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Teoria Geral do Direito Privado Relação Jurídica: relação jurídica: é um vínculo entre sujeitos, que nasce de um acontecimento (Fato), normatizado pelo ordenamento jurídico. Se X, deve ser Y Substrato fático da norma, é o que desencadeia a incidência da norma. Fato Jurídico- aquele regulado em uma norma jurídica. Personalidade – Capacidade titularizar direitos e deveres. Patrimônio Precisa ser economicamente apreciável e ligado a uma personalidade. Conceito: Relações Jurídicas economicamente apreciáveis de uma pessoa, podendo ser uma relação passiva ou ativa. Sendo que quem responde por uma obrigação no Direito Civil é o patrimônio. Finalidade: Humanística, pois protegem a pessoa de cumprir uma obrigação e tem a finalidade de prover sustento. Evolução histórica: Teoria da unidade: Cada pessoa tem seu patrimônio e este é uno , sendo que não há patrimônio sem pessoa e nem pessoa sem patrimônio. Teoria objetivista: Busca desatrelar o patrimônio da personalidade. Patrimônio e pessoa: O patrimônio a serviço da dignidade humana Funcionalização: Mínimo patrimonial para uma existência digna. Autonomia patrimonial: Analise comparada, patrimônio autônomo em relação a outro. EX; Patrimônio pessoal em relação ao patrimônio de pessoa jurídica. Separação patrimonial: sinônimo de limitação no patrimônio, no patrimônio uno limita-se quanto vai responder por uma obrigação. Patrimônio e desconsideração da personalidade jurídica: é quando é desconsiderada a autonomia patrimonial, lembrando que a pessoa não perde a personalidade jurídica, apenas a regra de autonomia patrimonial é desconsiderada em decorrência da desconsideração da personalidade jurídica. Patrimônio de afetação: Quando afeta uma parte do patrimônio para cumprimento de uma obrigação, sendo possível apenas quando existe autorização legal para que se constitua. Bens O que são bens? São Objetos de uma relação jurídica, sob os quais recaem um direito. Bem-visto como Gênero Coisas- como bens que possuem materialidade- visto como espécie. Direitos reais> Direito das coisas Classificação dos bens: serve para definir um conjunto específico de regras para cada grupo. 1) Bens considerados em si mesmos : Vistos isoladamente. Podem ser corpóreos ou incorpóreos. 2) Bens reciprocamente considerados: Em grupo, de forma comparada, em um contexto. 1-a) Bens imóveis: ART. 79 CC: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 1-b)Bens móveis:ART.82 CC: São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Geralmente devido ao valor econômico, tem-se ais exigências legais, rigor e critérios nas relações envolvendo bens imóveis que as que envolvem bens móveis. Para se tornar proprietário de um bem é necessário: Titulo + Modo Bens moveis: Negócio(contrato) +tradição (entrega) Bens imóveis: Contrato (escritura) + registro (transcrição). Direito pessoais obrigacionais- Relacionam-se a bens móveis. Direitos reais- Relacionam-se a bens imóveis+ móveis. ART.1225 CC c) Bens fungíveis: ART.85 CC: São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. O bem ser fungível ou não, é importante para o cumprimento da obrigação. Dinheiro – Fungível Cantor específico- Não fungível d) Bens consumíveis e) Bens divisíveis f) Bens singulares Bens reciprocamente considerados Principal Acessório/secundário Relação de autonomia Pertença( EX: rádio removível) Acessório (EX: roda do carro) Parte Integrante (EX: rádio embutido, de fábrica) Acessórios Pertenças Frutos Produtos Acessões(somas) Benfeitorias Naturais Civis Colhidos Pendentes Vincentes Necessárias Uteis Voluptuária Frutos São gerados pelo vem principal de forma que se pode retira-lo sem que isto impacte em mudança no bem principal. EX: Uma arvore de manga, continua sendo-a , após colher as mangas. Frutos Civis. EX: rendimentos de ações, aluguel. Frutos naturais. EX: Manga. Art.1214, 1215, 1216- regulam sob os frutos levando em consideração a boa/má fé do possuidor. Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. Benfeitorias Melhoramento no bem principal a)necessária b)útil c)voluptuária Indenização? Retenção? – Dependem do tipo de benfeitoria e da fé do possuidor. Tipo de benfeitoria/Fé do possuidor Indenização Retenção Necessária/boa-fé Sim Sim Necessária/má-fé Sim Não Útil/boa-fé Sim Não Útil/Má-fé Não Não Regulada a partir do art.1219: Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. Bem feitorias voluptuárias- Podem ser indenizadas se feitas de boa-fé, ou levantadas, se sem detrimento da coisa, mas não pode ocorrer retenção. As bem feitorias voluptuárias feitas de má fé, não cabem nem indenização, levantamento ou retenção. Acessões Bens que se somam ao bem principal. Quem é o proprietário desses bens acessórios? Bens de família Bens de família Penhora: Ato executivo ligado ao cumprimento de um crédito. Objetivo: Protege-se o patrimônio para proteger a família. Bem de família convencional Passível de Gravame. Bens de família Legal Outras hipóteses Bem de família convencional – fruto da vontade Forma- Escritura Publica Objeto- Imóvel, urbano ou rural, destinado a residência, +pertenças+ acessórios+ valores imobiliários= 1/3 dos valores líquidos- ativo-passivo Bem de família Legal – Garantia da lei a todos. Lei: 8009/90 Objeto: Residência própria+ acessões+ benfeitorias+ moveis Sumula 364- Abrange também o imóvel de solteiros, viúvos, separados. Exceções: veículos, obras de arte, adornos suntuosos. Bens públicos: Titularizados por pessoa jurídica de Direito Público. Art.98 • Uso comum do povo. Art.99, I- Inalienáveis enquanto afetados por sua finalidade • Uso especial.Art.99, II-Administração pública, inalienáveis enquanto afetados por sua finalidade. • Dominicais. Art.99,III- Administração pública, não afetado ao serviço público Não tem uso capião- art.102 Gratuito ou retribuído o uso. Teoria do fato Jurídico • Conceito de fato jurídico Lembrando que a relação jurídica, regula a relação entre sujeitos sobre um objeto, regulado por uma norma. Legal Voluntário Convencional Em regra, ambos são impenhoráveis, sendo inalcançáveis aos credores. Para que exista uma relação jurídica, deve ocorrer um fato entre os sujeitos, sob o qual incida uma norma, criando assim a relação. EX:Sujeito dono de um imóvel urbano(fato) , todo imóvel urbano paga IPTU ao município( norma), dono do imóvel e município( relação jurídica estabelecido). • O que é fato? Um acontecimento no mundo. • O que é fato Jurídico? 1. Fato que tem relevância para o nosso ordenamento jurídico, porque figura como substrato fático da norma. Ex: Nascimentocom vida, pois com ele adquire-se personalidade jurídica. 2. Fato jurídico é o acontecimento em virtude do qual começam ou terminam relações jurídicas. Savigny. 3. Fatos jurídicos são os acontecimentos em virtude dos quais começam, se modificam ou se extinguem as relações jurídicas. Caio Mario 4. Os acontecimentos de que decorrem o nascimento, a subsistências e a perda dos direitos contemplados em lei denominam-se fatos jurídicos. Washington de Barros Monteiro 5. Fato jurídico é o fato ou complexo de fatos sobre o qual incidiu a regra jurídica, portanto, o fato que dimana, agora ou mais tarde, talvez condicionalmente, ou talvez não dimane, eficácia jurídica. Pontes de Miranda. Classificações dos fatos jurídicos • Lícitos/ ilícitos- diz respeito a conformidade ou desconformidade com nosso ordenamento jurídico, estar previsto na norma como conteúdo deontológico desejável. • Naturais x humanos/voluntários – aqueles acontecimentos que uma ação humana é a propulsora, essa interação resultou no fato, sendo natural se não. Planos do fato jurídico No desenvolvimento da teoria do fato jurídico os alemães se propuseram a analisar cientificamente como esse acontecimento impacta a partir de sua existência na norma, a partir de uma metodologia cientifica, então construiu-se a noção de planos do fato jurídico. Fato jurídico tem 3 planos: • Existência: O que foi necessário para aquele fato existir. (Elemento de existência). Plano independente e premissa de todos. Fato Jurídico lato sensu Fato Jurídico Stricto sensu (natural) Ato jurídico lato sensu (humano) Ato fato Ato jurídico Stricto sensu Negócio Jurídico Se para existir precisa de intervenção humana é chamado ato jurídico lato sensu. (Humanos/ voluntários) Este se divide em espécies: Ato fato Ato jurídico stricto sensu Negócio Jurídico Se para existir não contou com intervenção humana é chamado fato jurídico strictu sensu. (naturais) Fato jurídico lato sensu comporta o Fato jurídico stricto sensu e o ato jurídico lato sensu. • Validade: O que impacta na conformidade ou não daquele fato com o ordenamento. (Requisitos) Em regra, só o que é valido gera efeitos. Existem situações excepcionais em que algo invalido preserva efeitos jurídicos. • Eficácia: Consequências daquele fato jurídico. (Fatores) Escala Pontiana é esta analise escalonada que é feita: Existe> Se sim, é valido?> Tem eficácia? Ex: testamento – existe, é valido, mas não tem efeitos enquanto o testador não faleceu.
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