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CONTROLE DIFUSO

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DIREITO CONSTITUCIONAL
	Controle Concreto (Difuso)
	O controle concreto ocorre quando no curso de um processo judicial (caso concreto) argumentar que certa norma está causando efeitos indevidos, e isso porque é contrária as normas constitucionais. 
	Assim, a pessoa que acha que a norma é inconstitucional não pede diretamente que o juiz declare a norma como inválida, mas sim, que resolva o seu problema concreto. 
	A declaração de inconstitucionalidade da norma é apenas um meio para resolver a controvérsia, um “acidente” no caminho, daí ser chamado também de um controle incidental. 
	A discussão da constitucionalidade no controle difuso, pode se dar com a impetração de qualquer ação, ação civil pública ou mandado de segurança.
	Dizemos que este controle é difuso pois ele não possui um órgão específico para seu controle. 
	Qualquer juiz pode declarar a inconstitucionalidade de norma e desta decisão ainda cabe recurso.
	Em regra, o controle difuso percorre os seguintes órgãos: Juiz singular (1º grau) –recurso - Tribunal de Justiça (recurso extraordinário) - STF
	Controle difuso e seus sinônimos:
	O controle difuso pode vir na prova com os seguintes nomes:
	Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em abstrato.
	Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o autor do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”.
	Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal.
	Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito.
	Controle por via de exceção: exeção = defesa.
	Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso extraordinário e não no uso da sua competência originária.
	Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito norte-americano.
	NÃO HÁ AÇÃO ESPECÍFICA PARA O CONTROLE DIFUSO. 
	O controle incidental poderá ocorrer em meio a qualquer processo judicial, independentemente da sua natureza ou espécie.
	Assim, mandados de segurança, habeas corpus, ação civil pública etc... todas essas ações poderão ser utilizadas para o exercício do controle de constitucionalidade na via incidental, diante de casos concretos.
	No controle difuso, as decisões dos órgãos inferiores do Judiciário não serão definitivas, pois poderão ser levadas ao Supremo Tribunal Federal por meio de recurso extraordinário.
	Vimos que qualquer juiz que esteja decidindo um caso concreto poderá, monocraticamente, deixar de aplicar a lei por entendê-la inconstitucional.
	O Brasil adotou, como regra, o controle repressivo jurisdicional “misto”, eclético ou sincrético.
Excepcionalmente, o controle repressivo é político, a saber: 
medida provisória (CF, art. 62);
 ART. 49, V(CONTROLE REPRESSIVO, DA ÚLTIMA PARTE);
tribunais de contas (Súmula 347 do STF); 
chefes do Poder Executivo (STF, ADI 221/DF.
A questão da inconstitucionalidade pode ser alegada por qualquer das partes, pelo MP, por terceiros intervenientes ou de ofício pelo juiz (matéria de ordem pública). 
		O controle difuso pode ser realizado em qualquer espécie de ação (inclusive ação civil pública).
	Tribunais se submetem à reserva de plenário.
	Detalhes sobre a reserva de plenário:
	I) se já houver decisão do plenário, do órgão especial ou mesmo do STF sobre a inconstitucionalidade da lei, há um precedente; e não precisará mais o tribunal respeitar a reserva de plenário, sendo possível que seja apenas seguida aquela decisão.
	II) a reserva de plenário é regra aplicável à declaração de inconstitucionalidade;
	III) a reserva de plenário aplica-se aos tribunais no controle abstrato e concreto, e se aplica também aos tribunais de contas.
	EFEITOS DA DECISÃO
	No controle incidental, o que se busca é o afastamento da lei no caso concreto em questão. 
	A arguição de inconstitucionalidade é um mero incidente, uma questão à parte do pedido principal do autor da ação. 
	O que se deseja é a satisfação de um determinado pleito, e não a inconstitucionalidade.
	A decisão tem efeitos restritos às partes daquele processo (eficácia inter partes). 
	A lei não deixa de existir, ela continua válida e regulando as demais situações que se enquadrem em seus comandos.
	Quem desejar afastar a aplicação da lei inconstitucional diante do seu caso concreto deverá acionar o Judiciário, a fim de garantir sua pretensão.
	Quanto ao aspecto temporal, o controle difuso, como regra, apresenta efeitos ex tunc. Ou seja, a decisão retroage.
	De qualquer forma, mesmo no controle difuso, admite-se a chamada modulação dos efeitos temporais, em que se atribui à decisão efeitos ex nunc, (prospectivos ou pro futuro).
	Os arts. 948 a 950 disciplinam o incidente de arguição de inconstitucionalidade
	Art. 948 Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
	Art. 949 Se a arguição for:
	I – rejeitada, prosseguirá o julgamento;
	II – acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver.
	Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
	Art. 950 Remetida cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento.
	§ 3º Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
	CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE
	É um segundo controle de validade das leis.
	A lei ou ato normativo infraconstitucional que contraria os tratados, não será válida.
	O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE pode ser feito por qualquer juiz e tribunal e não respeita o art. 97, CF.
ANÁLISE DA NÃO RECEPÇÃO DAS LEIS: controle difuso e concentrado (ADPF). Não obedece o art. 97.
TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS- não se aplica o art. 97 nem a súmula vinculante n. 10.
A TENDÊNCIA DE ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
O ordenamento constitucional pátrio prevê dois tipos de controle de constitucionalidade: o difuso (ou controle pela via de exceção ou concreto) e o concentrado (ou controle por via de ação ou controle in abstrato), com competências e efeitos distintos. 
O STF vem seguindo uma nova linha, no sentido de atribuir efeitos erga omnes ao controle difuso de constitucionalidade sem a participação do Senado Federal.
NO ÂMBITO JURISPRUDENCIAL, isso foi concretizado através do Recurso Extraordinário 19.917/SP, cujo fenômeno 
foi denominado de “abstrativização do controle concreto de constitucionalidade”. 
	Fixação proporcional de número de vereadores.
	Nos mandados de injunção , o STF chegou a suprir a omissão, inclusive com efeitos erga omnes MI 708/DF.
	Em decisões posteriores, embora os efeitos tenham sido limitados às partes envolvidas, autorizou-se aos relatores a decidir monocrática e definitivamente os mandados de injunção, versando sobre casos idênticos ao precedente do Tribunal.
	Caso Oseas – HC 82.959/SP – Aqui o ministro Nelson Jobim, chegou a advertir que , a rigor, o STF não estava decidindo o caso concreto, mas a constitucionalidade do dispositivo.
	Embora caso concreto, a aparência de a decisão ter sido dotada de efeitos erga omnes, motivou, o ajuizamento de uma reclamação (4.335/AC), CONHECIDA E julgada procedente pela maioria dos ministros. 
	 Reclamação nº 4.335/AC
	A situação concreta discutida na referida reclamação foi a seguinte:
	Em abril de 2006, ou seja, após a decisãodo STF declarando inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n.° 8.072/90 (HC 82959/SP), o juiz da vara de execuções penais de Rio Branco (AC) indeferiu o pedido de progressão de regime em favor de um condenado, argumentando que a Lei de Crimes Hediondos proibia e que a decisão do STF no HC 82959/SP somente teria eficácia erga omnes se o Senado Federal suspendesse a execução do dispositivo da Lei de Crimes Hediondos.
	O réu, assistido pela Defensoria Pública, formulou reclamação no STF alegando que o entendimento do juiz de 1ª instância ofendeu a autoridade da decisão do STF no HC 82959/SP. 
	Segundo argumentou o condenado, o Supremo já havia definido que o dispositivo era inconstitucional.
	 Logo, ninguém mais poderia discordar, mesmo que a decisão tenha sido tomada em sede de controle difuso.
	Como o STF julgou essa reclamação?
	Por maioria, a reclamação foi conhecida e julgada procedente. É preciso, no entanto, ter calma e analisar o voto de cada julgador.
	Apenas dois Ministros (Gilmar Mendes e Eros Grau) afirmaram expressamente que:
	• as decisões do Plenário do STF proferidas em controle difuso de constitucionalidade possuem efeitos erga omnes e;
	• que o papel do Senado, atualmente, é o de tão-somente dar publicidade ao que foi decidido, tendo havido mutação constitucional do art. 52, X, da CF/88.
	Os demais Ministros refutaram textualmente ou pelo menos não aderiram a tais conclusões. Assim, para a maioria do STF, a decisão em controle difuso continua ainda produzindo, em regra, efeitos apenas inter partes e o papel do Senado é o de amplificar essa eficácia.
	SV 26-STF
	Antes de prosseguirmos na explicação, é importante abrir um parêntese e esclarecer que, em 2009, ou seja, após a decisão no HC 82.959/SP e depois de a reclamação ter sido ajuizada (mas antes de ser julgada), o STF editou uma Súmula Vinculante afirmando que era permitida a progressão de regime em crimes hediondos. 
	Trata-se da SV 26-STF.
	Assim, quatro Ministros (Teori Zavascki, Roberto Barroso, Rosa Weber e Celso de Mello) votaram a favor da reclamação, porém não pelo fato de a decisão do juiz do AC ter afrontado o HC 82.959/SP, mas sim em virtude de a decisão do magistrado ter ficado, posteriormente, contrária à Súmula Vinculante 26, o que enseja expressamente reclamação (art. 103-A, § 3º, da CF/88).
	Em outros termos, a edição da SV 26 acabou “salvando” o conhecimento da reclamação. 
	Se fosse apenas por causa do HC 82.959/SP, a reclamação não seria admitida. 
	Logo, a reclamação foi conhecida pela maioria, mas com base na súmula (e não no HC).
	Nesse sentido, o Ministro Gilmar Mendes, no julgamento do RE 376.852 de 17-
12-2003, ao reportar-se ao recurso extraordinário como meio de provocação da jurisdição constitucional assinalou que “este instrumento deixa de ter caráter marcadamente subjetivo ou de defesa de interesse das partes, para assumir, de forma decisiva, a fundação de defesa 
da ordem constitucional objetiva”. 
	O CONTROLE CONCRETO DE CONSTITUCIONALIDADE NO STF
	É por meio da interposição do Recurso Extraordinário que a questão, anteriormente submetida a um juízo ou tribunal para a apreciação da inconstitucionalidade, poderá ser apreciada pelo STF, o qual realizará, assim como o órgão a quo, o controle difuso.
	O recurso extraordinário entrou no ordenamento jurídico pátrio através da Constituição de 1934.
	 É remédio constitucional de competência do STF, cabível em decisão de juízo monocrático ou colegiado, em processos de única e última instância. 
	A verificação preliminar formal da repercussão geral é de competência concorrente do Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça, da Turma Recursal e do Supremo Tribunal Federal, já pacificado pela jurisprudência do STF, mas o reconhecimento e a presunção legal da repercussão geral, isto é, a análise final compete exclusivamente ao STF.
	Todavia, o recurso extraordinário passou a ser usado, costumeiramente como um instrumento que era disponibilizado às partes para levar ao Supremo Tribunal Federal causas de caráter meramente privadas. 
	Diante desta situação, viu-se a necessidade de mudança para conter o crescimento dos recursos constitucionais e assim dar celeridade à prestação jurisdicional, restringindo a atuação da Corte, razão pela qual com a Emenda Constitucional 45/2004 foi criado o instituto processual da repercussão geral no Recurso Extraordinário, art. 102, par. 3º. CF.
	A repercussão geral foi regulamentado pela Lei 11.418/06, a qual determina que, para seu efeito, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
	A repercussão geral continua tendo como finalidade firmar o papel do STF como Corte Constitucional; permitir somente a análise de questões relevantes; e possibilitar à Corte Suprema decidir uma única vez cada questão constitucional.
	A decisão no controle incidental perante o Supremo Tribunal Federal, assim como perante juízo de primeiro grau, não dispõe de efeito vinculante, seus efeitos são, em regra, retroativos e tem eficácia inter partes.
	Entretanto, excepcionalmente, a CF prevê duas possibilidades de os efeitos, nas decisões proferidas pela Corte Suprema no controle difuso, alcançarem terceiros não integrantes do caso concreto, quais sejam: 
1 - mediante a suspensão da execução da 
lei por ato do Senado Federal e;
2 - por meio da aprovação de uma súmula vinculante.
	Para aqueles que entendem que para o STF atribuir efeitos erga omnes e vinculante a casos concretos deve utilizar-se da súmula vinculante ou oficiar o Senado Federal, por considerar um caminho mais seguro e compatível com a Constituição Federal, significa adotar um caminho mais demorado e dificultoso para se chegar ao mesmo fim, demonstrando um retrocesso para a população que busca a atuação do Judiciário. 
*
	O Regimento Interno do Senado Federal prevê, em seu art. 386, que o Senado conhecerá da declaração, proferida em decisão definitiva pelo Supremo Tribunal Federal, de inconstitucionalidade, total ou parcial de lei mediante: comunicação do Presidente do Tribunal; representação do Procurador-Geral da República; projeto de resolução de iniciativa da comissão de constituição, justiça e cidadania.
	A comunicação, a representação e o projeto acima referidos deverão ser instruídos com o texto da lei cuja execução se deva suspender, do acórdão do Supremo Tribunal Federal, do parecer do Procurador-Geral da República e da versão do registro taquigráfico do julgamento. 
	Uma vez lida em plenário, a comunicação ou representação será encaminhada à comissão de constituição, justiça e cidadania, que formulará projeto de resolução suspendendo a execução da lei, no todo ou em parte.
	O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral.
	Em caso de indeferimento, todos os casos semelhantes serão liminarmente indeferidos.
	A decisão que declara ou não a existência de repercussão geral é irrecorrível.
	Art. 1035...§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
	Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal
	Recurso Extraordinário:
	a) A matéria recorrida deve versar exclusivamente sobre direito constitucional;
	b) A matéria recorrida deve se encontrar prequestionada no julgamento a quo;
	c) Exaurimento das instancias ordinárias;
	d) Repercussão geral da matéria recorrida.
	Sumula 279 do STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
	Sumula 280 do STF: “Por ofensa a direito localnão cabe recurso extraordinário”.
	Sumula 281 do STF: “E inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”.
	Súmula 284 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia. 
	Súmula 286- “Não se conhece do recurso extraordinário fundado em divergência jurisprudencial, quando a orientação do plenário do STF já se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida”.
	Súmula 292 - Interposto o recurso extraordinário por mais de um dos fundamentos indicados no art. 102, III, da Constituição, a admissão apenas por um deles não prejudica o seu conhecimento por qualquer dos outros.
	Sumula 356 do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”.
	Súmula 513 - A decisão que enseja a interposição de recurso ordinário ou extraordinário não é a do plenário, que resolve o incidente de inconstitucionalidade, mas a do órgão (câmaras, grupos ou turmas) que completa o julgamento do feito.
	Súmula 637 - Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município
Súmula 640 - É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.
	O recorrente deve demonstrar a repercussão geral na preliminar do recurso. 
	Se o recurso objetivar impugnar decisão que contrariou súmula ou jurisprudência dominante no STF, haverá repercussão geral.
	 Pode o relator admitir a participação de amicus curiae.
	O CPC determina que em caso de multiplicidade de recursos que versem sobre a mesma matéria, o presidente do tribunal de origem admitirá recursos representativos – um ou mais – da questão e os encaminhará ao STF, ficando os demais processos suspensos até a prolação da decisão pelo STF.
	Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
	§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
	VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
	De fato, se o precedente é vinculante, para que o julgador possa deixar de aplicá-lo, é necessário que especifique quais diferenças entre os casos que tornam inadequada essa aplicação, ou, em sendo competente para tal, que indique a superação do entendimento anterior ou a limitação de sua abrangência.
	O recurso extraordinário (abrevia-se “RE”) é sempre dirigido ao Supremo Tribunal Federal (STF). 
	Ele questiona uma decisão, em única ou última instância, que tenha contrariado dispositivo da Constituição Federal ou que tenha declarado a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.
	Também pode questionar decisão que tenha julgado válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal, ou ainda que tenha julgado válida lei local contestada em face de lei federal. 
	O RE é um recurso que deve ser interposto apenas no Supremo, visando analisar questões constitucionais.
	Aplicabilidade
	 
	Ø      Contrariar dispositivo da CF;
	Ø      Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal;
	Ø      Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF
	Ø      Julgar válida lei local contestada em face de lei federal
	         Cabe recurso extraordinário quando a decisão proferida no tribunal contraria diretamente dispositivo da CF, sendo que a violação deve ser de forma direta e clara.
	         Há motivação para interposição de RE quando a decisão declarar lei federal ou tratado internacional inconstitucional. Ex: o tribunal declarar lei seca ou lei de bem de família inconstitucional.      
	Poderá interpor RE quando o tribunal julgar válida lei ou ato de governo local (lei municipal ou lei estadual), entretanto, o julgamento deve validar as aludidas leis, contrariando frontalmente, flagrantemente, normas da CF. Ex: cada estado tem as suas próprias leis quanto as custas processuais, mas se elas afrontam as normas da CF, cabe RE.
	 É passível de interposição de RE, quando a decisão do tribunal julgar válida lei local (lei estadual e lei municipal), contrariando frontalmente legislação federal. 
Hipóteses de Cabimento (art. 102, III, CF): 
contrariar dispositivo da CF
Ex: Lesão ao contraditório e ampla defesa.
(b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
Ex: acórdão declara inconstitucional a lei que autoriza a extensão de benefícios a servidores estatutários.
(c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF
Ex: Governo de SC autoriza a “farra do boi” e este ato é julgado válido por decisão judicial X CF art. 225, p. 1º, VII, CF
(d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Ex: Lei DF determina que os preços sejam afixados nos produtos x Lei Federal autoriza o uso do código de barras.
	Processamento do recurso extraordinário
	         O recurso extraordinário será endereçado (interposto) perante o presidente do tribunal recorrido.
	         Ao ser interposto no tribunal recorrido, este, por sua vez, fará o juízo de admissibilidade: tempestividade, preparo, motivação...
	         Havendo o recebimento do recurso, será encaminhado para o STF.
	         A petição deverá conter:
	a)     A exposição do fato e do direito;
	b)    A demonstração do cabimento do recurso interposto;
	c)     Deve conter as razões do pedido de reforma da decisão recorrida do tribunal, ou seja, para que dê provimento.
	 Ao ser encaminhado para o STF, será feito um novo juízo de admissibilidade.
	Prazo: 
	15 dias Quem faz o juízo ‘a quo’?
	Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal de Justiça
	Quem julga? 
	Uma das Turmas do STF, por distribuição automática.
	Qual a decisão passível de recurso Extraordinário?
	Em regra: acórdão
E em caso de urgência?
Excepcionalmente, o STF pode conceder efeito suspensivo por meio de tutela de urgência .
CONCEITO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
	 É A VIA PROCESSUAL QUE REMETE A ANÁLISE, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DE QUESTÕES CONSTITUCIONAIS APLICADAS AO CASO CONCRETO.
	PARA QUE O RECURSO EXTRAORDINÁRIO SEJA ANALISADO PELO STF, NÃO PODE HAVER A CHAMADA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 
	EXISTE A NECESSIDADE DO ESGOTAMENTO DAS VIAS ORDINÁRIAS NAS DEMAIS INSTÂNCIAS. (vide Art. 102 CF)
	Prequestionamento da matéria constitucional. 
	Por esse requisito, deve-se arguir a controvérsia constitucional, de forma que a matéria já tenha sido discutida, pelos órgãos das demais instâncias, antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal. 
	À luz da Súmula 356 do Supremo Tribunal Federal, o prequestionamento das questões constitucionais controvertidas na decisão recorrida é pressuposto de admissibilidade dos Recursos Extraordinário, devendo ser interpostos embargos de declaração para suprir omissão quanto à questão relativa ao mérito deste Recurso que não conste expressamente do julgado.
	Súmula 356. O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. 
	A questão agora a ser abordada é quanto à possibilidade do STF analisar a constitucionalidade de norma pré-constitucional frente à constituição vigente a sua época.
	 Tal análise é factível por meio do controle difuso de constitucionalidade VIA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
	Como assentado no RE de n. 148.754, Rel. Francisco Rezek, DJ de 4.3.1994, é possível o pleito de normas jurídicas que foram promulgadas antes da entrada em vigor da Constituição de 1988 frente à constituição vigente a sua época. 
	Vale destacar que nesta via de controle difuso não é factível o controle de constitucionalidade de norma pré-constitucionalfrente à constituição atual, pois por essa via só se realiza o controle em face da Constituição sob cujo império foi editado a lei ou ato normativo. 
	Em suma, o controle de normas pré-constitucionais frente à constituição atual pode ser analisado pelo STF por meio de controle de constitucionalidade abstrato, sendo que o posicionamento da Corte de que tal pleito só pode ser reclamado por meio de ADPF. 
	Por outro lado, a Corte possui competência para julgar a constitucionalidade de norma pré-constitucional frente à constituição vigente a sua época por meio de RECURSO EXTRAORDINÁRIO (controle concreto de constitucionalidade).

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