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POS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO

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UniBF – Faculdade 
Atividade Avaliativa Descritiva
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
Disciplina: Ética e Responsabilidade Social e Profissional
Aluno(a): Jaquesson Luis de Oliveira
Data: 18/06/2020
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL E PROFISSIONAL
1. INTRODUÇÃO 
Este é um trabalho para a conclusão do curso de Pós Graduação em Engenharia da Produção, UniBF – Faculdade, onde o referido trabalho aborda sobre uma perspectiva estratégica, procurando ultrapassar os limites da visão tradicional da Engenharia da Produção, apresenta aspectos ligados à área que trata dos assuntos relacionados a Ética e Responsabilidade Social e Profissional, tais como: Ética e Responsabilidade Social, As três fases da Ética Empresarial são Industrial - Pós-Industrial - Da Informação, Definição de empresa, Sobre o direito à privacidade ele cessa quando entra em questão o bem publico, O conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam, ou ocupam, um mesmo espaço em determinado tempo, é chamado de: população, Milagre Econômico, Responsabilidade Social Empresarial, Conceito e contextualização de Responsabilidade Social Empresarial, Ética Empresarial e prática de valores.
O presente trabalho que se refere à Ética e Responsabilidade Social e Profissional tem por objetivo e foco evidenciar e informar que a aplicação ou não da doutrina ética e responsabilidade social nas organizações é discutida desde os primórdios do capitalismo e que por meio da mesma há relatos dos autores que muitas empresas ainda não enxergam a importância de tais ações para o patrimônio da mesma e continuam ainda visando apenas o lucro, e outras aplicam a doutrina ética por uma questão de sobrevivência. Para compor o referido estudo, foi realizada uma pesquisa apurada entre teses, dissertações e livros acerca do tema com fatos históricos, informações e opiniões dos referidos autores relatando diferentes posturas, ações e omissões por parte das empresas deste tema que atualmente vem sendo discutido e impacta a imagem e reputação das organizações. Em suma, os dados levantados por meio desta pesquisa mostram claramente que há uma preocupação em tais ações não somente por parte das organizações (dirigentes), mas também por todos os envolvidos, no que diz respeito à postura ética e responsabilidade social da mesma internamente em prol dos seus colaboradores e externamente em prol do bem-estar social das pessoas, como por exemplo, a preocupação em produzir produtos de qualidade, e que a extração de recursos naturais não afete o meio ambiente e que sejam feitas também ações em prol do meio ambiente.
A ética é à base da responsabilidade social e se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização na condução dos seus negócios. Vazquez define ética como “teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano”.
A conduta ética nas organizações também é definida na transparência das empresas, nas relações com seus públicos e na preocupação que possuem com o impacto das suas atividades na sociedade. Essa relação de confiança contribui para o sucesso das empresas, sucesso que se reverte de forma financeira, graças à imagem que se tem das empresas e está relacionada à responsabilidade social.
A relação de confiança entre empresas e públicos deve estar alicerçada em bases sólidas. Observamos que a ética não pode ser um artifício mercadológico, tem que estar na essência das empresas. A máscara cai nas situações de crise e nesse contexto, valoriza-se a transparência que vai além de informar o que está acontecendo, mas se antecipar aos fatos. Evitar situações que possam prejudicar os públicos, como, por exemplo, retirar do mercado um produto contaminado, antes de saber as causas da contaminação.
Este estudo tem como interesse informar e trazer à tona o impacto positivo que a boa prática da doutrina ética e responsabilidade social por parte das empresas traz para a sociedade, os colaboradores e todos os envolvidos, bem como a preocupação com o meio ambiente e o olhar positivo para a aceitação da diversidade nas empresas, que é um assunto muito discutido atualmente e o que voga é a diferenciação individual das aptidões físicas e cognitivas para desempenhar determinada função e não a diferenciação por raça, cor e sexo. É um estudo que possui relevância social, considerando o quanto as discussões éticas ganharam espaço e relevância científica na sociedade brasileira nos últimos anos, tendo em vista a possibilidade de ampliar os estudos nessa área.
2. CONCEITUAÇÃO DA TEMÁTICA 
A conceituação da Ética e Responsabilidade Social e Profissional pode ser definida como tendo em foco elucidar que a saúde de uma empresa depende muito de sua conduta, levando-se em consideração que o mundo hoje (de negócios) está em constante transformação, ou seja, as pesquisas mostram que as empresas buscam constantemente se adequar ao cenário atual de acordo com o ambiente em que atuam e estão cientes de que boa parte do seu patrimônio depende de uma boa imagem reputacional aliada a boas práticas de responsabilidade social e a preocupação com todos os envolvidos – os stakeholders – e como a empresa projeta sua imagem para os mesmos.
Embora a preocupação com a doutrina ética e responsabilidade social exista desde a origem do capitalismo, tal preocupação está em pauta nos tempos atuais, pois a ética no mundo dos negócios tem grande influência na tomada de decisões. Este estudo mostra que cada decisão em prol da mesma reflete uma boa imagem e reputação para todos os interessados na organização, e tal prática de responsabilidade social e doutrina ética vão além da preocupação única e exclusiva com a maximização dos lucros e sim prioriza também proporcionar bem-estar à sociedade e ao meio ambiente no qual a empresa se situa, com políticas de responsabilidade social interna e externa.
Este estudo mostra que muitas empresas ainda caminham na contramão das práticas da ética e responsabilidade social, porque ainda têm dificuldade de enxergar o futuro e não possuem a visão sistêmica de que tal prática diz respeito à sua imagem e reputação, além de corresponder ao seu patrimônio (conforme mostrado nesta pesquisa, a imagem de uma empresa é responsável por 11% do valor total da mesma).
Portanto, esta pesquisa traz à tona que para uma empresa se adaptar à aplicação de tal conduta ética e consciência da responsabilidade social, é necessário que se adapte ao ambiente de atuação e se reinvente constantemente. O intuito também é elucidar que o papel da organização é o de incentivar seus membros para o comportamento ético, servindo de exemplo para outras organizações.
Levantou-se que as práticas de responsabilidade social têm importante papel no valor econômico das empresas; portanto, as empresas têm uma enorme preocupação e se veem na responsabilidade de projetar da melhor maneira possível sua imagem para os stakeholders.
Em relação à responsabilidade social interna, o intuito desta pesquisa é evidenciar a preocupação com os colaboradores e o quanto são importantes para o sucesso da organização, já que dentro das boas práticas éticas e de responsabilidade social as empresas procuram reter seus colaboradores pela consciência dessa importância para a mesma.
Os dados levantados no presente estudo evidenciaram a importância da aplicação da doutrina ética e responsabilidade social por parte das organizações, sendo que fatos históricos apontam tal existência e preocupação desde os primórdios do capitalismo. Em contrapartida, o referido estudo mostra que desde então há uma resistência por parte das organizações em prol da prática da doutrina ética e responsabilidade social em virtude do lucro e enriquecimento a qualquer custo, passando por cima de todos os princípios da ética e preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos. Porém, o estudo mostrou que a partir da década de 70 se começou a testar ferramentas teóricas para aplicação da doutrina ética, porém ficou claro que ainda nessa época haviadúvidas sobre as obrigações sociais por parte das empresas.
O estudo informa que, mesmo sob dificuldades da atribuição de tais responsabilidades, tal aplicação, ainda que atual, sempre esteve presente nas organizações desde o início de suas atividades pelo principal motivo de que são compostas por pessoas.
Mesmo com a ciência da responsabilidade social e conduta ética na atualidade e através dos tempos, o estudo traz à tona outro obstáculo que ainda é presente, que é o fato de que muitas empresas ainda têm dificuldade de enxergar tal importância e mudar sua conduta, ou seja, entender o cenário atual e permanecer com uma política interna e externa ainda engessada.
Este estudo evidenciou também outro importante fato, que é o olhar para as mudanças e a principal delas, que influencia todo este cenário que força a mudança de conduta das organizações para uma postura ética e ciência das suas responsabilidades sociais para com a sociedade e que estamos na era da informação e as pessoas têm fácil acesso à mesma e cobram seus direitos, qualidade nos produtos e melhores condições de trabalho, fato este que é imprescindível para a carreira das pessoas e que agrega mais valor do que altos salários. Afinal, as pesquisas aqui levantadas mostraram que grande parte do patrimônio e valor econômico das organizações deve-se à sua imagem e reputação e, apesar de muitas organizações estarem a par desse fato, ainda há um longo caminho a percorrer para muitas outras tomarem consciência disso, até mesmo para sua sobrevivência no mercado.
2. DESENVOLVIMENTO 
Ética e Responsabilidade Social
Ética é uma doutrina filosófica que tem por objeto a moral no tempo e no espaço, sendo o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana.
O primeiro pensador a relacionar valor e trabalho foi Locke.
Com relação às questões éticas, pode-se afirmar que elas devem estabelecer os rumos norteadores do comportamento moral a partir da educação para uma conduta racional.
Ética pode ser definida da seguinte forma: Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.
A moralidade histórica é pôr-se de acordo com as regras morais do grupo social em que se vive, internalizando-as.
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Os direitos nela contidos são inalienáveis. Os preceitos descritos serão desenvolvidos em cooperação com as Nações Unidas. A liberdade e a justiça são fundamentos expressos da Declaração. A Declaração busca expressamente o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações.
As três fases da Ética Empresarial são Industrial - Pós-Industrial - Da Informação.
Uma das primeiras preocupações éticas em âmbito empresarial de que se tem conhecimento formou-se a partir dos debates que ocorreram, especialmente nos países de origem alemã, na década de 1960. Por meio deles, pretendia-se elevar o trabalhador à condição de participante dos conselhos de administração das organizações. Esse cenário se refere à década de 60.
Na fase da industrialização várias questões passaram a ter destaque. São elas: Responsabilidade Corporativa, Comunicação e Balanço Social, Avaliação de Qualidade, Recursos Humanos.
O conceito de ética nos negócios geralmente se refere aos valores que apoiam a tomada de decisão e o comportamento de trabalhadores, gestores e diretores de uma empresa.  A ética deve ser observada pela empresa como uma aliada na definição de condutas desejadas para seus funcionários. Dessa forma, as responsabilidades éticas correspondem a: Valores morais específicos.
Grandes contribuições deram Adam Smith e Max Weber na era industrial quando asseguram existir uma conexão entre ética e empresa, entendendo que o sucesso empresarial dar-se-ia quando a organização dentro da sua idéia compreendesse condições legais e morais.
A mais famosa, e importante obra de Max Webber é: A Ética protestante e o espírito do capitalismo.
Definição de empresa
No Direito Trabalhista, é a organização do capital e do trabalho, empenhada em atividade econômica. No Direito Empresarial, é uma atividade econômica exercida pelo empresário por meio da articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. É uma sociedade organizada para a exploração de uma indústria, comércio ou serviços, tendo por objetivo final o lucro. Semanticamente é um empreendimento, uma atividade produtiva, um negócio.
Caráter é o Conjunto de fatores que incidem sobre cada indivíduo, tornando-o único dentro da sua própria espécie. Na empresa influencia diretamente suas decisões e seu jeito de ser, fazer e resolver as diferentes questões presentes em seu dia à dia.
O caráter das organizações é formado a partir de um processo social, organizacional, cultural, histórica, pelo somatório de cada componente da empresa.
Sobre o direito à privacidade ele cessa quando entra em questão o bem publico.
No exemplo dado em aula, segundo o qual uma companhia obriga seus funcionários a fazer exames de detecção de uso de drogas e álcool, visando a evitar acidentes operacionais, o dilema dos valores caracteriza-se pela dificuldade em se saber o que é ético. A partir dos conteúdos estudados, neste caso específico, a ética organizacional exige que a empresa dê prioridade: Ao respeito à privacidade dos funcionários.
 DILEMA é a  díficil escolha entre duas opções.
Toda pessoa tem direito ao respeito de seus semelhantes, a uma vida digna, a oportunidades de realizar seus projetos, mesmo que esteja cumprindo pena de privação de liberdade, por ter cometido delito criminal, com trâmite transitado e julgado. Sem o estabelecimento de regras de conduta, não se constrói uma sociedade democrática, pluralista por definição, e não se conta com referenciais para se instaurar a cidadania como valor. Segundo o princípio da dignidade humana, que é contrário ao preconceito, toda e qualquer pessoa é digna e merecedora de respeito, não importando, portanto, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, grau de instrução e orientação sexual."
Um dos principais elementos do planejamento estratégico de uma empresa está na definição de seus valores. Esses valores representam os temas e áreas que são inegociáveis dentro da organização e oferecem subsídios quando a empresa decide elaborar um Código de Ética. O valor moral é a base para o indivíduo agir (livre arbítrio) e diz respeito a crenças pessoais sobre o comportamento eticamente correto ou incorreto. Assinale a opção que completa corretamente a frase.
Em um dos textos apresentados em nosso conteúdo, fala-se do caso de uma empresa fabricante de produtos de amianto (Manville Corporation) que, depois de multada por causar danos à saúde de seus funcionários, deixou de produzi-los e por isso teve uma diminuição em seus lucros. De acordo com o que se lê no texto, esta organização foi ética por que se preocupou com: A saúde dos funcionários e clientes.
O conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam, ou ocupam, um mesmo espaço em determinado tempo, é chamado de: população.
De acordo com as práticas de reciclagem e responsabilidade social ambiental, o tratamento do lixo é fundamental para o planejamento ambiental das cidades e políticas públicas de meio ambiente; a reciclagem é dever de todos; para efetivação das ações de reciclagem, a educação ambiental nas escolas e comunidades é condição de sucesso desta estratégia.
Podemos definir meio ambiente como a soma total das condições que atuam sobre os organismos: fatores físico-químicos, edáficos, climáticos, hídricos e bióticos.
O estudo da relação homem X natureza, é o fundamento e a sustentação da Ética Ambiental (base cientifica).
Contemporaneamente os estudiosos sobre o comportamento humano e suas relações com o meio ambiente criaram uma área de investigação chamada de ética ambiental. Esta, por sua vez, está apoiada em duas recentes teorias que a fundamentam, A teoria evolucionista de Darwin e a teoria de Gaia.
Milagre Econômico.
Na década de 1970,as taxas de crescimento na economia eram da ordemde 10% ao ano. Neste período o Brasil viveu o período conhecido como milagre econômico.
É comprovável que os recursos naturais são cada vez mais escassos. Os motivos dessa escassez são identificáveis nos estudos da Ecologia, a renovação não acontece no mesmo ritmo em que são extraídos tais recursos.
Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção.
Quanto maior o desenvolvimento tecnológicos maiores as aplicações dos recursos naturais. Os processos tecnológicos são essenciais para utilização dos recursos naturais. A utilização ampla de recursos naturais depende do desenvolvimento tecnológico. Não há utilização de recursos naturais sem os processos tecnológicos.
Consideramos como biomassa todo recurso renovável que provém de matéria orgânica, de origem vegetal ou animal e tem por objetivo a produção de energia. Pode ser considerada biomassa: carvão vegetal, Biodiesel, Etanol e Lenha.
A economia tem se valido dos recursos naturais de maneira bastante evidente. Assim, para que seja considerada como recurso a exploração de algo deve ser economicamente viável.
 A sociedade humana sempre se caracterizou por ser um palco com interesses diversos e em constantes conflitos e lutas sociais. Um espaço onde as relações sociais são marcadas por inúmeras disputas entre grupos. Nestas relações de poder a igualdade entre os sujeitos praticamente não existe, tornando todas as lutas sociais desiguais e marcadamente violentas. Neste ambiente torna-se necessário uma reflexão profunda sobre a ética, entendida aqui como a melhor forma de viver e conviver entre os seres humanos, ou seja, um modo de arrumar a casa comum (o mundo) para nela se viver. A ética, como aqui apresentamos não é uma lista de coisas certas e erradas. Não é, portanto, um conjunto de regras e normas prontas para se cumprir. Compreendemos como sendo equivocada a ideia de ética como sinônimo de lei, norma ou regra. A reflexão sobre a ética nos ajuda a compreender a forma mais adequada para se viver em sociedade. Esta reflexão só possui efeito na medida em que há diálogo entre iguais, ou seja, a ética necessita de espaços dialogais para se efetivar. A ausência do diálogo impede o desenvolvimento da reflexão e da busca pelo convívio entre os seres humanos. Neste contexto, este artigo também tratará da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), entendendo-a como uma forma de buscar por esse convívio social. Contudo, nossa abordagem crítica nos leva a levantar e observar algumas contradições presentes neste conceito e suas práticas, visto que existem situações em que os programas de RSE implementados nas empresas visam exclusivamente agregar valor às organizações, transformando-se em “moedas” e ações de propaganda. Por outro lado, observaremos que os programas de RSE, criam também condições para se criticar e avaliar processos no interior das organizações que contradizem os princípios éticos e os valores morais dominantes na sociedade, contribuindo para inibir tais práticas nocivas. É possível observar que esses programas acabam também ensejando, nos indivíduos que estão trabalhando neles, a descoberta das estruturas geradoras de exclusão social.
Conceito e contextualização de Responsabilidade Social Empresarial 
Abordar o tema da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é ir além do modismo ou dos sonhos alternativos assistencialistas. A sociedade atual possui mecanismos vorazes que consomem pessoas e a natureza, que excluem e segregam um grande contingente de seres humanos. Ao tratar do tema com a seriedade necessária, será inevitável o questionamento da estrutura social e econômica vigente em nossa sociedade. Conceitualmente falando, podemos entender a RSE como “uma modalidade de atuação das empresas que se apresentam como comprometidas com o fortalecimento econômico e social do país” (GRACIOLLI; TOITIO, 2008, p. 166). Historicamente podemos situar esse movimento, no Brasil, no contexto do avanço das políticas neoliberais nos anos 1990.
Entendemos que a partir dos anos 1990 o Brasil experimentou inúmeras políticas de “ajustes” de cunho neoliberais que impediram os avanços das conquistas da constituição de 1988. Ocorreu, assim, uma contra-reforma do Estado, que impediu a construção de uma ruptura com o modelo excludente de sociedade. Neste sentido as reformas e ajustes vieram sempre na direção da manutenção do status quo da classe dominante, perpetuando e legitimando a hegemonia do projeto neoliberal.
Avaliação e vantagens da Responsabilidade Social 
A responsabilidade social que de fato interessa é aquela que habilidosamente se articula com uma práxis transformadora plena, ou seja, que supera a prática como uma estratégia de mercado, um mero assistencialismo caracterizado pela ausência de proposta emancipatória, que, repetidamente, segue imprimindo e legitimando uma ordem social injusta e perversa em que as pessoas são “coisificadas” e as coisas são dignificadas. Compreende-se que a práxis social é a atividade material do ser humano agindo na história. Ela enseja transformações que superam os ajustes sociais, ou seja, verdadeiras rupturas com as práticas repetitivas que expropriam as riquezas materiais e imateriais do ser humano. Para se chegar a uma experiência da práxis social será necessário superar o idealismo e a espontaneidade ingênua dos indivíduos e grupos, o que permitirá a avaliação permanente das ações de RSE, o que significa verificar se tais ações sinalizam criativamente para um novo mundo possível: um mundo justo, onde caibam todas as pessoas.
A norma oferece os princípios que orientam a RSE, tais como: 
• Accountability (Responsabilidade ética ou prestação de contas) – trata da transparência nas organizações e sua responsabilidade pública. É a boa governança empresarial no sentido de não trazer prejuízos para a sociedade, tais como práticas de corrupção, métodos de produção poluidores, trabalho análogo à escravidão, etc.
• Respeito ao Estado de Direito – cumprimento das leis do Estado e respeito aos seus agentes estabelecidos. 
• Respeito aos direitos humanos – preocupação com os direitos do cidadão e cuidado para que as práticas da organização não firam os direitos humanos. A norma fornece, também, orientações para todos os tipos de organização, independentemente de seu porte ou localização, inclusive sobre padrões de desempenho. São elas: 
• conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social; 
• histórico, tendências e características da responsabilidade social;
• princípios e práticas relativas à responsabilidade social; 
• os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social; 
• integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência; 
• identificação e engajamento de partes interessadas; 
• comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a responsabilidade social (INMETRO, Idem).
Ética Empresarial e prática de valores 
Na condição de “pessoas jurídicas” as organizações possuem valores? Em princípio podemos dizer que não, visto que os valores são humanos, inerentes às pessoas. Contudo, as empresas são dirigidas por pessoas que, por sua vez, possuem determinados valores éticos e humanos, portanto, são as pessoas dirigentes das organizações, que possuem valores. Aqui, novamente nos deparamos com as contradições inerentes ao sistema capitalista, visto que em sua finalidade muitas vezes as empresas se veem e oposição com os valores éticos presentes na sociedade. Então, é necessário iniciarmos um diálogo sobre o que entendemos como ética (éthos no grego). Primeiramente a ética não deve ser entendida como um conjunto de regras e normas pré-estabelecidas em uma sociedade, mas, sim, como toda busca humana para tornar o espaço e a convivência humana possível, ou seja, um mundo como lugar para todas as pessoas, indistintamente. Neste sentido, a ética busca realizar plenamente aconvivência entre os seres humanos. A grande questão que a reflexão ética busca responder é ‘como viver?’, ou ‘qual a melhor forma de viver e conviver?’. Deste modo, “a ética é um trabalho, um processo, um caminhar: é o caminho pensado de viver, na medida em que tende para a vida boa, como diziam os gregos, ou para o menos ruim possível, e essa é a única sabedoria verdadeira” (COMTE-SPONVILLE, 2003, p. 220).
O Nascimento da Ética: ética e história O termo Ética, no grego Ethos, é uma forma de escrever em língua latina duas letras gregas, o ethos (com eta inicial) e ethos (com épsilon inicial). A Ética será compreendida como a ciência do ethos, sendo que, o ethos (com eta ηθος inicial) designa a casa do ser humano e também do animal. O ethos é a casa do homem. O homem habita sobre a terra acolhendo-se ao recesso seguro do ethos. Deste modo, está na origem do termo ética a metáfora da moradia, um espaço do mundo habitável para a convivência humana, contudo “nunca a casa do ethos está pronta e acabada para o homem” (LIMA VAZ, 2004. p. 12-13). A ética aqui é entendida como “lugar habitável”, isto é, lugar de viver e conviver, espaço que possibilita a vida, o bom e o justo para o ser humano. Enquanto espaço humano, não é dado ao ser humano, mas por ele construído ou incessantemente reconstruído.
4. CONCLUSÃO 
No desenvolvimento deste estudo foi analisada a preocupação e aplicação da doutrina ética, ciência e responsabilidade social por parte das organizações e que, embora tal obrigatoriedade e responsabilidade estar em pauta atualmente, tais preocupações e práticas já existiam desde o nascimento do capitalismo. Porém tal valor e relevância ao tema se deram a partir do final dos anos 60.
O referido tema bem como a composição deste estudo e levantamento dos dados é de suma importância para a conscientização da influência do papel das empresas para com a sociedade. Papel este que diz respeito a sua atuação e responsabilidades como empregadores (interna) e para com a sociedade (externa), cuidado e conservação do meio ambiente no cenário e local em que atuam e como produtores e prestadores de serviços no quesito qualidade e responsabilidade na fabricação de seus produtos e excelência na prestação de serviços.
Mediante esses fatos levantados, este estudo tem o cunho principal de elucidar para a sociedade a importância do papel e responsabilidades que as organizações têm e que todos como clientes e colaboradores, ou seja, todos os envolvidos têm que acompanhar e cobrar melhores condições e qualidade de vida. Portanto, este levantamento serviu como incentivo para o autor como profissional a valorizar a carreira, agregando em sua trajetória profissional empresas com uma boa imagem e reputação, e como cidadão a acompanhar e exigir produtos e serviços de qualidade.
Ética e RSE, como vimos, são conceitos que se relacionam dinamicamente. São campos independentes, mas, que, necessariamente, precisam caminhar juntos. Os programas de RSE surgiram, de modo mais intenso, nos anos 1990, no mesmo contexto do avanço das políticas neoliberais no Brasil. Sobre estes programas pairam muitas críticas e indagações. Entre as críticas, a mais contundente é que tais iniciativas têm como objetivo projetar a imagem da organização para a sociedade, que ‘consome’ esta imagem ao se associar a ela, comprando seus produtos ou utilizando seus serviços.
Refletimos que no contexto da sociedade capitalista, a busca essencial pelo lucro é um desejo dominante e um valor fundamental. Dessa forma, existe nessa sociedade, inevitavelmente, a instalação da contradição com os valores presentes e desejados pela maioria da sociedade (a vida, a verdade, a justiça). A RSE é um elemento que contribui para sinalizar essa contradição, não obstante ela não se apresente como um objetivo central da RSE.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, C. B. O padrão ético satisfatório de um negócio. Dissertação. (Apresentada como requisito final para obtenção do grau de Mestre em Filosofia na linha de pesquisa. Problemas interdisciplinares de Ética do Programa de Pós-Graduação em Filosofia), Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 2013. Disponível em: < http://www.academia.edu/17358814/O_padrao_etico_satisfatorio_de_um_negocio> Acesso em: 09 Junho 2020.
OLIVEIRA, J. A. P. Empresas na Sociedade: Sustentabilidade e responsabilidade social. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
PASSADOR, C. S. A responsabilidade social no Brasil: Uma questão em andamento. VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Lisboa, Portugal. 2002. Disponível em: <http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/clad/clad0044201.pdf>. Acesso em: 09 Junho 2020.
PINTO, A.C e RIBEIRO, M.S. Balanço social: Avaliação de informações fornecidas por empresas industriais situadas no estado de Santa Catarina. Revista Contabilidade & Finanças - USP, São Paulo, n. 36, p. 21 - 34, setembro/dezembro 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcf/v15n36/v15n36a02.pdf> Acesso em: 09 Junho 2020.
QUEIROZ, A. FERREIRA, R. N et al. Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
SANTOS, A. C. V. A importância da ação ética no processo de gestão empresarial para o fomento do clima organizacional. Dissertação (Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Teologia), São Leopoldo, Escola Superior de Teologia, 2011. Disponível em: < http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/307> Acesso em: 09 Junho 2020.
SOUZA, T. M. S. A importância nas relações interpessoais das organizações. (Dissertação como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre em Família na Sociedade Contemporânea). Salvador, Universidade Católica de Salvador, 2005. Disponível em: < http://tede.ucsal.br/tde_arquivos/1/TDE-2008-06-06T155248Z-54/Publico/TANIA%20MARIA%20SANTOS%20DE%20SOUSA.pdf> Acesso em : 09 Junho 2020..
BEHRING, Elaine R.; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e história. São Paulo: Editora Cortez, 2008.
BRASIL, Comissão Nacional da Verdade. Relatório – Brasília: CNV, 2014. – (Relatório da Comissão Nacional da Verdade; v. 2 – Textos temáticos nº 8 Civis que colaboraram com a ditadura).
COMTE-SPONVILLE, André. Dicionário filosófico. São Paulo: Martins Fontes, 2003
VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia II: ética e cultura. São Paulo: Editora Loyola, 2004

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