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Caderno de TGDP 2

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Teoria Geral do Direito Privado 
 
Relação Jurídica: relação jurídica: é um vínculo entre sujeitos, que nasce de um acontecimento 
(Fato), normatizado pelo ordenamento jurídico. 
Se X, deve ser Y 
Substrato fático da norma, é o que desencadeia a incidência da norma. 
Fato Jurídico- aquele regulado em uma norma jurídica. 
Personalidade – Capacidade titularizar direitos e deveres. 
 
Patrimônio 
Precisa ser economicamente apreciável e ligado a uma personalidade. 
Conceito: Relações Jurídicas economicamente apreciáveis de uma pessoa, podendo ser uma 
relação passiva ou ativa. Sendo que quem responde por uma obrigação no Direito Civil é o 
patrimônio. 
Finalidade: Humanística, pois protegem a pessoa de cumprir uma obrigação e tem a finalidade 
de prover sustento. 
Evolução histórica: 
Teoria da unidade: Cada pessoa tem seu patrimônio e este é uno , sendo que não há patrimônio 
sem pessoa e nem pessoa sem patrimônio. 
 
Teoria objetivista: Busca desatrelar o patrimônio da personalidade. 
Patrimônio e pessoa: O patrimônio a serviço da dignidade humana 
Funcionalização: Mínimo patrimonial para uma existência digna. 
Autonomia patrimonial: Analise comparada, patrimônio autônomo em relação a outro. EX; 
Patrimônio pessoal em relação ao patrimônio de pessoa jurídica. 
Separação patrimonial: sinônimo de limitação no patrimônio, no patrimônio uno limita-se quanto 
vai responder por uma obrigação. 
Patrimônio e desconsideração da personalidade jurídica: é quando é desconsiderada a 
autonomia patrimonial, lembrando que a pessoa não perde a personalidade jurídica, apenas a 
regra de autonomia patrimonial é desconsiderada em decorrência da desconsideração da 
personalidade jurídica. 
Patrimônio de afetação: Quando afeta uma parte do patrimônio para cumprimento de uma 
obrigação, sendo possível apenas quando existe autorização legal para que se constitua. 
 
 
Bens 
O que são bens? 
São Objetos de uma relação jurídica, sob os quais recaem um direito. 
Bem-visto como Gênero 
Coisas- como bens que possuem materialidade- visto como espécie. 
Direitos reais> Direito das coisas 
Classificação dos bens: serve para definir um conjunto específico de regras para cada grupo. 
1) Bens considerados em si mesmos : Vistos isoladamente. 
Podem ser corpóreos ou incorpóreos. 
2) Bens reciprocamente considerados: Em grupo, de forma comparada, em um 
contexto. 
1-a) Bens imóveis: ART. 79 CC: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar 
natural ou artificialmente. 
1-b)Bens móveis:ART.82 CC: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, 
ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação 
econômico-social. 
Geralmente devido ao valor econômico, tem-se ais exigências legais, rigor e critérios nas 
relações envolvendo bens imóveis que as que envolvem bens móveis. 
Para se tornar proprietário de um bem é necessário: Titulo + Modo 
Bens moveis: Negócio(contrato) +tradição (entrega) 
Bens imóveis: Contrato (escritura) + registro (transcrição). 
 
Direito pessoais obrigacionais- Relacionam-se a bens móveis. 
Direitos reais- Relacionam-se a bens imóveis+ móveis. 
ART.1225 CC 
 
c) Bens fungíveis: ART.85 CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por 
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
O bem ser fungível ou não, é importante para o cumprimento da obrigação. 
Dinheiro – Fungível 
Cantor específico- Não fungível 
 
d) Bens consumíveis 
e) Bens divisíveis 
f) Bens singulares 
 
Bens reciprocamente considerados 
 
Principal 
 
Acessório/secundário 
 
 
 
 
 
Relação de autonomia 
Pertença( EX: rádio removível) 
Acessório (EX: roda do carro) 
Parte Integrante (EX: rádio embutido, de fábrica) 
 
Acessórios 
Pertenças 
Frutos 
Produtos 
Acessões(somas) 
Benfeitorias 
Naturais 
Civis 
Colhidos 
Pendentes 
Vincentes 
Necessárias 
Uteis 
Voluptuária 
Frutos 
São gerados pelo vem principal de forma que se pode retira-lo sem que isto impacte em mudança 
no bem principal. EX: Uma arvore de manga, continua sendo-a , após colher as mangas. 
Frutos Civis. EX: rendimentos de ações, aluguel. 
Frutos naturais. EX: Manga. 
Art.1214, 1215, 1216- regulam sob os frutos levando em consideração a boa/má fé do possuidor. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, 
depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos 
colhidos com antecipação. 
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são 
separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como 
pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; 
tem direito às despesas da produção e custeio. 
 
Benfeitorias 
Melhoramento no bem principal 
a)necessária 
b)útil 
c)voluptuária 
Indenização? Retenção? – Dependem do tipo de benfeitoria e da fé do possuidor. 
Tipo de benfeitoria/Fé do 
possuidor 
Indenização Retenção 
Necessária/boa-fé Sim Sim 
Necessária/má-fé Sim Não 
Útil/boa-fé Sim Não 
Útil/Má-fé Não Não 
Regulada a partir do art.1219: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a 
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo 
valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
Bem feitorias voluptuárias- Podem ser indenizadas se feitas de boa-fé, ou levantadas, se sem 
detrimento da coisa, mas não pode ocorrer retenção. 
As bem feitorias voluptuárias feitas de má fé, não cabem nem indenização, levantamento 
ou retenção. 
 
Acessões 
Bens que se somam ao bem principal. Quem é o proprietário desses bens acessórios? 
 
 
 
Bens de família 
 
 
Bens de família 
Penhora: Ato executivo ligado ao cumprimento de um crédito. 
Objetivo: Protege-se o patrimônio para proteger a família. 
 
Bem de família convencional 
Passível de Gravame. 
 
Bens de família Legal 
Outras hipóteses 
 
Bem de família convencional – fruto da vontade 
Forma- Escritura Publica 
Objeto- Imóvel, urbano ou rural, destinado a residência, +pertenças+ acessórios+ valores 
imobiliários= 1/3 dos valores líquidos- ativo-passivo 
 
Bem de família Legal – Garantia da lei a todos. Lei: 8009/90 
Objeto: Residência própria+ acessões+ benfeitorias+ moveis 
Sumula 364- Abrange também o imóvel de solteiros, viúvos, separados. 
Exceções: veículos, obras de arte, adornos suntuosos. 
 
Bens públicos: Titularizados por pessoa jurídica de Direito Público. Art.98 
• Uso comum do povo. Art.99, I- Inalienáveis enquanto afetados por sua finalidade 
• Uso especial.Art.99, II-Administração pública, inalienáveis enquanto afetados por sua 
finalidade. 
• Dominicais. Art.99,III- Administração pública, não afetado ao serviço público 
Não tem uso capião- art.102 
Gratuito ou retribuído o uso. 
 
Teoria do fato Jurídico 
• Conceito de fato jurídico 
Lembrando que a relação jurídica, regula a relação entre sujeitos sobre um objeto, regulado por 
uma norma. 
Legal 
Voluntário 
Convencional 
Em regra, ambos são impenhoráveis, 
sendo inalcançáveis aos credores. 
Para que exista uma relação jurídica, deve ocorrer um fato entre os sujeitos, sob o qual incida 
uma norma, criando assim a relação. 
EX:Sujeito dono de um imóvel urbano(fato) , todo imóvel urbano paga IPTU ao município( 
norma), dono do imóvel e município( relação jurídica estabelecido). 
 
• O que é fato? 
Um acontecimento no mundo. 
• O que é fato Jurídico? 
1. Fato que tem relevância para o nosso ordenamento jurídico, porque figura como 
substrato fático da norma. Ex: Nascimentocom vida, pois com ele adquire-se 
personalidade jurídica. 
2. Fato jurídico é o acontecimento em virtude do qual começam ou terminam relações 
jurídicas. 
Savigny. 
3. Fatos jurídicos são os acontecimentos em virtude dos quais começam, se modificam ou 
se extinguem as relações jurídicas. 
Caio Mario 
4. Os acontecimentos de que decorrem o nascimento, a subsistências e a perda dos 
direitos contemplados em lei denominam-se fatos jurídicos. 
Washington de Barros Monteiro 
5. Fato jurídico é o fato ou complexo de fatos sobre o qual incidiu a regra jurídica, portanto, 
o fato que dimana, agora ou mais tarde, talvez condicionalmente, ou talvez não dimane, 
eficácia jurídica. 
Pontes de Miranda. 
 
Classificações dos fatos jurídicos 
• Lícitos/ ilícitos- diz respeito a conformidade ou desconformidade com nosso 
ordenamento jurídico, estar previsto na norma como conteúdo deontológico desejável. 
• Naturais x humanos/voluntários – aqueles acontecimentos que uma ação humana é a 
propulsora, essa interação resultou no fato, sendo natural se não. 
 
Planos do fato jurídico 
No desenvolvimento da teoria do fato jurídico os alemães se propuseram a analisar 
cientificamente como esse acontecimento impacta a partir de sua existência na norma, a partir 
de uma metodologia cientifica, então construiu-se a noção de planos do fato jurídico. 
Fato jurídico tem 3 planos: 
• Existência: O que foi necessário para aquele fato existir. (Elemento de existência). Plano 
independente e premissa de todos. 
 
 
 
Fato Jurídico lato sensu 
 
Fato Jurídico Stricto 
sensu (natural) 
Ato jurídico lato sensu 
(humano) 
Ato fato 
Ato jurídico Stricto sensu 
Negócio Jurídico 
Se para existir precisa de intervenção humana é chamado ato jurídico lato sensu. (Humanos/ 
voluntários) 
Este se divide em espécies: 
Ato fato 
Ato jurídico stricto sensu 
Negócio Jurídico 
Se para existir não contou com intervenção humana é chamado fato jurídico strictu sensu. 
(naturais) 
Fato jurídico lato sensu comporta o Fato jurídico stricto sensu e o ato jurídico lato sensu. 
 
• Validade: O que impacta na conformidade ou não daquele fato com o ordenamento. 
(Requisitos) 
Em regra, só o que é valido gera efeitos. Existem situações excepcionais em que algo invalido 
preserva efeitos jurídicos. 
 
• Eficácia: Consequências daquele fato jurídico. (Fatores) 
 
Escala Pontiana é esta analise escalonada que é feita: 
 Existe> Se sim, é valido?> Tem eficácia? 
Ex: testamento – existe, é valido, mas não tem efeitos enquanto o testador não faleceu.

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