Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Princípios Fundamentais III DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS III PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES Art. 2º da Constituição Federal (CF) São Poderes da União independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Aristóteles, na Antiguidade Clássica, escreveu a obra “Política”, na qual já previa a tripartição de funções: legislativa, executiva e judiciária, concentradas num poder soberano. Montesquieu, na obra “Do Espírito das Leis”, considera a tripartição de fun- ções, mas cada uma dessas funções exercida por um poder independente: um poder legislativo, um poder executivo e um poder judiciário. Essas eram visões clássicas sobre a separação de poderes. A visão moderna vai um pouco além, porque autoriza que cada poder, além da sua função principal, típica, exerça também funções secundárias, denomina- das pela doutrina como atípicas (típicas de outro poder). • É cláusula pétrea. • Visão moderna da separação de poderes: funções típicas e atípicas • Superação da separação rígida de funções O Poder Legislativo foi idealizado para exercer as funções TÍPICAS de legis- lar e fiscalizar, porém o Legislativo também pode exercer as funções ATÍPICAS (secundárias) de julgar (crimes de responsabilidade) e administrar (servidores, bens, realiza concursos públicos e licitações). O Poder Executivo foi idealizado para exercer a função TÍPICA de adminis- trar os recursos públicos disponíveis na lei orçamentária e aplicá-los, exercendo, assim, políticas públicas. Também exerce as funções ATÍPICAS de julgar (pro- cessos administrativos) e de legislar (editando Medidas Provisórias, leis delega- das e decretos autônomos). Há uma parcela da doutrina administrativista (José dos Santos Carvalho Filho) não constitucionalista, que considera que o Executivo não julga, pois o julga- mento realizado pelo Executivo não ganha um grau de definitividade. Quando o Legislativo julga certa autoridade por crime de responsabilidade, depois de tran- 2 Princípios Fundamentais III DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online sitado em julgado, é definitivo. Quando o Executivo julga um processo adminis- trativo, não há esse grau de definitividade: por exemplo, alguém condenado num Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e que busca junto ao Poder Judiciário a sua reintegração – se o juiz julgar o PAD nulo, o servidor será reintegrado. A maioria dos professores e doutrinadores de Direito Constitucional conside- ram que o Poder Executivo exerce a função ATÍPICA de julgar. O Poder Judiciário foi idealizado para exercer a função TÍPICA de julgar, apli- car a lei ao caso concreto, compondo as lides (conflitos de interesse qualificado por uma pretensão resistida). Também exerce as funções ATÍPICAS de legislar (editando seus regimentos internos) e administrar (servidores e bens). SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS (CHECKS AND BALANCES) Conceito: É um mecanismo de controle recíproco entre os poderes estabelecido pela CF, que privilegia a independência e a harmonia entre os poderes. O que garante essa convivência harmônica entre eles é justamente o sistema de freios e contrapesos: um Poder controlando o outro, para que não haja um Superpoder em detrimento de um Poder de menor expressão, para que todos os Poderes tenham o mesmo grau de importância no cenário político. Exemplos (artigo 101 da CF): • nomeação dos ministros do STF; O Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta Corte do Judiciário brasileiro, e quem escolhe os seus 11 integrantes é o Presidente da República, o chefe do Executivo. É o Poder Executivo interferindo, legitimamente, no Judiciário dentro dos limites estabelecidos pela CF. Os 11 integrantes escolhidos pelo Presidente do Executivo só tomam posse depois de aprovados pelo Senado Federal por maioria absoluta depois de uma sabatina. É o Poder Legislativo interferindo, legitimamente, no Poder Executivo dentro dos limites estabelecidos pela CF. • Processo Legislativo e Controle de Constitucionalidade; O processo legislativo é um conjunto de atos estabelecidos pela CF que devem ser observados para a elaboração das leis. Quem elabora uma lei é o Congresso Nacional, que a envia ao Presidente para sanção ou veto. Na supo- sição de que o Presidente vete, ela é devolvida ao Congresso Nacional com as explicações acerca do veto. 3 Princípios Fundamentais III DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online O Congresso Nacional poderá derrubar esse veto, e a lei será promulgada e publicada. A seguir, uma das autoridades previstas no art. 103 da CF propõe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao STF, que a considera inconstitucional: essa lei é retirada do mundo jurídico. Assim, interfere o Judiciário no Legislativo e no Executivo. FUNDAMENTOS: art. 1º Processo Mnemônico Pluralismo político não é a mesma coisa de pluripartidarismo. O pluripartida- rismo decorre do pluralismo político, mas com ele não se confunde. OBJETIVOS: art. 3º Processo Mnemônico 4 Princípios Fundamentais III DIREITO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PRINCÍPIOS REGENTES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: art. 4º Processo Mnemônico TEXTO DO QUADRO ACIMA P revalência dos direitos humanos A utodeterminação dos povos N ão intervenção I ndependência nacional I gualdade entre os Estados CO operação entre os povos para o progresso da humanidade SO lução pacífica dos conflitos CO ncessão de asilo político RE púdio ao terrorismo e ao racismo DE fesa da paz § ÚNICO A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. ������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.
Compartilhar