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FACULDADE DE JOÃO PESSOA - SANTA EMÍLIA DE RODAT CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ERICK BARROS FERREIRA DE LIMA JOÃO PAULO DE SOUSA LIMA JOÃO PAULO LEITE TARGINO ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO PACIENTE ACOMETIDO POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO João Pessoa/PB 2020 1 ERICK BARROS FERREIRA DE LIMA JOÃO PAULO DE SOUSA LIMA JOÃO PAULO LEITE TARGINO ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO PACIENTE ACOMETIDO POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentada a Faculdade de João Pessoa - Santa Emília de Rodat, como requisito parcial e conclusivo para obtenção do título de graduação no curso de Enfermagem. Orientador: Msc. Francisco de Assis Félix da Silva Filho João Pessoa/PB 2020 2 ERICK BARROS FERREIRA DE LIMA JOÃO PAULO DE SOUSA LIMA JOÃO PAULO LEITE TARGINO ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO PACIENTE ACOMETIDO POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentada a Faculdade de João Pessoa - Santa Emília de Rodat, como requisito parcial e conclusivo para obtenção do título de graduação no curso de Enfermagem. Aprovado em: _____/_____/_____ Nota final: ________________________ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________ Prof. Msc. Francisco de Assis Félix da Silva Filho ___________________________________________________________ Prof. Nome do membro 1 ___________________________________________________________ Prof. Nome do membro 2 3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO PACIENTE ACOMETIDO POR TRAUMA ABDOMINAL FECHADO Erick Barros Ferreira de Lima1, João Paulo de Sousa Lima1, João Paulo Leite Targino1, Francisco de Assis Félix da Silva Filho2. 1 – Aluno de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: 2- Professor da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: professorfelix1@hotmail.com RESUMO Para realizar este trabalho, utilizamos o método de pesquisa bibliográfica, o qual consiste no exame da bibliografia, para o levantamento e análise de referências da temática abordada. O objetivo desta pesquisa foi identificar na literatura a atuação do enfermeiro no trauma abdominal fechado no APH, analisando a atuação do enfermeiro a esses pacientes, através de uma revisão bibliográfica, fundamentamos nosso trabalho nessa temática, porque entendemos que é de extrema relevância e contribuição o acesso a essas informações, por isso consideramos que o nosso trabalho tem muito a contribuir com a formação e boa atuação de outros profissionais da enfermagem. O papel do enfermeiro na análise da biomecânica do trauma, promove um diagnóstico rápido e mais eficaz no que se diz respeito ao trauma de abdome fechado que é tão comum em situações de acidentes automobilísticos, atropelamento ou quedas por exemplo, uma avaliação rápida diminui prováveis sequelas ou até o óbito. Com isso evidencia-se a necessidade dos conhecimentos técnicos necessários para oferecer ao paciente um atendimento de excelente qualidade. Palavras-chave: Trauma abdominal fechado. Enfermeiro. APH. ABSTRACT In order to carry out this work, we used the bibliographic research method, which consists of examining the bibliography, for the survey and analysis of references of the theme addressed. The objective of this research was to identify in the literature the role of nurses in blunt abdominal trauma in the APH, analyzing the role of nurses in these patients, through a bibliographic review, we base our work on this theme, because we understand that it is of extreme relevance and contribution to access to this information, so we consider that our work has a lot to contribute to the training and good performance of other nursing professionals. The role of the nurse in the analysis of the biomechanics of the trauma, promotes a quick and more effective diagnosis with regard to the trauma of the closed abdomen that is so common in situations of car accidents, being run over or falling for example, a quick assessment reduces likely sequelae or even death. This shows the need for the technical knowledge necessary to offer the patient excellent quality care. Keywords: Blunt abdominal trauma. Nurse. PHC. 4 1 INTRODUÇÃO O Ministério da Saúde considera como nível pré-hospitalar na área de urgência/emergência segundo a Portaria Nº 824, de 24 de junho de 1999, aquele atendimento que pretende chegar à vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido qualquer prejuízo à sua saúde por alguma circunstância, podendo levar á um agravo, deficiência física ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento adequado e transporte a um hospital devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (BRASIL, 1999). O atendimento pré-hospitalar é uma modalidade de atendimento baseada na representatividade da boa articulação, comunicação e integração entre os profissionais da equipe, fatores esses que favorecem uma identificação precisa das possíveis lesões e gravidade no APH , tendo em vista que lesão abdominal não reconhecida é uma das principais causas de morte evitável no doente de trauma, devido às limitações da avaliação pré-hospitalar, doentes com suspeitas de lesão abdominal são melhor conduzidos por transporte imediato ao hospital adequado mais próximo (PHTLS, 2017 ). O trauma abdominal é responsável por mortes que podem ser evitáveis se identificadas no APH se tomadas as medidas necessárias rapidamente, mas para que esse processo seja favorável é imprescindível que o enfermeiro tenha um conhecimento técnico. Os princípios fundamentais do PHTLS são de que os socorristas de atendimento pré-hospitalar, devem ter uma boa base de conhecimento, devem ter pensamento crítico e ter as habilidades técnicas necessárias para oferecer atendimento excelente ao paciente, mesmo em circunstâncias que não sejam as ideais. O trauma abdominal fechado é uma lesão fechada no abdômen, seja por um acidente com veículos a motor, atropelamento, violência interpessoal entre outros. Essas situações são constantemente encontrada pelo profissional de enfermagem no atendimento pré-hospitalar (BRASIL, 2014). A natureza e a gravidade das lesões abdominais variam muito de acordo com o mecanismo e as forças envolvidas, a gravidade das lesões acontecem e se classificam pelo tipo de estrutura danificada: Parede abdominal; Órgão sólido (fígado, baço, pâncreas, rins); Víscera oca (estômago, intestino delgado, cólon, ureteres, bexiga).O trauma abdominal fechado não ocorre solução de descontinuidade e as lesões ocorrem por mecanismo indireto, podendo cursar com compressão e esmagamento ou cisalhamento de vísceras abdominais; hemorragia; ruptura de órgãos e vasos abdominais além de lesões por desaceleração. (GOVERNO DO ESTADO DE ESPÍRITO SANTO, 2018). 5 A presença do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar, é regulada pela Resolução n° 375 de 22/03/2011 do COFEN. Essa resolução determina que a assistência de enfermagem em qualquer tipo de unidade móvel (terrestre, aéreo ou marítimo) destinada ao atendimento pré-hospitalar e inter- hospitalar, somente deve ser desenvolvida na presença do enfermeiro (COFEN, 2011). O diagnóstico tardio de lesões abdominais nos traumas pode resultar em um agravo das condições do trauma, além de aumentar a mortalidade. É certo que a avaliação abdominal nas vítimas não pode ser somente definida em um único exame, mas na totalidade de todas informações colhidas no exame físico e observado na cinemática do trauma (STARLING; DRUMOND, 2014) Deve se observar no exame físico manifestações clínicas comoalteração da frequência cardíaca, alteração da pressão arterial e cianose são características do choque hipovolêmico, comumente associado a lesões abdominais, principalmente quando este não possui causa aparente. Além disso, o exame físico abdominal com presença de hematomas, ausculta e percussão alterados e rigidez à palpação pode indicar presença de anormalidades (STARLING; DRUMOND, 2014). As consequências tardias da lesão abdominal incluem: Ruptura de hematoma; Empiemas epidural e subdural; Obstrução intestinal ou do íleo; Extravasamento biliar e/ou biloma; Síndrome compartimental abdominal. A hemorragia interna pode ser intraperitoneal ou retroperitoneal, a laceração ou ruptura de uma víscera oca permite que o conteúdo gástrico, intestinal ou vesical entre na cavidade peritoneal causando peritonite. O trauma fechado pode causar equimose (p. ex., a equimose transversal linear também denominada de sinal do cinto de segurança), mas essa descoberta tem baixa sensibilidade e especificidade. Distensão abdominal após um trauma geralmente indica hemorragia grave, mas a distensão pode não ser visível mesmo em pacientes que perderam várias unidades de sangue (PHILBERT, 2018). Percebe-se a utilidade de uma avaliação minuciosa do traumatizado, com o intuito de avaliação e tratamento adiantado de todas as lesões, com o objetivo de proporcionar maiores chances de vida ao paciente, nessa perspectiva o enfermeiro exerce papel fundamental através do Processo de Enfermagem (PE), que diz respeito a um método que visa à assistência integral e humanizada promovendo o atendimento às necessidades humanas básicas, baseada na resolução nº358 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2009). Segundo Cavalcanti, Ilha e Bertoncello (2013) O profissional enfermeiro é participante ativo no atendimento às vítimas de trauma e assume junto com a equipe a responsabilidade pela assistência prestada. Atua em ambientes diversos, participando da previsão de necessidades das 6 vítimas, definindo prioridades, iniciando intervenções necessárias e urgentes, e sempre reavaliando o estado geral, baseado em protocolos assistenciais. É importante que o enfermeiro análise a biomecânica do trauma encontrado, o estado da vítima na cena, se possível até informações adquiridas da própria vítima, pois uma profunda análise e avaliação da cena, lhe dará informações a fim de estabelecer um diagnóstico rápido, possibilitando assim também um atendimento rápido, para isso é necessário que o enfermeiro tenha controle emocional e psicológico para manter a serenidade e o controle da sua equipe no atendimento pré-hospitalar (PHTLS, 2017). Justifica-se pelo fato de realizar esse Trabalho de Conclusão de Curso, com intuito de ampliar o conhecimento acerca da temática, como também, por ter participado de vários cursos de atendimento pré-hospitalar, e ter observado o quanto os acidentes automobilísticos podem ocasionar hemorragias severas, devido o trauma abdominal fechado. Neste sentido chegamos ao seguinte questionamento: Qual a atuação do enfermeiro ao paciente acometido por trauma abdominal fechado? O profissional enfermeiro, deverá ter conhecimento, para assim prestar uma assistência de qualidade, que consiste em análise e avaliação da cena, os vestígios deixados por ela, como escoriações, lesões superficiais, tendo como objetivo de se estabelecer um diagnóstico rápido das lesões resultantes da energia, força e movimentos envolvidos, promovendo um melhor entendimento das condições do trauma e das lesões resultantes. O enfermeiro tem uma grande importância no atendimento ao paciente com trauma de abdômen fechado, utilizando o seu conhecimento técnico para identificação do trauma e como agir diante da gravidade, a fim de minimizar as sequelas e/ou óbito. Essa pesquisa contribui como um método de acesso a informações e conhecimentos e consequentemente para uma boa formação e atuação dos profissionais da enfermagem. Este trabalho teve como objetivo, identificar na literatura a atuação do profissional enfermeiro acerca do atendimento pré-hospitalar no trauma abdominal fechado. 2 METODOLOGIA Este estudo foi uma pesquisa do tipo bibliográfica de natureza exploratória descritiva. Segundo Fachin (2003), a pesquisa bibliográfica compreende um conjunto de conhecimentos reunidos em obras, cuja finalidade fundamental é conduzir o leitor a um determinado assunto e oferecer a produção, apreensão, armazenamento, utilização e comunicações de informações coletadas para o desempenho da pesquisa. Este tipo de pesquisa implica o ato de leitura, onde 7 o pesquisador seleciona, ficha, organiza e arquiva tópicos de interesse para a pesquisa que está realizando. Na pesquisa descritiva observa-se, registra-se, analisa-se, classifica-se e interpretam-se os fatos, sem sofrer interferência do pesquisador. Desse modo, o pesquisador estuda os fenômenos físicos e humanos sem manipulá-los (MARCONE; LAKATOS, 2006). De acordo com os autores acima (2006) a pesquisa exploratória caracteriza-se por ser realizada na fase preliminar, anteriormente ao planejamento formal do trabalho. Tal pesquisa tem como objetivos “proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado, facilitando a delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir uma nova possibilidade de enfoque para o assunto”. Procedimentos Operacionais A pesquisa foi realizada na biblioteca João Paulo II da Faculdade Santa Emília de Rodat, nas bibliotecas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), UNIPÊ, UNIPB localizadas na cidade de João Pessoa-PB e acervo disponível no universo on-line: Scielo, Bireme, B.V.S. (biblioteca virtual de saúde). Os dados foram coletados no período de agosto de 2019 a maio de 2020, por meio de um levantamento bibliográfico em literatura pertinente, será feita uma revisão da literatura, abstraindo-se o que é mais relevante ao objetivo proposto. Como mostra Gil (2002) à pesquisa bibliográfica apresenta-se baseada em etapas sucessivas, onde estas não precisam seguir um roteiro rigoroso e depende de fatores inerentes a pesquisa e ao pesquisador para serem determinadas. Deste modo estão descritas abaixo as etapas deste tipo de pesquisa. ● A escolha do tema foi a etapa inicial de qualquer pesquisa, essa escolha deverá ter relação com o interesse do estudante e este deverá refletir sobre diferentes temas, para optar pelo que lhe dá mais vontade de se aprofundar, ou seja, é necessário ter lido ou estudado sobre o tema escolhido. ● Levantamento bibliográfico preliminar se trata de um estudo preliminar acerca do tema de pesquisa escolhido, com a finalidade de familiarizar o aluno com o tema, delimitando-o para que o problema seja formulado de forma clara e precisa, já que o tema muitas vezes é amplo. ● Após o levantamento preliminar sobre o tema escolhido, o pesquisador já tem condições de formular o problema, porém, alguns questionamentos podem ser relevantes para determinar se o problema tem relevância teórica e prática e se foi formulado de maneira 8 clara e objetiva, mesmo já definido o problema, outras revisões podem ser feitas e este reformulado. ● Com o problema delimitado, o pesquisador irá elaborar um plano de assunto, ou seja, definir a estrutura lógica do trabalho, isso constitui a primeira etapa, o plano definitivo será elaborado ao fim da coleta de dados. ● A identificação das fontes vem logo após a elaboração da estrutura do trabalho e devem fornecer respostas adequadas à solução do problema, as mais conhecidas são os livros de leitura corrente, no entanto, existem outras fontes como obras de referência, teses e dissertações, periódicos científicos, anais de encontros científicos. As fontes podem ser localizadas em bibliotecas e em materiais bibliográficos em formato eletrônico por bases dedados e sistemas de buscas. ● Com o material bibliográfico selecionado, a leitura foi indispensável e serve para identificar as informações do material, relacioná-los com o problema e analisar a consistência dos dados apresentados pelos autores. Ao se ler deve se tomar nota do que está lendo sempre considerando o problema da pesquisa. ● A confecção de fichas serve para identificar as obras, registrar seu conteúdo e comentários acerca da mesma e ordenar os registros. As fichas podem ser bibliográficas para anotar as referências e de apontamentos para registrar idéias e hipóteses. ● Antes da última etapa da pesquisa que é a redação, cabe ao pesquisador estruturar logicamente o trabalho para que ele possa ter sentido. Quanto mais organizado os documentos, melhor estará o trabalho a ser redigido. Diante disso os dados foram analisados de acordo com a literatura pertinente, revisada e atualizada, avaliando a opinião dos autores especializados. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Carvalho (2007) no atendimento pré-hospitalar as vítimas serão classificadas pela gravidade das lesões, necessitando de uma abordagem rápida para que as intervenções sejam aplicadas de forma a diminuir a deterioração e para que seja maximizada a sobrevivência da vítima no ambiente hospitalar. Visto que o tempo é essencial ao atendimento ao traumatizado e que seu tratamento requer um acesso rápido as lesões para a instituição de medidas terapêuticas, é desejável que se faça um atendimento sistematizado, e a esse processo se define atendimento inicial, no qual se encontram o atendimento pré-hospitalar, a avaliação inicial (X, A, B, C, D, E), a ressuscitação, 9 a avaliação secundária (crânio- caudal), avaliação e cuidados definitivos (FERRAZ; BACELAR, 2005). O atendimento pré-hospitalar (APH) se define como o atendimento emergencial extra hospitalar às vítimas de traumas, que tem por objetivo a estabilização clínica da vítima no local do acidente e sua remoção a uma unidade hospitalar de referência adequada a cada caso clínico (SANTOS, 2008). De acordo com Lomba (2007) se entende por APH o conjunto de procedimentos e técnicas preestabelecidas e comprovadas cientificamente realizadas no período de tempo compreendido entre o instante do acidente até a chegada da vítima ao hospital. No que diz respeito à avaliação esta é fundamental para os traumatizados bem como qualquer doente de emergência, a avaliação é a base para todas as decisões de atendimento e transporte. Esta consiste em determinar a condição atual do doente formulando-se uma impressão geral do seu estado, estabelecendo valores basais para o estado respiratório, circulatório e neurológico do doente. Logo que identificadas condições de risco de morte, iniciam-se as intervenções e reanimação até que o paciente possa ser removido, só após o estabelecimento das prioridades dá-se atenção a outras avaliações sem risco de morte, sendo todos esses passos seguidos com rapidez e eficiência, com o intuito de minimizar o tempo gasto no atendimento (PHTLS, 2004). Conforme Oliveira et al (2001), trauma se define como um evento nocivo ocasionado pela liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia e é considerado como doença e para tal é necessária a interação de três fatores, um agente causador da doença, um hospedeiro onde o agente possa residir e um ambiente apropriado no qual o agente e o hospedeiro possam interagir. Trauma são todas as lesões provocadas por agentes externos, é considerado como doença e pode matar com freqüência. Os especialistas do trauma o consideram a principal causa de morte que pode ser prevenida. As queimaduras, batidas de carro, choques domésticos, quedas, tiros, são todos traumas evitáveis (PHTLS, 2004). Conforme o PHTLS (2007), o trauma pode ser classificado como sendo intencional onde é associado ao ato de violência interpessoal ou autodirecionado como suicídio, violência conjugal e homicídios e como trauma não-intencional antes visto como acidental, hoje é dito como lesão não-intencional decorrentes de colisões de automóveis, afogamentos, quedas e choques elétricos. De acordo com Pavelqueires et al. (1999), 50% das mortes no trauma ocorrem no primeiro pico de morte (imediatas) de segundos até minutos após o acidente, estas por laceração 10 em tronco cerebral, medula espinhal alta, lesões de aorta, 30% das mortes ocorrem de minutos à algumas horas após o acidente ( mediatas) em sua maioria por hematomas epidurais e subdurais, lesões de fígado e baço, hemopneumotórax, onde estes são os pacientes potencialmente salváveis e essa a chamada “hora de ouro” (Golden Hour) do traumatizado, já o terceiro pico de morte ( tardia) é responsável por cerca de 20 % dos óbitos ocorrem de dias a semanas após o acidente e são decorrentes de infecções e falências orgânicas. “A mortalidade tardia pode ser reduzida quando se dispõe de atendimento inicial adequado, que visa corrigir rapidamente os distúrbios cárdio-circulatórios, além de implementar medidas de suporte de terapia intensiva e nutricional” (PAVELQUEIRES et al., 1999, p.3). Os mecanismos do trauma são determinados a partir do processo de avaliação da cena do acidente, para determinar as lesões resultantes das forças e movimentos envolvidos, ao se observar danos no veículo, distância de frenagem, posição das vítimas, se usavam cinto de segurança está sendo analisada a cinemática do trauma e o conjunto dessas informações permite identificar lesões inaparentes e estimar a gravidade do estado da vítima (OLIVEIRA et al., 2001). De acordo com PHTLS (2004) o tratamento bem-sucedido de traumatizados depende da identificação das lesões ou das possíveis lesões e boa habilidade do socorrista na avaliação, e mesmo portando habilidades na avaliação do doente, o socorrista pode deixar de observar muitas lesões se não suspeitar delas, ele pode não identificá-las por não saber procurá-las, onde lesões não tão óbvias podem ser fatais porque não foram tratadas no local do trauma. Baseado no princípio da prevenção de lesões, o atendimento pode ser dividido em pré-colisão, colisão e pós-colisão, onde o termo colisão não se limita apenas a colisões de veículos automotores, mas a qualquer tipo de colisão, como pedestre e auto, projétil no abdome e outras, em cada caso ocorre transferência de energia entre o objeto em movimento e o tecido da vítima traumatizada ou entre a vítima e o objeto parado. Para se suspeitar de lesões a partir do estudo da cinemática e da avaliação do acidente é necessário entender as leis que regem a transferência de energia que ocorre nesses acidentes (OLIVEIRA, 2001). O autor supracitado (2001) cita algumas leis para explicar essas transferências de energia, onde a primeira lei é a da conservação de energia, onde diz que a energia não pode ser criada ou destruída, apenas transformada, a segunda (inércia), diz que um corpo em repouso ou em movimento tende a permanecer neste estado até que uma força externa atue sobre ele, outro é o efeito de cavitação que acontece quando um objeto em movimento colide contra um corpo 11 humano ou quando este é lançado contra um objeto parado ocorre uma transferência de energia e os tecidos humanos são deslocados violentamente para longe do local de impacto criando uma cavidade. Além destas citadas acima Santos et al (1999) diz ainda que a terceira lei de Newton é descrita como sendo força é igual a massa (peso) do objeto multiplicada por sua aceleração, que a energia cinética (movimento) é a metade da massa multiplicada pela velocidade elevada ao quadrado, e que a troca de energia é realizada quando dois corpos se movimentam em velocidades diferentes, as velocidades tendem a se igualar. De acordo com os autores acima citados (1999), os fatores que devem ser considerados na avaliação da cinemática do traumasão a direção, a velocidade do impacto, tamanho do paciente e os sinais de liberação de energia (danos ao veículo), e estes têm forte correlação entre a gravidade das lesões e a velocidade do veículo que é medida pelos danos do carro. No caso de trauma em criança devido a algumas características próprias como a quantidade de gordura, colágeno e da musculatura esquelética da parede abdominal, aproxima os órgãos intra-abdominais, o que favorece a ação da força externa nestes órgãos e o choque entre eles por isso o maior risco para ocorrência das lesões intra-abdominais neste período da vida (PAULIS et al., 2005). Toda essa abordagem prévia sobre o trauma é importante para o entendimento do propósito deste trabalho que é o trauma abdominal fechado com enfoque no atendimento pré- hospitalar a pacientes com lesões de órgãos sólidos, fígado e baço. O progresso trouxe aos grandes centros urbanos o ônus do aumento na incidência de lesões traumáticas graves e suas complicações. O abdome é a terceira região do corpo mais afetada por lesões que necessitam de tratamento cirúrgico (PRADO et al., 2005). Segundo Oliveira et al (2001) o abdome é o sítio de lesões que frequentemente passam despercebidas e levam a complicações ou a óbito de causa evitável. O abdome é a região do corpo onde é mais difícil fazer o diagnóstico correto de lesões traumáticas que necessitem de correção cirúrgica e que quando não reconhecido é uma das principais causas de morte nos pacientes traumatizados (PHTLS, 2004). O trauma abdominal pode ser fechado ou aberto, neste caso com solução de continuidade na parede abdominal (SMELTZER; BARE, 2005), porém, neste trabalho iremos enfocar apenas o trauma abdominal fechado por ser este de difícil diagnóstico e maior causa de morte em pacientes vítimas de trauma devido às complicações no quadro hemodinâmico do paciente. 12 Conforme Santos et al. (1999), o trauma fechado difere do aberto no que diz respeito ao impacto, no fechado o impacto se distribui em uma área mais extensa não havendo solução de continuidade e formando uma cavidade temporária em decorrência da deformação dos tecidos que voltam a sua posição de origem, no trauma penetrante o objeto que colide com o corpo rompe a pele. Abaixo as fotos retratam e mostram as diferenças entre um tipo de trauma e outro. Figura 1- Trauma abdominal penetrante a esquerda e Trauma abdominal fechado a direita. Fonte: www.famena.br/gallery (2009) e www.famena.br/gallery2 (2009). No trauma abdominal fechado, também conhecido como contusão do abdome, ocorre a transferência de energia cinética (de movimento) para os órgãos internos lesionando-os. Os mecanismos de lesão abdominal por trauma abdominal fechado podem ser por contusão, compressão, esmagamento e desaceleração e levam à ruptura das estruturas abdominais sólidas ou ocas nos seus pontos de fixação. Neste tipo de trauma a avaliação minuciosa é indispensável, pois ela pode estar também acompanhada de outras lesões como a de tórax aumentando o risco de complicações (OLIVEIRA et al., 2001). Nas lesões por compressão que acometem o fígado e o baço causam rompimento dos mesmos devido a serem prensados pela coluna vertebral contra o volante ou painel durante uma colisão frontal, ou então como resultante do aumento da pressão no abdome. Dentre as estruturas que circundam o abdome, a mais fraca é o diafragma e que constantemente é lesado podendo levar a migração de estruturas abdominais para o tórax causando uma serie de outras complicações. Durante uma colisão o movimento do corpo para frente cessa, porém os órgãos mantêm esse movimento, causando rupturas nos seus pontos de fixação. Outro tipo de lesão 13 que frequentemente ocorre durante a desaceleração é a laceração do fígado causada por seu impacto com o ligamento redondo, a trajetória por baixo nas colisões com impacto frontal, ou em quedas em pé faz com que o fígado traga o diafragma para junto com ele à medida que desce dentro do ligamento redondo, fazendo com que este seccione o fígado em duas partes (PHTLS, 2004). Os cuidados de enfermagem dispensáveis a este paciente consiste do conhecimento acerca da avaliação primária e secundária ao paciente politraumatizado, como também, na sua monitorização contínua com oximetria de pulso, pressão arterial, monitorização da freqüência cardíaca, manutenção de acesso venoso calibroso para reposição volêmica, passagem de sondas nasogástrica e vesical, solicitação de exames de sangue e tipagem sanguínea, providenciar material para LPD e preparar o paciente para possível intervenção cirúrgica, com tudo atentar para estados de hipovolemia e descompensação hemodinâmica com hipotensão severa (SMELTZER; BARE, 2005). Nos casos de pacientes hemodinamicamente instáveis com fraturas de bacia associadas o importante além da reposição volêmica é controlar o foco de sangramento isso através do LPD e/ou FAST e que essa conduta deve ser prioridade seguida de laparotomia exploradora, fixação da fratura e angiografia se necessário em ambiente hospitalar (PARREIRA et al., 2002). Sendo a hipovolemia e choque a principal complicação no trauma abdominal fechado, faz-se necessário falar de reposição volêmica, onde as soluções coloidais são mais eficazes que os cristalóides na reanimação dos pacientes com hipovolemia, por restaurarem a volemia com menor quantidade de infusão, enquanto 1 litro de dextran aumenta em 790 ml a volemia, a solução fisiológica aumenta em apenas 180 ml, demonstrando a capacidade dos colóides em se manter no espaço intra-vascular, porém, se houver alterações da permeabilidade vascular, os colóides tendem a passar para o interstício, exercendo seu poder oncótico e causando edema, o que acarretaria aumento da pressão intra-abdominal em pacientes com esse tipo de lesão (PRADO et al., 2005). De acordo com o autor citado acima (2005), o parâmetro então utilizado para definir o uso de colóides ou de cristalóides, estaria em determinar nesses pacientes a pressão de perfusão abdominal (pressão arterial média menos a pressão intra-abdominal) para predição da sobrevida, sendo adotada como parâmetro uma pressão de pelo menos 50mmHg, do contrário seriam submetidos a laparotomia de descompressão. A hipovolemia e conseqüente estado de choque são responsáveis pela maioria das depleções de volume e ao repormos as perdas volêmicas destes pacientes, devemos sempre ter em mente que estamos lidando com organismos hipermetabólicos, cuja demanda de oxigênio 14 se encontra aumentada e a meta a ser alcançada na reanimação do choque hipovolêmico é o controle hemodinâmico, que assim estabelecido, recupera a oferta adequada de oxigênio aos tecidos (ALONSO; GOMES, 2006). De acordo com o autor acima (2006), a velocidade da infusão deve atender as demandas e corrigir os déficits com rapidez, atentando sempre para a sobrecarga de volume nos cardiopatas e idosos com conseqüente edema pulmonar, já que os pulmões e a função renal são atingidos no choque hipovolêmico. De acordo com Netina (2007) as principais intervenções ao paciente é manter no mínimo dois acessos venosos calibrosos, monitorar os sinais vitais com oximetria de pulso, pressão arterial, e monitorização cardíaca, inserir sonda vesical de Foley (SVF) para monitorar o débito urinário, descomprimir a bexiga e ver hematúria, além de sonda naso ou orogástrica (SNG/SOG) para esvaziar o estômago, descomprimir o abdome e observar se há sangramentos e encaminhar rapidamente ao hospital de referência para diagnóstico e tratamento definitivo. De acordo com Paulis et al. (2005), é muito importante o enfermeiro observar no exame físico a presença de escoriações, hematomas e escurecimento da parede abdominal, distensão e/ou dor a palpação, esta dor é o sintoma mais freqüente no trauma abdominal, porém, é difusa e pouco específica quanto à extensão da lesãoe inespecífica, pois, se há rebaixamento do nível de consciência o reconhecimento da dor e sua localização é dificultada. No caso de trauma abdominal a hemorragia é a prioridade a ser tratada, pois é o que causa morte nas primeiras horas, portanto devemos nos preocupar em transportar a vítima o mais rapidamente possível ao hospital de referência, as medidas de acesso venoso e infusão de soro não devem retardar o transporte, a não ser que o centro de referência fique distante uns vinte minutos (OLIVEIRA et al., 2001). A conduta do profissional de enfermagem no trauma abdominal consiste na avaliação rápida identificando lesões primariamente, iniciar o tratamento do choque incluindo oxigênio em altas concentrações, utilizar calça pneumática antichoque (PASG) a fim de reduzir a hemorragia intraperitoneal ou retroperitoneal suspeitada em pacientes com choque descompensado, imobilizar e transportar o paciente ao hospital especializado e realizar reposição volêmica de cristalóides a caminho do hospital para não atrasar a continuidade de atendimento, onde serão realizados exames para diagnóstico diferentemente do atendimento inicial (PHTLS, 2004). Durante todo o trabalho abordei e foquei na avaliação do enfermeiro para que o diagnóstico e as intervenções fossem eficazes, mas, para que isso ocorra é preciso mais investimentos em saúde, a criação de políticas públicas compatíveis com nossa realidade, 15 investimentos em educação, qualificação dos profissionais através de cursos na área pré- hospitalar, principalmente nas universidades, onde esta área ainda é pouco explorada, investimentos em equipamentos de qualidade para que a assistência ao ser humano não fique no improviso de materiais, ameaçando sua integridade física. Contudo este trabalho se faz realmente importante e relevante para todos os profissionais da área de saúde, servindo de base para futuros projetos científicos, para adquirir conhecimentos e qualificação profissional, já que trata-se de uma temática atual e compatível com nossa realidade. 4 AGRADECIMENTO Agradecemos primeiramente a Deus por nos manter fortalecido durante todo percurso, agradecemos aos docentes do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Emília de Rodat , a Professora Clenia Batista por ter auxiliado durante a disciplina de TCC, ao nosso orientador Francisco Félix Filho por ter aceitado e se mantido firme e dedicado durante a orientação de todo nosso projeto. Aos nossos familiares ( esposas, tias , filhos...) por compreender toda ausência, distanciamento e muitas vezes não comparecimento que a graduação e o TCC ocasionaram e por mesmo assim permanecerem nos incentivando, estimulando e encorajando nessa caminhada cheia de obstáculos e desafios mas acima de tudo idealizadora. Aos laços de amizade que foram construídos e fortalecidos durante esse processo e que se perpetuarão nessa caminhada profissional . 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, A.A.S.; GOMES, D.R. Choque hipovolêmico: atualidades na abordagem terapêutica do paciente. RJ, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de atenção à saúde, Protocolo Samu- Suporte Basico de Vida. Brasília -2014 BRASIL: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Normas de Atividade Médica em Nível Pré- Hospitalar: Portaria Nº 824, de 24 de junho de 1999. Fortaleza: MS 1999. P. 21. CARVALHO, M.G. Atendimento na rodovia. Rev. Emergência, n°6, 2007. 16 CAVALCANTI, C. D K; ILHA, P.; BERTONCELLO, K. C. G. 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