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Ética e legislação unid_2

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL
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3 ÉTICA NAS EMPRESAS E LEGISLAÇÃO
Conceito de comércio
Antes de começarmos a estudar o conceito de empresa e 
a legislação pertinente, devemos saber o que antecede estes 
institutos. Nesse raciocínio encontramos a palavra “comércio”, 
que é a interposição habitual na troca, com o intuito de se obter 
lucro. Para Maximiliano Cláudio Américo Fuhrer (2002, p.12), “No 
sentido econômico, comércio é o emprego da atividade humana 
destinada a colocar em circulação a riqueza produzida, facilitando 
as trocas e aproximando o produtor do consumidor”.
Podemos então observar que o comércio se caracteriza na 
acepção jurídica como mediação, fim lucrativo e habitude, 
sendo esta última a prática habitual ou profissional.
Mas alguns pontos importantes serão necessários para que 
exista o comerciante, como:
1. capacidade civil;9
2. intermediação;10
3. especulação ou intuito de lucro;11
4. profissionalidade;12 e
5. atuação no próprio nome.13
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9 Artigo 4º e seguintes do Código Civil.
10 Entende-se como o comerciante colocado entre o produtor e o 
consumidor.
11 Não se faz necessária a obtenção do lucro presente. Basta a sua 
perseguição.
12 É o exercício habitual da mercancia.
13 Necessário que a prática habitual do comércio seja exercida pelo 
próprio comerciante, em seu nome e por sua conta.
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Não podemos deixar de citar outro ponto de suma importância 
quanto ao tema “comerciantes” que estão impedidos de praticar 
atos de comércio:
1.-os leiloeiros, inclusive rurais (Decreto nº 21.981/32, 
art. 36);
2.-os funcionários públicos (Estatuto dos Funcionários 
Públicos);
3.-comandante de embarcação brasileira contratado 
sob condição de parceria com o armador sobre o lucro 
proveniente do transporte de carga, salvo havendo 
convenção em contrário (Código Comercial, art. 524);
4.-os militares da ativa (Lei nº 6.880/80, art. 29);
5.-os magistrados (Lei Complementar nº 35/79 – LOMN, 
art. 36,I);
6.-os empresários que desrespeitarem as normas contidas 
na Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei 8.212/91, art. 
95, § 2º, d).
Conceito de empresa
A empresa tem sido entendida, doutrinariamente, como uma 
“atividade econômica organizada, exercida profissionalmente 
pelo empresário, através do estabelecimento” (Bulgarelli, 1985, 
p.23). Extrai-se daí os três conceitos básicos da empresarialidade: 
o empresário, o estabelecimento e a atividade.
A nova lei civil (Código Civil) revogou toda a primeira parte 
do Código Comercial. Com isso, esta última legislação (Código 
Comercial) não mais regula as atividades comerciais terrestres, 
restando apenas sua segunda parte, referente a atividades 
marítimas.
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Para um melhor entendimento da empresa sob o enfoque 
da ética, traz-se à colação o pensamento de Alfredo Lamy 
Filho e José Luiz Bulhões Pedreira, sobre a empresa - a grande 
empresa - enfocando-a como a “célula de base de toda a 
economia industrial. Em economia de mercado, é, com efeito, 
no nível da empresa que se efetua a maior parte das escolhas 
que comandam o desenvolvimento econômico: definição de 
produtos, orientação de investimentos e repartição primária 
de vendas. Esse papel - motor da empresa é, por certo, 
um dos traços dominantes de nosso modelo econômico: 
por seu poder de iniciativa, a empresa está na origem da 
criação constante da riqueza nacional; ela é, também, o 
lugar da inovação e da renovação”. Prosseguindo, dizem que 
“A macro-empresa envolve tal número de interesses e de 
pessoas - empregados, acionistas, fornecedores, credores, 
distribuidores, consumidores, intermediários, usuários – que 
tendem a transformar-se realmente em centro de poder tão 
grande que a sociedade pode e deve cobrar-lhe um preço 
em termos de responsabilidade social. Seja a empresa, seja 
o acionista controlador, brasileiro ou estrangeiro, tem deveres 
para a comunidade na qual vivem”.
Concluindo, afirmam que “essa revolução que se está operando 
nos países da vida ocidental - como resposta, até certo ponto 
surpreendente e admirável, às exigências de conciliar a eficiência 
insubstituível da macroempresa com a liberdade de iniciativa e 
a distribuição da riqueza - não foi feita, nem poderá sê-lo, sem 
a compreensão e a efetiva colaboração dos empresários - que a 
lideraram - das instituições comerciais, que a secundaram, dos 
investidores que a compreenderam e apoiaram e do Estado que 
a estimulou, disciplinou e removeu os obstáculos jurídicos para 
que ela se realizasse na plenitude”.
3.1 Ética empresarial
A ética da empresa é revelada pelas ações dos seus 
colaboradores. Podemos estabelecer que a ética individual nem 
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sempre está de acordo com a ética empresarial, posto que esta 
nem sempre coincide com a ética socialmente esperada.
A organização poderá sofrer os reflexos dos seus dirigentes, 
pois suas crenças e valores podem estabelecer a diretriz da 
empresa. Caberá então ao cidadão observar todas as atitudes 
empresariais, formando sua autocrítica quanto os procedimentos 
da empresa perante a sociedade e até que ponto chega sua 
responsabilidade social.
3.2 Ética nos negócios e nas relações 
comerciais
O renascer das preocupações sobre a ética nos negócios. O 
grande desafio ético encontra-se na descoberta de como libertar 
o mundo da pobreza e opressão hedionda em que vive. Com 
certeza, a ética da solidariedade será o componente principal de 
qualquer solução.
4 PRINCÍPIOS PARA A ÉTICA NOS NEGÓCIOS
4.1 Inspire confiança
Os clientes querem fazer negócios com empresas nas quais 
podem confiar. As relações deverão ser pautadas por:
1.-honestidade e respeito nas negociações;
2. -verdade e clareza sobre o produto ofertado;
3. -confidencialidade sobre as informações pessoais do 
cliente;
4. -sempre ser cordial, mesmo que do outro lado você 
encontre posicionamento diferente de sua opinião. Quando 
a demanda do cliente não for atendida, explicar de modo 
transparente as razões, de maneira clara e educada;
5. -nunca deixar o cliente sem uma solução do seu 
problema. Nos casos em que as explicações não atendam 
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a necessidade, procurar uma medida compensatória, de 
forma a atender os altos padrões de qualidade praticados 
pela empresa.
4.2 Relações com fornecedores
Quando a confiança está na cultura de uma companhia, é 
uma garantia de seu caráter, habilidades, forças e honestidade. 
Isso também se aplica nas políticas de relacionamento com 
fornecedores, repeitando aos princípios da livre concorrência. A 
oportunidade deverá ser igual para todos no processo de seleção 
e de contratação.
Uma prática muito comum em algumas empresas são os 
chamados “vínculos ou relaçõescomerciais e pessoais”, entre 
os empregados e as empresas contratadas. Nesses casos, o 
administrador deverá ser transparente, comunicando ao setor 
estratégico a relação existente.
Também um fator importante é a busca de qualidade, 
preço adequado, confiabilidade técnica dos produtos a serem 
adquiridos, sob pena de a empresa perder espaço no mercado 
para o concorrente que está atento a esta premissa.
4.3 Mantenha um bom relacionamento com 
seu público interno e externo
Para a melhoria contínua de uma empresa, seu líder deve 
estar aberto a novas idéias. Ele deve sempre pedir a opinião e as 
idéias de seus clientes e de sua equipe, para que a organização 
continue crescendo.
4.4 Tenha documentos claros
Avalie novamente todo o material da empresa, incluindo 
publicidade, folhetos e outros documentos externos de negócios, 
de forma que sejam claros, precisos e profissionais.
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4.5 Compromisso com a comunidade
Eleve o compromisso de sua empresa com a comunidade em 
que está presente no que concerne a:
1. -promoção do desenvolvimento das condições de melhoria 
de vida;
2. -contribuição na oferta de ensino qualificado às crianças 
de baixa renda e principalmente na preparação de jovens 
para o mercado de trabalho; e
3. -proporcionar o acesso a iniciativas e eventos culturais.
4.6 Compromisso com o meio ambiente
Todos os empregados devem zelar pelo cumprimento da 
Política Ambiental adotada pela empresa, visando à busca 
de soluções, como o uso de materiais recicláveis e exigir 
o compromisso dos fornecedores para que seus produtos 
e serviços atendam às normas exigidas pela Autoridade 
Pública, bem como a informação do destino dos resíduos não-
aproveitáveis.
4.7 Tenha um bom controle contábil
Tenha um controle prático da contabilidade e dos registros 
da empresa, não somente como um meio de conhecer melhor 
o progresso de sua companhia, mas também como recurso para 
prever e evitar atividades “questionáveis”.
5 REGISTRO DAS EMPRESAS
Ao nascimento de uma pessoa natural, há necessidade 
de registrá-la, inscrevendo todos os atos marcantes de sua 
vida, como o casamento, separação, divórcio, óbito, etc. Ao 
comerciante também se instituiu o seu registro. Com isso, todo 
interessado poderá conhecer tudo o que diga respeito a qualquer 
comerciante.
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A Lei 8.934/1994, que foi regulamentada pelo Decreto 
1.800/96, estabeleceu o Sistema Nacional de Registro 
de Empresas Mercantis (SINREM), que é composto pelo 
Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC - e 
pelas Juntas Comerciais, sendo estas últimas órgãos locais de 
execução e administração dos serviços de registro. Para cada 
unidade federativa do Brasil, há uma Junta Comercial, com 
sede na capital.
Importante salientar que as Juntas Comerciais incumbem 
efetuar o registro público de empresas mercantis e atividades 
afins. Entende-se como atividades afins os agentes auxiliares 
do comércio, como, por exemplo, leiloeiros, tradutores públicos, 
trapicheiros14, intérpretes comerciais e administradores de 
armazéns gerais.
Não devemos esquecer que a partir do registro do nome 
comercial na Junta, este estará protegido na área de jurisdição, 
não havendo possibilidade de um nome idêntico ou semelhante 
ser arquivado. Esta proteção poderá ser estendida para as demais 
Juntas Comerciais a pedido do interessado.
Por fim, os contratos sociais das sociedades só poderão ser 
registrados na Junta Comercial com o visto de um advogado 
(parágrafo 2º do artigo 1º da Lei 8.906/94).
6 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Estudaremos a classificação das sociedades de acordo com o 
Novo Código Civil - NCC - , ou seja, sociedades não-personificadas 
e sociedades personificadas. Abordaremos o regime jurídico das 
sociedades e as suas respectivas peculiaridades. As sociedades 
não-personificadas são aquelas constituídas de forma oral e 
documental, porém, não registradas nos órgãos competentes. 
Temos como tipos a sociedade comum, também conhecida 
como de fato e a sociedade em conta de participação.
14 Trapiche é o armazém geral de menor porte, na área de importação 
e exportação.
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Já as sociedades personificadas são aquelas legalmente 
constituídas e registradas nos órgãos competentes, sendo 
caracterizadas como pessoa jurídica. Temos como exemplo as 
sociedades empresárias, simples.
A sociedade empresária possui princípios norteadores e 
orientadores, que têm o objetivo de interpretar a atividade 
negocial. São eles:
• defesa da minoria societária;
• conservação da empresa;
• tutela da pequena e média empresa;
• liberdade de contratar e autonomia da vontade;
• legalidade;
• controle jurisdicional;
• responsabilidade societária.
De acordo com Ludícibus e Marion (2004, p.36), “o contrato 
de sociedades empresárias não é um contrato ortodoxo, ou seja, 
trata-se de um pacto diferenciado das demais modalidades 
contratuais, porque é dirigido à formação de uma pessoa 
jurídica”.
Esse tipo de contrato é definido como contrato plurilateral 
de organização, ou seja, o objetivo é comum a todos, acordando 
um paralelo de interações.
Seguem abaixo algumas características do contrato 
plurilateral:
• aberto à adesão de outros interessados;
• paralelismo de intenções (consenso);
• objetivo comum a todos;
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• plurilateral, a partir de dois sócios;
• objeto aglutinador: a convergência para exercício da empresa 
com o fito de lucro — objetivo comum a todos os sócios.
As sociedades empresárias são pessoas jurídicas de direito 
privado, que possuem o dever de se inscrever nos seus atos 
constitutivos, ou seja, a sociedade empresária só adquire 
personalidade jurídica (o direito de ser no mundo jurídico) 
com o arquivamento de seu ato constitutivo (contrato/
estatuto) no Registro Público de Empresas Mercantis e 
atividades afins.
Em geral os sócios não se responsabilizam pelas obrigações 
da pessoa jurídica – sociedade, a não ser quando o patrimônio 
da sociedade mostrar-se insuficiente para cobrir e saldar 
as obrigações de curto, médio e longo prazos da pessoa 
jurídica.
Mesmo nessa situação, a lei diz que a responsabilidade dos 
sócios é suplementar, subsidiária, isto é, os sócios responderão 
se a sociedade não tiver forças para responder.
Não devemos esquecer que os sócios também possuem 
direitos, não só obrigações. Esses direitos explanados a seguir 
podem ou não estar explícitos no contrato. Mesmo com sua 
omissão ou não identificação clara, são assegurados de acordo 
com a legislação. São eles:
• direito de fiscalizar a escrituração social: acompanhamento 
da gestão societária e o exame da escrituração contábil, 
ou seja, o exame dos livros contábeis, documentos, 
correspondências, fluxo de caixa, dentre outros;
• direito de participar dos lucros sociais: como as sociedades 
empresárias têm como objetivo primordial a obtenção do 
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lucro, os sócios jamais poderão ser excluídos da participação 
dos lucros e das perdas, conforme artigo 1.008 do Código 
Civil de 2002, que garante ser “nula a estipulação contratual 
que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das 
perdas;
• direito de recesso: liberdade para sair da sociedade 
(liberdade contratual e autonomia da vontade), ou seja, 
deixar o quadro acionário;
• direito à prestação de contas dos administradores: direito à 
prestação de contas de origem justificada e à análise anual 
dos balanços, de acordo com o artigo 1.020 do Código 
Civil de 2002, que estabelece que “os administradores são 
obrigados a prestar, aos sócios, contas justificadas de sua 
administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, 
bem como o balanço patrimonial e o de resultado 
econômico”;
• direito de votar nas deliberações sociais nas sociedades 
contratuais: o voto é o instrumento, ferramenta por 
excelência da manifestação dos sócios, conforme artigo 
1.010 do Código Civil, que estabelece que “quando, por lei 
ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre 
os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas 
por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas 
de cada um”.
De acordo com o regime jurídico das empresas, as sociedades 
se classificam segundo diversos critérios, entre eles:
• natureza do ato constitutivo;
• quanto à responsabilidade dos sócios; 
• quanto a composição econômica ou estrutura.
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No primeiro critério, as sociedades podem ser contratuais, 
ou seja, cujo ato constitutivo é um contrato, ou estatutárias ou 
institucionais, cujo ato constitutivo é um estatuto.
Quanto a responsabilidade dos sócios, temos:
Limitadas: limita a responsabilidade dos sócios ao valor de 
suas ações (sociedades por ações) ou à integralização do capital 
social (sociedades limitadas).
Ilimitadas: todos os sócios assumem responsabilidade 
solidária e ilimitada referente às obrigações. Ex.: sociedades em 
nome coletivo.
Mistas: quando o contrato social combina a responsabilidade 
ilimitada e solidária de alguns sócios com a limitada de 
outros. Ex.: sociedades em comandita simples e sociedades em 
comandita por ações.
Quanto à composição econômica ou estrutura, temos:
De pessoas: constituídas decorrentes da qualidade pessoal 
dos sócios que se subordinam às condições jurídicas. Ex.: 
sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, 
sociedade de capital e indústria.
De capital: formam prioritariamente tendo em vista o capital 
social, em que os sócios são considerados simples investidores. 
Ex.: sociedade por ações.
Enfocaremos os tipos de sociedades de forma mais 
minuciosa, verificando suas peculiaridades, características, 
lucros, obrigações, responsabilidades, etc.
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7 SOCIEDADES EMPRESARIAIS
A seguir, vamos estudar os vários tipos de sociedades 
empresariais de acordo com o Código Civil de 2002.
7.1 Sociedade em nome coletivo
É uma sociedade empresária que está vinculada ao diploma 
civil. Nesse tipo de sociedade, os sócios devem ser pessoas físicas, 
com responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações 
sociais.
Nas palavras de José Edwaldo Tavares Borba (2006, p.123), 
“(...) a característica fundamental da sociedade empresarial em 
nome coletivo é a responsabilidade ilimitada de todos os seus 
sócios pelas obrigações sociais. Na hipótese de falência, todos os 
sócios responderão pelas obrigações sociais com a totalidade de 
seus bens particulares, até onde forem necessários para atender 
aos credores da sociedade”.
No caso da gestão da referida sociedade, os sócios devem 
se responsabilizar totalmente pelo uso da firma e pelos limites 
contratuais.
7.2 Sociedade em comandita simples
A sociedade do tipo empresária possui duas espécies de 
sócios: comanditados, ou seja, os responsáveis solidários 
que agem ilimitadamente pelas obrigações sociais, e os 
comanditários, aqueles obrigados somente pelo valor de sua 
parte.
Seguem abaixo algumas normas referentes ao sócio 
comanditário, segundo o Código Civil:
• fiscaliza a gestão social;
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• não pode praticar ato de gestão;
• não pode ter seu nome na firma social;
• participa das deliberações sociais;
• pode ser procurador da sociedade para determinado 
negócio;
• não pode receber lucros no caso de baixa do capital social 
por perdas, enquanto a reintegração não ocorrer;
• não é obrigado à reposição de lucros.
Alguns autores consideram que esse tipo de sociedade é 
mais viável que a sociedade em nome coletivo, pois, pelo menos, 
observa um tipo de sócio (comanditário), que não responde 
ilimitadamente pela sociedade.
7.3 Sociedade limitada
De acordo com Ludícibus e Marion (2004, p.37), “a sociedade 
limitada tem como nota predominante uma elástica margem 
de liberdade de estruturação, principalmente em relação 
à burocracia, formatação das companhias e os riscos da 
responsabilidade ilimitada típica das sociedades em nome 
coletivo”. Podemos entender que alguns fatores sinalizam para 
as vantagens na escolha de uma sociedade empresária do tipo 
limitada. São eles:
• garante aos sócios a responsabilidade limitada, evitando 
os efeitos gerados de forma indesejada em relação ao 
patrimônio das sociedades;
• de acordo com o artigo 1.055 do Código Civil de 2002, 
“O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, 
cabendo uma ou diversas a cada sócio”;
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• evita uma estruturação e, consequentemente, uma gestão 
complexa e complicada.
A seguir temos algumas características da sociedade 
limitada:
• a responsabilidade dos sócios é limitada: restrita ao 
valor de suas cotas, embora todos os sócios respondam 
solidariamente pelo capital social;
• o capital social é dividido em cotas, iguais ou não, cabendo 
uma ou mais a cada sócio;
• a sociedade limitada é gerida por uma ou mais pessoas 
identificadas no contrato social;
• podem ser designados, se o contrato social permitir, 
administradores que não são sócios das sociedades;
• no ato constitutivo, deve constar a designação da cota 
com que cada um dos sócios entra para o capital social 
e o modo de realizá-la, ou seja, em dinheiro, em bens ou 
ambos;
• a contribuição (valor) de cada sócio deve observar os prazos 
e a forma identificada no contrato social.
De acordo com Pontes (2005, p.185), “limitada é a 
responsabilidade do cotista, não da sociedade, pois se trata 
de uma sociedade empresária com totalidade de sócios de 
responsabilidade limitada, porém, a responsabilidade da 
sociedade perante terceiros é plena, posto que dotada de 
autonomia jurídica”.
Uma vez fechado o capital social, o patrimônio (bens + 
direitos + obrigações) dos sócios não será afetado por obrigação/dívidas da sociedade, pois esta responderá totalmente com seu 
próprio patrimônio, pelas obrigações sociais.
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Existem algumas exceções em relação à regra de limitação 
da responsabilidade das cotas. São elas:
• nos débitos da dívida ativa (artigo 135 – Código Tributário 
Nacional);
• os sócios respondem pelas dívidas da sociedade perante 
o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) – Lei 
8.620/93 artigo 13º;
• os sócios que decidirem, mesmo contra a lei ou o contrato 
social, que responderão ilimitadamente pelas obrigações 
sociais (artigo 1.080 do Código Civil);
• se o sócio utilizar a separação do patrimônio como forma 
de fraudar credores, pode responder pessoalmente à 
referida obrigação (artigo 50 do Código Civil).
7.4 Sociedade anônima ou companhia
Segundo Américo Luis Martins da Silva (2006, p. 140), “As 
sociedades anônimas caracterizam-se por serem espécie de 
sociedade com finalidade econômica, que têm capital dividido 
em partes iguais, denominadas ações, títulos negociáveis 
livremente, e por ser a responsabilidade dos sócios limitada 
apenas à importância das ações pelos mesmos subscritas 
ou adquiridas. Ou seja, é aquela sociedade exclusivamente 
empresária, cujo capital social consistente em espécie 
(moeda corrente) ou em bens que podem ser avaliados 
pecuniariamente e inteiramente dividido em ações de igual 
valor, sendo a responsabilidade dos sócios ou acionistas, em 
número mínimo de dois (exceto a subsidiária integral), limitada 
ao valor das ações que subscrevem ou adquirem (Lei nº 6.404, 
de 15.12.1976)”. Apesar do nome “anônima”, essa sociedade 
empresária tem um nome que é identificado na legislação 
jurídica e nos negócios.
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Há algumas peculiaridades inerentes à sociedade anônima 
ou companhia. São elas:
• a responsabilidade dos sócios é limitada pela parte do 
capital social que é absorvido por eles;
• o capital social é dividido em frações negociáveis e 
transferíveis, que recebem o nome de ações;
• os sócios podem mudar sem ser alterado o ato constitutivo 
da sociedade, ou seja, ocorre o que chamamos de 
irrelevância pessoal;
• é uma sociedade empresária de capital com personalidade 
jurídica de direito privado;
• tem o lucro como objetivo preponderante para os 
negócios;
• o objeto social se refere ao exercício da atividade 
empresarial lícita.
7.5 Sociedade em comandita por ações
Seguem abaixo algumas características:
• o capital é dividido em ações e opera sob firma ou 
denominação;
• é tratada através da Lei das Sociedades por Ações – Lei 
6.404/76, com as modificações determinadas pela Lei 
9.457/1997 e pelos artigos 1.090 a 1.092 do Código Civil;
• a administração fica a cargo do acionista que responde 
subsidiariamente e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais;
• é regida pelas normas da sociedade anônima ou 
companhia.
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