Buscar

Paper - Prática Interdisciplinar VI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
CAMINHOS PARA A ARTE NOS TERRITÓRIOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
A relevância da Metodologia de Ensino para o desenvolvimento artístico das crianças
Luciane Gripa Bacelar
Prof. Orientador Rodrigo Dalosto Smolareck
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Turma FLX1166 – Artes Visuais/Licenciatura (ART105) – Prática Interdisciplinar VI
09/07/2020
RESUMO
O presente estudo buscou compreender a relevância da Metodologia de Ensino para o desenvolvimento artístico das crianças, bem como os possíveis caminhos para que a Arte seja trabalhada nos territórios do Ensino Fundamental, discorrendo sobre Educação e Infância, a Arte, a Criança e o seu desenvolvimento, bem como explora a proposta de atividade “Cidade de massa - Modelagem de cenas urbanas com massa plástica e construção de maquete” que contempla tridimensionalidade. Evidencia-se que as atividades que envolvam trabalhos com modelagem possibilitam que as crianças entrem em contato com o universo da arte de forma participativa, pois apreciam as obras, conhecem a biografia do autor e reproduzem as obras estudadas da sua maneira, de acordo com o entendimento infantil, desenvolvendo habilidades e fruindo da arte.
Palavras-chave: Metodologia de Ensino; Tridimensionalidade; Ensino Fundamental.
1 INTRODUÇÃO
A arte está presente na vida das pessoas desde o início da humanidade como forma de comunicação e expressão. Desde os primórdios o homem já se comunicava por meio de desenhos e códigos impressos na rocha, ainda “na Pré-História tivemos os primeiros registros pictóricos, que trazem elementos figurativos de animais e o estereótipo de figura humana, além de esculturas” (SCHLEY, 2017 p.3).
 Presente em praticamente todas as formações culturais, desde o início da história da humanidade a arte, de alguma maneira foi ensinada. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte - Fundamental (1997, p. 22),
“O homem que desenhou um bisão numa caverna pré-histórica teve que aprender, de algum modo, seu ofício. E, da mesma maneira, ensinou para alguém o que aprendeu. Assim, o ensino e a aprendizagem da arte fazem parte, de acordo com normas e valores estabelecidos em cada ambiente cultural, do conhecimento que envolve a produção artística em todos os tempos”.
Contudo, a área que trata da educação escolar em Artes tem um caminho relativamente recente e acontece com as transformações educacionais que caracterizaram o século XX em várias partes do mundo. Cientes da importância de compreendermos o que é arte, bem como sua relevância para o desenvolvimento infantil, neste estudo, pretendemos conhecer, cada vez mais, como ocorre o ensino das Artes e o fazer artístico nos territórios do Ensino Fundamental.
2 EDUCAÇÃO E INFÂNCIA
Diversos autores têm demonstrado que a concepção de criança e de infância é uma noção historicamente construída. Segundo Ariès (1981), até por volta do século XII não havia propriamente uma ideia de infância. As crianças eram representadas como miniaturas dos adultos, as obras de arte retratavam as crianças sem nenhuma característica da infância, como se fossem adultos de tamanho reduzido. Para Ariès (1981, p. 50), “é difícil crer que essa ausência se devesse a incompetência ou falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo”. Segundo ele,
A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento tornaram-se particularmente numerosos e significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII (ARIÈS, 1981 p. 65).
Estabelecemos, modificamos e arranjamos os fazeres e as relações com as crianças de acordo com as necessidades que se apresentam, bem como das percepções de criança e infância. A concepção de criança e de infância são historicamente construídas, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época, modificando-se ao longo do tempo (DORNELLES, 2005), tal como as necessidades educacionais. 
A sociedade contemporânea globalizada, o acesso a todos os canais de informação, a novas culturas, formam novas crianças e trazem novas necessidades e educacionais e consequentemente novos olhares dos professores. Assim a escola deve sair da função de transmissora de conhecimentos a serem acumulados para assumir a capacidade de atuar e organizar os conhecimentos em função das questões que se levantam. As diversas mudanças ocorridas nos últimos anos levam-nos a observar grandes transformações nos modos como as crianças vivem as suas infâncias, sendo estas entendidas como construções socioculturais que diferem profundamente a partir do modo como as crianças se inserem no mundo. 
Passou-se de uma concepção segundo a qual as crianças eram vistas como seres em falta, incompletos, apenas a serem protegidos, para uma concepção das crianças como protagonistas do seu desenvolvimento, realizado por meio de uma interlocução ativa com seus pares, com os adultos que as rodeiam, com o ambiente no qual estão inseridas. As crianças são capazes de criar teorias, interpretações e formular perguntas, participam ativamente no processo de construção de conhecimento. 
Já não se pode sustentar a ideia de criança como essencializada, universal, genérica e descontextualizada, pelo contrário, temos diversas infâncias coexistindo em um mesmo tempo e lugar, com suas singularidades históricas, de raça, gênero, classe social e cultura. Há que se falar em múltiplas infâncias (DORNELLES, 2005).
3 A ARTE, A CRIANÇA E O SEU DESENVOLVIMETO
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte - Fundamental “aprender arte é desenvolver progressivamente um percurso de criação pessoal cultivado, ou seja, alimentado pelas interações significativas que o aluno realiza com aqueles que trazem informações pertinentes para o processo de aprendizagem” (BRASIL, 1997 p. 35). O conhecimento é possibilitado por meio da interação com seus pares, onde a criança faz uso das mais diferentes linguagens artísticas, na ludicidade dos jogos e brincadeiras. É o ambiente escolar que possibilita tais experiências, aí se inscreve a importância da escola para o desenvolvimento pleno das crianças.
 Baumgartner define escola como sendo o “espaço institucional onde o aluno tem a oportunidade de conhecer de forma intencional ou não, os conhecimentos históricos e culturais construídos pela sociedade no decorrer dos tempos” (2010 p. 39), tal afirmação remete-nos a reflexão quanto à importância da Metodologia do Ensino de Artes.
A palavra método vem do grego (méthodos: caminho para chegar a um fim) e pode ser entendida como um conjunto de procedimentos ou passos adotados para se atingir um ou mais fins ou objetivos, “os métodos de ensino são, portanto, um conjunto de procedimentos, de ações, passos utilizados pelo professor e pelos alunos para alcançar seus objetivos em relação à aprendizagem” (MARTINS, 2010 p. 113 grifo do autor). Assim, fica evidente a importância do professor ter clareza do que ele pretende ensinar, para que tipo de aluno e com quais objetivos. 
 Ainda, no que refere a Metodologia do Ensino de Arte e ao papel docente, o PCN - Arte assegura que: “cabe ao professor escolher os modos e recursos didáticos adequados para apresentar as informações, observando sempre a necessidade de introduzir formas artísticas, porque ensinar arte com arte é o caminho mais eficaz” (BRASIL, 1997 p. 35 grifo nosso). Baumgartner corrobora ao afirmar que:
“O ponto fundamental para o ensino de Arte é tratá-la como conhecimento. Ensinar Arte significa estabelecer relações com a Proposta Triangular: a criação/ produção, a fruição/leitura de imagem e a contextualização/reflexão ou o reconhecimento da produção artístico-estética da humanidade” (BAUMGARTNER, 2010 p.66).
Quanto a esse aspecto Barbosa (2002, p. 36 apud BAUMGARTNER, 2010 p.66) afirma que a proposta “[...] do ensino das artes corresponde às quatro mais importantes coisas que as pessoas fazem com a arte. Elas produzem,elas a vêm, elas procuram entender seu lugar na cultura através do tempo, elas fazem julgamento acerca de sua qualidade”.
Diante de tais considerações torna-se necessário que o professor possibilite aos alunos, em situações de aprendizagem, o exercício e a prática de aprender a ver, ouvir, atuar, tocar e a refletir. 
A arte faz parte do nosso cotidiano. Podemos percebê-la por meio das músicas, poesias, pinturas e artesanatos, enfim, as mais variadas expressões artísticas fazem parte do nosso dia-a-dia. Nessa perspectiva são infinitas as possibilidades para que o fazer artístico ocorra, em qualquer lugar, sobre tudo nos ambientes escolares.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
 O presente estudo, intitulado “Caminhos para a arte nos territórios do Ensino Fundamental: A relevância da Metodologia de Ensino para o desenvolvimento artístico das crianças” teve como objetivo compreender a importância do trabalho com linguagens artísticas para o desenvolvimento das crianças nos territórios do Ensino Fundamental, bem como os possíveis caminhos para que a Arte seja trabalhada nessa etapa de ensino, essencial para o desenvolvimento das crianças.
O delineamento eleito para a condução da pesquisa foi o estudo de caso, de abordagem qualitativa, descritivo-exploratório, realizado a partir da análise do plano de aula “Cidade de massa - Modelagem de cenas urbanas com massa plástica e construção de maquete”, de Soraia Cristina Cardoso Lelis, disponibilizado pelo Ministério da Educação - Portal do Professor.
Partindo da concepção de Minayo (2001 p. 14 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 32), a abordagem qualitativa, cada vez mais presente nas pesquisas em Educação, propõe-se a explicar as condições que permeiam e circundam a pesquisa, atentando para a diversidade de sentidos dos fenômenos. 
Quanto aos objetivos, o presente estudo possui caráter descritivo-exploratório, uma vez que pretende explorar determinado fenômeno, aproximar-se de um problema com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses (GIL, 2007 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009), bem como descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
4.1 EXPLORANDO A PROPOSTA DE ATIVIDADE 
A proposta de atividade intitulada “Cidade de massa - Modelagem de cenas urbanas com massa plástica e construção de maquete”, de Soraia Cristina Cardoso Lelis, disponibilizado pelo Ministério da Educação - Portal do Professor, elaborada para os anos iniciais do Ensino Fundamental sugere que possam ser trabalhados conteúdos de Arte e, também, dos componentes curriculares Geografia e Ciências. Uma vez que, além da produção artística do aluno em si, poderiam ser trabalhados os conceitos de Lugar e Paisagem e de Conservação ambiental, respectivamente.
De acordo com a professora, por meio dessas atividades o aluno poderá aprender a aprofundar o conhecimento no gênero artístico paisagem tendo como enfoque o cenário urbano, também a vivenciar a apreciação/leitura/recepção da obra Paisagem de Tarsila do Amaral, bem como refletir sobre espaço, lugar e paisagem com integração ao conteúdo de Geografia.
Quanto à prática investigativa e a constituição os modos de produção e organização dos conhecimentos em Arte a Base Nacional Comum Curricular enfatiza que:
É no percurso do fazer artístico que os alunos criam, experimentam, desenvolvem e percebem uma poética pessoal. Os conhecimentos, processos e técnicas produzidos e acumulados ao longo do tempo em Artes visuais, Dança, Música e Teatro contribuem para a contextualização dos saberes e das práticas artísticas. Eles possibilitam compreender as relações entre tempos e contextos sociais dos sujeitos na sua interação com a arte e a cultura” (BRASIL, 2017 p. 193).
Ainda, os alunos serão motivados a experimentar a massa plástica como recurso para criação de projetos tridimensionais e construir um projeto com visão panorâmica da cidade em massa plástica industrializada, visando à construção de uma maquete da turma com a finalidade de montar uma instalação coletiva. A Arte tridimensional, ou modelagem, é uma atividade fundamentalmente sensorial. A modelagem propicia o desenvolvimento da criatividade e da expressão.
As artes sempre foram um retrato do mundo que cerca o homem, desde os primórdios. Evidenciamos ser fundamental ao desenvolvimento infantil o contato com diversas formas de arte e cultura, uma vez que a criança é constantemente movida por meio de estímulos e o que podemos fazer na educação com Arte é oferecer-lhe ferramentas encorajadoras desse processo. 
Compreendemos a referida proposta de atividades, de autoria de Soraia Cristina Cardoso Lelis como uma riquíssima metodologia, ou seja, os passos usados pela professora para alcançar os objetivos de aprendizagem dos alunos, divididos em três aulas de cinquenta minutos cada, conforme exposto a seguir:
AULA 1
Apresente aos alunos a imagem da obra Paisagem, de Tarsila do Amaral;
PAISAGEM, 1925. Tarsila do Amaral, nanquim sobre papel, 27 x 21 cm
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/13455/imagens/2.jpg 
 
Proponha uma apreciação da imagem, perguntando:
  
O que você vê representado nessa imagem?
    
É uma fotografia, uma pintura, uma xilogravura ou um desenho?
    
Ela se apresenta em cores ou em preto e branco?
    
Há um ou mais elementos no contexto das imagens?
   
Os elementos nas imagens mostram-se em movimento ou estáticos?
   
Que contexto está representado na imagem?
 
Você conhece esse lugar?
    
Que nome você daria a essa imagem?  
   
Conte o nome da obra apresentada, a sua autoria, a técnica usada, a data em que foi produzida e a sua extensão/tamanho;
 Na sequência a autora sugere o seguinte:
 Disponibilize papel cartão, cola e massa plástica industrializada aos alunos, solicitando que pensem uma cidade vista de cima – visão panorâmica;
  
 Reforce o conceito Tridimensional - três dimensões (altura, comprimento e largura);
 Proponha a construção de uma cidade com massinha, através da técnica da  modelagem sobre o suporte do papel cartão;
 Fotografia 1: Processo de criação de paisagem urbana em modelagem de massinha sobre papel cartão
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
Instrua seus alunos a usarem cola para manter os elementos modelados presos no suporte;
Guarde os trabalhos em local seguro.
Fotografia 2: Composição plástica com massa de modelar sobre papel cartão - Enfoque paisagem urbana
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
Fotografia 3: Composição plástica com massa de modelar sobre papel cartão - Enfoque paisagem urbana
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
AULA 2
 Retome a modelagem da aula anterior pedindo que concluam a proposta;
 Solicite o registro em forma de desenho de observação do objeto construído (cidade de massa) em caneta preta ponta porosa e lápis de cor sobre papel canson A4;
Disponibilize cola (cola plástica que ao secar possibilite transparência - colas de qualidade inferior podem esbranquiçar o trabalho tornando-o opaco) e pincel para que os alunos apliquem uma camada generosa sobre os elementos modelados visando proteção e reforço ao suporte - impermeabilização;
Coloque os trabalhos para secar em local seguro.
 Fotografia 4: Processo de impermeabilização com cola
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
AULA 3
Convide os alunos para exporem suas produções por meio da montagem de uma instalação.
Fotografia 5: Apreciação estética da obra Paisagem, Tarsila, 1925  em composição plástica com massa de modelar 
 
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
Após a montagem da instalação, socialize com os alunos as produções com ênfase na apreciação estética: O que vocês percebem no conjunto destas produções?
      
  Vamos rememorar os passos desta proposta?    
     
  Que nome você daria ao seu trabalho? (Pergunteindividualmente)      
  Que nome vocês dariam ao conjunto desta exposição?
     
  Retome a imagem da obra Paisagem, de Tarsila:
           Que sensações as produções poéticas de vocês nos permitem sentir  nesta exposição?
 Fotografia 6: Instalação - Cidade de massa
 Fonte: Soraia Cristina Cardoso Lelis (2010)
A professora Soraia trouxe em sua proposta uma instalação intitulada Cidade de Massa, a fotografia acima ilustra a referida atividade com as maquetes dos alunos - visão panorâmica da cidade, as quais foram dispostas nas rampas de acesso da escola.
Reafirmamos nosso entendimento de um rico método de trabalho, uma vez que, essa metodologia possibilita a participação efetiva dos alunos em todo o processo. Desde a primeira atividade, quando a docente apresenta a obra de Tarsila do Amaral, discutindo, contextualizando, enfim, aproximando as crianças da obra e do artista. Na sequência, quando é proposta a construção de uma cidade com massinha, por meio da técnica da modelagem de massa plástica sobre o suporte de papel cartão os alunos são convidados a atuarem como artistas. Para tanto, a professora reforça o conceito de Tridimensionalidade (altura, comprimento e largura) e disponibiliza os materiais aos alunos, solicitando que pensem uma cidade vista de cima- visão panorâmica. Desse modo, as crianças são estimuladas a pensarem no contexto no qual estão inseridas, valorizando assim a as atitudes investigativa e criativa dos alunos como um todo.
Cabe frisar que essa proposta possibilita que o aluno aprenda de forma lúdica, oportunizando uma aprendizagem significativa em Arte. No que se refere ao ensino de Arte nessa etapa de ensino a BNCC evidencia que:
“ao ingressar no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os alunos vivenciam a transição de uma orientação curricular estruturada por campos de experiências da Educação Infantil, em que as interações, os jogos e as brincadeiras norteiam o processo de aprendizagem e desenvolvimento, para uma organização curricular estruturada por áreas de conhecimento e componentes curriculares. Nessa nova etapa da Educação Básica, o ensino de Arte deve assegurar aos alunos a possibilidade de se expressar criativamente em seu fazer investigativo, por meio da ludicidade, propiciando uma experiência de continuidade em relação à Educação Infantil” (BRASIL, 2017 p. 199).
A culminância da atividade resulta no convite para a que os alunos realizassem a instalação, proporcionando a relação entre fazer, refletir e apreciar. Assim, valorizando tanto as suas produções como as dos demais colegas. Segundo os PCNs de Artes:
“a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas” (BRASIL, 1997, p. 19).
Compreendemos que com essa metodologia a professora Soraia possibilitou que os seus alunos compreendessem muito além do conceito de Tridimensionalidade, foi possível trabalhar a “aprendizagem de Arte por meio da experiência e da vivência artística como prática social, permitindo que os alunos sejam protagonistas e criadores” (BRASIL, 2017 p 193). Por isso reafirmamos o entendimento de uma riquíssima metodologia de trabalho em Arte.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização da análise da proposta de atividade intitulada “Cidade de massa - Modelagem de cenas urbanas com massa plástica e construção de maquete”, de Soraia Cristina Cardoso Lelis, disponibilizado pelo Ministério da Educação - Portal do Professor - efetivamos este estudo, o qual buscou compreender a relevância da Metodologia de Ensino para o desenvolvimento artístico das crianças, bem como os caminhos para que a Arte seja trabalhada nos territórios do Ensino Fundamental.
Entendemos que com esse modo de trabalho a professora Soraia proporcionou aos seus alunos o fazer artístico, a apreciação e reflexão fundamentada no desenvolvimento cultural das crianças. Compreendemos como riquíssima metodologia de trabalho em Arte uma vez que, é nessa interação ativa que acontecem simultaneamente observação, apreciação, verbalização e ressignificação das produções, já que não estamos tratando apenas de ‘trabalhinhos’ ou ‘folhinhas’, são produções artísticas realizadas pelas crianças do Ensino Fundamental.
Nos territórios da educação é preciso que haja um maior estímulo para que a criança interaja com as mais diversas linguagens artísticas, porém de maneira intencional e, nessa perspectiva é imprescindível que as práticas se efetivem como um trabalho dinâmico e prazeroso, estimulando o envolvimento das crianças no processo de ensino e aprendizagem de forma que se sintam capazes e tenham suas produções valorizadas.
A partir da experiência analisada, pode-se acreditar ainda mais, que é possível desenvolver um trabalho comprometido com a Arte, que leve uma educação mais significativa e contextualizada para nossas escolas como um todo, especialmente para o Ensino Fundamental, etapa essencial para o desenvolvimento integral de nossas crianças. 
Torna-se evidente que as atividades que envolvam o trabalho com modelagem possibilitam que as crianças entrem em contato com o universo da arte de forma participativa, pois apreciam as obras, conhecem a biografia do autor e reproduzem as obras estudadas da sua maneira, de acordo com o entendimento infantil, desenvolvendo habilidades e fruindo da arte.
REFERÊNCIAS
ARIÉS, P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Projetos Pedagógicos na Educação Infantil /Maria CARMEN Silveira Barbosa, Maria da Graça Souza Horn. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BAUMGARTNER, Cinara Marli da Cunha. Arte e Ludicidade na Educação Infantil e Anos Iniciais / Cinara Marli da Cunha Baumgartner [e] Tatiana dos Rodrigues. Centro Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Brasília: MEC, 2017.
DORNELLES, Leni Vieira.Infâncias que nos escapam: da criança na rua à criança cyber. Petrópolis: Vozes, 2005.
LÉLIS, Soraia Cristina Cardoso. Plano de aula - Cidade de massa - Modelagem de cenas urbanas com massa plástica e construção de maquete - Ministério da Educação - Portal do Professor. Disponível em:< http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21252> Acesso em: 29 mai. 2020.
MARTINS, Josenei. Didática e metodologia do ensino de artes / Josenei Martins e Tatiana dos Santos da Silveira. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
SCHLEY, Clara Aniele. História da Arte: pré-história a idade média/ Clara Aniele Schley: UNIASSELVI, 2017.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Turma FLX1166 – Artes Visuais/Licenciatura (ART105) – Prática Interdisciplinar VI
09/07/2020
PRÁTICA
ARTÍSTICA
	 Julio Gonzalez
 Media máscara con dientes
 Luciane Bacelar 
 Naturaleza
Luciane Gripa Bacelar
 Tutor externo: Rodrigo Dalosto Smolareck
DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA ARTÍSTICA
Materiais Utilizados durante a prática:
Papelão, toco de madeira, galho seco de árvore, lápis para desenho, borracha, estilete, cola instantânea, folhas de árvore, tinta guache na cor verde, pincel e aparelho celular.
Técnica utilizada durante a prática:
Exercício Prático: Ressignificação de Obra.
Experiência:
Conforme as orientações do Manual da Prática Artística, eu escolhi a obra Média máscara com dientes de Julio Gonzales para fazer a ressignificação. Optei porutilizar a referida escultura em razão de ter me identificado com a mesma. A imagem me remeteu a natureza, trouxe-me a ideia de folha, vida, esperança...
 Ao refletir como ressignificar uma obra forjada no ferro, a atividade que, num primeiro momento, parecia uma tarefa de difícil execução, passou a parecer factível e prazerosa, pois percebi que deveria usar elementos naturais para a execução da prática artística.
Assim o fiz:
À medida que a ressignificação ia ganhando forma, tornava a experiência mais surpreendente para mim enquanto acadêmica. Um toco de madeira que seria usado como lenha, passou a fazer parte de uma ressignificação de obra. Tínhamos a base da escultura.
O próximo passo seria ressignificar a “folha”.
 
 
Recortei o papelão com estilete, mas faltava ainda a cor. Nessa etapa tive a certeza de que usaria a tinta verde. Dei continuidade à atividade colorindo a nossa “folha” com a técnica de carimbo com folhas.
A pintura deu um ar de leveza à peça, e os carimbos naturais deram um colorido todo especial para a ressignificação.
 
 E a imaginação ia ganhando forma... Nas imagens verso e lateral respectivamente.
 
 Com criatividade e um pouco de cola instantânea concretizamos a escultura.
Finalmente era chegada a hora de fazer o registro fotográfico da ressignificação da obra Média máscara com dientes de Julio Gonzales e, com muita alegria e satisfação, o fiz.
Inicialmente pensei em nomear a ressignificação com o termo natureza, então pesquisei a tradução da palavra para o espanhol, língua do artista e me deparei com uma expressão que lembra as palavras natureza e beleza simultaneamente. Eis que estava batizada a obra resultante dessa prática artística, Naturaleza.
Torna-se evidente que trabalhar aspectos estéticos e sensíveis só nos faz bem, pois atividades como essa são muito significativas e prazerosas.
Encerro essa etapa com muita confiança, pois esta atividade foi, com certeza, de extrema relevância para minha formação acadêmica e também pessoal, porque agora estou certa de que essa era a formação que havia imaginado e, da mesma forma, a carreira que eu escolhi!
�
�

Outros materiais