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SISTEMA DE MANEIJO DE DEJETOS E CARCAÇAS DE SUINOS

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1 INTRODUÇÃO 
Nesse trabalho abordaremos sobre uma das etapas da Suinocultura: Sistema de Manejo 
de Dejetos e Carcaças dos Suínos. Essa etapa possui extrema importância, uma vez que 
envolve a manutenção do meio ambiente, podendo trazer riscos tanto aos animais que ali são 
produzidos, bem como aos seres humanos e até mesmo o solo, podendo então desencadear 
problemas futuros. Abordaremos tanto as formas de manejo desses dejetos e carcaças, quanto 
os riscos causados através deles se não houver a destinação correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 A Suinocultura além de ser enquadrada como forte potencial poluidora pelos órgãos 
ambientais é também considerada uma potente causadora de degradação ambiental. Isso 
ocorre, pois os dejetos de animais podem vincular protozoários, bactérias e vírus, ocasionando 
e/ou representando risco à saúde humana e animal. Devido a essa problemática, um novo 
decreto está sendo elaborado pela Adapar, que proíbe a saída dos animais mortos da 
propriedade, justamente por questões sanitárias e, além disso, o transporte de resíduos dos 
animais de frigoríficos deve ser feito apenas em veiculo especialmente adaptado, evitando a 
perda do material pelo caminho. 
É válido ressaltar que os sistemas de tratamento de dejetos se não destinados 
corretamente, também podem carrear microrganismos ao ambiente, uma vez que um agente 
zoonótico, como Salmonella sp., por exemplo, em sistemas de produção de suínos tem 
ocorrido mundialmente, principalmente em função de um monitoramento mais rigoroso 
desencadeado por programas de controle de microrganismos potencialmente patogênicos na 
cadeia alimentar. 
Toda suinocultura deve possuir um programa de planejamento e de controle de dejetos 
gerados visando à sua correta utilização, devendo considerar cinco etapas: produção, coleta, 
armazenagem, tratamento, distribuição e utilização dos dejetos (na forma sólida e líquida). 
 
3 TRATAMENTO DE DESEJOS 
Os tratamentos de dejetos de suínos, de uma maneira geral, utilizam processos físicos, 
químicos e biológicos para a transformação/remoção da carga poluente presente no efluente. 
Esses tratamentos de dejetos orgânicos normalmente estão divididos em três processos: 
 Processo físico: separação de fase: processo de sedimentação, centrifugação e 
peneiramento; Filtração ou separação química; Desidratação: redução da quantidade de 
umidade para níveis ao redor de 10 a 15%; Incineração. 
 Processo químico: tem como princípio a adição de coagulantes ou floculantes 
químicos aos dejetos para promover a separação das fases líquidas e sólidas. 
 Tratamento biológico: é um processo natural e pode ser aplicado aos dejetos sólido ou 
líquido. Pode ser controlado ou não, aeróbico ou anaeróbico. 
Com isso, o tratamento dos dejetos, visa não só a importância como atenuador do 
impacto ambiental, mas também tem demonstrado ser uma excelente ferramenta para 
diminuir o risco sanitário que os mesmos podem representar. 
 
 3.1 Contaminantes 
Os principais contaminantes do ar em áreas de manejo de suínos podem ser divididos 
em três categorias: 
 Gases/vapor; 
 Aerossóis não biológicos; 
 Bioaerossóis. 
O esterco que fica depositado abaixo do piso é a maior fonte dos gases produzidos na 
degradação de dejetos, tais gases são: 
 Amônia; 
 Monóxido de carbono; 
 Sulfito de hidrogênio; 
 Metano. 
A amônia, por exemplo, tem como efeitos: irritação dos olhos, da pele, da membrana 
mucosa, bem como a estimulação do trato respiratório. 
Os dejetos suínos são constituídos por fezes, urina, água desperdiçada pelos 
bebedouros e de higienização, resíduos de ração, pelos e outros materiais decorrentes do 
processo criatório. Os principais sistemas de tratamento de dejetos de suínos na forma líquida 
incluem o uso de biodigestores, esterqueiras, sistemas de decantação, peneiras e uso de lagoas 
anaeróbicas e aeróbicas. 
 
 3.2 Lagoas interligadas 
 As lagoas são dimensionadas de acordo com a carga orgânica e o tempo de retenção 
hidráulico do material. Devem ser revestidas com material específico com a finalidade de 
evitar o contato com o lençol freático ou águas subterrâneas. As lagoas se dividem em 
anaeróbias, aeróbias, facultativas interligadas ligadas em série. 
As Lagoas aeróbias são profundas (2,5 m) e seu objetivo principal é a remoção da 
carga orgânica e coliformes fecais. 
Já as lagoas facultativas têm como objetivo principal a remoção de nutrientes, 
auxiliando no processo de remoção da carga orgânica e coliformes fecais. 
 
 3.3 Tanques de estabilização (esterqueiras) 
 Sistemas de tratamento de dejetos simplificados que apresentam menor custo de 
implantação. Utilizando esse sistema observa-se que houve tendência à redução do número 
médio de coliformes ao longo do tempo. 
 
 3.4 Biodigestores 
É um reator biológico cuja função principal é a degradação da carga orgânica contida 
nos dejetos. Funciona em condições anaeróbias (ausência de oxigênio), produzindo um 
efluente líquido (biofertilizante) e gerando o biogás. 
Existem vários modelos de biodigestores, sendo o modelo Canadense, construído em 
lona de PVC, o mais utilizado atualmente no Brasil. 
O resultado da decomposição dos dejetos é a geração de um gás de alto poder 
energético, capaz de substituir a lenha, a gasolina e o GLP. 
Ainda, tem-se a valorização dos dejetos para uso agronômico como biofertilizante, 
redução da carga orgânica e menor tempo de retenção hidráulica e de área para a degradação 
anaeróbia, em comparação com sistema de tratamento em lagoas. 
 
 3.5 Decantação 
O decantador é o sistema mais simples de separação física dos dejetos, mas também o 
que apresenta a menor eficiência de separação (sólido/líquido). 
Um dos exemplos é o decantador de palhetas, usado pelos pequenos e médios 
produtores. Sua função é separar as fases sólida e líquida. 
 
 3.6 Peneiras 
A retenção de sólidos é menor que no decantador, sendo de 3 a 10% para as peneiras 
estáticas e de 40% para as peneiras vibratórias. 
 
3.7 Criação em cama sobreposta 
 É o sistema de criação de suínos sobre uma cama de maravalha, bagaço de cana 
hidrolizado ou casca de arroz. 
Nesse sistema, os dejetos suínos sofrem uma compostagem in situ. 
Dominando-se a tecnologia e bem manejado, constitui uma alternativa interessante 
para propriedades que não possuem área agrícola compatível com o volume de dejetos 
gerados. 
O volume diário de dejetos produzidos por um suíno varia de 5% a 8% de seu peso 
vivo, sendo estes constituídos por 15% de matéria-seca. Objetivando a redução das 
possibilidades de poluição ao mínimo e o melhor aproveitamento possível, temos várias 
alternativas de manejo dos dejetos suínos: 
 
3.8 Manejo dos dejetos em forma solida em piso compacto 
Nessa alternativa a limpeza deverá ser feita diariamente com raspagem ou varredura 
das fezes. Deve haver um locar de estocagem do estrume que deve oferecer condições de 
isolamento do solo, a fim de evitar infiltrações e moscas. 
 
3.9 Manejo dos dejetos em forma líquida 
 Nessa alternativa utiliza-se piso parcialmente ripado, ou então piso totalmente ripado, 
bem como o uso de canaletas, tanque de oxidação. Isso vai variar conforme o tipo de 
construção e o destino a ser dado. 
 
3.10 Manejo combinado mediante a associação de depósito ou tanque de decantação 
da parte sólida, com escoamento da parte líquida para uma lagoa de estabilização ou com 
criação de peixes 
Nessa alternativa tem-se uma perspectiva para os dimensionamentos viáveis usuais das 
produções brasileiras de suínos. Uma variação deste sistema poderia ser a condução das 
dejeções frescas, em forma líquida diretamente para viveiros de peixes, eliminando então 
nesse caso o depósito de decantação da parte sólida. 
 
4 SISTEMA DE TRATAMENTO 
A grande problemática enfrentada é que um sistema de tratamentonão elimina 100% 
dos microrganismos presentes nos dejetos e com isso deve-se conhecer a potencialidade de 
sobrevivência destes microrganismos no ambiente. 
Sobrevivência no solo: 
 Cistos de protozoários (2-10 dias); 
 Bactérias entéricas (2 meses – 1 ano); 
 Vírus (3 meses – 1 ano); 
 Ovo de helmintos (2 – 7 anos). 
 
4.1 PROFILAXIA 
Como forma de profilaxia é importante a não incorporação de fertilizante orgânico no 
solo, podendo então minimizar a difusão de zoonoses através da cadeia alimentar, uma vez 
que a contaminação dos alimentos pode ocorrer já na fase primária da produção, o plantio. 
Sobrevivência em ambiente aquático: além da utilização na adubação de solos 
agriculturáveis e áreas de reflorestamento, o efluente de sistemas de tratamento de dejetos 
suínos pode ser direcionado a coleções de superfície. 
Práticas como utilização de águas residuais não tratadas na irrigação direta pode elevar 
o risco de enfermidades gastrintestinais entre os trabalhadores agrícolas e suas famílias, e 
entre os consumidores das colheitas. 
 
5 UTILIZAÇÃO DOS DEJETOS 
Os dejetos dos suínos podem ser utilizados de diversas formas como na utilização de 
fertilizantes, na alimentação de suínos em forma de produtos reciclados, alimentação de 
peixes, formação de gás metano ou biogás e utilização para a produção de algas. 
Como principal forma, nós temos a utilização como fertilizantes. O valor do 
fertilizante do esterco é variado de acordo com: 
 A ração consumida; 
 A cama utilizada; 
 A quantidade de água e alimento derramado; 
 Os métodos de limpeza; 
 Armazenamento do esterco. 
É válido ressaltar que o melhor sistema de aplicação de esterco como fertilizante é 
aplicação e imediata incorporação ao solo, tanto para o esterco sólido como o líquido. 
 
6 DESCARTE 
Já para o descarte das carcaças dos suínos, as granjas têm usado o método de 
compostagem, um método econômico e ambientalmente correto de destino dos animais 
mortos por permitir a reciclagem desses resíduos orgânicos, exigindo menor uso de mão de 
obra, quando comparado a alguns dos outros métodos, embora necessite de critérios rígidos 
para sua execução, mas é uma alternativa viável para o criador. 
Conduzida corretamente, a compostagem não causa poluição do ar ou das águas, 
permite manejo para evitar a formação de odores, destrói agentes causadores de doença e 
fornece como produto final um composto orgânico que pode ser utilizado no solo. 
A composteira é construída com madeiras (menor tempo de vida útil) ou tijolos (mais 
resistente). Deve ter o tamanho de no máximo 2x2m de área e 1,60m de altura e telhado de 
abas largas, a parte superior deve ser aberta, permitindo a total ventilação. É importante 
impermeabilizar o solo com lonas para evitar a contaminação. 
Essa composteira é destinada ao uso na mortalidade normal que ocorre em uma 
criação. Não serve para mortalidade catastrófica, resultante de calor excessivo, problemas 
com instalações ou perdas por doenças. 
Nesse processo ocorre a fermentação das carcaças constituídas de musculatura 
(proteína) e ossos (ricos em cálcio) que serão mantidos úmidos e aerados, por digestão pelas 
bactérias e fungos. 
Observa-se na compostagem a elevação da temperatura após 2 a 3 dias do início do 
processo, o que permite a destruição de agentes patogênicos. Essa temperatura se mantém 
acima de 55ºC por 4 a 5 dias destruindo a maioria dos patógenos. 
O tempo de fermentação para carcaças de suínos é de 120 dias após o fechamento da 
composteira. Na compostagem de carcaças não se pode movimentar a pilha que está sendo 
processada, pois isto exporia as carcaças parcialmente compostadas, gerando desequilíbrio 
desse pequeno ambiente alterando a temperatura, apressando a evaporação, podendo ocorrer 
maus odores e atração de animais. 
 
6.1 Preparação da compostagem 
O processo de compostagem é feito em camadas de cama de aviário (esterco), carcaças 
de animais (aves, suínos, ou outro qualquer), uma palha ou resíduo vegetal e água. 
 Coloque 30 cm de maravalha limpa, cama de aviário ou esterco seco, no fundo 
da composteira. Esta camada não fará parte do composto (não será umedecido). 
 Adicione 15 cm de cama de aviário, palhada de milho, feijão, soja, capim seco, 
folhas secas ou outra fonte aceitável de carbono. Além de fornecer carbono esta 
camada permite a aeração das carcaças. 
 Adicione uma camada de carcaças de até 30 kg de peso, corte a barrigada e 
perfure as tripas. Sendo um animal de mais de 30 kg, corte em pedaços menores 
(esquartejado). Faça uma camada de carcaça deixando um espaço de 15 cm entre 
uma carcaça e outra (ou entre um pedaço de carcaça e outro) e entre eles e as 
paredes. 
 Contorne as carcaças com cama de aviário. Trate cada camada 
individualmente. 
 Adicione água para umedecer a superfície, em quantidade correspondente a 
50% do peso das carcaças (para cada quilo de carcaça acrescentar meio litro de 
água). 
 Cubra com 15 cm de cama ou esterco seco sobre a parte umedecida. 
 Quando a última camada de carcaça for adicionada à composteira, cubra a 
pilha com uma camada dupla de esterco seco ou cama. 
O processo primário deve atingir uma temperatura de 60ºC a 71ºC, em 10 dias após o 
fechamento da pilha. Assim que essa temperatura for atingida, o material é removido para ser 
feito o segundo estágio, que é feito da seguinte forma: 
O composto primário deve ser removido e novamente recolocado na câmara 
acrescentando água. Essa movimentação do material proporciona a aeração da mistura e 
reativa a ação das bactérias da fermentação, permitindo que se inicie um novo ciclo de 
aquecimento. Em sete dias, a temperatura atingirá o seu pico novamente. 
Fatores que alteram a composição de uma compostagem para a outra: 
 Idade da cama usada; 
 Tipo da fonte de carbono (palha, por exemplo); 
 Temperatura atingida na compostagem. 
VANTAGENS DA COMPOSTAGENS PROBLEMAS DURANTE A 
COMPOSTAGEM 
Redução ou eliminação de maus odores; Temperatura ideal não é atingida em função ou 
excesso de umidade; 
Redução ou eliminação de moscas; Ocorrência de moscas – verificar condição da 
carcaça com o material, formação de chorume 
e condições de higiene do local; 
Redução da contaminação ambiental; Maus odores – verificar se não há excesso de 
umidade na pilha quando nas partes de carcaça 
com o material. Recomenda-se substituir o 
material úmido. 
Produção da contaminação ambiental;

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