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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E POLÍTICA
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Plano de aula baseado no Teórico Paulo Freire
O presente plano, não tem escola, instituição ou local determinado, pois trata-se de um projeto de rua. O objetivo do presente estudo foi investigar se a inclusão escolar na perspectiva da educação para todos de Paulo Freire pode ser considerada como um conceito de uma real inclusão, uma referência, sobre o tema.
Tema:
Integração social.
Objetivos:
· Promover uma ampla reflexão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na rua, envolvendo educandos, comunidade, professores, educadores populares e toda a comunidade nessa reflexão e na transformação das práticas para que a qualidade sociocultural e socioambiental da educação seja socialmente referenciada.
· Visa a oportunizar aprendizagens significativas à vida dos(as) educandos(as) e à autonomia de todos os sujeitos que participa do processo de ensino e de aprendizagem.
· Abrir espaço para crianças e jovens de rua apontarem situações reais, comprovando sua realidade.
· Ênfase ao diálogo.
· Conhecer a realidade no qual estão inseridos.
· Apresentar perspectivas de mudanças.
Metodologia:
O Projeto Educativo propõe promover a inclusão social de crianças e jovens, por meio da informação, apresentando abordagem diferenciada. Seu principal objetivo é oferecer aos educandos uma educação que os façam participantes ativos do seu processo de ensino e aprendizagem, por meio de conversas, brincadeiras, palestras, leituras, recortes teóricos, desenvolver a criatividade e reflexões visando à construção e ao exercício da cidadania e sua integração social.
 A metodologia baseia-se nas concepções de Paulo Freire e tem como princípio educativo os saberes do educando intercalados ao conhecimento cientifico na figura do educador. O projeto entende a inclusão como algo que vai além de “alfabetizar” mas que é também um caminho de socialização e melhoria da qualidade de vida dessas crianças e jovens que vivem na rua.
Inclusão Escolar na Perspectiva da Educação para Todos de Paulo Freire:
 "Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiados certos de nossas certeza" (FREIRE, 1996, p.30).
 Embora Paulo Freire tenha desenvolvido sua pedagogia dialógica e política anteriormente ao movimento mundial de inclusão, sua filosofia se mostra tão contemporânea que ainda tem o poder de se colocar como um conceito de uma real inclusão, uma referência sobre o tema. A educação dialógica proposta por Paulo Freire, em sua práxis libertadora traz a gênese da educação inclusiva, que não aceita a homogeneização dos educandos frutos do sistema escolar tradicional, subordinado aos interesses do capitalismo neoliberal. Defende uma educação para todos, sem discriminações de qualquer natureza. 
A filosofia educacional política e dialógica de Paulo Freire não é para o aluno com NEE e os demais excluídos, mas sim com todos. Constitui-se como uma autêntica pedagogia da inclusão, fundamentada no princípio da dialogicidade, que em sua práxis libertadora, na escola e no mundo, reconstrói a alteridade entre crianças e jovens, ao reconhecer as diferenças de desenvolvimento físicas, sensoriais e intelectuais, como tantas outras diferenças que constituem os homens, e os caracterizam como humanos. Dorea (2008, p.4) conhecedor da obra de Paulo Freire afirma:
 Trata-se de pensar os homens como seres em constante devir e não como indivíduos prontos e acabados, alguns até circunscritos, por exemplo, sob os rótulos de inferiores e mesmo deficientes, além de estigmatizados como limitados em relação à sua capacidade de aprendizagem e de se posicionar diante de si mesmo, do outro e da própria vida.
A metodologia do Projeto de Integração Social visa proporcionar um ensino à crianças e jovens, em contexto exterior, isto é, fora da sala de aula. Acreditamos que a aplicação de uma só metodologia, poderá ser limitativa face à diversidade de cada criança ou jovem. Assim, adotamos um conjunto de princípios pedagógicos que, de uma forma flexível, se adequam a cada criança e jovem, respeitando as suas características, níveis de desenvolvimento, capacidades e competências a desenvolver.
Neste contexto, o Educador é vista como modelo e mediadora de todo o processo educativo, a quem compete educar com afeto, com respeito pela individualidade, pela verdade, pela autonomia e pela liberdade, criando oportunidades para que a criança realize aprendizagens verdadeiramente significativas.
Cabe ao Educador, avaliar o desenvolvimento de cada criança e do grupo, promovendo a evolução de todas as áreas do desenvolvimento infantil (psicomotor, afetivo, cognitivo e social). Ao longo deste caminho, o Educador deverá refletir sobre a toda a sua prática pedagógica, ser atento e flexível, adequando-se sempre que for necessário, em função dos objetivos propostos.
Salientamos a importância de observar e definir objetivos, desenvolver estratégias e atividades, aplicar técnicas e materiais adequados, de modo a que todas as crianças alcancem o sucesso e explorem plenamente as suas potencialidades, respeitando as suas características, capacidades e diferentes ritmos de compreensão.
É fundamental que as crianças e jovens se sintam bem acolhidas, seguros e confiantes utilizando este espaço para aprender e ampliar as suas relações sociais e afetivas, numa relação saudável e coesa entre criança/criança e adulto/criança, a fim de construir uma imagem positiva sobre si mesma e sobre os outros.
A criança deve interagir com o seu meio ambiente, com alguma independência e criatividade, permite levantar questões sobre o mesmo, expondo as suas ideias e recebendo também informação nova. A adoção de estratégias e métodos variados facilita a aprendizagem, tornando-a mais motivadora e interessante, permitindo ir ao encontro de cada criança, sendo a relação afetiva a base de toda a aprendizagem e apresentando perspectivas de mudanças.
“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” Paulo Freire
Avaliação:
O projeto possui um papel diferenciado ao olhar para as crianças e jovens de rua ativas e capazes de aprender e ensinar. O projeto vai na “contramão” das diretrizes governamentais que oferece atividades para crianças e jovens que estão compreendidos na rua, por isso, marginaliza os que se dispõe pra tal tarefa. Do ponto de vista da extensão do projeto, os impactos da abordagem da integração, permitem destacar a percepção ativa nas crianças e jovens, como forma de inclusão social e melhoria da qualidade de vida, onde foi perceptível a retomada de papéis significativos e importantes dentro da sociedade, retirando-os do isolamento e da inatividade ou falta de perspectivas. Mais especificamente, transformando os modos de conhecer novos ambientes de conhecimento, na produção de novos espaços e permitir diversas práticas de construção coletiva. Do ponto de vista da formação e ensino, o projeto é um espaço que se apresenta como uma alternativa de vivência prática para essas crianças e jovens, em um ambiente onde ensino, pesquisa, reflexão e extensão estão voltados para contribuir para a integração social, dentro da sua realidade através da vivência da prática. Proporcionando uma integração real através da oportunidade de aliar os conhecimentos teóricos repassados à eles.
 
Referências:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é o método Paulo Freire. 17. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
 FREIRE, Paulo: Pedagogia da autonomia: Saberes necessários á prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1997.
GADOTTI, M. (org.). Paulo Freire: uma biobibliografia. São Paulo: Cortez,1996.
FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. Prefácio Fundadores do Instituto Paulo Freire. Cortez Instituto Paulo Freire, 2001, 2ª edição.

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