETÊNCIA CONCORRENTE (art. 148, parágrafo único, do ECA). – Aqui é necessário a incidência das 
hipóteses + situação de risco..
O juiz da infância e juventude tem o poder de determinar, de ofício, a realização de providências em favor de 
criança ou adolescente em situação de risco (no caso concreto, matrícula em escola pública), sem que isso sig-
nifique violação do princípio dispositivo. (STJ, 2ª Turma, RMS 36949-SP)
Compete à Justiça Comum Estadual ( juízo da infância e juventude) apreciar os pedidos de alvará visando a 
participação de crianças e adolescentes em representações artísticas. Não se trata de competência da Justiça 
do Trabalho. O art. 114, I e IX, da CF/88 não abrange os casos de pedido de autorização para participação de 
crianças e adolescentes em eventos artísticos, considerando que não há, no caso, conflito atinente a relação de 
trabalho. Trata-se de pedido de conteúdo nitidamente civil. STF. Plenário. ADI 5326/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 27/9/2018 (Info 917).
- APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL:
• Processo de conhecimento obedece à aplicação subsidiária do CPP.
• Sistema recursal obedece à aplicação subsidiária do NCPC;
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL
PROCESSO DE CONHECIMENTO: Aplicação subsidiária do CPP
SISTEMA RECURSAL: Aplicação subsidiária do CPC
A técnica de julgamento do art. 942 é aplicada no caso de apelação não unânime em processo no qual se apura 
a prática de ato infracional por adolescente?
5ª Turma do STJ: SIM
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Admite-se a incidência do art. 942 do CPC/2015 para complementar o julgamento da apelação julgada por 
maioria nos procedimentos relativos ao estatuto do menor.
6ª Turma do STJ: DEPENDE 
• Se a decisão não unânime foi favorável ao adolescente infrator: não se deve aplicar o art. 942 do CPC/2015.
• Se a decisão não unânime foi contrária ao adolescente infrator: deve-se aplicar o art. 942. 
É inaplicável a técnica de julgamento prevista no artigo 942 do CPC/2015 nos procedimentos afetos à Justiça da 
Infância e da Juventude quando a decisão não unânime for favorável ao adolescente. A aplicação da técnica de 
julgamento prevista no art. 942 do CPC, quando a decisão não unânime for favorável ao adolescente, implicaria 
em conferir ao menor tratamento mais gravoso que o atribuído ao réu penalmente imputável, já que os embar-
gos infringentes e de nulidade previstos no art. 609 do CPP somente são cabíveis se o julgamento tomado por 
maioria for contrário ao réu. Ora, se não cabem embargos infringentes do art. 609 do CPP quando o acórdão 
não unânime foi favorável ao réu, com maior razão também não se pode admitir a técnica do art. 942 do CPC 
se o acórdão não unânime foi favorável ao adolescente infrator. (STJ, Infos 626 e 627)
A contagem dos prazos nos ritos regulados pelo ECA ocorre em dias CORRIDOS (não se aplica a regra dos 
dias úteis do CPC/2015). Segundo o texto expresso do ECA, em todos os recursos, salvo os embargos de decla-
ração, o prazo será decenal (art. 198, II) e a sua contagem ocorrerá de forma corrida, excluído o dia do começo 
e incluído o do vencimento, vedado o prazo em dobro para o Ministério Público (art. 152, § 2º). Desse modo, por 
força do critério da especialidade, os prazosdos procedimentos regulados pelo ECA são contados em dias corridos, 
não havendo que se falar em aplicação subsidiária do art. 219 do CPC/2015, que prevê o cálculo em dias úteis. STJ. 
6ª Turma. HC 475.610/DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/03/2019 (Info 647).
Obs. Recursos: 
  Sistema recursal do CPC.
  Os recursos serão interpostos independente de preparo.
  Os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;
  Efeito regressivo ou de retratação: Antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de 
apelação, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho fundamenta-
do, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias. Mantida a decisão apelada ou agra-
vada, o escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, 
independentemente de novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de 
pedido expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados 
da intimação.
Não cabe habeas corpus para impugnar decisão judicial liminar que determinou a busca e apreensão de criança 
para acolhimento em família devidamente cadastrada junto a programa municipal de adoção. (STJ, Info 574)
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/81e793dc8317a3dbc3534ed3f242c418?categoria=7&subcategoria=214
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/81e793dc8317a3dbc3534ed3f242c418?categoria=7&subcategoria=214
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#OLHAOGANCHO 
AÇÃO DE PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR (arts. 155 a 163 do ECA)
- Necessidade de provocação para a perda ou suspensão do poder familiar: 
O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar inicia-se por provocação do Ministério Pú-
blico ou de quem tenha legítimo interesse (art. 155 do ECA).
#SELIGA: Quando o procedimento de destituição de poder familiar for iniciado pelo Ministério Público, não ha-
verá necessidade de nomeação de curador especial em favor da criança ou adolescente (novo § 4º do art. 162).
- Decretação liminar ou incidental da suspensão do poder familiar:
Havendo motivo grave, a autoridade judiciária pode, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão do 
poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou adolescente 
confiado a pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade (art. 157).
- Citação e determinalçao de realização de estudo social ou perícia por equipe interprofissional:
Recebida a petição inicial, a autoridade judiciária deverá determinar, concomitantemente ao despacho de 
citação e independentemente de requerimento do interessado, a realização de estudo social ou perícia 
por equipe interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a presença de uma das causas de suspensão ou 
destituição do poder familiar, caso ainda não tenha sido realizado (novo § 1º do art. 157 do ECA).
- Intervenção de representante da FUNAI para casos oriundos de comunidade indígena:
Se os pais da criança/adolescente forem oriundos de comunidades indígenas, deverá haver a intervenção, junto 
à equipe interprofissional ou multidisciplinar, de representante da FUNAI (novo § 2º do art. 157 do ECA).
- Possibilidade de citação por hora certa na ação de perda ou suspensão do poder familiar:
A Lei nº 13.509/2017 acrescentou um parágrafo ao art. 158 prevendo a possibilidade de citação por hora certa 
na ação de perda ou suspensão do poder familiar:
Art. 158 (...)
§ 3º Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência 
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, 
qualquer vizinho do dia útil em que voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar, nos termos do art. 
252 e seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
- Possibilidade de citação por edital: 
A Lei nº 13.509/2017 também acrescentou um parágrafo prevendo a possibilidade de citação por edital:
Art. 158 (...)
§ 4º Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão citados por edital no 
prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para a localização.
#ATENÇÃO! Vale ressaltar que, mesmo não havendo previsão expressa no ECA antes da Lei nº 13.509/2017, a 
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doutrina e a jurisprudência já admitiam a possibilidade de citação por hora certa e por edital nas ações de sus-
pensão e perda do poder familiar.
- Ausência de contestação e parecer do Ministério Público:
Se o pai/mãe da criança/adolescente não contestar o pedido, e já tiver sido concluído o estudo social ou a perícia 
realizada por equipe interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária dará vista dos autos ao Ministério 
Público para que ele, como custos legis, ofereça parecer, no prazo de 5 dias, salvo se o autor da ação foi o próprio 
MP. Em outras palavras, o Promotor de Justiça só oferece parecer se o MP não foi o autor da ação.
Após a manifestação do MP, o juiz decidirá a ação, também no prazo de 5 dias.
- Oitiva de testemunhas: 
A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério Público, determinará a oitiva 
de testemunhas que comprovem a presença de uma das causas de suspensão ou destituição do poder familiar 
(novo § 1º do art. 161 do ECA).
- Oitiva obrigatória dos pais:
É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem identificados e estiverem em local conhecido, ressal-
vados os casos de não comparecimento perante a Justiça quando devidamente citados (§ 4º do art. 161).
- Audiência:
Na audiência, presentes as partes e o Ministério Público, serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oral-
mente o parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito. Em seguida, o requerente se manifesta, depois 
o requerido e, por fim, o Ministério Público oferece parecer oral. O tempo para cada um falar é de 20 minutos, 
prorrogável por mais 10 minutos.
- Decisão em audiência:
A decisão será proferida na audiência, podendo a autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data para 
sua leitura no prazo máximo de 5 dias.
ATENÇÃO! O prazo máximo para conclusão do procedimento é de 120 dias. No caso de notória inviabilidade 
de manutenção do poder familiar, caberá ao juiz dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente com 
vistas à colocação em família substituta (nova redação do art. 163).
12- A prevenção geral e especial no Estatuto. Formas de controle. A ação civil pública. 
#INOVAÇÃO LEGISLATIVA:
A Lei nº 13.812/2019 disciplinou que os adolescentes menores de 16 anos também estão incluídos nas hipóteses 
necessárias de autorização para viajar.
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca 
onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. (Redação dada pela 
Lei nº 13.812, de 2019)
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§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, 
se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, 
de 2019)
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 
13.812, de 2019)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
I - estiver acompanhado

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