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AS MÍDIAS SOCIAIS, A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A FORMAÇÃO DOS DESIGREJADOS

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FACULDADE SHALOM DE ENSINO SUPERIOR 
ANDRE LUIS PINHO 
CLÁUDIA D’ANDRÉA RODRIGUES PINTO PINHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MÍDIAS SOCIAIS, A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A FORMAÇÃO DOS 
DESIGREJADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA - MG 
2017
ANDRE LUIS PINHO 
CLÁUDIA D’ANDRÉA RODRIGUES PINTO PINHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS MÍDIAS SOCIAIS, A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A FORMAÇÃO DOS 
DESIGREJADOS. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
no Curso de Graduação em Teologia da 
Faculdade Shalom de Ensino Superior – 
FASES, como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel. 
 
Sob a orientação do (a) Professor (a) Ma. 
Marilia das Graças Nascimento Maruyama 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA – MG 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINHO, André Luis; PINHO, Cláudia D’Andréa 
Rodrigues Pinto. 
 As mídias sociais, a pregação do evangelho e 
a formação dos desigrejados./ André Luis Pinho; 
Cláudia D’Andréa Rodrigues Pinto Pinho, 2017. 
 36 f.: 
 Orientador: Marilia das Graças Nascimento 
Maruyama. 
 Monografia (Graduação)–Faculdade Shalom de 
Ensino Superior. Curso de Teologia. Uberlândia, 
2017. 
1. 1. Pregação - Cristianismo 2. Igreja e 
comunicação de massa. I. Faculdade Shalom de 
Ensino Superior. Curso de Teologia. II. Título. 
2. 
 CDU: 251 
3. 
 
 
 
 
 
ANDRE LUIS PINHO 
CLÁUDIA D’ANDRÉA RODRIGUES PINTO PINHO 
 
AS MÍDIAS SOCIAIS, A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A FORMAÇÃO DOS 
DESIGREJADOS. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
no Curso de Graduação em Teologia da 
Faculdade Shalom de Ensino Superior – 
FASES, como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel. 
 
Sob a orientação do (a) Professor (a) Ma. 
Marília das Graças Nascimento Maruyama 
 
 
 
Aprovados em 14/12/2017 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
___________________________________________________________________________ 
Nome: Marília das Graças Nascimento Maruyama 
Titulação: Mestre 
 
 
__________________________________________________________________________ 
Nome: Pablo Henrique Nascimento Maruyama 
Titulação: Especialista 
 
 
__________________________________________________________________________ 
Nome: Rosicler Rodrigues Moura 
Titulação: Especialista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a Deus que nos 
capacitou, e nos deu forças para chegarmos até 
aqui. 
AGRADECIMENTOS 
 
Á Deus, pоr ter nos dado saúde е força pаrа superar as dificuldades. 
 
A Faculdade Shalom de Ensino Superior, pela oportunidade de fazer о curso. 
 
A nossa orientadora professora Ma. Marilia das Graças Nascimento Maruyama, pela 
paciência e carinho demonstrados em todo tempo. Pelo suporte no pouco tempo que lhe 
coube, pelas suas correções е incentivos. Por nos motivar e acreditar em nós. 
 
A nossa professora e amiga, Maria Tereza Nascimento Maruyama Pinheiro, que nos auxiliou 
de forma tão carinhosa, em todo este processo, sempre disponível, e nos mostrou que ensinar 
é amar. 
 
Agradecemos а todos aos professores pоr nos proporcionar о conhecimento não apenas 
racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação 
profissional, pela dedicação a nós, não somente pоr nos terem ensinado, mas por nos terem 
feito aprender. 
 
Ao meu esposo André Luis Pinho, companheiro de todas as horas, que me apoiou, incentivou 
e muito auxiliou na construção deste trabalho. Pelo amor e paciência, de todos os dias. 
 
A minha esposa Cláudia D`Andréa R. P. Pinho, pelo amor e paciência, as palavras de ânimo, 
incentivo. 
 
As nossas filhas Leticia e Luiza, pelo amor incondicional, e a compreensão em nossos 
momentos de ausência neste período. 
 
Nossos agradecimentos aos amigos de curso e ministério, companheiros de trabalho е irmãos 
na amizade que fizeram parte da nossa formação е que vão continuar presentes em nossas 
vidas com certeza. 
 
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, о nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no 
navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.” 
Leonardo da Vinci 
RESUMO 
 
O presente estudo tem como foco, avaliar a utilização e importância das mídias e redes sociais 
para a pregação do evangelho na contemporaneidade, e suas consequências para a 
comunidade eclesiástica, de forma ampla relacionar se há ou não a contribuição destas 
ferramentas para a formação de um novo e crescente movimento de êxodo institucional, no 
meio dos Cristãos Evangélicos, conhecido como “desigrejados”. Contribuir na compreensão 
deste quadro atual. Conceituar mídias e redes sociais e sua importância na 
contemporaneidade. Analisar a pregação do evangelho através das mídias sociais, redes, seu 
crescimento, influência e consequencias na estrutura eclesiástica atual. Conhecer, os 
“desigrejados” suas possíveis causas, fundamentação teórica, contradições. Quem são, onde 
eles se encontram, por que este fenômeno é crescente e polêmico? Finalmente discutir, as 
implicações para a igreja evangélica contemporânea, mediante estas transformações. O 
presente trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, fundamentado no 
entendimento de renomados autores, dentre os quais destacam-se Ciribeli e Paiva (2011), 
Andreolla (2012), Cunha (2014), Souza e Costa (2017), Campos Junior (2017) dentre outros. 
 
Palavras-chave: Mídias Sociais. Pregação do evangelho. Desigrejados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present article focuses on evaluating the use and importance of media and social networks for the 
preaching of the gospel in contemporary times, and its consequences for the ecclesiastical community, 
in a wide way to relate whether there is or not the contribution of these tools to the formation of a new 
and growing movement of institutional exodus, among the Evangelical Christians, known as 
Christians without a church. Contribute to the understanding of this current situation. Conceptualizing 
media and social networks and their importance in the contemporary world. Analyze the preaching of 
the gospel through social media, networks, its growth, influence and consequences in the current 
ecclesiastical structure. To know, the Christians without a church their possible causes, theoretical 
foundation, contradictions. Who are they, where are they, why is this phenomenon growing and 
controversial? Finally, discuss the implications for the contemporary evangelical church through these 
transformations. The present work was carried out by means of a bibliographical research, based on 
the understanding of great authors, among which stand out Ciribeli and Paiva (2011), Andreolla 
(2012), Cunha (2014), Souza e Costa (2017), Campos Junior (2017) among others. 
 
Keywords: Social media. Preaching the gospel. Christians without a church. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1: Captura da página inicial do Facebook – Comunidade “Os Desigrejados” ......... 26 
FIGURA 2: Captura da página inicial blog – Desigrejados TM ................................................ 27 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10 
2 AS MÍDIAS SOCIAIS E A IGREJA CONTEMPORÂNEA ............................................... 13 
3 A PREGAÇÃO DO EVANGELHO POR MEIO DAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS ....... 18 
4 OS DESIGREJADOS ............................................................................................................23 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 31 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nas últimas décadas, a evolução tecnológica, tem transformado o universo humano 
social. Vive-se um mundo totalmente globalizado e digitalizado na contemporaneidade. Este 
avanço tecnológico juntamente com a facilidade de informação, muitas vezes em tempo real, 
tem propiciado uma geração cada vez mais conectada. 
Comunicar-se e relacionar-se é um dos princípios mais importantes para o convívio 
social. Neste contexto digital, a comunicação virtual ganha terreno e pode-se dar de diversas 
maneiras, individuais ou em grupos, trazendo diversas vantagens. Percebe-se então a 
utilização cada dia maior das mídias e redes sociais. 
Importante definir e estabelecer as diferenças entre elas, para compreender melhor 
seus objetivos. Ciribeli e Paiva (2011) descrevem que as redes sociais são formadas por 
indivíduos, que interagem entre si com objetivos e valores comuns, seu foco são os 
relacionamentos. Já as mídias sociais utilizam-se de ferramentas para divulgação, 
compartilhamento de conteúdo. Seu objetivo é o compartilhamento, podendo ou não gerar 
relacionamentos. 
Nota-se uma tendência do aumento da utilização destas ferramentas pelas pessoas, 
visto que um clique muitas vezes facilita e agiliza, nas questões cotidianas. Há diversos tipos 
de redes e mídias existentes, com diferentes finalidades e público alvo, sendo hoje sem 
sombra de dúvida, um dos maiores símbolos da era da informação. 
O desenvolvimento de novas tecnologias para a comunicação traz em um primeiro 
olhar inúmeros benefícios em sua utilização, mas no decorrer deste progresso tecnológico, 
observam-se riscos e danos. Assim é importante entender as possibilidades de utilização 
destas ferramentas, suas vantagens e perigos. Entretanto o desafio é saber equilibrar a 
utilização destas tecnologias para os relacionamentos. Separar o virtual e o real, o digital e o 
palpável. 
É notória a influência das mídias sociais no comportamento social. No contexto 
eclesiástico isto não é diferente, todo cristão é vocacionado, por meio da grande comissão, a 
pregar o evangelho a todas as nações da terra. Nessa perspectiva as mídias sociais, na 
atualidade, tem se tornado um instrumento rápido e eficaz, de longo alcance na propagação do 
evangelho. 
Compartilhar versículos, vídeos, pregações, estudos, posicionamentos, sem necessitar 
sair de casa, aparentemente é um benefício para os cristãos e a igreja. No entanto, com as 
possibilidades criadas pela tecnologia na evangelização é esperado o surgimento de 
 11 
 
questionamentos. Tais como: Esta evangelização é de fato eficiente? O objetivo da 
evangelização, que é a salvação e transformação do modo de viver, tem sido alcançado? A 
evangelização virtual tem contribuído para o crescimento da igreja? 
Com os avanços tecnológicos surge no contexto religioso uma nova categoria de 
cristãos, os chamados “desigrejados”1, que vêm ganhando força e visibilidade. Tem se 
tornado um elemento gerador de preocupação, haja vista tal fato, tem contribuído para o 
êxodo institucional. Estudiosos sociais, pastores, líderes, teólogos, igrejas, as mídias cristã e 
secular, tem interesse em conhecer e compreender esta crise de contestação da igreja 
institucionalizada na atualidade. 
Ainda que este fenômeno religioso ocorra em outras instituições também de cunho 
cristão e que se apresente com outras designações, ou nomes diferentes, o mesmo tem um 
aspecto social, de insatisfação com o convencional, no contexto religioso, o que torna ampla a 
sua abrangência, pautado neste aspecto, esta pesquisa ater-se-á seu foco apenas nos cristãos 
evangélicos. 
Este trabalho tem como objetivo geral, identificar até que ponto, as mídias sociais e a 
pregação do evangelho por meio das redes, estão contribuindo ou não para a formação desta 
nova classe conhecida como “desigrejados”. O qual se desdobra nos seguintes objetivos 
específicos, conceituar mídias e redes sociais e sua importância na contemporaneidade. 
Analisar a pregação do evangelho através das mídias sociais, redes, seu crescimento, 
influência e consequencias na estrutura eclesiástica atual. 
Pretende-se ainda estudar o fenômeno crescente dos “desigrejados” suas possíveis 
causas, fundamentação teórica, contradições, por que e como ocorre. Nessa perspectiva, busca 
responder os seguintes questionamentos: Quem são os desigrejados? Onde eles se encontram? 
Quais as causas do êxodo eclesiástico? Por que este fenômeno é crescente e polêmico? 
Em se tratando de um fenomeno social, de cunho religioso, questiona-se ainda se o 
crescimento deste pode modificar a estrutura da igreja na modernidade. Como a facilidade de 
acesso e informação por meio das mídias sociais pode ou não influenciar e ou auxiliar na 
formaçao de uma nova categoria de cristãos evangelicos? 
A partir desta premissa serão explanados os seguintes temas: As mídias sociais e a 
igreja contemporânea; A pregação do evangelho por meio das redes e midias; Os 
“desigrejados”. O presente trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, 
 
1 Desigrejados: Cristãos que deixaram de congregar nas igrejas. Um neologismo foi criado para pontuar esta 
tendência. São chamados de desigrejados e defendem a inutilidade na existência da igreja institucionalizada. 
Campos Junior (2017) 
 12 
 
fundamentado no entendimento de grandes autores, dentre os quais destacam-se Ciribeli e 
Paiva (2011), Andreolla (2012), Cunha (2014), Souza e Costa (2017), Campos Junior (2017) 
dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
2 AS MÍDIAS SOCIAIS E A IGREJA CONTEMPORÂNEA 
 
A contemporaneidade é marcada pelo avanço tecnológico e sua geração constante e 
crescente de conhecimento por meio da facilidade de acesso á informação. Com muita 
rapidez, gera-se e compartilha-se conteúdo, os quais são disponibilizados constantemente por 
meio das mídias e redes sociais. Vive-se a era do conhecimento, da comunicação, da 
informação, da conectividade. Os indivíduos conectados passaram não somente a ter um 
acesso facilitado à informação, como também se tornaram eles mesmos agentes dessa 
comunicação numa interação continua com as mídias e redes sociais. 
Souza e Costa (2017) descrevem que “As mídias sociais têm uma proporção 
gigantesca na atualidade, com seus milhões de usuários, e justamente por este motivo houve 
uma transformação na forma de comunicação entre as pessoas.” Esta transformação marcada 
pela forma de se comunicar, está em constante avanço, visto que há algumas décadas a 
comunicação resumia-se ao contato pessoal, telefonemas, cartas e e-mails. Na atualidade 
cartas, e-mails, são cada vez menos utilizados, as mídias dominam a comunicação, 
promovendo um deslocamento do ambiente real para o virtual. Com o crescimento da 
internet, a facilidade de acesso, faz com que adultos, jovens, e até mesmo crianças, prefiram 
hoje a comunicação por meio das mídias sociais. 
A internet potencializa a interação dos indivíduos de forma geral e a divulgação do 
evangelho, consequentemente, sem a necessidade de interação presencial, levando para o 
ambiente virtual as relações individuais e coletivas. De acordo com Fonseca e Santos (2012, 
p. 93): 
 
Contemporaneamente convive-se com suspeita e deslumbramento frente à 
veracidade e potencialidade das mídias e, em especial, da Internet, tanto para 
as interações em geral quanto para a difusão do Evangelho. Desencadeando 
assim algumas consequências como o deslocamento do local de ocorrência 
das interações, ou seja, do presencial para o virtual;possibilitando assim 
uma nova lógica da inter-relação tempo espaço, que permeia as ações 
individuais e coletivas. 
 
Percebe-se, diante da afirmação acima a relevância, da utilização da internet e das 
mídias sociais, na transformação da forma de comunicação e interação do individuo na 
sociedade em diversas áreas, incluindo até difusão da mensagem do evangelho na atualidade. 
Nesse sentido é possível constar que um aspecto que tem contribuído para que a 
evangelização midiática se torne uma das principais estratégias dos cristãos, é seu alto 
potencial de alcance. 
 14 
 
As redes sociais, “existem em todos os lugares e podem ser formadas por pessoas ou 
organizações que partilham valores e objetivos comuns.” (CIRIBELI; PAIVA, 2011, p. 59). 
Muitos utilizam os termos redes sociais e mídias sociais como sinônimos, no entanto faz se 
necessário diferenciar um do outro haja vista as duas apresentarem diferenças primordiais 
entre si. 
Segundo Souza e Costa (2017), a distinção entre os termos é facilmente observada por 
meio da finalidade para sua utilização. 
 
É muito comum confundir os termos Mídias Sociais e Redes Sociais, porém 
as redes sociais são espaços limitados à conexão pessoal de indivíduos em 
sites de relacionamento como o facebook, por exemplo. Já as Mídias Sociais 
englobam as Redes Sociais e também outros tipos de informações, 
como blogs e micro-blogs, social bookmarking, redes de aprendizado, redes 
de compartilhamento de vídeos e fotos como o YouTube e Instagram, estes 
espaços podem ser de comunicação, multimídia, entretenimento ou 
colaborativos. (SOUZA; COSTA, 2017, p. 5). 
 
Os autores descrevem a diferença entre os termos delimitando o espaço utilizado pelos 
indivíduos em cada um. Apesar das redes sociais estarem contidas nas mídias, são coisas 
distintas e suas finalidades de utilização são bem diferentes. As redes sociais são amplamente 
utilizadas para relacionamentos, socialização, interações interpessoais, já as mídias usadas 
para compartilhamento de vídeos e outros para a divulgação de conteúdo de entretenimento 
ou comunicação. 
Os diversos tipos de mídias existentes possuem finalidades próprias e público alvo 
definido, conforme Ciribeli e Paiva (2011, p. 59): 
 
São diversos os tipos de mídias sociais existentes, com diferentes finalidades 
e público-alvo, que têm foco em contatos profissionais, amizades, 
relacionamentos amorosos, pesquisas, dentre outros. Essas mídias dispõem 
de ferramentas que facilitam a comunicação entre os usuários, inteirando-os 
do conteúdo gerado por eles mesmos, com postagem de mensagens 
instantâneas e textos, compartilhamento de vídeos, áudios e imagens. 
 
De acordo com a afirmação acima as mídias facilitam a comunicação por meio de 
ferramentas disponíveis para o compartilhamento, de conteúdos gerados pelos usuários, 
interagindo os, dependo de seus interesses comuns, com uma ampla variedade que pode ir 
desde relacionamentos amorosos, a contatos profissionais. O conteúdo gerado também é 
variável dependendo da mídia utilizada, de mensagens instantâneas a vídeos. 
Neste contexto, do universo conectado e “com o constante crescimento da internet e 
das mídias sociais, estão se formando redes sociais bem definidas com os mais diversificados 
perfis, expondo opiniões e compartilhando momentos.” (CIRIBELI; PAIVA, 2011, p. 60). 
 15 
 
Percebe-se que quanto mais cresce a utilização da internet e das mídias, formam-se redes bem 
definidas, onde os espaços virtuais são utilizados para propagar informações de diversas 
maneiras. 
Entende-se então que apesar de não haver um conceito formulado, a diferença entre 
mídias sociais e redes sociais, está relacionada a seu objetivo principal, ou seja, as redes cujo 
objetivo principal é relacionamento interpessoal, ou em grupos com objetivos afins, como 
Facebook2 e as mídias sociais que englobam não somente as redes sociais, mas também as 
redes de compartilhamento, de aprendizado, comunicação, de ideias, vídeos, áudios, imagens, 
arquivos, podendo ou não gerar relacionamento direto entre os indivíduos. 
Esta mudança na forma de comunicação tem influenciado, em diversas áreas da 
sociedade, incluindo a comunidade evangélica brasileira, pois “se a tecnologia, em especial a 
revolução digital, modifica o modo de pensar as coisas, isso não acabará por dizer respeito 
também de certo modo à fé e sua comunicação?” (SPADARO, 2012 apud COSTA, 2016, p. 
103). As mídias hoje se tornaram uma grande fonte de informações sobre a religião, suas 
formas e tendências. É visível esta interação entre mídia e religião na atualidade. Todos os 
dias veem-se criações de sites3, blogs4, comunidades virtuais5, canais do you tube6, entre 
outros, para comunicação da fé e crenças. 
Diante destas mudanças na forma de comunicar a fé torna-se necessário uma reflexão, 
a respeito das possíveis implicações na igreja contemporânea. “E, de fato, as mais diversas 
 
2 Facebook é uma rede social lançada em 2004. Este termo é composto por face (que significa cara em 
português) e book (que significa livro), o que indica que a tradução literal de facebook pode ser "livro de caras". 
O Facebook é gratuito para os usuários. Os usuários criam perfis que contêm fotos e listas de interesses pessoais, 
trocando mensagens privadas e públicas entre si e participantes de grupos de amigos. O Facebook possui várias 
ferramentas, como o mural, que é um espaço na página de perfil do usuário que permite aos amigos postar 
mensagens para ele ver. Disponível em: https://www.significados.com.br/facebook/. Acesso em: 03 nov. de 
2017. 
3Site: Página ou conjunto de páginas da Internet com informação diversa, acessível através de computador ou de 
outro meio eletrônico. Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/site. Acesso em: 03 nov. de 2017. 
4 Blog é uma palavra que resulta da simplificação do termo weblog. Este, por sua vez, é resultante da 
justaposição das palavras da língua inglesa web e log. Web aparece aqui com o significado de rede (da internet) 
enquanto que log é utilizado para designar o registro de atividade ou desempenho regular de algo. Numa 
tradução livre podemos definir blog como um "diário online". Blogs são páginas da internet onde regularmente 
são publicados diversos conteúdos, como textos, imagens, músicas ou vídeos, tanto podendo ser dedicados a um 
assunto específico como ser de âmbito bastante geral. Podem ser mantidos por uma ou várias pessoas e têm 
normalmente espaço para comentários dos seus leitores. Disponível em: https://www.significados.com.br/blog/ . 
Acesso em: 03 nov. de 2017. 
5 O termo comunidade virtual designa um grupo de pessoas que se reúnem na Internet por valores ou por 
interesses comuns (por exemplo, uma paixão, um lazer ou um ofício). O objetivo da comunidade é criar valores 
por meio das trocas entre membros, compartilhando dicas, conselhos ou, simplesmente, debatendo um 
assunto. Disponível em: http://br.ccm.net/contents/761-comunidades-virtuais. Acesso em: 03 nov. de 2017. 
6 YouTube é um site de compartilhamento de vídeos enviados pelos usuários através da internet. O termo vem do 
Inglês “you” que significa “você” e “tube” que significa “tubo” ou “canal”, mas é usado na gíria para designar 
“televisão”. Portanto, o significado do termo “youtube” poderia ser “você transmite” ou “canal feito por você”. 
Disponível em: https://www.significados.com.br/youtube/. Acesso em: 03 nov. de 2017. 
https://www.significados.com.br/facebook/
https://www.priberam.pt/dlpo/site
https://www.significados.com.br/blog/
http://br.ccm.net/contents/761-comunidades-virtuais
https://www.significados.com.br/youtube/
 16 
 
expressões de fé ao redor do mundo têm migrado para o ambiente digital, enxergando a 
internet e as novas tecnologias como mais uma extensão para a religiosidade já vivida nos 
templos e na vida cotidiana.” (COSTA, 2016, p. 103). Esta extensãoda religiosidade, levando 
a religião para fora dos templos religiosos, traz implicações importantes, mudando a realidade 
das igrejas evangélicas institucionais. 
 Então, percebe-se “que a contemporaneidade representa um momento marcado por 
um conjunto de mudanças globais, sem precedentes que afetaram, inevitavelmente, o 
comportamento da sociedade, em todas as esferas, inclusive a religiosa.” (SANTOS, 2014, p. 
52). Todas estas mudanças vêm afetando de forma incisiva as instituições religiosas em geral, 
mas especificamente a igreja evangélica brasileira. 
 Estas transformações passam pelo âmbito das pregações, ministrações, louvores, 
testemunhos, estudos, opiniões pessoais. Sendo abrangentes os meios de utilização para 
evangelização. “É preciso entender como a midiatização, enquanto processo transformador 
[...], vem transformando as igrejas evangélicas que fazem parte de um campo religioso que se 
articula com o campo comunicacional.” (BUENO, 2013, p.3). Esta nova maneira de 
comunicar pode auxiliar na abertura de novos horizontes, aumentar as possibilidades e 
diminuir as barreiras de proclamação da fé. 
 Esta migração da igreja congregacional com templos físicos para os ambientes 
virtuais abre possibilidades para um novo modelo de fé, que dá origem as igrejas midiáticas7 e 
os movimentos crescentes de contestação da igreja institucionalizada, denominados 
“desigrejados”, e/ou cristãos “sem igreja”8. Segundo relata Costa (2016, p. 103): 
 
Mas, para além da mera confessionalidade, as tecnologias da comunicação 
também têm sido empregadas religiosamente como ferramentas de 
contestação, engajamento e transformação da realidade. Pois se a presente 
cultura digital tem contribuído para o florescimento de novos movimentos 
sociais de caráter nitidamente reivindicatório e revolucionário, isso continua 
a ser válido no caso do ativismo religioso. 
 
Percebe-se, que tanto no contexto social como no âmbito religioso, o surgimento de 
novos movimentos revolucionários, de contestação, por meio das mídias. Muitos cristãos tem 
se utilizado destas ferramentas tecnológicas para ativismo, buscando mudanças no formato de 
exercício da fé. Entendendo que o papel da igreja seria entre outros a unidade dos cristãos, a 
 
7 Igrejas midiáticas: As igrejas são midiáticas quando se utilizam dos meios de comunicação para proclamar a 
mensagem da fé cristã. (BUENO, 2013) 
8 Sem Igreja: Os chamados cristãos sem-igreja são os que acompanham mensagens e reflexões pela internet, pela 
televisão, pelo celular, e outros meios multimídia. Permanecem como observadores sem comunhão com o outro 
e sem compromisso de qualquer tipo. (BUENO, 2013). 
 17 
 
comunhão, o cuidado, o discipulado9 e disseminação do evangelho, o uso destas mídias, 
através da contestação, critica e do ativismo, estaria de fato auxiliando na evangelização? 
É importante refletir sobre o uso adequado das mídias, para o alcance do objetivo de 
evangelizar, anunciar as boas novas de salvação. Para Fonseca e Santos (2012), as mídias são 
um meio neutro de evangelização, não podendo fazer o mal ou bem, 
 
Um questionamento salutar e apropriado é sobre a relevância das mídias. 
Alguns dizem que não servem para evangelizar, outros que é um veículo do 
mal. Na vertente contrária, alguns dizem que é uma revolução frente às 
possibilidades de evangelização, que podem levar o Evangelho, ao mesmo 
tempo, a pessoas geograficamente distantes, entre outros argumentos. Essa 
discussão também ocorre em outras áreas e o fato central é que muitos 
colocam a mídia como algo dotado de consciência, podendo fazer o bem ou 
o mal. No entanto, o ponto a ser pensado deveria ser por quem e como essas 
mídias estão sendo utilizadas, pois a mídia por si só é neutra, por se tratar de 
um meio. No entanto, ao se definirem formas, meios, metas e conteúdos, 
entre outros aspectos, elas são dotadas de significados e significantes, 
tornando-se capazes de realizar ações. (FONSECA; SANTOS, 2012, p.96). 
 
Os autores deixam claro, que há uma contradição quanto à utilização das mídias, a 
questão primordial não é se as utilizações destas ferramentas são boas ou não, se podem ou 
não alcançar o objetivo, mas como, para que e por quem estas mídias são utilizadas, cabe ao 
sujeito, autor, definir a melhor forma de como utiliza-las. 
Neste sentido a ética é um fator preponderante. “Essa prática, estendida às relações 
interpessoais, tem nas redes sociais um grande desafio. Ao atuarem nestas redes sociais, as 
religiões têm o compromisso de agirem eticamente, sem proselitismo ou intenções 
mercadológicas.” (CARVALHO, 2016, p. 66). De fato a utilização das mídias sociais para a 
pregação do evangelho torna-se eficiente caso seja efetuada com ética. 
Este entrecruzamento mídias sócias e evangelização, este novo formato de igreja 
midiatizada, pode estar contribuindo para o êxodo institucional e a formação e o crescimento 
desta nova classe de cristãos evangélicos denominados “desigrejados”? Este questionamento é 
valido, e importante à discussão para a compreensão deste fenômeno. 
 
 
9Discipulado: latim discipulatus, é o estado de discípulo, aprender com o mestre, conjunto de discípulos que 
seguem o mestre. Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/discipulado. Acesso em: 09 nov.de 2017. 
 
https://www.priberam.pt/dlpo/discipulado
 18 
 
3 A PREGAÇÃO DO EVANGELHO POR MEIO DAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS 
 
 O maior propósito da igreja evangélica, sem dúvida nenhuma é a propagação do 
evangelho a todas as nações da terra. Cada cristão é vocacionado, por meio da grande 
comissão declarada por Jesus no livro de Marcos 16:15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, 
pregai o evangelho a toda criatura.” (BIBLIA, 2001, p. 1020). O foco desta mensagem é 
pregar, em todo mundo, a toda criatura. Devido á amplitude deste chamado, percebe-se então, 
a importância da utilização dos meios de comunicação, para um alcance mais efetivo do 
objetivo de tornar o evangelho conhecido. 
 De fato, o crescimento da igreja está diretamente relacionado à pregação do 
evangelho. Quanto mais divulgada a mensagem da salvação, mais efetivo o alcance. Então a 
utilização das mídias e redes sociais torna-se uma grande aliada para proclamação da fé, 
devido seu grande alcance e popularidade, facilitando o cumprimento do propósito de 
evangelização. Nota-se que esta parceria entre mídias e igreja para a pregação do evangelho, 
não é uma coisa nova. Com o avanço tecnológico acelerado esta relação vai se aprimorando, 
tornando-se cada vez mais atual e constante. Segundo Cunha (2014), este relacionamento traz 
como consequência o crescimento do cristianismo, tornando as igrejas visíveis, 
 
As igrejas em geral nunca rejeitaram as mídias, pelo contrário. 
Compreendendo mais o processo da comunicação como um movimento de 
convencimento do outro do que como possibilidade de interação/comunhão, 
as igrejas, tanto a Católica quanto as Evangélicas, desde a Reforma 
Protestante até a época da emergência das mídias eletrônicas, em especial do 
rádio e da televisão, baseavam-se no pensamento de que convencer pessoas a 
optarem pelo Evangelho, e consequentemente pela adesão a um determinado 
segmento cristão, geraria um efeito-chave: o crescimento do Cristianismo. 
Ao lado disso, a perspectiva da visibilidade também era elemento importante 
na aproximação igreja-mídias eletrônicas. As mídias tornavam possível uma 
publicidade das igrejas, a visibilidade de sua presença nos espaços sociais. 
(CUNHA, 2014, p. 285). 
 
 A autora relaciona as mídias como grandes aliadas das igrejas em geral, ao processo 
de evangelização. Surge então uma forma de publicidade, tornar a pregação vista, conhecida, 
além dos muros institucionais. A igreja ganhando lugar e visibilidade, apropriando do espaço 
midiático para se atualizar,reconfigurar como resposta ao desenvolvimento e transformações 
sociais, econômicas ocorridas no mundo. 
 Estas transformações ocorridas nas ultimas décadas, sobretudo a explosão tecnológica, 
trouxeram a popularização das mídias e redes sociais, uma nova maneira de se comunicar, 
mudando consideravelmente o modelo de evangelização, dominado até então pelas mídias de 
 19 
 
televisão e rádio. Acompanhando o desenvolvimento na comunicação, estabelece-se a 
pregação na era digital. 
“Percebe-se que com o desenvolvimento da internet nasce uma nova vivência e novas 
manifestações de fé.” (ANDREOLLA, 2012, p.58). O individuo antes receptor passivo das 
mensagens através da televisão e rádio, agora por meio das mídias sociais, experimenta de 
uma nova maneira de fé, a digitalizada. Tornando-se agente ativo, por meio da interação e 
utilização de ferramentas disponibilizadas para compartilhamento de conteúdo. 
“A possibilidade de interação em sites e em outras ferramentas pelas redes sociais leva 
o ser humano a tornar-se condutor de sua própria fé.” (ANDREOLLA, 2012, p. 59). Uma 
questão importante é que através desta interação e expressão, o ser humano passa não somente 
a conduzir a sua própria fé, mas também influenciar a muitos, tornando-se assim condutor da 
fé de outros. 
Vê-se que, “um grande número de pregadores, nem sempre estudioso e preparado, 
partiu para os microfones” (ALMEIDA, 2010, p. 35). Agora, não somente os pastores, 
teólogos, líderes preparados e estudiosos, ministram ao rebanho, mas qualquer pessoa, 
pertencentes ou não as instituições religiosas, utiliza-se das mídias para compartilhar suas 
ideias, experiências, frustrações e opiniões. Fato que ao mesmo tempo pode ser benéfico 
expandindo conhecimentos, e maléfico quanto ao conteúdo partilhado, já que muitos não 
possuem o preparo necessário, falsas doutrinas e abusos, podem ser difundidos em meio a um 
rebanho sedento. 
Para Cunha (2014), relação mídia-igreja mudou, após avanço da internet, à medida 
que a interação dos indivíduos tornou-se possível, trazendo mudanças significativas às 
instituições: 
 
A dimensão da participação e da transformação dos receptores em emissores, 
por meio de processos de interação possibilitados pelas novas mídias, 
especialmente, pela internet, mudou radicalmente o quadro da relação 
igrejas-mídias. É desafio a ser respondido enumerar todas as páginas na 
internet ligadas a grupos cristãos, listadas pelos mecanismos de busca na 
rede: elas são milhares e a relação inclui desde as institucionais, de todas as 
denominações cristãs, passando pelas mais artesanais, montadas por grupos 
de igrejas, até as mais sofisticadas e mais acessadas pertencentes a grupos 
musicais ou grupos de mídia. (CUNHA, 2014, p. 288). 
 
Para a autora há um crescimento considerável do conteúdo ligado a grupos cristãos, 
passando de milhares de páginas, por meio desta interação, causada pelas mídias. Estes 
conteúdos aumentam a cada dia, pois com a popularização das mídias e a facilidade de acesso, 
 20 
 
de transmissão e recepção, agora qualquer pessoa pode se expressar, interagir, no ambiente 
virtual, até mesmo liderar um rebanho, que por muitas vezes não o pertence. 
 “A fé na Era Digital depara-se com atos e práticas desenvolvidas pelo fiel que 
interage com o sistema em busca da construção de sentido. Portanto, constroem-se sentidos 
para a fé, não mais em catedrais de pedras e sim [...] no espaço virtual.” (ANDREOLLA, 
2012, p. 59). Apesar de parecer um fator comum à modernidade, transpondo fronteiras, este 
deslocamento do exercício da fé, da pregação do evangelho para o ambiente virtual, pode 
comprometer a estrutura eclesiástica tradicional. 
Esta livre expressão tirou das mãos dos lideres institucionalizados, o controle da 
doutrina, segundo Cunha (2014, p. 288): 
 
Por outro lado, as igrejas passam a não ter mais o controle do sagrado e da 
doutrina como tinham antes. A abertura para a participação e para que 
qualquer pessoa que professe uma fé, vinculada ou não formalmente a uma 
igreja, manifeste livremente suas ideias, reflexões e opiniões, tirou o controle 
dos conteúdos disseminados das mãos das lideranças. Basta ter um simples 
blog, nos fartos espaços gratuitos, ou uma conta sem custo nas mais 
populares redes sociais digitais, e o espaço está garantido para a livre 
manifestação. 
 
 Nota-se que a autora destaca, que independente de estar ou não vinculado a uma 
igreja, qualquer pessoa pode transmitir conteúdos livremente, manifestar ideias, opiniões, não 
necessariamente embasadas teologicamente, pode-se pregar um evangelho livremente, em 
nome da fé e espalhar o conteúdo em vários espaços nas redes e mídias sociais. As igrejas 
convencionais perdem o controle da doutrina, haja vista que no ambiente virtual não é 
necessário possuir uma formação acadêmica, ou deter um conhecimento mínimo para instruir 
outros, na sã doutrina. 
 Neste contexto, surgem divergências teológicas, doutrinárias. A autoridade pastoral e 
da liderança ordenada e instituída é muitas vezes questionada e relativizada. Como Cunha 
(2014, p. 289) relata: 
 
Dessa forma, doutrinas e tradições teológicas passaram a ser relativizadas 
bem como a autoridade dos líderes clássicos - pastores e presidentes de 
igrejas. Questionamentos de afirmações confessionais são pregados, críticas 
são explicitadas. Esta uma característica forte dos espaços midiáticos 
digitais: as pessoas se sentem liberadas e encorajadas para expressar o que 
nunca expressariam num encontro face a face. Processo que ainda faz 
emergir das mídias novas autoridades religiosas - celebridades (padres e 
pastores midiáticos, cantores gospel), blogueiros - que se tornam referência 
para o modo de pensar, agir, ver o mundo, de muitos cristãos. 
 
 21 
 
 Como observado pela autora, surgem então novas autoridades religiosas, através de 
sites, blogs, comunidades virtuais, canais do youtube, compartilhando suas pregações, críticas, 
contestações, tornando-se referência para o rebanho. 
Estas novas “autoridades” da fé, muitas vezes admiradas por sua eloquência e 
contestação, vêm arrebanhando uma multidão de cristãos evangélicos, que muitas vezes 
insatisfeitos com a sua congregação encontram no espaço virtual um evangelho que satisfaça 
suas expectativas, haja vista o mesmo ser de fato não raramente, raso, pobre, superficial e sem 
fundamentação e muitas vezes sem veracidade teológica. 
 A pregação do evangelho tem como objetivo levar o indivíduo a uma experiência de 
salvação plena, um encontro com o salvador Jesus, trazendo transformação de vida á aquele 
que se converte a Cristo. A vivência do evangelho remete ao ensino, comunhão, união, 
unidade da fé, ao discipulado, o ter tudo em comum, conforme a Bíblia relata no livro de Atos 
2:41-44: 
 
Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um 
acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos 
apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios 
de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os 
que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. (BIBLIA, 2001, 
p.1109). 
 
 Torna-se claro então que havia uma dedicação ao estudo da palavra, ministrada pelos 
apóstolos. A comunhão e o viver em comunidade, experimentando sinais e maravilhas, era 
uma característica marcante e clara naqueles que aceitavam a mensagem de salvação e eram 
batizados. Havia entre eles uma mudança clara de comportamento, de mentalidade, do modo 
de vida, do individualismo para o coletivo. 
Para Andreolla (2012), é visível nos evangelhos, Jesus desafiando a todos que queriam 
segui-lo a transformação de vida, a escolher não o caminho mais fácil, para experimentar a 
salvação. 
 
O objetivo desse processo comunicativo é sempre levar a pessoa a uma 
experiência salvífica plenificadora e significativa. Essa mensagem, porém,nem sempre é devidamente experimentada e testemunhada nas comunidades 
virtuais. Uma consequência é a crise da esperança, uma das marcas da atual 
sociedade pragmática e utilitarista. Os vínculos nascidos nas comunidades 
virtuais têm pouca consistência e solidez e o consumismo e o 
hiperindividualismo afetam boa parte da humanidade. A busca da fé se dá de 
forma fragmentada, pois hoje não se aspira mais a totalidade. Isso leva o ser 
humano a pensar que basta-se a si e não precisa de alteridades. Em função da 
comunicação construída nos sentidos, percebe-se que a fé vivida por boa 
parte dos cristãos não é suficientemente comprometida com o testemunho do 
Evangelho porque carece de referenciais básicos de discernimento. A cultura 
 22 
 
midiática valoriza o espetáculo e a satisfação de necessidades ou desejos e 
essas parecem ser também as referências de grande número de expressões da 
fé presentes na mídia, tais como curas, milagres e shows religiosos. 
(ANDREOLLA, 2012, p. 63). 
 
Pode-se observar que os vínculos obtidos pelo ambiente virtual, são pouco 
consistentes, há individualidade e superficialidade de relacionamentos e da fé, percebe-se um 
evangelho antropocêntrico10, ao invés de cristocêntrico11. Voltado não para a transformação 
do homem, mas na satisfação dos seus desejos, sonhos e necessidades. Levando a uma crise 
de esperança e fé, e não um comprometimento com a doutrina. 
 Neste contexto, de uma verdadeira batalha religiosa, onde cada individuo que professa 
ou não uma fé institucionalizada, exprime e compartilha suas ideias, pregadores virtuais, que 
se tornam verdadeiras celebridades com multidões de seguidores, surgem um fenômeno que 
está em amplo crescimento, uma nova forma de expressar a fé cristã evangélica, os chamados 
“desigrejados” ou “sem igreja”, os cristãos desvinculados de qualquer instituição eclesiástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10Antropocêntrico: Que compreende o homem como o centro das atenções. Disponível em: 
http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/antropoc%C3%AAntrico/2104/. Acesso em: 09 de nov. de 
2017. 
11 Cristocêntrico: Que considera Cristo, Jesus Cristo, o centro da história do mundo, do universo; refere-se à 
ciência que admite ser Cristo o centro do universo: milagre cristocêntrico. Etimologia (origem da palavra 
cristocêntrico): Cristo + centro + ico. Disponível em: https://www.dicio.com.br/cristocentrico/. Acesso em: 09 
nov. de 2017. 
http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/antropoc%C3%AAntrico/2104/
 23 
 
4 OS DESIGREJADOS 
 
 Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano de 2010, 
registraram no censo, um número crescente de brasileiros que se declararam como 
evangélicos sem vínculos institucionais. Um contingente de aproximadamente oito milhões de 
brasileiros, que não congregam ou não estão de fato ligados a uma denominação religiosa. 
Fato que surpreende e desperta a curiosidade não somente da comunidade evangélica, mas 
também de pesquisadores, estudiosos sociais, teólogos a respeito desta nova expressão de fé. 
Segundo Teixeira e Menezes (2013, p. 324): 
 
O universo ‘evangélicos não determinados’, sem vínculo institucional, com 
múltipla pertença ou não determinados: de um pouco mais de 700 mil foram 
para mais de 8 milhões. Isto é, de 3,8% dos evangélicos passaram para 
23,9% destes, ou quase, 1 em cada 4 evangélicos não se identifica com 
nenhuma instituição especificamente. 
 
 Nota-se com estes dados, que é de fato preocupante para a igreja, o crescimento deste 
movimento de êxodo institucional, já que começa a surgir uma nova expressão de fé entre os 
cristãos evangélicos. Os chamados Desigrejados ou Cristãos Sem Igreja ganharam 
visibilidade “mas livrarias e, sobretudo, em sites da internet, onde tribos e comunidades 
diversas multiplicaram o tema.” (CAMPOS JUNIOR, 2017, p.23). Questionando a fé e a 
autoridade eclesial, e conquistando adeptos que se identificam com suas fundamentações 
teóricas para o abandono das igrejas formais. 
 
O movimento, que tem sido chamado por alguns teólogos de desigrejados, 
não é amorfo. Pelo contrário, é organizado. Possui literatura, sites e toda 
uma teorização que procura justifica-lo teologicamente, e sua performance 
tem chamado a atenção da imprensa cristã e secular. (CAMPOS JUNIOR, 
2017, p.26). 
 
De acordo com o autor, o movimento dos desigrejados, não é desorganizado, aleatório 
e sua organização passa deste a literatura já disponível á ambientes virtuais como sites e 
blogs, canais, onde não apenas disseminam suas doutrinas12 e justificativas, como também 
atraem seguidores e curiosos. A orientação dos féis adeptos e simpatizantes do movimento dá-
se especialmente através da internet, pelas mídias sociais. Bueno (2013) descreve esta 
vivencia da fé no ambiente virtual por alguns grupos de cristãos sem igreja, 
 
 
12 A negação da necessidade da construção de templos, da ordenação de um clero, da elaboração de confissões de 
fé, da prática dizimal, estão entre os argumentos mais defendidos entre os desigrejados. (CAMPOS JUNIOR, 
2017, p. 26). 
 24 
 
Dentre os vários subgrupos dentro dos chamados sem-igreja, há os cristãos 
sem-igreja que acompanham mensagens e reflexões pela internet. 
Permanecem como observadores, sem comunhão com o outro e sem 
compromisso de qualquer tipo. Vivem sem a experiência comunitária e não 
desejam para si o que fazem com outros em seus artigos, posts em blogs, 
livros ou tweets. (BUENO, 2013, p. 9). 
 
 Constata-se que a internet, é uma ferramenta de auxilio na formação e propagação dos 
desigrejados ou sem igreja, já que ao invés de participarem de uma igreja institucional, cultos 
locais, comunhão com os cristãos daquela comunidade, eles acompanham mensagens, 
pregações no ambiente virtual, não possuindo compromisso, sua comunidade é a virtual, onde 
compartilham artigos, posts13, de acordo com suas convicções. “Nesse novo espaço vive-se 
distante de uma comunidade física real e a experiência de comunidade dá-se apenas no 
virtual.” (ANDREOLLA, 2012, p. 59). 
 Identifica-se que dentre alguns motivos para o surgimento dos desigrejados, a 
decepção com a liderança eclesiástica e discordâncias de cunho teológico, sejam os mais 
frequentes. Pode-se observar através do relato de Campos Junior (2017, p. 47): 
 
[...], pode-se concluir que muitos dos desigrejados apontados em pesquisas 
são fruto da decepção obtida com as lideranças eclesiásticas. Promessas 
feitas e nunca alcançadas; desvio de caráter; malversação dos recursos das 
igrejas; abuso espiritual; lideranças despóticas; acepção de pessoas com base 
na classe social e econômica. [...] justificam, para muitos desigrejados, o 
desencantamento com as comunidades da fé, levando-os a abandoná-las. 
 
 A liderança eclesiástica deveria de fato ser um exemplo ao rebanho em sua conduta 
cristã, quando isso não ocorre, e maus exemplos acontecem através de uma liderança 
deturpada, diferente do modelo bíblico estabelecido por Jesus, isso acarretará em decepções e 
em consequência muitas vezes no abandono da fé, pelos discípulos14 e liderados espirituais. 
Há também o abandono das instituições por razões teológicas. “Estes defendem que a 
igreja contemporânea, com seus templos, sua liturgia [...] não possuem base bíblica e 
teológica para existirem e que tampouco, foram planejadas pelo senhor Jesus.” (CAMPOS 
JUNIOR, 2017, p.48). Seja qual for o fator desencadeante do êxodo institucional, o fato é que 
há um deslocamento das comunidades para ambiente virtual. 
 A cada dia, surgem novas comunidades virtuais atraindo para si, indivíduos que 
partilham do mesmo pensamento. “Através da internet se fundam novas formas comunitárias, 
 
13 post |póste| (palavrainglesa), substantivo masculino. Publicação numa página da Internet. = POSTAGEM. 
Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/post. Acesso em: 09 nov. de 2017. 
14 Discípulo: Quem recebe disciplina ou instrução de outra pessoa; aluno. Quem segue as ideias ou imita os 
exemplos de outro. Cada um dos apóstolos de Jesus que propagaram seus ensinamentos. Pessoa que adota uma 
doutrina, filosofia, ideal. Disponível em: https://www.dicio.com.br/discipulo/. Acesso em: 09 nov. de 2017. 
https://www.priberam.pt/dlpo/post
https://www.dicio.com.br/discipulo/
 25 
 
na tentativa de fazer da igreja cristã uma verdadeira “assembleia para fora” rompendo os 
muros da instituição, e alcançando o mundo.” (COSTA, 2016, p. 125). Este novo modelo 
comunitário, torna-se interessante e atrativo, já que o individuo não precisa se sujeitar a 
nenhuma autoridade instituída, sendo ele líder de si mesmo. 
 
As novas comunidades não se estruturam por uma localização geográfica, 
em que seus membros são definidos pela sua coexistência em um mesmo 
determinado espaço físico, mas sim por uma ambiência fluida em que faz 
parte dessa comunidade quem a ela tem acesso. (SBARDELOTTO, 2011 
apud COSTA, 2016, p. 125). 
 
 Observa-se que o ambiente virtual proporciona uma fluidez através das comunidades, 
já que, farão parte desta comunidade aqueles que a acessam diariamente, independente de 
serem seguidores oficiais ou visitantes esporádicos. Não sendo necessário seguir normas, 
padrões de conduta ou convivência. Vê-se então este deslocamento da experiência 
comunitária, geográfica, coexistente no mesmo ambiente físico, real, para o contato virtual. 
 Os desigrejados então tem-se utilizado deste espaço para sua vivencia da fé. “Basta ter 
um simples blog, nos fartos espaços gratuitos, ou uma conta sem custo nas mais populares 
redes sociais digitais, e o espaço está garantido para a livre manifestação.” (CUNHA, 2014, 
p.288). Haja vista que não tenha necessidade de uma formação acadêmica, ou conhecimento 
profundo para se manifestar. 
 
Com os suportes digitais, mesmo indivíduos que não são autoridades 
religiosas ou especialistas em teologia podem produzir conteúdo, opinar e 
debater sobre religião. As mídias digitais encorajam a capacidade de criação 
e facilitam a expressão cultural e de linguagens: cada um pode fazer e 
disseminar a sua própria informação. (COSTA, 2016, p. 125). 
 
 Com toda esta facilidade, de transmissão de conteúdo, o espaço virtual torna-se um 
local para o debate das ideias e a disseminação dos conteúdos dos desigrejados, sejam 
decepções com a liderança institucionalizada, os escândalos, as diferenças doutrinárias, e 
tantos outros pontos polêmicos, nos quais se apoiam os líderes deste movimento nas redes 
sociais. 
 
Outro elemento que se destaca neste processo de "ocupação cristã das mídias 
digitais" é o espaço conquistado pelos desvinculados do ponto de vista 
eclesiástico - os chamados sem-igreja ou desigrejados. Pessoas que 
professam a fé cristã e que por alguma razão decidiram pela desvinculação 
institucional, mas desejam continuar partilhando da fé em comunidade e 
expressando publicamente reflexões, ideias, experiências, opiniões. Se isso 
já acontecia no nível presencial com as comunidades alternativas que sempre 
existiram, com as mídias digitais foi ampliada a possibilidade de encontro e 
 26 
 
interação dessas pessoas, com a formação de comunidades virtuais. 
(CUNHA, 2014, p. 289). 
 
 Para a autora, esta ocupação das mídias, através das comunidades virtuais, ampliou a 
possibilidade de interação e encontro entre as pessoas que por alguma razão, decidiram se 
desvincular das igrejas institucionais, mas querem continuar a professar a sua fé. Mostra-se 
visível que as mídias sociais facilitam esta expressão das ideias, experiências, e reflexões. 
Mesmo que comunidades alternativas de cristãos sem igreja, presenciais já existissem, a 
internet potencializou e ampliou o alcance. 
 Um exemplo destas comunidades virtuais é a comunidade “Os Desigrejados”, uma 
comunidade localizada na rede social Facebook. 
 
 
FIGURA 1: Captura da página inicial do Facebook – Comunidade “Os Desigrejados” 
Fonte: Os Desigrejados (2017). 
 
 Segundo a descrição da página, está a seguinte frase: “Esta página serve a todos que 
não compactuam com as heresias do mundo gospel. Igreja, somos nós! AQUI, LOBO NÃO 
TEM VEZ!” A comunidade possui 82.970 seguidores, 84.261 curtidas, são publicados vídeos 
e conteúdos quase que diariamente, com visualizações que vão de centenas a milhares de 
pessoas. Entre os conteúdos postados encontramos pregações, estudos bíblicos, e notícias do 
meio cristão evangélico, questionamentos de doutrinas e autoridades eclesiásticas. Nesta 
 27 
 
comunidade, os membros interagem de forma ativa, comentando postagens, compartilhando 
seus pensamentos e doutrinas. 
 Outro meio também utilizado de mídias sociais são os blogs. Um exemplo é o blog 
DESIGREJADOS TM, em sua descrição na pagina inicial está escrito: DESIGREJADOS™ é 
se desvincular dos lugares apelidados de 'igrejas', é seguir a CRISTO e não depender 
da igreja institucional, das instituições religiosas com placa de igrejas ou igrejolas ou igrejas 
evangélicas e católica, é sair para fora do sistema religioso, negando o cristianismo - "Sai 
dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras 
nas suas pragas". 
 
 
 
FIGURA 2: Captura da página inicial blog – Desigrejados TM 
Fonte: Desigrejados (2017). 
 
 Como ocorre nas comunidades, também possui um grande numero de seguidores 
129.337 pessoas, suas postagens são voltados para o público de Cristãos Desigrejados, 
fundamentando suas crenças e doutrinas através de estudos e textos, publicados 
semanalmente. Observam-se nestes estudos um conteúdo mais voltado á crítica da igreja 
institucional e seus líderes. Destaques para escândalos ocorridos e questões polêmicas. Links15 
 
15 Link é uma palavra em inglês que significa elo, vínculo ou ligação. No âmbito da informática, a palavra link 
pode significar hiperligação, ou seja, uma palavra, texto ou imagem que quando é clicada pelo usuário, o 
encaminha para outra página na internet, que pode conter outros textos ou imagens. Disponível em: 
https://www.significados.com.br/link/. Acesso em: 09 nov. de 2017. 
https://www.significados.com.br/link/
 28 
 
de acesso para outras páginas de desigrejados. Possuindo inclusive Jurídico, explicando o 
respaldo que a página possui pela Constituição Federal. 
Nota-se com os exemplos descritos, a utilização do ambiente virtual para 
fortalecimento e manutenção da fé dos desigrejados, através das ferramentas das mídias 
virtuais on-line16, em suas diversas formas. “Com efeito, pode-se dizer que a cultura 
cibernética, abre um campo vasto, como nunca visto, para a proclamação cristã: um auditório 
imenso. Mas não se pode garantir que essa proclamação não sofra deturpações e mutações”. 
(ANDREOLLA, 2012, p. 63). Constata-se então que a internet é uma ferramenta importante 
na proclamação do evangelho, mas não há garantias da proclamação de um evangelho puro, 
verdadeiro, sem deturpações. 
Mesmo que haja um crescimento deste movimento dos desigrejados, ele se demonstra 
contraditório e polêmico. 
 
Outro ponto importante é que a fé cristã caracteriza-se pela comunidade 
eclesial. A mesma existia antes ainda dos textos sagrados, pois manifesta 
justamente o que experimentaram os primeiros cristãos ao seguirem Jesus 
Cristo. A própria vivência que os primeiros cristãos tinham na comunidade e 
a partilha dos bens é real. No mundo da internet, a comunidade desaparece e 
tudo depende do indivíduo. Há busca, interpretação e uso de dados 
oferecidos, sem nenhum controle. Abrem-se possibilidades de leituras 
unilaterais, ou até mesmo de incompreensões. Encontramos uma 
característica centralde nossa sociedade atual que afeta a vivência da fé na 
atual sociedade digital: o individualismo. (ANDREOLLA, 2012, p.58). 
 
 Identifica-se um fator importante referente á fé cristã, que é a sua característica desde 
os primórdios, da comunidade eclesial, experimentada pelos primeiros cristãos que seguiram 
Jesus. Os princípios da fé são vividos em comunidade. Esta comunidade vivenciada na 
internet, não é real, na verdade é individual. Uma caraterística marcante da nossa sociedade 
atual o individualismo se sobressai, e traz consequências também na vivencia da fé cristã. 
Este individualismo, é que coopera com uma crise de pertencimento institucional. 
 
As mentalidades se modificaram ao longo do tempo e, assim, surgiu um 
novo tipo de indivíduo completamente autônomo, que reinterpreta o sentido 
de religião à sua maneira. A religiosidade, que algumas vezes é percebida 
como um estágio anterior à religião institucional, ou simplesmente um “agir 
religioso”, parece ter sido priorizada entre certos indivíduos, o que denuncia 
uma crise contemporânea do pertencimento institucional. Muitos 
descobriram que poderiam dar sua própria interpretação aos livros sagrados 
e que autoridades eclesiásticas não tinham o direito de interferir nas demais 
esferas da vida (que não fossem da religião). Desse modo, certos indivíduos 
 
16Online:palavra inglesa, de on, em + line, linha.Que tem ligação .direta ou remota a um computador ou a uma re
de de computadores, como a Internet. = EM LINHA . Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/online . 
Acesso em: 09 nov. de 2017. 
https://www.priberam.pt/dlpo/online
 29 
 
dispensam intermediários para buscar seu próprio caminho com Deus ou 
com uma Força Superior, reafirmando a célebre frase do pacifista indiano 
Mahatma Gandhi: “Deus não tem religião”. Percebemos, então, na 
emergência, a evolução e consolidação da categoria censitária dos sem 
religião não somente como indicativo das oscilações no cenário religioso ou 
de um movimento de destradicionalização, mas como sinal de uma crise do 
pertencimento religioso de um tipo de indivíduo que assimilou a liberdade 
religiosa, declarando-se como sem religião. (RODRIGUES, 2012, p.1151) 
 
Esta mentalidade individual e autônoma colabora para que alguns indivíduos 
dispensem intermediários e buscam o seu próprio caminho até Deus, interpretando as sagradas 
escrituras a sua maneira, assimilando a sua liberdade religiosa, a não pertencer a nenhuma 
instituição, já que ela não se torna mais necessária diante do seu individualismo. Desigrejados 
tornou-se a forma de professar a fé daqueles que não querem partilhar a comunhão, o 
pertencer o submeter a qualquer autoridade eclesial. De acordo com Campos Junior, 
 
A pós – modernidade parece sugerir um indivíduo absolutamente autônomo, 
privado, confinado em um mundo próprio, e incapaz de adequar-se a 
qualquer padrão além do seu. Com tais bandeiras, a tensão com o 
cristianismo torna-se inevitável, [...], portanto esses valores históricos do 
cristianismo sofrem resistências da pós-modernidade que termina 
influenciando muito do pensamento dos desigrejados, pois se tudo é relativo, 
a eclesiologia pode ser diversa e difusa. (CAMPOS JUNIOR, 2017, p.177). 
 
 Esta individualidade apresentada na pós-modernidade, onde os padrões devem se 
adequar a vontade do individuo, a satisfação do eu, distancia-se das verdades do cristianismo, 
que são a entrega total, a negação das nossas vontades, o fazer a vontade de Deus, o partilhar 
o pão, o discipulado, a relação mestre e discípulo, vivida por Jesus e seus apóstolos e pela 
igreja primitiva. Se na pós-modernidade tudo é relativo, então a instituição eclesial também, 
torna-se relativa e desnecessária. 
Os desigrejados “antes de ser uma revolução (como acreditam) é tão somente um 
reflexo do momento do qual a sociedade passa.” (CAMPOS JUNIOR, 2017, p. 189). Como a 
igreja está inserida no contexto social, econômico e político, todas as transformações afetam e 
influenciam de certa forma em sua estrutura e funcionamento. Mesmo que o movimento dos 
desigrejados se declare reformador e ético, nota-se uma contradição relacionada á ética. 
 
A ética cristã é, portanto, definida como os princípios estabelecidos e 
considerados pelas igrejas cristãs, com o objetivo de tornar os seus 
ensinamentos orientações para o agir na sociedade, nos relacionamentos 
interpessoais e na vida. E assim também é para as relações nas mídias 
sociais. (CARVALHO, 2016, p.65). 
 
 30 
 
 Para o autor a ética cristã são princípios estabelecidos pela igreja cristã, orientando 
através da doutrina, como o cristão deve agir em todas as áreas seja na sociedade, ou na vida. 
Sendo assim também transferidos os mesmos valores e ensinamentos para agir em suas 
relações no ambiente virtual. 
Percebe-se uma contradição no movimento dos desigrejados, haja vista que o ambiente 
virtual se tornou em nome da fé, um campo de batalha, contra a igreja institucionalizada e a 
sua liderança eclesial. “Portanto, no cristianismo, a fé, a ética e a moral estão intimamente 
relacionadas. Aquele que tem fé age de acordo com a ética e a moral daquilo em que acredita, 
cuja base é o amor, mandamento maior do cristianismo. A prática do amor leva ao agir ético.” 
(CARVALHO, 2016, p.66). 
 Entende-se que a maior contradição do movimento dos desigrejados, esteja no fato de 
que eles “mantem e preza por doutrinas e documentos canônicos, produzidos e ou 
reconhecidos na fase institucional da igreja. A mesma fase que denunciam, rejeitam e dirigem 
seus mais sonoros gritos.” (CAMPOS JUNIOR, 2017, p.189). Como rejeitar a igreja 
institucional, se os fundamentos da doutrina foram produzidos ou reconhecidos por ela? 
Constata-se então uma incoerência relevante para a fundamentação do movimento dos 
desigrejados.
 31 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Este estudo objetivou promover uma reflexão entre a relação existente entre as mídias 
sociais, e a pregação do evangelho, bem como sua relevância e contribuições para o 
surgimento de um grupo de cristãos denominados “desigrejados”. A presente pesquisa 
contribui para uma percepção mais ampla das transformações e consequências ocorridas na 
igreja evangélica por meio da pregação do evangelho nas mídias sociais em larga escala na 
pós- modernidade. 
 Partindo destas informações, o estudo possibilitou a definição de conceitos de termos, 
tais como mídias sociais, redes sociais, igrejas midiáticas, levando a um maior entendimento 
das suas relações e a religião, considerando como estas mudanças na forma de comunicação 
têm influenciado, em diversas áreas da sociedade, incluindo a comunidade evangélica 
brasileira. 
 Permitiu-se observar se esta parceria entre mídia e igreja, tem de fato contribuído com 
o fator crescimento numérico e conquista de novos membros e adeptos para a fé cristã. Qual 
a relação existente entre a utilização destas ferramentas tecnológicas da internet, e a migração 
da igreja congregacional com templos físicos para os ambientes virtuais. 
 Considerar se a pregação do evangelho tem alcançado o objetivo de tornar o 
evangelho conhecido, haja vista que hoje em nome da fé qualquer pessoa independente de 
estar ou não ligada a uma instituição religiosa, pode transmitir e compartilhar suas 
experiências e reflexões. As igrejas no ambiente virtual muitas vezes perdem o controle da 
doutrina. 
Neste contexto, surgem divergências teológicas, doutrinárias. A autoridade pastoral e 
da liderança ordenada e instituída é muitas vezes questionada e relativizada. Observa-se que 
os vínculos obtidos pelo ambiente virtual, são pouco consistentes, há individualidade e 
superficialidade de relacionamentos e da fé, percebe-se um evangelho antropocêntrico. 
Percebe-se então uma verdadeira batalha religiosa, por meio dos pregadores virtuais, 
que se tornam verdadeiras celebridadescom multidões de seguidores, proporcionando o 
crescimento um fenômeno que está em amplo crescimento, uma nova forma de expressar a fé 
cristã evangélica, os chamados “desigrejados”. 
Entre os motivos pelos quais este movimento tem ganhado força, e auxiliado neste 
êxodo institucional, destacam-se os fiéis, que em algum momento da sua caminhada na 
comunidade cristã foram decepcionados com a liderança eclesiástica deturpada , quando esta 
apresenta uma má conduta, que se distancia do exemplo bíblico. Nota-se também o abandono 
 32 
 
por questões teológicas, o fiel nunca sofreu nenhuma decepção com a liderança, mas ele 
acredita que a igreja e seus templos, pastores, liturgia, não possuem base bíblica para sua 
existência, tornando-se assim para ele desnecessária. 
Este novo modelo de fé, conectado no ambiente virtual, através das mídias, redes e 
comunidades, mas sem compromisso institucional, vem crescendo de maneira acelerada, 
propagando suas visões e doutrinas, formando cada vez mais seguidores e adeptos. As 
comunidades virtuais ampliaram a possibilidade de interação e encontro entre as pessoas que 
por alguma razão, decidiram se desvincular das igrejas institucionais, mas que continuam a 
professar a sua fé. Vê-se que o ambiente virtual torna-se cada vez mais utilizado para 
fortalecimento e manutenção da fé dos desigrejados, através das ferramentas das mídias 
virtuais online, em suas diversas formas. 
Como os princípios da fé cristã se baseiam em uma vivencia em comunidade, desde os 
primórdios da igreja, nota-se que esta fé conectada, vivenciada no ambiente virtual, mesmo 
que em comunidades organizadas, é em sua maioria, individualista, autônoma, voltada a 
satisfação do eu, distanciando-se do verdadeiro evangelho, demostrado por Jesus, seus 
discípulos e a igreja primitiva, no qual há uma entrega total, e a busca de fazer não mais a 
minha vontade, mas vontade de Deus. 
Como a igreja está inserida no contexto social, econômico e político, todas as 
transformações corridas na sociedade afetam sua estrutura e funcionamento. Os desigrejados 
parecem ser mais um reflexo da sociedade atual na pós-modernidade. Mostra-se um 
movimento contraditório e polêmico, já que prezam e defendem doutrinas e documentos que 
foram reconhecidos e produzidos pela igreja institucional. 
Constata-se que a igreja evangélica no Brasil, passa por um período de mudanças 
complexas em sua estrutura e na maneira de condução da fé dos adeptos. Sendo uma realidade 
em processo, impossível discorrer sobre todos os aspectos, devendo os pesquisadores se 
aproximar e produzir novos conhecimentos. Pois isto é assunto para outra pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
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	1 INTRODUÇÃO
	2 AS MÍDIAS SOCIAIS E A IGREJA CONTEMPORÂNEA
	3 A PREGAÇÃO DO EVANGELHO POR MEIO DAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS
	4 OS DESIGREJADOS
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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