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fichamento Manual de psicologia jurídica

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO BAIXO SÃO FRANCISCO DR. RAIMUNDO MARINHO
FACULDADE RAIMUNDO MARINHO
Avenida Durval de Góes Monteiro, 9757M, Tabuleiro dos Martins, Maceió/AL 
Fone: 3325-9574 - www.frm.edu.br/ 
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO BAIXO SÃO FRANCISCO DR. RAIMUNDO MARINHO
FACULDADE RAIMUNDO MARINHO
Avenida Durval de Góes Monteiro, 9757M, Tabuleiro dos Martins, Maceió/AL 
Fone: 3325-9574 - www.frm.edu.br/ 
Nome: Yuri Vasconcelos Navarro
Disciplina: Psicologia Jurídica 
Período: 3º Período
Assunto: Manual de psicologia jurídica
	PINHEIRO, Carla. Manual de Psicologia Jurídica. 5. ed. São Paulo, 2019.
	 
“Assim como a origem da psicologia está atrelada à filosofia, a origem histórica da psicologia jurídica está vinculada à medicina, mais precisamente à psiquiatria.” (p.29).
“Foi Hipócrates, considerado o Pai da Medicina – 460 a 370 a.C. –, que estabeleceu a primeira classificação nosológica (classificação de doenças na medicina) das chamadas doenças mentais.” (p.29).
“A passagem da Idade Média para a Idade Moderna foi marcada pela importante ruptura que marcou o nascimento de um novo paradigma. Trouxe consigo a mudança da visão de mundo,Weltanschauung, assim como a modificação do Zeitgeist, do espírito da época, de forma definitiva.” (pg.29).
“Se na Idade Média Deus e o sobrenatural determinavam as doenças, na Idade Moderna a verdade da ciência se instalou, e com ela as influências biológicas na determinação dos modelos de comportamento humano. Daí o surgimento da relação entre psicologia jurídica e psiquiatria, sendo esta a fonte da fundamentação biológica da psicologia para o direito.” (p.30).
“A psiquiatria nasceu em 1793, com o médico francês Philippe Pinel, e inspirou, principalmente, a psicologia clínica e a psicopatologia, pelo fato de lidarem com o mesmo objeto: as doenças mentais. Muito das teorias psicológicas ligadas às doenças mentais baseou-se em conceitos próprios da psiquiatria, e isso se deve ao fato de que a psiquiatria, como disciplina da medicina, surgiu muito antes da psicologia.” (pg.30).
“Na abordagem psiquiátrica dos fenômenos mentais, aparece em destaque a figura de Francis Galton, que, ao defender a conceituação frenológica, afirmava que o caráter e as funções intelectuais estavam relacionados ao tamanho do crânio. Assim sendo, crânios grandes, pequenos ou deformados explicariam comportamentos considerados socialmente inadequados.” (pg.30).
“O que essas concepções queriam demonstrar era, em síntese, que o comportamento criminoso nada mais seria do que uma expressão do comportamento do doente mental.” (p.31).
“A psicologia e a psiquiatria são áreas que tratam, sob enfoques e fundamentos diversos, de fenômenos de uma mesma natureza. É inquestionável o fato de que, apesar das fronteiras, existem interseções entre as duas disciplinas, do ponto de vista do objeto de estudo: as doenças mentais são o principal foco de estudo da psiquiatria e um dos núcleos de estudo da psicologia, ao lado do estudo do funcionamento mental dito saudável.” (pg. 31).
“No século XIX, a psiquiatria tinha, dentre outras funções, a de abordar as questões sociais e sobre elas exercer controle, tendo em vista o estabelecimento da ordem no espaço urbano. Este era palco de conflitos, sendo necessária a eliminação da chamada desordem, por meio da identificação e do controle dos “elementos desordeiros”. Nessa seara surge a necessidade do controle e combate ao alcoolismo, ao jogo, à prostituição e ao crime, utilizando-se como recurso os conhecimentos em psiquiatria.” (pg.31).
“Podemos afirmar, portanto, que a psicologia estabeleceu uma espécie de elo entre os antigos questionamentos dos filósofos gregos acerca do comportamento humano e as hipóteses da biologia sobre os mesmos fenômenos. Podemos, também, situar a psicologia e a psicologia jurídica em uma espécie de divisa entre a filosofia e a biologia.” (p.32).
“É especialmente a partir dessa segunda vertente que podemos situar os demais ramos do direito na seara da psicologia jurídica: a psicologia ligada ao direito civil, ao direito do trabalho, ao direito administrativo, ao direito da criança e do adolescente etc.” (pg .32).
“De acordo com a Resolução n. 75, de 2009, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os concursos públicos para o preenchimento de cargo de Juiz Federal devem inserir em seu conteúdo programático a disciplina psicologia jurídica. Posteriormente, essa disciplina tornou-se exigência em outros concursos públicos, além de Juiz Estadual e do Exame para ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).” (pg.32).
“Da perspectiva histórica, duas obras inauguraram a prática forense no Brasil: em 1884, As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, de autoria de Nina Rodrigues e Menores e loucos, de Tobias Barreto.” (pg. 33).
“Os manicômios judiciários, criados para o tratamento de “doentes mentais criminosos”, surgiram no início do século XX. No entanto, o tratamento dado aos pacientes dos manicômios judiciários era médico-psiquiátrico e não psicológico.” (p.33).
“Ainda de acordo com A. de P. Serafim (2007), até a década de 1960, quando a profissão de psicólogo foi formalmente reconhecida no Brasil, a prática forense envolvia, principalmente, a realização de perícia, que era uma prática médica. A contribuição do psicólogo se restringia à coleta de dados objetivos sobre o periciado, com os testes de QI – psicometria do coeficiente de inteligência acerca da averiguação da idade mental e o exame de personalidade.” (pg. 33).
“Mesmo com a profissão consolidada na década de 1980 e o ingresso de psicólogos em instituições por todo o Brasil, como o Instituto de Medicina Legal, os mesmos não atuavam com independência, mas como meros coadjuvantes ou subsidiários da ação médica.” (p.33).
“Também os chamados “testes psicológicos”, principal instrumento de diagnóstico objetivo em psicologia, começaram a ser utilizados no final do século XIX e se consolidaram como instrumento formal no âmbito jurídico no século XX.” (p.34).
“Na atualidade, o papel do psicólogo vem crescendo, alcançando maior importância e reconhecimento, no contexto jurídico brasileiro. Além da responsabilidade pela avaliação psicológica – o psicodiagnóstico forense –, compete ao psicólogo a terapêutica das vítimas e agressores, dentre outras funções.” (p.34).

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