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17º Congresso de Iniciação Científica da FASB, 2019, Barreiras – Ba ISSN 2594-7951 1 EFEITOS DA FISIOTERAPIA EM GESTANTES COM DOENÇAS HIPERTENSIVAS ESPECÍFICAS DA GRAVIDEZ: REVISÃO DE LITERATURA. MARIA EDUARDA CORADO NASCIMENTO¹ MARISA FRANÇA PASSOS¹ MONIQUE MARQUES JACOBINA¹ THAYNARA DE SOUZA SILVA¹ MICHELE PORTO GUARNIERI DE SOUZA² ¹Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB. eduardacorado24@hotmail.com marisafancacap@hotmail.com moniquejacobina@outlook.com thaynara2907@hotmail.com 2 Docente do curso de fisioterapia da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB, Barreiras-BA mi_guarnieri92@hotmail.com INTRODUÇÃO A gestação na maioria das vezes ocorre sem intercorrências, mais em alguns casos ela pode apresentar riscos tanto para a saúde materna quanto para o desenvolvimento e saúde fetal. As gestações que apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável são denominadas de gestações de alto risco (MENEZE; GRACILIANO, 2013). Uma das principais doenças que se manifestam durante a gestação é a hipertensão arterial que pode causar diversos efeitos deletérios sobre os sistemas, principalmente vascular, hepático, renal e cerebral. Essas complicações citadas explicam a alta morbimortalidade materna e perinatal em mulheres com hipertensão gestacional (MARTINEZ, et al., 2014). As doenças hipertensivas específicas da gestação mais comuns de ocorrerem são a pré- eclâmpsia ou eclampsia quando a hipertensão arterial surge após 20 semanas de gestação está associada à proteinúria, e hipertensão crônica de qualquer etiologia quando identificada antes da gestação ou antes de 20 semanas de gestação (MOURA, et al., 2011). A hipertensão pode ser caracterizada se forem detectados valores pressóricos iguais ou superiores a 140x90 mmHg, e deve se considerar como gestantes hipertensas mulheres que apresente aumento de 15 mmHg na pressão arterial diastólica e 30 mmHg na pressão arterial sistólica, sendo confirmado após duas medidas, com intervalos de no mínimo, 6 horas, com a mesma sentada e em repouso (FERREIRA, et al., 2016). Hipertensão na gestação é a principal causa de morte materna no país, sendo responsável por cerca de 35% dos óbitos com uma taxa de 140 – 160 mortes maternas/100.000 nascidos vivos. Em relação à mortalidade perinatal, a taxa nacional é de 150/1000 partos, se forem considerados os diagnósticos de prematuridade, sofrimento fetal, crescimento fetal restrito, a hipertensão está assinalada como a maior causa dos óbitos fetais ou do recém-nascidos (MOURA, et al., 2011). Sendo assim a fisioterapia pode atuar de forma preventiva, diminuindo os fatores de risco antes da concepção, melhorando a saúde materna e utilizando o exercício físico como recurso terapêutico, a ginecologia e obstetrícia é uma área pouco explorada pela fisioterapia, mas de grande importância no atendimento obstétrico, uma vez que proporciona qualidade de vida à gestante tanto no pré quanto no pós (SOUZA; DUBIELA, JÚNIOR, 2010). Este trabalho teve por objetivo verificar o efeito do tratamento fisioterápico em gestantes com doenças hipertensivas específicas da gravidez. mailto:moniquejacobina@outlook.com mailto:mi_guarnieri92@hotmail.com 17º Congresso de Iniciação Científica da FASB, 2019, Barreiras – Ba ISSN 2594-7951 2 DESENVOLVIMENTO METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre a atuação da fisioterapia no tratamento de gestantes com doença hipertensiva especifica da gravidez. Como fontes de pesquisa dos artigos foram utilizados os sites: Lilacs (Literatura Latina-Americano e do Caribe em Ciência da Saúde), SciELO (Scientic Eletronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Os critérios de inclusão adotados foram: publicação entre 2009 a 2016; artigo original de pesquisa com Seres Humanos; abordagem sobre gestantes com doença hipertensiva especifica na gravidez e o tratamento fisioterapêutico. Foram encontrados no total de trinta (30) artigos. Os estudos que preencheram os critérios de inclusão acima foram lidos na íntegra, ao final, obteve-se um total de quinze (15) artigos. desses, quinzes foram excluídas por estarem em um período anterior a 2009 e por não preencherem os critérios de inclusão, ou seja, referências de gestantes que desenvolveram doenças hipertensivas especificas durante a gestação RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com Sampaio et.al (2013) o baixo nível socioeconômico pode ser uma condição de grande risco para que se desenvolva uma das síndromes hipertensivas gestacionais (SHG), como baixo nível de escolaridade, dificulta o acesso às informações e ao conhecimento de cuidados durante a gestação, idade materna tardia , antecedentes de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), o histórico familiar de DHEG, hipertensão arterial preexistente, diabetes pré-gestacional, índice de massa corpórea (IMC) ( maior que 30 antes da gravidez ) e em mulheres multíparas. A hipertensão afeta 7-10% de todas as mulheres grávidas, principalmente mulheres negras, pois possuem um maior risco para adquirir Hipertensão Arterial Sistêmica do que mulheres brancas, trazendo um maior risco na gestação e para o seu feto. Nas diferentes síndromes hipertensivas há chance de o RN nascer prematuro, com restrição do crescimento intrauterino e com baixo peso. (ANJOS, et.al. 2014). Na pesquisa de SINA, HOY e WANG (2014), relatada que Índice de Massa Corporal (IMC) e a Circunferência da Cintura (CC) antes da gravidez são medidas antropométricas de distúrbios hipertensivos da gestação (DHG) principalmente em mulheres nativas. Este resultado relata a importância do controle de peso precoce na prevenção da DHG nas mesmas. Os resultados mostraram que a hipertensão crônica, hipertensão pré-natal, história familiar de Pré-eclâmpsia, diabetes, IMC elevado, nuliparidade (mulheres que nunca tiveram filhos), história Pré-eclâmpsia anterior e baixa escolaridade foram identificados como de risco e são fatores para complicações da hipertensão arterial. (SULEIMAN, 2014). Durante o período gestacional a mulher sofre várias transformações no organismo, fazendo-se necessário novos ajustes físicos. O desempenho da fisioterapia na saúde da mulher permite intervir sobre vários problemas da função e do movimento humano, que sofrem variações e alterações durante toda a vida. Dessa forma, o fisioterapeuta apresenta-se apto a contribuir melhorando a condição de vida da gestante e diminuindo suas queixas, adotando programas educativos, terapêuticos e preventivos. Pesquisas apontam que a fisioterapia no serviço de pré-natal se dá por meio de orientações posturais e exercícios terapêuticos específicos, podendo prevenir e/ou minimizar lombalgias associadas às alterações decorrentes do período gestacional. (RAMOS; ALMEIDA, 2012) 17º Congresso de Iniciação Científica da FASB, 2019, Barreiras – Ba ISSN 2594-7951 3 A fisioterapia atua prevenindo dores, alterações pélvicas e posturais, auxilia o trabalho respiratório melhorando as trocas gasosas, facilita o trabalho de parto diminuindo a ansiedade e o estresse. Além de conscientizar a gestante sobre as alterações fisiológicas e prestar devidas orientações quanto sua postura durante suas atividades diárias e amamentação. (ALVES, 2012). Em função do número elevado de fatores de risco para a instalação da pré-eclâmpsia devem ser avaliados e tratados antes da gestação, sendo o mais relevante deles, a hipertensão crônica, dessa forma diminuindo o número de medicações que podem produzir efeitos indesejáveis tanto para a gestante como para o bebê. A atuação da fisioterapia na prevenção e no tratamento da pré-eclâmpsia tem como objetivo principal reduzir de forma significativa os níveis pressóricos, antes e durante a gestação. É de conhecimento que a melhora da aptidão física pode contribuir de forma significativapara a saúde, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. A prática regular de exercícios físicos vem sendo orientada pelas principais agências normativas da atividade física como o American College of Sports Medicine (ACSM) e a American Heart Association (AHA), por apresentar relativa segurança mesmo em grupos como as gestantes, em especial com pré-eclâmpsia (SOUZA; DUBIELA, JÚNIOR, 2010). Na atualidade, a execução de atividade física durante o ciclo gravídico-puerperal vem chamando a atenção de estudiosos e profissionais que integram a equipe obstétrica, no que se refere ao estudo dos riscos e benefícios reais dos exercícios, quando relacionado ao sedentarismo. O fisioterapeuta tem desempenhado um papel fundamental na equipe obstétrica, auxiliando nas mudanças que ocorrem durante o período gestacional, em função do peso e desvios posturais. Dessa forma, as vantagens dos exercícios realizados tanto no solo quanto na água são grandes e englobam todos os sistemas do organismo feminino. Os benefícios do desempenho de atividade física sobre o corpo da grávida abrange o alívio dos sintomas dolorosos como as lombalgias; a melhora da circulação de retorno tanto linfática quanto venosa; promove uma reeducação postural; melhora o tônus muscular e promove um maior relaxamento; melhora a função intestinal; melhora o condicionamento do aparelho cardiorrespiratório; facilita o trabalho de parto; promove uma recuperação mais rápida do parto, também aumenta a autoestima da gestante, proporcionando um bem-estar físico e emocional (SILVA; BEJIA, 2013). Para Delai e Wisniewski (2011) a postura deve ser trabalhada como uma atitude corporal relativa a uma visão saudável e aspecto preventivo para diversas patologias. Em correlação às repercussões do período gestacional, o fisioterapeuta pode agir orientando quanto às posturas corporais, exercícios de alongamento, relaxamento e auxílio ao retorno venoso, orientações sobre exercícios respiratórios, além de incentivos ao aleitamento materno e cuidados como o bebê. CONCLUSÃO No presente estudo verificou-se a importância da atuação do fisioterapeuta em gestantes que possui doenças hipertensivas, onde apresentam elevados índices de mortalidade materno-fetal, se não forem tratadas de forma adequada. Com o conhecimento dos fatores de risco, pode-se desenvolver um tratamento preventivo, dessa forma evitando que a síndrome se instale e provoque maiores complicações. Além do mais, a fisioterapia exerce papel fundamental na equipe obstétrica, atuando nos programas educativos, terapêuticos e preventivos, principalmente em gestantes que apresentam hipertensão arterial antes da gestação, reduzindo os fatores de risco antes da concepção, melhorando a saúde materna e utilizando-se de exercícios aeróbicos que contribuem de forma preventiva, diminuindo os níveis pressóricos e melhorando a qualidade de vida da mesma. Além do que, o fisioterapeuta 17º Congresso de Iniciação Científica da FASB, 2019, Barreiras – Ba ISSN 2594-7951 4 pode orientar às gestantes quanto às posturas corporais, exercícios de alongamento, relaxamento e de auxílio ao retorno venoso, atuando antes, durante e após o período gestacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, T.S.G. Efeitos da Fisioterapia na Qualidade de Vida da mulher durante o Período Gestacional, Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, 2012. ANJOS, J. C. S; PEREIRA, R.R; CFERREIRA, P. R; MESQUITA, T. B. V; JÚNIOR, O. M. 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