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Rodrigo Pires exercício módulo IV seminário II v2

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IBET
Módulo IV – Controle de incidência tributária.
Seminário II – Controle Processual Da Incidência: Declaração de Inconstitucionalidade.
Aluno: Rodrigo Gonçalves Pires.
1. Quais as espécies de controle de constitucionalidade existentes no ordenamento jurídico brasileiro? Explicar as diferentes técnicas de interpretação adotadas pelo STF no controle de constitucionalidade (parcial com redução de texto, sem redução de texto, interpretação conforme à Constituição). Explicar a modulação de efeitos prescrita no art. 27 da Lei n. 9.868/99. Quais os impactos da atribuição de efeitos erga omnes ao recurso extraordinário repetitivos nos termos do CPC/15 sobre o controle de constitucionalidade?
Na justiça constitucional brasileira adota-se dois tipos de controle de constitucionalidade: método difuso (Incidente - art. 102, III da CF) e concentrado (direto - art. 102, I, “a” da CF). O controle difuso trata-se de reconhecimento de inconstitucionalidade de uma norma diante de um caso concreto, por qualquer juiz, Tribunal ou STF com o objetivo de defesa do réu no processo. Contudo, o controle difuso não tem como finalidade a exclusão do ordenamento jurídico uma norma inconstitucional.
Já no controle concentrado, objetiva-se a invalidação de um ato normativo inconstitucional, ou seja, livrar do sistema jurídico, lei ou ato normativo, considerados inconstitucionais. 
Segundo Gomes Canotilho:
“O controle abstrato de normas, não é um processo contraditório de partes; é sim, um processo que visa, sobretudo, a defesa da Constituição e da legalidade democrática através da eliminação de atos normativos contrários à Constituição. Dado que se trata de um processo objetivo, a legitimidade para solicitar este controle é geralmente reservada a um número restrito de entidades”[footnoteRef:1] [1: CANOTILHO, José Joaquim Gomes Apud CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional: Teoria do Estado e da constituição, Direito Constitucional Positivo. Belo Horizonte: Del Rey, 2009; p. 445 
] 
O controle concentrado de constitucionalidade tem como Órgão competente julgador o Supremo Tribunal Federal.
O legislador, através do art. 27 Lei 9.868/99 permitiu, dependendo do caso, a utilização de outras medidas que não seja a nulidade completa da normal
Art. 27.Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
Com base nesse ordenamento jurídico criou-se dispositivos alternativos ao julgar a ação de inconstitucionalidade. Dentre eles temos: 1 - declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto: o tribunal considera inconstitucional somente uma hipótese de aplicação de lei. Na utilização dessa técnica não há modificação no texto legal; 2 - declaração de inconstitucionalidade com redução de texto: Serão declarados nulos somente os dispositivos contrários a constituição e não a totalidade da norma. Caso não seja possível existir a norma somente com o texto legal remanescente, o dispositivo será extinto do ordenamento jurídico; 3 – interpretação conforme a constituição: No caso de interpretação diversa de um único texto legal o tribunal irá optar por aquela interpretação que mais seja compatível com a constituição.
Outro ponto inserido através do art. 27 da Lei 9.868/99 foi em relação à questão temporal da aplicação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, permitindo assim, que seus efeitos tenham eficácia somente a partir do transito em julgado ou, por opção do tribunal, a qualquer outro momento, desde que tenha como objetivo a segurança jurídica do processo.
No que tange ao efeito erga omnes ao recurso extraordinário repetitivos, o novo CPC/2015 busca a uniformização da jurisprudência, trazendo ao STF ou outro tribunal o dever de orientar as decisões dos órgãos a eles vinculados. 
2 Os conceitos de controle concreto e abstrato de constitucionalidade podem ser equiparados aos conceitos de controle difuso e concentrado, respectivamente? Que espécie de controle de constitucionalidade o STF exerce ao analisar pretensão deduzida em reclamação (art. 102, I, “l”, da CF)? Concreto ou abstrato, difuso ou concentrado?
Sim. No controle concreto e difuso o órgão julgador é qualquer juiz, tribunal ou STF que são os responsáveis por analisar a compatibilidade da norma com a Constituição Federal. Nessas espécies de controle, é concedido ao interessado o direito de obter a declaração de inconstitucionalidade tão somente para isenta-lo da ação principal, do caso concreto.
Já no controle concentrado e abstrato temos como objeto principal do caso a análise da constitucionalidade, independentemente de caso concreto principal. Tendo como órgão julgador o STF que analisa a constitucionalidade dos atos normativos em abstrato.
A ação de reclamação tem como finalidade preservar a competência dos tribunais e garantir a autoridade de suas decisões.
De acordo com Humberto Theodoro Júnior:
“A reclamação constitui instrumento que [...] tem como objetivo evitar, no caso de ofensa à autoridade de um julgado, o caminho tortuoso e demorado dos recursos previstos na legislação processual, inegavelmente inconvenientes quando já tem a parte uma decisão definitiva[footnoteRef:2]” [2:  THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, 2006. p. 609. – Link: http://www.oab-sc.org.br/artigos/reclamacao-como-instrumento-controle-constitucionalidade/17
] 
Nessa ação o STF constitui o centro da jurisdição, sendo o responsável por julgar a ação. Temos, portanto, um controle concentrado ou abstrato. 
3 Que significa afirmar que as sentenças produzidas em ADIN e ADECON possuem “efeito dúplice”? As decisões proferidas em ADIN e ADECON sempre vinculam os demais órgãos do Poder Executivo e Judiciário? E os órgãos do Poder Legislativo? O efeito vinculante da súmula referida no art. 103-A, da CF/88, introduzido pela EC n. 45/04, é o mesmo da ADIN? Justifique sua resposta.
De acordo com o no artigo 24 da Lei n. 9.868/1999:
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
Afirmar que as sentenças produzidas em sede de ADIN e ADECON possuem “efeito dúplice” significa dizer que a uma equivalência entre as ações. Ou seja, a procedência da ADIN tem a mesma consequência que a improcedência da ADECON, da mesma forma, caso o resultado for o inverso. Logo, a decisão de uma afeta a outra diretamente, havendo, portanto, o efeito dúplice.
Ademais, os efeitos relativos as decisões de ADIN e ADECON são vinculantes aos órgãos do poder judiciário e executivo devido a função jurisdicional da eficácia da decisão do STF. Tendo seus efeitos proferidos para todos (erga omnes) e ex tunc (em regra). 
O artigo 102, §2º do CRFB/88 define esse entendimento:
Art. 102. (...)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
 
Contudo, no que diz respeito no que diz respeito a função de legislar é possível aduzir que a decisão não vincula o poder legislativo. Isto porque o poder legislativo poderá criar nova lei, podendo ser novamente questionada pelo STF.
Nesse sentido, a Lei n.º 9868/99 que trata do processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal em seu parágrafo único do art. 28 da Lei n.º 9868/99 dispões que:Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
Percebe-se que o texto não expande a eficácia da regra para o órgão legislativo, restringindo somente aos órgãos do poder judiciários e da administração Pública federal.
Por fim, temos o efeito vinculante referente ao art 103-A da CF no que diz respeito a súmula vinculante e a ADIN com efeitos equiparados, tendo em vista que ambos tratam de controle da constitucionalidade abstrata, bem como, seus efeitos tem a capacidade de atingir órgãos semelhantes.
4.	O STF tem a prerrogativa de rever seus posicionamentos ou também está inexoravelmente vinculado às decisões por ele produzidas em controle abstrato de constitucionalidade? Se determinada lei tributária, num dado momento histórico, é declarada constitucional em ADECON, poderá, futuramente, após mudança substancial dos membros desse tribunal, ser declarada inconstitucional em ADIN? É cabível a modulação de efeitos neste caso? Analisar a questão levando-se em conta os princípios da segurança jurídica, coisa julgada e as disposições do art. 927, § 3o, do CPC/15.
O Supremo Tribunal Federal poderá rever seu posicionamento, não ficando vinculado a decisão anteriormente produzida em controle abstrato de constitucionalidade desde que haja motivação idônea para seja permitido apreciar aquela situação novamente e baseado no art. 5º XXXV da CF que garante o livre acesso à justiça. 
Nas palavras rel. Min. Cezar Peluso ao apreciar ADI nº 2777/SP:
"O Tribunal, embora salientando a necessidade de motivação idônea, crítica e consciente para justificar eventual reapreciação de uma questão já tratada pela Corte, concluiu no sentido de admitir o julgamento das ações diretas, por considerar que o efeito vinculante previsto no § 2º do art. 102 da CF não condiciona o próprio STF, limitando-se aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo".(g.n.)),
Contudo, essa prerrogativa do STF é limitada ao Plenário, ou seja, não é permitido um ministro do supremo ou uma das turmas do STF proferir nova decisão, contrariando aquela proferida anteriormente com efeito vinculante.
A simples alteração dos membros do tribunal não se enquadra como pré-requisito para mudança de entendimento da decisão produzida em ADECON anteriormente. Conforme informado acima, a motivação para ser levado a nova apreciação de matéria já decidida é evitar o engessamento do judiciário. Estando o poder judiciário obrigado a acompanhar as mudanças e evoluções da sociedade. 
Conforme disciplina o art. 926, §3º e 4° do CPC:
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica. 
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia
Percebe-se que o dispositivo legal permite a modulação de efeitos caso ocorra a alteração de jurisprudência. Entendo ser positiva essa permissão, visto ser essencial assegurar a segurança jurídica do processo.
5.	O art. 535, §5º, do CPC/15 prevê a possibilidade de desconstituição, por meio de impugnação ao cumprimento de sentença, de título executivo fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo STF ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal em controle concentrado ou difuso. Pergunta-se: (i) É necessário que a declaração de inconstitucionalidade seja anterior à formação do título executivo? E se for posterior, poderá ser alegada? Se sim, por qual meio? Há prazo para esta alegação? 
De acordo com o art. 535, §5º, do CPC/15:
§ 5º Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal , em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso.
O controle de constitucionalidade previsto no dispositivo acima engloba os controles abstrato/concentrado e difuso/concreto. Não será necessário que a declaração de inconstitucionalidade seja anterior à formação do título executivo no controle concentrado, haja vista que a eficácia da decisão é erga omnes com efeitos ex tunc. Já no controle difuso, a eficácia é relativa apenas as partes do processo, contudo os efeitos são os mesmos, ou seja, retroagem, descontinuando a aplicação da ação. 
Por fim, caso a matéria julgada pelo STF tenha sido realizada após o transito em julgado da ação de execução, caberá as partes provocar o judiciário, através de ação rescisória para que os efeitos ex tunc sejam aplicados no caso concreto
6.	Contribuinte ajuíza ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária que o obrigue em relação a tributo cuja lei instituidora seria, em seu sentir, inconstitucional (porque violadora do princípio da anterioridade). Paralelamente a isso, o STF, em ADIN, declara constitucional a mesma lei, fazendo-o, contudo, em relação a argumento diverso. Pergunta-se:
	a) Como deve o juiz da ação declaratória agir: examinar o mérito da ação ou extingui-la, sem julgamento de mérito (sem análise do direito material), por força dos efeitos erga omnes da decisão em controle de constitucionalidade abstrato?
A ADIN tem seus efeitos vinculados aos órgãos judiciários e eficácia erga omnes. Entretanto, neste caso, entendo que o magistrado deverá examinar o mérito da ação, não podendo extingui-la sem apreciação do mérito, visto que os argumentos utilizados pelo contribuinte em sua ação declaratória não foi o objeto principal da ADIN declarada constitucional.
	b) Se o STF tivesse se pronunciado sobre o mesmo argumento veiculado na ação declaratória (violação do princípio da anterioridade), qual solução se colocaria adequada?
Nesse caso, caberia o magistrado julgar conforme a decisão da ação de declaração inconstitucionalidade. Contudo, caso o STF tenha entendido que ocorreu violação ao princípio da anterioridade, o magistrado extinguiria a ação sem julgamento do mérito, visto que a norma está em desacordo com as regras legais jurídicas.
7. Se a referida ação declaratória já tivesse sido definitivamente julgada, poder-se-ia falar em ação rescisória com base no julgamento do STF (art. 966 CPC/15)? Qual o termo inicial do prazo para ajuizamento da ação rescisória? E se o prazo para propositura dessa ação (2 anos) houver exaurido? Haveria alguma outra medida a ser adotada pelo Fisco objetivando desconstituir a coisa julgada, diante desse último cenário (exaurimento do prazo de 2 anos da ação rescisória)? Vide art. 505, I do CPC/15.
 
O Art. 966[footnoteRef:3] do CPC traz as hipóteses de cabimento da ação rescisória. Dessa forma, caso a ação declaratória já tenha sido definitivamente julgada poderá o autor impetrar ação rescisória, respeitadas as regras do dispositivo. [3: Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
VI -for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
] 
O termo inicial e o prazo para propositura da ação estão dispostos no art. 975 e parágrafos:
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. 
§ 1º Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput , quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. 
§ 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. 
§ 3º Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. 
O dispositivo informa que o prazo inicial para propositura da ação é a partir do transito em julgado da última decisão do processo. Sendo assim, o autor tem um prazo de dois anos para impetrar a ação rescisória, podendo ser prorrogado por no máximo cinco anos nos casos de descoberta de prova nova. Exaurido o prazo do ajuizamento da ação rescisória, não poderá haver mais discussão sobre a matéria e o direito do contraditório se extingue.

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