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Relatorio SP4 Pediatria

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Centro Universitário de Mineiros-UNIFIMES 
Curso de Medicina 
 Unidade I NOTA: 8,5 
 
ANA JÚLIA CARVALHO 
BENEDITO VICENTE DA SILVA FILHO 
CHARLES GUIMARÃES DAMASCENO 
CLARA BORGES OLIVEIRA GUIMARÃES 
DAVI ALVES VIEIRA 
DANIELA ALVES MESSAC 
GIOVANA FIGUEIREDO MACIEL 
IZADORA OLIVEIRA FRANCO 
JAMES VELOSO ALMEIDA JÚNIOR 
JULLY FARIA MONTEIRO 
RAFAELA TEIXEIRA DA SILVA 
SHARA RIBEIRO NASCIMENTO 
VITÓRIA PACHECO MENDES 
 
 
 
SP4-UNIDADE I “Pelo menos uma notícia boa” 
Trindade-GO 
19/03/2020 
 
Sumário 
 
1-OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ................................................... 3 
2- RESPOSTAS AS DISCUSSÕES ..................................................... 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
1- Analisar os indicadores de mortalidade infantil das últimas 
décadas. 
2- Reconhecer a epidemiologia, etiologia e quadro clínico das 
doenças infecciosas na infância: Diarreia aguda, Pneumonia, 
Bronquite e IVAS (resfriado comum, gripe, laringite, faringite, otite 
média aguda e amidalite). 
3- Definir doença exantemática e reconhecer a epidemiologia, 
etiologia e quadro clínico: Sarampo, Rubéola, Varicela, Eritema 
Infeccioso, Mononucleose, Roséola, Escarlatina. 
4- Identificar os programas de saúde pública para diminuição das 
taxas de mortalidade infantil. 
5- Relacionar E.C.A. com a violência na infância que inclui: trabalho 
infantil, maus tratos, direito a saúde e educação e papel do 
educador. 
 
RESPOSTAS AS DISCUSSÕES 
 
Os indicadores de mortalidade infantil são fundamentais para análise da 
condição de saúde de uma população, evidenciando de forma sensível 
mudanças nas condições sociais e econômicas de uma determinada população. 
Nesse sentido, a mortalidade infantil é expressa entre 0 a 364 dias após o 
nascimento, englobando três índices que são; mortalidade neonatal precoce 0 a 
7 dias, mortalidade neonatal tardia 8 a 28 dias e mortalidade pós-natal 29 a 364 
dias. A tabela abaixo explicita os conceitos abordados: 
Figura 1: Esboço 
 
Fonte: (MARCONDES, et. al.) 
A identificação das causas evitáveis tem levado as organizações de 
saúde, governamentais ou não, a traçar programas visando reduzir a ação 
dessas causas, tais como as doenças infecciosas, preveníeis por meio de 
programas de vacinação; as deficiências nutricionais, atenuadas a partir de 
programas de reeducação e suplementação alimentar. Como consequência, 
tem-se observado redução significativa, mesmo nos países em 
desenvolvimento, da mortalidade relativa ao período pós-neonatal. 
(MARCONDES, et. Al.) 
No entanto, a mortalidade perinatal ainda constitui um desafio, 
especialmente se considerarmos que é o resultado da ação de múltiplos fatores 
sobre as famílias em geral e da mulher em particular, com influência também da 
qualidade da assistência à gestante, ao parto e ao recém-nascido em particular. 
(MARCONDES, et. Al.) 
Com essa nova conceituação, fica bem estabelecido que o critério para 
fins de cálculos padronizados dos coeficientes de Mortalidade Perinatal, o que 
se convencionou chamar de * "nascido morto" ou "natimorto", mudou, passando 
a ser as perdas fetais (mortes fetais ou natimortos) a partir do término da 22ª 
semana de gestação (154 dias), época em que o peso de nascimento é 
normalmente de 500g. As perdas fetais antes da 22ª semana seriam os abortos. 
Assim, é dessa maneira que se calculam os coeficientes ou taxas de natimortal 
idade e a mortalidade perinatal. (MARCONDES, et. Al.) 
 
Figura 2: Taxas 
 
 
Fonte: (MARCONDES, et. al.) 
 
 
Outro indicador importante utilizado na área materno-infantil é a taxa de 
mortalidade neonatal hospitalar que seria o número de mortes de crianças antes 
da alta hospitalar em relação ao número de nascidos vivos e multiplicado por 
1.000. (MARCONDES, et. Al.) 
A análise dos indicadores demográficos brasileiros permite observar que 
há algumas décadas vem ocorrendo um processo de redução da mortalidade 
infantil, em decorrência de um conjunto de medidas na área de saúde pública. 
Nesse sentido, houve redução de 44,1% entre 1980 e 1990 e de 21,5% entre 
1990 e 1996. A taxa de mortalidade infantil no Brasil evoluiu de 85 óbitos de 
menores de 1 ano por mil nascidos vivos em 1980 para 37,5 por mil nascidos 
vivos em 1996. Quando se analisa a mortalidade infantil segundo seus 
componentes, as mortalidades perinatal e neonatal também estão muito 
elevadas em nosso meio, comparado às de países mais desenvolvidos. 
(MARCONDES, et. Al.) 
Figura 3: Mortalidade perinatal comparativo 
 
Fonte: (MARCONDES, et. al.) 
 
No Brasil, dentre as principais causas de mortalidade perinatal, 
sobressaem às afecções perinatais, que correspondem a 73,2% da mortalidade 
neonatal (1995) e a mais de 50% dos óbitos ocorridos durante o primeiro ano de 
vida em todas as regiões brasileiras. Nesse contexto, as afecções respiratórias 
e a doença de membranas hialinas ocupam lugar de destaque. Já a 
prematuridade e o baixo peso ao nascer corresponderam a aproximadamente 
13% das mortes neonatais em 1995, de forma semelhante às infecções 
(congênitas e adquiridas), sem terem se alterado ao longo dos anos, apesar de 
constituírem causas que poderiam ser mais bem controladas se houvesse 
melhor qualidade da assistência pré-natal e ao parto. (MARCONDES, et. Al.) 
 
Figura 4: Comparativo 
 
Fonte: (MARCONDES, et. al.) 
 
 
Dessa forma, observa-se que houve uma tendência a redução da 
mortalidade infantil em aspecto geral na década de 1990, devido um 
aprimoramento no âmbito de saúde pública e na atenção básica. Nesse sentido, 
observa-se que entre 2000 e 2006 a tendência de redução no índice continua, é 
nítido que em regiões com menor desenvolvimento e maiores desigualdades 
sociais o índice permanece acima da média geral do país um exemplo é a região 
nordeste. Entretanto, regiões com maior desenvolvimento econômico como a 
região sudeste o índice é abaixo da média do país. Como observado no quadro 
a seguir: 
Figura 5: Gráfico 
 
Fonte: Ministério da Saúde 
Diarreia é uma das queixas mais frequentes em Pediatria, especialmente 
nos países em desenvolvimento, onde se inclui entre as principais causas de 
morbidade e mortalidade infantil. Segundo a OMS/ UNICEF, durante 1980, a 
doença diarreica foi responsável por 5 milhões de óbitos em crianças com idade 
Inferior a 5 anos. Nos países em desenvolvimento, a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) estima que as crianças com menos de 5 anos de idade 
apresentam, em média, dois a três episódios de diarreia por ano e que nos dois 
primeiros anos de vida ocorrem 20 óbitos por 1.000 casos de diarreia. 
(MARCONDES, et. Al.) 
A maioria dos agentes etiológicos que levam à diarreia nos países em 
desenvolvimento é transmitida pela via fecal-oral e está relacionada à qualidade 
da água que a população recebe, à falta de menta básico e às más condições 
de manipulação, estoque e geração de alimentos. (MARCONDES, et. Al.) 
Dessa forma, podemos afirmar que questões de saneamento básico, 
escolaridade e distribuição de renda influenciam diretamente na ocorrência 
desses casos em quantidade de vezes ao ano e em dias em que a morbidade 
permanece. 
A conceituação de diarreia implica uma perda de água aumentada pela 
evacuação que se expressa pela diminuição da consistência das fezes e/ou 
aumento da frequência de evacuações. O hábito intestinal varia de indivíduo para 
indivíduo e pode-se alterar de acordo com o tipo de alimentação. Lactentes 
jovens, especialmente quando recebem aleitamento materno, costumam 
evacuar após cada mamada, por apresentar um reflexo gastrocólico exaltado. 
Essas crianças às vezes eliminam fezes líquidas e esverdeadas, após episódios 
de cólica, sem que essa alteração caracterize uma diarreia. (MARCONDES, et. 
Al.) 
Um grande número de doençaspode causar diarreia na infância, 
podendo se didaticamente classificar as diarreias como de etiologia infecciosa e 
não infecciosa, mas frequentemente encontramos a associação desses dois 
fatores etiológicos determinando diarreia em uma criança. (MARCONDES, et. 
Al.) 
Entre as diarreias de origem infecciosa incluem se aquelas causadas por 
vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes, além da chamada "diarreia 
parenteral" associada a quadros de infecção extra-intestinal, como 
broncopneumonia, otite média aguda e infecção do trato urinário. 
(MARCONDES, et. Al.) 
As diarreias não-infecciosas podem ser causadas por: desnutrição, erro 
alimentar (oferta de alimentos que aumentam a osmolaridade do conteúdo 
intestinal), deficiências enzimáticas congênitas ou adquiridas, uso de laxativos e 
de antibióticos, alterações no trânsito intestinal (síndrome do colo irritável, 
hipertireoidismo, intestino curto pós-ressecção intestinal), alergia alimentar, 
doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa), 
doença celíaca, mucoviscidose, imunodeficiência (deficiência de IgA secretora, 
hipogamaglobulinemia adquirida etc.), ressecção intestinal, comprometimento 
da vascularização intestinal (isquemia, má rotação e volvo), cloridrorréia 
congênita, doença de Hirschsprung e outros. (MARCONDES, et. Al.) 
Os principais mecanismos envolvidos na patogênese da diarréia são o 
aumento na produção de secreções e a diminuição na absorção de água e 
eletrólitos. (MARCONDES, et. Al.) 
O aumento de secreção intestinal pode ser causado por várias toxinas 
bacterianas, metabólitos intraluminares (como os ácidos biliares diidroxilados e 
os ácidos graxos), hormônios, neurotransmissores, peptídeos vasoativos (como 
histamina, bradicinina e prostaglandinas) e por alguns laxantes (como o 
dioctilsulfoccinato de sódio e os derivados da senna). (MARCONDES, et. Al.) 
O mecanismo exato pelo qual os nucleotídeos cíclicos (AMP e GMP) e 
o cálcio intracelular atuam na produção de secreção ainda não está esclarecido, 
mas acredita-se que essas substâncias ativem o transporte de íons por meio de 
um mecanismo final comum. (MARCONDES, et. Al.) 
A diarréia osmótica, que se deve à retenção de líquidos no intestino para 
manter a isotonicidade intraluminal, pode ocorrer quando comprometimento na 
digestão e/ou absorção de carboidratos. Essa situação ocorre mais 
freqüentemente quando há deficiência de dissacaridases, mas também pode 
ocorrer após a ingestão de dietas hipertônicas ou com o uso de laxativos como 
lactulose, manitol, sorbitol e sulfato de magnésio. (MARCONDES, et. Al.) 
 
A grande maioria dos episódios de diarréia que ocorrem na infância é de 
curta duração, resolvendo-se com ou sem tratamento em um período inferior a 
7 dias. São as chamadas diarréias agudas. Entretanto, um número variável de 
crianças, estimado pela OMS entre 3 e 20% dos casos, apresenta episódios de 
diarréia de evolução mais prolongada e é nesses casos, especialmente nas 
diarréias crônicas com duração acima de um mês, que a obtenção dos dados de 
anamnese é mais importante para se chegar à causa do problema. 
(MARCONDES, et. Al.) 
A descrição dos episódios diarréicos deve conter informações sobre as 
características das fezes, bem como de outros sinais e sintomas que podem 
acompanhar o quadro, para auxiliar a investigação diagnóstica. Como, exemplo, 
as diarréias de etiologia infecciosa geralmente se caracterizam por aumento 
abrupto no número de evacuações e costumam acompanhar-se por febre e dor 
abdominal. Os episódios de etiologia viral podem ser precedidos por um quadro 
de infecção das vias aéreas superiores, febre e vômitos; as fezes geralmente 
são liquidas e explosivas, não contendo sangue ou pus. Frequentemente esses 
quadros ocorrem de forma epidêmica, havendo outros casos na mesma 
comunidade (família, creche, escola). As bactérias produtoras de citotoxinas (E. 
coli enteropatogênica clássica) e as bactérias toxigênicas (E. coli 
enterotoxigênica, Vibrio cholerae, Clostridíum difticile) também podem levar a um 
quadro clínico semelhante, com grande número de evacuações líquidas, sem 
sangue ou muco. No entanto, um quadro agudo de náuseas, vômitos, cólicas e 
diarréia também pode ser causado por intoxicação alimentar, devendo-se 
pesquisar se houve ingestão de alimentos suspeitos e se há outros casos de 
diarréia na família. (MARCONDES, et. Al.) 
A pneumonia é um processo inflamatório dos pulmões, difusa ou 
localizada, que pode ocorrer no feto ou no recém-nascido (RN), resultante de 
infecção bacteriana, viral ou de origem química. Constitui na maioria dos casos, 
um dos primeiros sinais de infecção sistêmica fazendo parte de quadros clínicos 
mais graves como sepse e meningite neonatal. (MARCONDES, et. Al.) 
A patogênese da pneumonia adquirida ao nascimento ou imediatamente 
após é semelhante àquela que ocorre na sepse. Em geral, deve-se a aspiração 
de líquido amniótico meconial ou secreções infectadas durante o parto. Após o 
nascimento, a criança pode tornar-se infectada pelo contato humano ou 
equipamento contaminado, uso de cateteres centrais, intubação oro e 
nasotraqueal, aspirações de naso e orofaringe e traqueal, e uso de aerossóis 
contaminados. RN portadores de malformações, como atresia de coanas, fístula 
traqueoesofágica e hérnia diafragmática, têm tido risco elevado de desenvolver 
pneumonia. (MARCONDES, et. Al.) 
As manifestações clínicas são variáveis, podendo estar presentes logo 
após o nascimento nos casos de pneumonia intra-uterina ou congênita, podendo 
inclusive a criança ser natimorta ou muito grave, vindo a falecer nas primeiras 24 
ou 48 horas de vida. (MARCONDES, et. Al.) 
Os RN que adquirem pneumonia durante ou após o nascimento podem 
apresentar, concomitantemente, sinais de infecção sistêmica, como gemência, 
letargia, anorexia e febre. Sinais de insuficiência respiratória como taquipnéia, 
dispnéia, gemido, tosse seca, batimentos de asas de nariz, respirações 
irregulares, cianose, retração costal e estemal, além de estertores crepitantes e 
subcrepitantes e murmúrio vesicular diminuído, podem fazer parte de uma 
infecção sistêmica. (MARCONDES, et. Al.) 
Nos casos mais graves, a insuficiência respiratória é progressiva, 
acompanhada por sinais e sintomas clínicos intensos, apneia, choque e falência 
respiratória. Derrame pleural pode ocorrer em geral associado a pneumonia por 
estafilococo do grupo A, estreptococo e E. coli. (MARCONDES, et. Al.). 
Importante ressaltar o agentes bacterianas mais comuns de pneumonia de 
acordo com a faixa etária. 
Bronquiolite viral aguda (BVA) consiste em uma afecção viral que 
acomete lactentes com idade inferior a dois anos, sendo o pico de incidência 
abaixo de seis meses de vida. A prevalência é maior durante os meses de outono 
e inverno. O agente etiológico mais frequente é o vírus respiratório sincicial, 
seguido pelo rinovírus, parainfluenzae e metapneumovírus. O quadro pode 
recidivar e mais de um vírus pode ser isolado durante o episódio. (BEDRAN, et. 
Al.) 
Do ponto de vista fisiopatológico, são descritos inflamação, necrose 
celular, edema, aumento da produção de muco, além de broncoespasmo que 
ocorre no epitélio brônquico. (BEDRAN, et. Al.) 
Os fatores de risco para o desenvolvimento de BVA consistem em 
prematuridade extrema (idade gestacional inferior a 29 semanas), doença 
pulmonar crônica (displasia broncopulmonar) e cardiopatia congênita. 
(BEDRAN, et. Al.) 
História de contato com paciente resfriado antes do início dos sintomas 
é muito comum. O período de incubação varia de quatro a cinco dias. O quadro 
clínico consiste em sintomas de infecção de vias aéreas superiores como 
congestão nasal e coriza serosa, que evoluem após dois a quatro dias com 
acometimento das vias aéreas inferiores, sendo observados tosse, taquipneia e 
esforço respiratório. Febre (temperatura axilar inferior a 39 graus) e redução daaceitação da dieta também podem ocorrer. Apneia tem sido relatada em casos 
graves ou em prematuros. (BEDRAN, et. Al.) 
Sabe-se que 0,5 a 2% das IVAS evoluem para uma rinossinusite 
bacteriana, e aproximadamente 90% das rinossinusites bacterianas são 
precedidas por um episódio viral. O resfriado comum ou uma gripe podem ainda 
evoluir para otite, faringoamigdalite, laringite e pneumonia. As taxas de 
internação por complicações associadas à gripe para cada 1.000.000 de 
habitantes acima de 65 anos variam de 200 a 1.000 internações por ano, 
enquanto em indivíduos na faixa etária de 45 a 64 anos, esta taxa cai para 20 a 
40 internações por ano. (Voegels, et. Al.) 
Mais de 200 sorotipos diferentes de vírus são responsáveis pelo 
resfriado comum. O rinovírus é o mais prevalente, sendo responsável por cerca 
de 30-50% das infecções, enquanto o coronavírus é o segundo mais prevalente, 
responsável por 10-15% dos quadros. Outros vírus citados são o parainfluenza, 
vírus sincicial respiratório, adenovírus e enterovírus. O vírus sincicial respiratório 
é responsável por muitos sintomas que se assemelham a um quadro gripal. A 
gripe, no entanto, é causada exclusivamente pelos vírus infuenza, que são 
responsáveis por 5- 15% das IVAS. (Voegels, et. Al.) 
O resfriado comum e a gripe são infecções virais agudas do trato 
respiratório superior que podem ser agrupadas numa síndrome com sinais e 
sintomas semelhantes, e duração menor que 10 dias. Dentre as rinossinusites 
infecciosas, a gripe e o resfriado comum estão agrupados nas rinossinusites 
virais, e segundo o European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps, 
as rinossinusites virais são definidas como a presença de sintomas 
nasossinusais por menos de 10 dias. (Voegels, et. Al.) 
Na síndrome do resfriado comum, geralmente a sintomatologia é mais 
discreta, com sintomas iniciais de cefaléia, espirros, calafrios e dor de garganta 
e sintomas tardios de coriza, obstrução nasal, tosse e mal-estar. Geralmente a 
severidade dos sintomas aumenta rapidamente em 2-3 dias após a infecção, 
com uma duração média de 7-10 dias. Alguns sintomas, no entanto, podem 
persistir por mais de 3 semanas. (Voegels, et. Al.) 
Na síndrome da gripe, tipicamente o início dos sintomas é súbito, 
caracterizado por febre alta, cefaléia intensa, tosse, dor de garganta, mialgia, 
congestão nasal, cansaço, fraqueza e falta de apetite, apresentando, de uma 
forma geral, sintomas mais intensos do que no resfriado comum. A associação 
da tosse e da febre no mesmo paciente apresenta um valor preditivo positivo de 
cerca de 80% em diferenciar a infecção pelo vírus influenza dos outros quadros 
de infecção viral. (Voegels, et. Al.) 
As amigdalites de origem viral correspondem a 75% das 
faringoamigdalites agudas, preponderantes nos primeiros anos de vida (2 e 3) e 
menos freqüentes na adolescência. As faringoamigdalites bacterianas 
correspondem a 20 a 40% dos casos. O agente etiológico mais comum é o 
estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Sua importância em Saúde Pública 
decorre não apenas da sua alta freqüência, mas também das suas 
complicações, como febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda. (Voegels, 
et. Al.) 
Figura 6: Esboço 
 
Fonte: Guideline IVAS 
 
Usualmente afeta crianças a partir dos 3 anos, com pico de incidência 
entre 5 e 10 anos, podendo acometer qualquer idade. Manifesta-se com dor de 
garganta intensa, disfagia, otalgia reflexa, febre de intensidade variável, que 
pode ser acompanhada de queda do estado geral. O exame físico revela 
hiperemia, aumento de tonsilas e exsudato purulento, além de adenomegalia em 
cadeia jugulodigástrica, observada em 60% dos casos. No hemograma 
observamos leucocitose com desvio à esquerda. (Voegels, et. Al.) 
Laringite é todo processo infamatório da laringe. A queixa mais comum 
é a disfonia, independente da causa, que pode ser de duração e severidade 
variáveis. Também podem ocorrer odinofagia tosse, estridor, afonia e dispnéia. 
A doença pode se instalar de forma aguda ou crônica. Doenças agudas da 
laringe são, com freqüência, precedidas por infecção no trato respiratório 
superior. (Voegels, et. Al.) 
Nas crianças, devido ao tamanho reduzido da via aérea e da cartilagem 
aritenóide, grau de edema de mucosa e exsudato formado, a evolução da 
doença costuma ser bem mais rápida. Doenças agudas da laringe são, com 
freqüência, precedidas por infecção no trato respiratório superior. Na avaliação 
de pacientes com afecção laríngea, é obrigatório um exame detalhado das 
estruturas da cabeça e pescoço, incluindo visualização da laringe e ausculta 
pulmonar. Laringoscopia indireta e se possível fibroscopia devem ser realizadas 
para melhor avaliação da patência da via aérea, mobilidade das cordas vocais, 
presença de edema e eritema laríngeos, granulomas e estenose laríngea. A 
tomografia computadorizada permite avaliação de edema de tecidos moles, 
destruição cartilaginosa e adenopatia cervical. A ressonância magnética pode 
acrescentar informações de partes moles não possíveis de serem visualizadas 
pela CT. (Voegels, et. Al.) 
A otite média é definida como um processo de natureza inflamatória, 
infecciosa ou não que ocupa focal ou generalizadamente a fenda auditiva. O 
osso temporal apresenta espaços pneumatizados contíguos e, portanto, a 
inflamação da orelha média pode envolver também a mastóide, o ápice petroso 
e as células perilabirínticas. (Voegels, et. Al.). Agentes etiológicos prevalentes 
da OMA. 
Estima-se que aproximadamente 2/3 de todas as crianças apresentarão 
pelo menos 1 episódio de otite média aguda (OMA) com 1 ano de vida, e 
aproximadamente 90% até os 7 anos; 75% terão apresentado 3 ou mais 
episódios em 7 anos. Sabe-se ainda que a incidência de otite média durante o 
ano acompanha a de infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS), ou seja, 
é maior nos meses de inverno. (Voegels, et. Al.) 
Figura 7: Esboço 2 
 
Fonte: Guideline IVAS 
 
Comumente, o paciente relata história de otalgia súbita após estado 
gripal. A otalgia piora com a deglutição ou o assoar do nariz, podendo ocorrer 
também hipoacusia, sensação de plenitude auricular e ruídos subjetivos e, ainda, 
pulsações auriculares sincrônicas com os batimentos cardíacos (sinal de 
Scheibe) e equivale a um empiema da caixa do tímpano. Algumas vezes 
acompanha-se de microperfuração pulsátil e a dor diminui à medida que se 
diminui a pressão na orelha média após perfuração da membrana timpânica. 
(Voegels, et. Al.) 
As doenças exantemáticas possuem manifestações dérmicas como 
principal característica, entendendo que são causadas devido infecção 
comumente viral ou bacteriana. Dessa forma, serão apresentadas as principais 
doenças exantemáticas da infância de modo a explicitar a epidemiologia, 
etiologia e quadro clínico. 
Sarampo 
Etiologia e forma de transmissão: Doença viral aguda, causada pelo 
Morbilivirus (família Paramixoviridae). A transmissão ocorre através de aerossóis 
respiratórios. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo etário: Todos. Pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a 
doença são suscetíveis. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 
2018) 
Quadro Clínico: Febre alta, acima de 38,5ºC, exantema maculopapular 
generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de koplik (enantema 
patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa bucal, 
antecedendo o exantema). As manifestações clínicas são divididas em três 
períodos. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Período de infecção: Dura cerca de sete dias, iniciando com período 
prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, 
conjuntivite e fotofobia. Do 2º ao 4º dia desse período surge o exantema, quando 
se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração, exantema 
cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retro 
auricular. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA,2018) 
RUBÉOLA 
Etiologia e forma de transmissão: Doença exantemática aguda causada 
pelo Rubivirus (família togaviridae). Apresenta curso benigno, mas sua 
importância epidemiológica está relacionada à síndrome de rubéola congênita 
(SRC). Quando a infecção ocorre durante a gestação pode causar aborto, 
natimorto e malformações congênitas, tais como cardiopatias, catarata e surdez. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Transmissão: Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas 
infectadas. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, ocorre 
mediante contato com objetos contaminados com secreções de nasofaringe nas 
fezes, sangue e urina. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo Etário: São suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que 
não tiveram a doença. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro clínico: É caracterizado por exantema maculopapular e 
puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se 
posteriormente para tronco e membros. Febre baixa e linfadenopatia 
retroauricular, occiptal e cervical posterior também são possíveis de ocorrer. 
Geralmente antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias, e podem 
perdurar por algumas semanas. Formas inaparentes são frequentes, 
principalmente em crianças. Adolescentes e adultos podem apresentar um 
período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e 
mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia é comum e raramente 
ocorrem manifestações hemorrágicas. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA 
CATARINA, 2018) 
Varicela 
Etiologia e forma de transmissão: doença viral aguda, altamente 
contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ). A transmissão ocorre 
através de aerossóis respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o liquido 
das lesões cutâneas. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo etário: mais comum na infância, sendo suscetíveis todas as 
pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença. Costuma determinar 
imunidade duradoura, porém pode se manifestar como Herpes-Zoster, pela 
reativação do vírus latente em gânglios do sistema nervoso, por diferentes 
motivos. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro clínico: após um período de incubação em média de 2 semanas, 
inicia-se quadro de febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, 
pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas 
e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de 
evolução concomitantemente. Pode acometer mucosas, levar ao aumento de 
gânglios. O quadro costuma ser benigno, com duração de 10 dias, mas pode 
evoluir com pneumonia pelo próprio vírus, afecção no sistema nervoso, 
infecções bacterianas cutâneas. A doença pode ser mais grave em adultos, 
imunodeprimidos, gestantes ou recém-natos. O Herpes Zoster costuma ocorrer 
anos após a exposição ao VVZ, com vesículas agrupadas sobre base 
eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da 
sensibilidade local, ocupando um ou mais dermátomos. (GOVERNO DO 
ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Eritema infeccioso-parvovírus B19 
Etiologia e forma de transmissão: Doença viral de evolução benigna, 
causada pelo parvovírus humano B19. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA 
CATARINA, 2018) 
Transmissão: A via respiratória é a mais importante, principalmente em 
comunidades fechadas. A transmissibilidade máxima ocorre antes do exantema. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo etário: acomete preferencialmente crianças de 2 a 14 anos. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro clínico: Geralmente sem pródromos, podendo surgir alguns 
sinais inespecíficos, como febrícula, mialgia e cefaleia. O exantema inicia-se 
pela face sob a forma de eritema difuso, com distribuição em “vespertilho” e 
edema de bochechas (fácies esbofeteada). As outras regiões da face são 
poupadas. O exantema é tipo maculopapular, com palidez central que confere 
rendilhado à lesão. Acomete o tronco e a face extensora dos membros, podendo 
regredir em até 3 semanas. Pode haver recorrência da doença pela ação de 
estímulos como o sol, o estresse e variação de temperatura. (GOVERNO DO 
ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Mononucleose infecciosa (Epstein-Barr) 
Etiologia e forma de transmissão: Doença viral causada pelo vírus 
Epstein-Barr, um herpesvírus. A transmissão ocorre principalmente de pessoa a 
pessoa por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Crianças 
pequenas podem infectar-se por contato com saliva em objetos ou mãos. Em 
adultos jovens, o beijo facilita a transmissão. (GOVERNO DO ESTADO DE 
SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo etário: Atinge crianças e adolescentes. (GOVERNO DO ESTADO 
DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro Clínico: Em 50% dos casos a infecção é sub-clínica ou 
assintomática. Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é muito discreto 
ou ausente. O quadro clínico característico é de febre, linfoadenopatia, 
amigdalite membranosa e esplenomegalia. Pode apresentar exantema, variável 
e inconstante que está associado ao uso de antibióticos (penicilinas, 
cefalosporinas e seus derivados). O período de incubação é de 4-6 semanas. O 
Período de transmissibilidade é prolongado, podendo estender-se por um ano 
ou mais. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
 
Exantema súbito 
Etiologia e forma de transmissão: Doença viral de evolução benigna 
causada pelo herpesvírus humano tipo 6 e 7. É conhecida pelo nome de Roseola 
infantum. Causa febre de três dias, sexta moléstia. (GOVERNO DO ESTADO 
DE SANTA CATARINA, 2018) 
Transmissão: Secreção oral do portador sadio para contatos próximos. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo Etário: Ocorre tipicamente na infância, em especial nos menores 
de quatro anos. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro Clínico: Início súbito, febre alta (39º/40ºC) e extrema 
irritabilidade. O exantema é do tipo maculopapular, com lesões discretas de 2 a 
3 cm de diâmetro, não coalescentes. Em geral, acomete inicialmente o tronco e 
em seguida a face, a região cervical e a raíz dos membros, sendo de curta 
duração (24 a 72 horas sem descamação). (GOVERNO DO ESTADO DE 
SANTA CATARINA, 2018) 
 
Escarlatina 
Etiologia e forma de transmissão: Causada pelo Streptococcus 
pyogenes, uma bactéria beta hemolítica do Grupo A, produtora de toxina 
eritrogênica. A transmissão ocorre através do contato com secreções 
respiratórias. (GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Grupo etário: Acomete principalmente crianças de 2-10 anos de idade. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Quadro Clínico: Período de incubação de 2-5 dias. Concomitante ou 
após faringoamigdalite membranosa, apresenta-se com febre alta e mal-estar, 
exantema eritematoso puntiforme (pele áspera como uma lixa), palidez peribucal 
(Sinal de Filatov), linhas marcadas nas dobras de flexão (Sinal de Pastia) e 
língua em framboesa. Descamação extensa em mãos e pés (em dedos de luva), 
inicia após uma semana. Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientes não 
tratados e sem complicações. Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 
semanas e incluem glomerulonefrite aguda e febre reumática aguda. 
Complicações tardias incluem coreia de Sydenham e cardiopatia reumática. 
(GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, 2018) 
Em âmbito governamental, abordaremos programas governamentais 
que influenciaram diretamente e indiretamente na redução da mortalidade 
infantil. Contribuindo, então, em diversos aspectos que abordam o individuo de 
maneira ampla, como assistência básica de saúde, déficit nutricional e 
educacional. 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da 
população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta 
de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, 
equânime e contínua, a ESF se fortalececomo uma porta de entrada do Sistema Único 
de Saúde (SUS). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013) 
Nesse sentido, é importante discorrer sobre a “Assistência e controle 
de doenças diarreicas”, que veio com intuito de atingir populações carentes que 
possuem baixa renda e baixo nível de instruções sanitárias. De modo, que 
doenças diarreicas são em grande parte de ciclo fecal oral. Assim, assistência 
a essas populações são determinantes para redução da mortalidade infantil. 
Em aspectos gerais, o “Bolsa Família” também pode ser considerado 
um programa que influencia diretamente na redução de taxas de mortalidade 
infantil. De acordo com Marcondes, uma das principais causas de mortalidade 
infantil é o déficit nutricional, causado pela falta de alimentos. Dessa forma, ao 
fornecer bolsas a crianças que frequentam o ensino público, o governo garante 
em parte que essas crianças conseguiram se alimentar. 
Nesse aspecto, é importante também relacionar a criação do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, em 1990, que veio com intuito de assegurar 
direitos fundamentais e inafiançáveis a esse público. Assim, no artigo 4° é 
ressaltado que é dever da família, da comunidade e do poder público garantir 
a efetivação dos direitos a saúde, educação, profissionalização, esporte e lazer. 
Nesse, sentido toda criança tem direito a frequentar a rede pública de ensino e 
também de usufruir do sistema único de saúde. Dessa forma, é importante 
ressaltar também o papel do educador sendo peça fundamental na vida da 
criança e do adolescente incentivando pensamento critico e o desenvolvimento 
pessoal, sendo peça ativa na formação de um ser crítico e sendo fundamental 
na observância de maus tratos, abusos e casos que devem ser levados ao 
conselho tutelar. 
Dentro do ECA também observamos no artigo 18° a abominação de 
castigos físicos ou qualquer forma de tratamento que seja humilhante ou 
danosa psicologicamente. Apontando uma proteção jurídica à criança e ao 
adolescente contra maus tratos. No artigo 60° o estatuto trás a proibição de 
qualquer forma de trabalho infantil a indivíduos menores de 14 anos sendo que 
essa faixa etária pode trabalhar apenas na condição de menor aprendiz, 
cumprindo todas as condições legais em relação a carga horaria. Portanto, é 
nítido que com a criação do ECA, as crianças e adolescentes ganharam uma 
garantia legal a dignidade, a saúde, a educação, a abolição de castigos físicos 
e a profissionalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
a) MARCONDES, Eduardo.; COSTA VAZ, Flávio Adolfo.; RAMOS, 
José Lauro Araújo. Pediatria Básica: Tomo I. Editora Sarvier. 
 
b) UNASUS. Especialização em saúde da família. Disponível em: 
https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/2/unidades_casos_co
mplexos/unidade14/unidade14_ft_infeccoes.pdf. Acesso em: 19 mar. 2020. 
 
c) ANVISA. Tratamento das infecções comunitárias e relacionadas à 
assistência à saúde diante da resistência microbiana. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/atm_racio
nal/modulo3/comunitarias10.htm. Acesso em: 19 mar. 2020. 
 
d) ABORLCCF. Guideline IVAS. Disponível em: 
https://www.aborlccf.org.br/imageBank/guidelines_completo_07.pdf. 
Acesso em: 19 mar. 2020. 
 
e) DIVE.SC.GOV. Doenças Exantemáticas Febris. Disponível em: 
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Exantemas-Miolo-
Visualizacao.pdf. Acesso em: 26 mar. 2020. 
 
f) MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência e controle das doenças 
diarreicas. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/partes/doencas_diarreicas1.pdf
. Acesso em: 26 mar. 2020. 
 
g) PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 
1990.. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. 
Acesso em: 26 mar. 2020.

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