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Neossolos Alunos: Ismael Braatz, Júlia Roberta Cordeiro, Luís Eduardo Cordeiro, Victor Hugo Dresch. Técnico em Agropecuária Integrado 1º ano Professor Ben-Hur Costa de Campos Ibirubá,abril de 2017. NEOSSOLOS Definição O termo Neossolos lembra solos novos, pouco desenvolvidos. São solos constituídos por material mineral e material orgânico, de formação recente e geralmente com menos de 20cm de espessura, não apresentando horizonte B diagnóstico, sendo encontrados nas mais diversas condições de relevo. Característica Caracterizam os diversos processos de formação dos solos, seja em razão de maior resistência do material de origem ou dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo). Apresentam predomínio de características herdadas do material originário, como solos pouco evoluídos e sem a presença de horizonte diagnóstico. Os Neossolos podem apresentar alta (eutróficos) ou baixa (distróficos) saturação por bases, acidez e altos teores de alumínio e de sódio. Variam de solos rasos até profundos e de baixa a alta permeabilidade. Ambientes de ocorrência Abrangem diversos ambientes climáticos, associados desde áreas de relevos muito movimentados (ondulados a montanhosos) até as áreas planas, sob a influência do lençol freático. Quanto ao material de origem, variam desde sedimentos aluviais até materiais provenientes da decomposição de rochas do cristalino (pré-cambriano). Potencial ao uso agrícola Em áreas mais planas, os Neossolos, principalmente os de maior fertilidade natural (eutróficos) e de maior profundidade, apresentam potencial para o uso agrícola. Os solos de baixa fertilidade natural (distróficos) e mais ácidos são mais dependentes do uso de adubação e de calagem para correção da acidez. Os Neossolos de textura arenosa apresentam restrição causada pela baixa retenção de umidade. NEOSSOLOS Limitação O uso destes solos deve ser restringido quando estiverem próximos aos cursos d´água, por ser área de preservação das matas ciliares. Já em ambientes de relevos mais declivosos, os Neossolos mais rasos apresentam fortes limitações para o uso agrícola relacionadas à restrição a mecanização e à forte suscetibilidade aos processos erosivos. NEOSSOLOS Manejo Por apresentar pouca profundidade efetiva para o desenvolvimento radicular e para o armazenamento de água, devem ser mantidos sob preservação permanente, com mínima mobilização do solo. Áreas mais planas, em geral, requer correção de acidez e de teores nocivos de alumínio para a maioria das plantas e de adubação de acordo com a necessidade da cultura. Encostas, além destas, há necessidade do uso de práticas conservacionistas devido à forte suscetibilidade aos processos erosivos, NEOSSOLOS Por apresentarem forte restrições anuais, devido a pedregosidade e afloramento de rochas, recomenda- se: Cordão de contorno Cobertura permanente, como, o uso de cultura subsequente, que além manter o solo sempre coberto, produz anualmente uma grande quantidade de massa e resíduos Plantio direto Pastagens permanentes para áreas com declividade entre 15 e 25 % Reflorestamento e fruticulturas intercaladas com plantas de cobertura em áreas com declive entre 25 e 45 % Onde há declive acima de 45 %, deve- se deixar cobertura vegetal natural NEOSSOLOS Localização Mundial NEOSSOLOS Localização no Brasil NEOSSOLOS Ocorrência no Rio Grande do Sul Encosta Inferior do Nordeste e no Vale do Campanha. Serra Sudeste Na Encosta Superior Nordeste Planície Costeira Planalto médio NEOSSOLOS Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos NEOSSOLOS Neossolo Litólico Neossolo Flúvico Neossolo Regolitico Neossolo Quartzarênico Solo desenvolvido de camadas de sedimentos aluviais com grande potencial agrícola Solos originados de depósitos arenosos, constituído essencialmente de quartzo e de baixa aptidão agrícola. Solo raso e rochoso, estando normalmente em relevos declivos, com limitações agrícolas. Solo não hidromórfico, apresenta textura arenosa com alta erodibilidade. Neossolos Litólicos Compreendem solos rasos, onde geralmente a soma dos horizontes sobre a rocha não ultrapassa 50 cm, com muito material de rocha em decomposição, estando associados normalmente a relevos mais declivosos, possuindo média alta fertilidade. Apresentam-se bem a acentuadamente drenados e com características morfológicas, físicas e químicas muito variáveis em função do material originário, ocorrendo nas Unidades de Relevo Planalto da Campanha Gaúcha, Planalto das Araucárias, Patamares da Bacia do Paraná e Planalto Sul-Rio-Grandense. NEOSSOLOS LITÓLICOS Horizonte A diretamente assentado sobre a rocha ou sobre um pequeno horizonte C As limitações ao uso estão relacionadas a pouca profundidade, presença da rocha e aos declives acentuados. Estes fatores limitam o crescimento radicular, o uso de máquinas e elevam o risco de erosão. Apesar destes fatores limitantes, são intensamente utilizados com culturas bastante diversificadas, como milho, feijão, frutíferas e outras. NEOSSOLOS LITÓLICOS Este fato decorre, principalmente, das boas propriedades químicas destes solos e da estrutura de posse efetiva da terra da região, porém, são normalmente indicados para preservação da flora e fauna. No Rio Grande do Sul é utilizado para viticultura e pastagem. Neossolos Flúvicos São solos minerais, pouco desenvolvidos e originados de sedimentos aluviais não consolidados. Apresentam sequência de horizontes A e C, sendo que o horizonte A está assentado sobre camadas sem relação pedogenética, composição química e mineralógica muito variadas. Geralmente estes solos apresentam cores claras, embora possam ocorrer cores escuras intercaladas entre as camadas Com horizonte A assente sobre horizonte C NEOSSOLOS FLÚVICOS São considerados de grande potencialidade agrícola, mesmo os com baixa saturação por bases, em função da posição que ocupam na paisagem, ou seja, áreas de várzea, pouco ou não sujeitas à erosão, onde a motomecanização agrícola pode ser praticada intensivamente, porém, as condições de má drenagem e as frequentes inundações limitam a utilização agrícola destes solos. Eventualmente são usados com pastagem extensiva e cultivo de milho. NEOSSOLOS FLÚVICOS Planície de inundação dos rios, sob vegetação. Neossolos Regolíticos Neossolos pouco desenvolvidos, não hidromórficos e de textura normalmente arenosa de cores acinzentadas claras, excessivamente drenados, com teores médios a altos em minerais primários, apresentando alta erodibilidade principalmente em declives mais acentuados, portanto, o uso destes solos requer a aplicação de praticas conservacionistas NEOSSOLOS REGOLÍTICOS Mesmo devido a textura arenosa, baixo conteúdo de matéria orgânica e nitrogênio, têm sido utilizados com agricultura devido apresentarem boa reserva de minerais primários como o feldspatos, tendo cultivo muito comum de pastagens nestas áreas As fortes limitações, pela falta de água, são atenuadas nestes solos devido a maior profundidade da maioria dos perfis, onde a umidade permanece por mais tempo. NEOSSOLOS REGOLÍTICOS NEOSSOLOS Neossolo Quartzarênico Em geral, apresentam o horizonte A assentado sobre sedimentos muito arenosos, ou seja, são solos originados de depósitos arenosos, apresentando textura areia ao longo de pelo menos 2 m de profundidade. Esses solos são constituídos essencialmente de grãos de quartzo, de coloração clara e avermelhada. Os principais cultivos de abacaxi do Rio Grande do Sul encontram-se nas áreas de ocorrência destes solos; além disso, observa-se pequenos cultivos de milho, mandioca, batata-doce e abóbora. A utilização mais adequada para estes solos é com pastagem e reflorestamento. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICO São considerados solos de baixa aptidão agrícola, por serem excessivamente drenados e não dispor de reservas de minerais primários de fácil erosão, por isso, o uso contínuo de culturas anuaispode levá-las rapidamente à degradação. Práticas de manejo que mantenham ou aumentem os teores de matéria orgânica podem reduzir esse problema. NEOSSOLOS QUATZARÊNICOS Desenvolvem-se em áreas de relevo plano e suave ondulado, tendo como exemplo Relevo Planície Gaúcha (Norte) BIBLIOGRAFIA http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONTAG01_16_2212200611542.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONT000gn230xhp02wx5ok0liq1mqq4c4en9.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucana/arvore/CONT000gt7eon7k02wx7ha087apz246ynf0t.html http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_mata_sul_pernambucana/arvore/CONT000gt7eon7k02wx7ha087apz2rpqi7zu.html http://coralx.ufsm.br/ifcrs/solos.htm#mapa STRECK, E.V; KÄMPF, N.; DALMOLIN, R.S.D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P.C.; SCHNEIDER, P. Solos do Rio Grande do Sul. 2.ed. Porto Alegre: EMATER/RS; UFRGS, 2008. Componentes: Alunos: Betina Mariéli Pazinatto, Igor Dapont, Marcos Alberto Franz, Tiago Ronaldi Giongo e Renan Augusto Schneider. Técnico em Agropecuária 1º ano Ibirubá, maio de 2015. Obrigado pela atenção!
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