Novas tendências pós-anos 1950

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PROFESSOR: RONALDO MOURA LEAL 
INTRODUÇÃO 
• A década de 50 é reflexo dos resultados da II Guerra Mundial, 
assim ocorreram transformações culturais, sociais, 
econômicas e políticas no mundo, que impactaram as artes 
visuais. 
• O centro da arte ocidental foi transferido de Paris para Nova 
Iorque, coincidindo com a hegemonia norte-americana. 
• A década de 50 então ficou marcada por produções artísticas 
de cunho abstrato e/ou sob influência do cubismo. 
• Já nos anos 60, há duas reações contra a abstração do pós-
guerra: Pop Art e o Op Art. 
E NO BRASIL? 
• No Brasil da década de 70, destaque para as 
produções do artista Cildo Meireles, que 
produziu uma obra com caráter de: 
1. contestação. 
2. denúncia. 
3. interação com a sociedade. 
• Existiu em suas obras uma crítica política 
contra a ditadura brasileira, crítica essa que 
não “espera” o espectador na instituição, 
mas se divulga através de objetos em 
circulação, como cédulas de dinheiro e 
garrafas de refrigerante. 
O EXPRESSIONISMO ABSTRATO 
• O Expressionismo Abstrato é uma corrente pictórica desenvolvida a partir de 
Nova Iorque nos Estados Unidos após a II Guerra Mundial, sendo o primeiro 
movimento norte-americano reconhecido no mundo das artes. 
• Jackson Pollock e sua "pintura de ação" [action painting]. Ele retira a tela do 
cavalete, colocando-a no solo. Sobre ela, a tinta é gotejada e/ou atirada ao ritmo do gesto do 
artista, que gira sobre o quadro. 
• A nova atitude, física inclusive, do artista diante da obra subverte a imagem 
do pintor contemplativo e mesmo a do técnico ou desenhista industrial que 
realiza o trabalho de acordo com um projeto prévio. 
• A obra de arte, fruto de uma relação corporal do artista com a pintura, nasce 
da liberdade de improvisação, do gesto espontâneo, da expressão de uma 
personalidade individual. 
 
 
A PINTURA DE CAMPOS DE COR NA COSTA DO PACÍFICO 
• Na Costa Oeste dos Estados Unidos, banhada pelo 
Pacífico, surgiu um outro grupo de pintores com 
características similares às do grupo nova-iorquino: 
• Aspectos: 
1. Fazem uso mais contido da cor, através da técnica color-
field painting (pintura de campos de cor) que ocupa 
grandes superfícies. 
2. Pintura contemplativa, que aspira gerar emoção mística. 
• Destaques: Mark Rothko e Barnett Newman. 
MARK ROTHKO 
• Aspectos: 
1. Pinturas compostas por superfícies retangulares, difusas e de 
“várias” cores. 
2. Atua sobre a sensibilidade do espectador. 
BARNETT NEWMAN 
Aspectos: 
1. Pintava grandes telas monocromáticas. 
2. Reivindicando assim a dimensão geométrica do quadro como 
objeto. 
O INFORMALISMO EUROPEU 
• No pós-guerra a Europa estava destroçada e vivia um período angustiante. 
Assim alguns artistas reagiram ao contexto de crise instaurado na Europa. 
• Os artistas tinham consciência da perda de centro artístico para os Estados 
Unidos e o Japão. Existia um falta total de grandes projetos, pelo qual os 
artistas não tinham causas pelas quais lutar, de maneira a que se 
comprometeram com a própria verdade. Foi o auge da experimentação. 
Desenvolveram uma estética abstrata ou "informal" para traduzir os seus 
sentimentos e impressões, a sua expressividade. 
• Aspectos: 
1. Recusa da figuração e da abstração geométrica, que marca a arte 
informal. 
2. Recusa de qualquer tipo de formalização, isto é, uma arte informal, no 
sentido de "sem forma“, “espontâneo”, “sem ser preconcebida”. 
 
ART AUTRE (Outra Arte) 
• Dois artistas se destacaram na configuração do 
Informalismo: 
1. Jean Fautrier: inventor de elementos 
biomórficos (que tem a forma ou o aspecto de 
um organismo vivo), de vaga ascendência 
surrealista, mas com textura suntuosa 
(grandioso), abrupta (áspero) ou rugosa 
(áspero), e de grande força expressiva. 
2. Jean Dubuffet: explorou a dimensão da arte 
infantil, dos loucos e do grafite. Uma arte 
próxima da abstração, com uso de materiais 
como terra ou recicláveis. 
Grupo CoBrA 
• Composto pelo dinamarquês Asger Jorn, pelo belga Pierre 
Alechinsky e pelo holandês Karel Appel. O nome do 
movimento vem da união das iniciais das capitais de seus 
respectivos países: Copenhague, Bruxelas e Amsterdã. 
• Aspectos: 
1. Uma arte voltada a arte pré-histórica e primitiva. 
2. Mas buscaram também referências nas Vanguardas, 
como Picasso. 
3. Obras com cores exageradas e com formas estranhas. 
 
A abstração Pós-Pictórica 
• Os artistas da abstração pós-pictórica reagiram contra a emotividade 
presente no Expressionismo Abstrato. Refletindo sobre: o suporte, a 
tela, a cor e o formato. 
• Destaques: 
1. Frank Stella – Obras que não são quadros, no sentido tradicional de 
sua forma, mas sim estruturas geométricas planas, cujas bordas se 
repetem no interior da obra. 
2. Kenneth Noland – Pintou círculos concêntricos, do centro às 
bordas, dizendo ser a pintura um plano bidimensional colorido. 
3. Ad Reinhardt – Telas monocromáticas, com pouquíssimas variações 
de tons. 
A Arte Óptica ou Op Art 
• A Op Art é um termo usado para 
descrever a arte que explora a falibilidade 
(enganar) do olho através do uso de 
ilusões ópticas. Defendia para arte 
"menos expressão e mais visualização". 
• Apesar do rigor com que é construída, 
simboliza um mundo mutável e instável, 
que não se mantém nunca o mesmo. 
• Os trabalhos de op art são em geral 
abstratos e a arte óptica, foi iniciada pelo 
inglês Victor Vasarely (1908 – 1997). 
 
Arte Cinética 
• A Arte Cinética se mostra: 
1. Utilizando-se do movimento 
real sobre a obra. 
2. Esse movimento gerado por 
intervenção do observador, 
por causas naturais ou por 
motor. 
A Arte Minimalista 
• Surgiu em 1960, em Nova Iorque. 
• Movimento artístico que reagiu ao 
action painting, de traços 
subjetivos, espontâneo. 
• Os minimalistas afirmavam que a 
obra de arte não deveria se referir a 
outra coisa a não ser a si própria. 
• O minimalismo evitou associações 
extravisuais !! 
A Arte Minimalista 
• Um estilo artístico que se utiliza de poucos 
elementos fundamentais como base de 
expressão. 
• Aspectos: 
1. Baseia-se na redução da forma artística a um 
volume geométrico sucinto, “mínimo”. 
2. Aspecto frio, industrial, em razão dos materiais 
empregados. 
3. Produção em série, ou seja, a obra geralmente 
organizada em série. 
• Os objetos minimalistas entram mais no campo 
da escultura do que da pintura. 
• Artistas: Donald Judd e Sol LeWitt. 
A Arte Minimalista 
• Destaques: 
1. Donald Judd – Obras com caixas 
abertas ou fechadas, dispostas 
em intervalos regulares. 
2. Sol Lewitt – Utiliza um módulo 
geométrico como base de suas 
obras, repetindo-o 
indefinidamente para revelar seu 
caráter gerador. 
Neodadaísmo 
• Aspecto: 
Agrupamento de objetos, geralmente inúteis, ou parte de dejetos, com 
o fim de convidar à reflexão estética. 
• Remete ao Dadaísmo por sua vertente provocadora, que supunha a 
incorporação do lixo da sociedade ao sagrado campo da arte. 
• Destaques: 
1. Robert Rauschenberg: tendo como principal aspecto o uso de 
objetos combinados – combine objects – em que integra elementos 
heterogêneos como provocação ao consumismo visual de nosso 
tempo. 
2. Jasper Johns: Reproduz objetos cotidianos como bandeiras ou 
mapas, sublinhando sua condição de objetos pintados. 
Pop Art 
• O movimento foi criado pelo crítico inglês Lawrence Alloway em 
1952, e teve seus primeiros adeptos nos Estados Unidos e na 
Inglaterra. Tinha como objetivo central a eliminação de qualquer 
barreira entre a arte e a vida comum. 
• Naquele período de efervescência de ácida criatividade norte-
americana, as massas sofriam enorme influência da televisão, do 
cinema e da publicidade. Surge a popular art ou pop art que elege 
os supermercados como templos do consumo. Os artistas deste 
movimento buscaram inspiração na cultura de massas para criar 
suas obras de arte, aproximando-se e, ao mesmo tempo, criticandode forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista. 
Destaques do Pop Art 
1. Andy Warhol: Destacam-se os trabalhos de retratos seriados, 
que questionam a banalidade de sua origem. 
2. Roy Lichtenstein: Elevou os desenhos dos quadrinhos à 
categoria de grande arte e valorizou a sua condição de 
produto de massa. 
3. Claes Oldenburg: Produziu os alimentos altamente 
consumidos por uma sociedade capitalista. 
4. George Segal: Criou figuras em tamanho natural, inseridos 
em espaços reais, com aspecto fantasmagórico, criando uma 
relação entre o consumismo e o anonimato dos 
consumidores. 
 
Hiper-realismo ou Fotorrealismo 
• O movimento surgiu e ganhou espaço 
no final da década de 1960, sobretudo 
em Nova Iorque e na Califórnia, Estados 
Unidos. 
• Trata-se da retomada do realismo na 
arte contemporânea, contrariando as 
direções abertas pelo minimalismo e 
pelas pesquisas formais da arte 
abstrata. 
• Base das produções Hiper-realistas: A 
fotografia, isto é, é a partir da fotografia 
que a arte Hiper-realista é produzida. 
REFERENCIAL TEÓRICO 
Coleção Veredas Digital Arte – 
Conexões com a Arte, 1ª edição, 
obra coletiva concebida, 
desenvolvida e produzida pela 
editora Moderna. Editora 
responsável: Virginia Aoki.