Buscar

Obras Rodoviárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
1 
 
AULA 0 
ESTUDOS GEOTÉCNICOS 
 (ANÁLISE DE RELATÓRIO DE SONDAGENS) 
 
 
Olá pessoal! 
 
É com grande satisfação que vimos dar nossa contribuição nessa sua 
caminhada rumo a Controladoria Geral da União - CGU, para concorrer ao 
cargo de Analista de Finanças e Controle - AFC. Com certeza, um dos 
melhores cargos da administração pública. 
 
Para nós foi um motivo de bastante alegria receber o convite para trabalhar 
ao lado de experientes profissionais da área de preparatórios para 
concursos, integrando a equipe do Ponto dos Concursos. 
 
Então, convidamos vocês a participarem deste novo curso de Obras 
Rodoviárias – Teoria + Exercícios para a CGU/Infraestrutura. 
 
Com a finalidade de apresentar um material que aborde o conteúdo da 
disciplina diretamente ao ponto principal de cada assunto, evidenciando os 
principais temas cobrados em provas de concursos de obras rodoviárias é 
que resolvemos ministrar esse curso com dois professores, tendo em vista o 
amplo escopo desse Edital lançado pela ESAF para o concurso da CGU. 
 
Por isso, faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento, 
sempre trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. 
Nosso objetivo é colocá-los em nível adequado de conhecimento para vocês 
se familiarizarem com a forma de cobrança dos assuntos de obras 
rodoviárias, mais especificamente em relação à auditoria dessas obras. 
Assim, não se pretende aqui esgotar o tema, mas ir exatamente até à 
medida que as questões anteriores de concurso nos indicam. 
 
Acreditamos que neste período pós-edital o estudo deve ser o mais 
estratégico. Portanto, a metodologia que estamos propondo consiste em 
apresentar a teoria da matéria da forma mais enxuta possível, focando nos 
conceitos básicos que são considerados imprescindíveis para entender a 
lógica por traz das soluções de engenharia, exatamente da forma como 
pode ser cobrada no concurso, sempre deixando alguns detalhes para 
serem comentados durante a resolução dos exercícios de concursos 
anteriores. 
 
Durante o curso iremos chamar atenção de vocês para os assuntos que 
costumam cair mais em provas. 
 
É importante ressaltar que, embora o concurso da CGU seja realizado pela 
ESAF, essa banca não possui tradição em elaborar concursos para a área de 
engenharia, sendo muito difícil encontrarmos questões da ESAF sobre o 
tema de obras rodoviárias. Exatamente por esse motivo é que o curso 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
2 
 
 
também utilizará questões de outras bancas, sobretudo do CESPE e da FCC, 
pois essas duas bancas tem um acervo maior de questões de engenharia. 
 
No fim das aulas, os exercícios nelas comentados serão apresentados numa 
lista, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de ver o gabarito e 
ler os comentários correspondentes. 
 
Bem, vamos às apresentações. 
 
Meu nome é Fabrício Helder Mareco Magalhães, sendo mais conhecido 
como Fabrício Mareco. Possuo dupla-graduação: em engenharia civil pela 
Universidade Federal do Ceará - UFC e em engenharia generalista pela 
École Centrale de Lyon na França. 
 
Já tive a oportunidade de trabalhar na área de obras rodoviárias e, durante 
a minha preparação ao concurso da CGU/TCU, essa foi a área que mais me 
fascinou. Atualmente, fui aprovado em 10º lugar no último concurso do 
Tribunal de Contas da União–TCU/2011, cargo Auditor Federal de Controle 
Externo, orientação: Auditoria em Obras Públicas. Estou lotado na 2ª 
Secretaria de Fiscalização de Obras-Secob que cuida de auditoria em obras 
rodoviárias. 
 
Além dessa minha aprovação, também fui aprovado em 6º lugar para o 
cargo de Analista Tributário da Receita Federal em 2006 e fiquei como 
excedente no concurso do TCU 2007, obtendo o 24º lugar de um total de 14 
vagas. 
 
Eu sou o Gustavo Baptista Lins Rocha, graduado pela Universidade 
Federal de Goiás com pós-graduação em Construção Civil pela Escola de 
Administração de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV/EASP. 
 
Trabalhei durante muitos anos na iniciativa privada e durante esse período 
tive oportunidade de acompanhar diversos tipos de obras de engenharia 
(edificações, pontes, saneamento etc.), mas, sobretudo, executei diversas 
obras rodoviárias. 
 
Após esse período na iniciativa privada, no início de 2010 resolvi dar um 
novo rumo à minha vida, prestando concursos públicos. No final deste 
mesmo ano fui aprovado em 1º lugar para o concurso do Inmetro. Durante 
todo o tempo que estudei meu foco foi a CGU, porém esse concurso não 
saia nunca. Em 2011, fiz o concurso para Auditor federal de Controle 
Externo do Tribunal de Contas da União – TCU na área de obras, sendo 
aprovado em 4º lugar nesse certame. Esse é o cargo que ocupo 
atualmente, estando lotado na 2ª Secretaria de Fiscalização de Obras-
Secob, que cuida de auditoria em obras rodoviárias. 
 
Uma coisa de aprendemos nessa vida de concurseiros é que disciplina, 
determinação, persistência, assim como um estudo estratégico são 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
3 
 
 
elementos que ajudam bastante a atalhar o sucesso da aprovação. Faça um 
planejamento dos estudos e tenha sobretudo muita força de vontade. 
 
Nos últimos meses um grande número de concursos que contemplam a 
parte de obras tem sido realizado. Percebemos esse aumento 
principalmente desde o final do ano passado. Só de setembro de 2011 pra 
cá foram realizados: Min. Da Educação, TCU, TCE-PR, TCM-GO, Caixa 
Econômica Federal e outros. Além do lançamento do edital para o MPOG e 
esse da CGU. E muitos outros virão!! 
 
Antes de começar, vamos falar um pouquinho do cargo de AFC/CGU. Na 
CGU, as coordenações são divididas de acordo com o assunto que é 
auditado, normalmente vinculado a um ministério. A CGU tem ganhado 
cada vez mais importância no cenário nacional, vem ganhando um merecido 
espaço na mídia, sendo um órgão de controle indispensável para a 
administração pública. A remuneração atual é feita em forma de subsídio, 
com valor inicial de R$ 12.960,77. Portanto, pessoal, está na hora de 
começar a mudar a história da sua vida!! Vamos juntos lutar por esse cargo 
de AFC/CGU!! Todo o esforça valerá a pena no final!! 
 
Assim, estruturamos o curso em 11 aulas que abrangem todo o conteúdo 
do edital atual. Procuramos distribuir o tópico de nosso curso de maneira 
que fique o mais didaticamente possível, da seguinte forma: 
 
Aula Data Contéudo 
0 20/04 Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). 
1 27/04 Especificações de serviços: terraplanagem (corte, aterros, 
bota-fora etc.); 
Construção: execução de serviços de terraplanagem(parte 1) 
2 04/05 Especificações de serviços: pavimentação: reforço do sub-leito, 
sub-base, base e revestimento asfáltico 
Construção: pavimentação(parte 2) 
3 09/05 Especificações de serviços:drenagem e obras de arte especiais; 
Construção:drenagem(parte 3) 
4 14/05 Especificações de serviços: principais equipamentos utilizados 
Construção: sinalização(parte 4) 
5 19/05 Especificações de materiais: características físicas 
Principais ensaios técnicos: de solo, de material betuminosos e 
de agregados.(parte 1) 
 
6 23/05 Principais ensaios técnicos: de solo, de material betuminosos e 
de agregados.(parte 2) 
 
7 28/05 Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT 
(SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e 
equipamentos. 
8 04/06 Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras 
Construção: organização do canteiro de obras 
9 08/06 Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recurso 
(medições, cálculos de reajustamento, mudança de data-base, 
emissão de fatura etc.), análise e interpretação de 
documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
4 
 
cadernosde encargos, projetos, diário de obras etc.). 
10 13/06 Controle de material: cimento, agregados, aditivos, materiais 
betuminosos; controle de execução de obras e serviços. 
Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. 
 
 
Pessoal, após as devidas apresentações, não percamos tempo e vamos ao 
que nos interessa!! 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Para a construção de uma estrada, é necessário o conhecimento adequado 
das condições do subsolo do local onde será executada a obra. Tal fator é 
essencial para que o engenheiro de projeto possa desenvolver alternativas 
que levem a soluções tecnicamente seguras e economicamente viáveis na 
determinação do traçado da rodovia. O conhecimento das condições do 
subsolo deve vir de um planejado programa de investigação de forma a 
prover de dados, tanto ao projetista quanto ao construtor, no momento que 
deles necessitarem. 
 
Um programa de investigação deve fornecer várias informações do subsolo, 
dentre as mais importantes pode-se considerar: 
• Espessura e dimensões em planta de cada camada para a profundidade de 
interesse do projeto, além da caracterização de cada camada através de 
observações locais ou de resultados de laboratório. 
• Profundidade do topo da camada rochosa ou do material impenetrável ao 
amostrador. 
• Existência de água com a respectiva posição do nível d’água no período da 
investigação e, se possível, sua variação durante o ano. Se for o caso 
indicar a existência de pressões artesianas. 
• As propriedades do solo ou da rocha, tais como, permeabilidade, 
compressibilidade e resistência ao cisalhamento. 
Nem sempre os projetos necessitarão de todas estas informações, enquanto 
que para certos projetos específicos, alguns dados não relacionados acima 
poderão ser necessários. 
 
Pessoal, dentre os métodos existentes para a investigação do subsolo, o 
direto é o mais empregado no Brasil, inclusive é através dele que obtemos o 
relatório de sondagens. Além disso, estamos tomando como base o edital 
lançado para este concurso da CGU, e nele é exigida apenas a análise do 
relatório de sondagens. Em relação ao concurso passado da CGU 2008, o 
conteúdo do atual edital não foi alterado (mudou nadinha com relação a) 
sobre este conteúdo, inclusive a questão cobrada na prova desse certame 
foi baseada exclusivamente em um relatório de sondagem (percebam que o 
edital atual, assim como o passado, deixam claro que esse é o foco do 
assunto). Portanto, é neste ponto em que vamos concentrar nossas análises 
acerca desse item do edital. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
5 
 
 
2. MÉTODOS DIRETOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO 
 
Os métodos diretos permitem o reconhecimento do solo prospectado, 
através de amostras obtidas de "furos" executados no terreno. As amostras 
deformadas fornecem subsídios para um exame visual táctil das camadas e 
sobre elas podem-se executar ensaios de caracterização (teor de umidade, 
limites de consistência, massa específica e granulometria). 
Permitem também a coleta de amostras indeformadas para se obter 
informações seguras sobre o teor de umidade, resistência ao cisalhamento e 
compressibilidade dos solos. 
Através dos métodos diretos pode-se obter a delimitação entre as camadas 
do subsolo, a posição do nível do lençol freático e informações sobre a 
consistência das argilas e compacidade das areias. Conclui-se então que as 
principais características esperadas de um programa de prospecção são 
alcançadas com a utilização destes métodos. Há em todos eles, o 
inconveniente de oferecer uma visão pontual do subsolo. 
Dentre os principais métodos diretos encontram-se: 
 
1. Manuais 
 
• Poços 
• Trincheiras 
• Trados manuais 
 
2. Mecânicos 
 
• Sondagens à percussão com circulação de água 
• Sondagens á percussão SPT 
• Sondagens rotativas 
• Sondagens mistas 
• Sondagens especiais com extração de amostras indeformadas 
2.1- METODOS DIRETOS MANUAIS 
2.1.1. POÇOS 
Os poços de inspeção são executados em terrenos que permitam a sua 
escavação, sem escoramento, atingindo usualmente até 2,00m a 3,00m de 
profundidade. Permite ainda a coleta de amostras para a execução de 
ensaios de laboratório, tanto deformadas (não mantém as mesmas 
propriedades físicas quando retiradas da natureza) quanto indeformadas 
(mantêm as mesmas propriedades físicas quando extraídas). 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
6 
 
 
A profundidade do poço é muitas vezes limitada pela presença do lençol 
freático. Os poços são abertos manualmente, com auxilio da pá, picareta, 
balde e sarrilho (vide figura abaixo). 
 
 
2.1.2. TRINCHEIRAS 
 
São valas longas com profundidade máxima de 2 metros, para uma 
investigação linear das primeiras camadas do terreno, em situações 
específicas. É usada para se explorar continuamente o solo, ao longo do 
terreno, por exemplo, da seção de uma barragem, de áreas de empréstimo, 
de locais de pedreira, etc. Usualmente as trincheiras são abertas por meio 
de escavadeiras 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
7 
 
 
2.1.3. TRADOS MANUAIS 
 
É um processo mais simples, rápido e econômico para as investigações 
preliminares das condições geológicas superficiais. 
A sondagem a trado geralmente penetra somente nas camadas de solo com 
baixa resistência e acima do nível d´água. A amostragem geralmente é 
feita a cada metro, à medida que avança o furo, anotando-se as 
profundidades em que ocorrem mudanças do material. É muito utilizado 
para a determinação do nível do lençol freático (nível que equivale à água 
encontrada em poço). 
A perfuração é feita com os operadores girando a barra horizontal acoplada 
a hastes verticais, em cuja extremidade encontra-se a broca. A cada 5 ou 6 
rotações, forçando-se o trado para baixo é necessário retirar a broca para 
remover o material acumulado. 
As amostras retiradas pelo trado são sempre deformadas, não mantendo 
as principais características físicas que possui o solo na natureza. Elas são 
coletadas em sacos de lona com etiquetas indicativas do nome da obra, 
local, número do furo e profundidade de coleta. 
Quando for necessário determinar a umidade natural do solo, deverão ser 
coletadas amostras em vidros ou recipiente de plástico com tampas 
herméticas e seladas com parafina. 
Os resultados de cada sondagem são apresentados sob a forma de perfis 
individuais ou de tabelas e são traçados perfis gerais do subsolo, 
procedimento normalmente adotado para as áreas de empréstimo. 
 
A seguir alguns dos tipos de trados manuais existentes na investigação 
geológica-geotécnica: 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
8 
 
 
Vejam como isso já foi cobrado em prova (Os comentários de todas as 
questões virão no fim da aula).: 
 
1 - (PREF. NATAL 2004 - CESPE) A técnica de sondagem mais apropriada, 
em termos de facilidade de execução, para os terrenos predominantemente 
arenosos abaixo do nível d’água freático é a sondagem a trado. 
2.2 - METODOS DIRETOS MECÂNICOS 
2.2.1. SONDAGENS À PERCUSSÃO COM CIRCULAÇÃO DE ÁGUA 
 
Nas sondagens à percussão, as camadas de areia oferecem dificuldades de 
perfuração e de coleta de amostra, devido ao preenchimento da cavidade 
do furo com o material desmoronado. O prosseguimento da sondagem é 
feito injetando-se, através de uma canalização interna aos tubos de 
revestimento do furo, água sob pressão, fazendo com que, ao subir pelo 
espaço entre a canalização interna e os tubos de revestimento, a água 
provoque a lavagem do furo e o consequente transporte de areia. 
Equipamento utilizado na sondagem à percussão com circulação de água 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
9 
 
 
 
 
2.2.1.1. PROCEDIMENTO 
 
Em linhas gerais a execuçãode sondagens de reconhecimento a percussão 
com circulação de água compreende as seguintes operações: 
a) Processo de perfuração: 
• A perfuração é iniciada com trado cavadeira até a profundidade de 1 
metro, instalando-se o primeiro seguimento do tubo de revestimento 
dotado de sapata cortante. 
 
• Nas operações subsequentes de perfuração utiliza-se o trado espiral, até 
que se torne inoperante ou até encontrar o nível da água. 
 
• Não é permitido que, nas operações com o trado, o mesmo seja cravado 
dinamicamente com golpes do martelo ou por impulsão da composição de 
perfuração. Quando avanço da perfuração com emprego do trado helicoidal 
for inferior a 50 mm após 10 min de operação ou no caso de solo não 
aderente ao trado, passa-se ao método de perfuração por circulação 
de água, também chamado de lavagem, no qual usando-se o trépano de 
lavagem como ferramenta de escavação, a remoção do material escavado 
se faz por meio de circulação de água, realizada pela bomba da água 
motorizada 
 
• A operação em si, consiste na elevação da composição de perfuração em 
cerca de 30 cm do fundo do furo e na sua queda, que deve ser 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
10 
 
 
acompanhada de movimentos de rotação alternados (vai-e-vem), aplicados 
manualmente pelo operador. A medida que se for aproximando da cota de 
ensaio e amostragem, recomenda-se que essa altura seja progressivamente 
diminuída. 
 
• Quando se atingir a cota de ensaio e amostragem, a composição de 
perfuração deve ser suspensa a uma altura de 0,20 m do fundo do furo, 
mantendo-se a circulação de água por tempo suficiente, até que todos os 
detritos da perfuração tenham sido removidos do interior do furo. 
 
• Toda vez que for descida a composição de perfuração com o trépano ou 
instalado novo segmento de tubo de revestimento, os mesmo devem ser 
medidos com erro máximo de 10 mm. 
 
• Durante as operações de perfuração, caso a parede do furo se mostre 
instável, procede-se à descida do tubo de revestimento até onde se fizer 
necessário, alternadamente com a operação de perfuração. O tubo de 
revestimento deverá fica a uma distância de no mínimo a 0,50 m do fundo 
do furo, quando da operação de ensaio e amostragem. Somente em casos 
de fluência do solo para o interior do furo, deve ser admitido deixá-lo à 
mesma profundidade do fundo do furo. 
 
• Em sondagens profundas, onde a descida e a posterior remoção dos tubos 
de revestimento for problemática, poderão ser empregadas lamas de 
estabilização em lugar do tubo de revestimento. 
 
• Durante a operação de perfuração são anotadas as profundidades das 
transições de camadas detectadas por exame táctil-visual e da mudança de 
coloração dos materiais trazidos à boca do furo pelo trado espiral ou pela 
água de lavagem. 
• Durante a sondagem o nível da água no interior do furo é mantido em 
cota igual ou superior ao nível do lençol freático encontrado e 
correspondente. Atenção especial deve ser dada no caso de existência de 
diversos lençóis freáticos independentes e intercalados, quando se faz 
necessário o adequado manejo de revestimento e de processo de 
perfuração. 
 
• Antes de se retirar a composição de perfuração, com o trado helicoidal ou 
o trépano de lavagem apoiado no fundo do furo, deve ser feita uma marca 
na haste à altura da boca do revestimento, para que seja medida, com erro 
máximo de 10 mm, a profundidade em que se irá apoiar o amostrador na 
operação subsequente de ensaio e amostragem. 
 
 
2.2.1.2. AMOSTRAGEM 
 
• Será coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo 
colhido pelo trado concha durante a perfuração até um metro de 
profundidade. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
11 
 
 
• Posteriormente, a cada metro de perfuração, a contar de um metro de 
profundidade, são colhidas amostras dos solos por meio dos amostrador 
padrão. 
 
• Obtém-se amostras cilíndricas, adequadas para a classificação, porém 
evidentemente comprimidas. Esse processo de extração de amostra 
oferece, entretanto, a vantagem de possibilitar a medida de consistência ou 
compacidade do solo por meio de sua resistência à penetração no terreno, 
da qual se tratará adiante. 
 
• As amostras colhidas devem ser imediatamente acondicionadas em 
recipientes herméticos e de dimensões tais que permitam receber pelo 
menos um cilindro de solo colhido do bico do amostrador-padrão. 
 
• Nos casos em que não haja recuperação da amostra pelo amostrador-
padrão, deve ser anotado no relatório. 
 
• Cada recipiente de amostra deve ser provido de uma etiqueta, na qual, 
escrito com tinta indelével, devendo contar o seguinte: 
a) designação ou número do trabalho; 
b) local da obra 
c) número da sondagem; 
d) número da amostra; 
e) profundidade da amostra; e 
f) números de golpes e respectivas penetrações do amostrador. 
 
• As amostras devem ser conservadas pela empresa executora, à disposição 
dos interessados por um período mínimo de 60 dias, a contar da data da 
apresentação do relatório. 
 
2.2.1.3. PRINCIPAIS VANTAGENS 
 
a) Custo relativamente baixo. 
b) Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil 
acesso. 
c) Permite a coleta de amostras do terreno, a diversas profundidades, 
possibilitando o conhecimento da estatigrafia do mesmo. 
d) Através da maior ou menor dificuldade oferecida pelo solo à 
penetração de ferramenta padronizada, fornece indicações sobre a 
consistência ou compacidade dos solos investigados. 
e) Possibilita a determinação da profundidade de ocorrência do lençol 
freático. 
 
 
 
2.2.2. SONDAGEM A PERCUSSÃO SPT 
 
Conhecida como sondagem de “Simples reconhecimento”, a “Sondagem 
Standard Penetration Test - SPT, ou “Teste de Penetração Padrão”, é um 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
12 
 
 
processo muito usado para conhecer o subsolo, fornecendo subsídios 
indispensáveis para escolha do tipo de fundação”. 
 
2.2.2.1 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 
 
O equipamento para a sondagem a percussão é simples e pode ser 
relativamente barato. Existem soluções mais sofisticadas em termos de 
facilidade e precisão, mas o material básico consiste em: 
• Tripé equipado com sarilho, roldana e cabo; 
• Tubos metálicos de revestimento, com diâmetro interno de 63,5 mm 
(2,5”); 
• Hastes de aço para avanço da perfuração, com diâmetro interno de 25 
mm; 
• Martelo de ferro para cravação das hastes de perfuração, do amostrador e 
do revestimento. Seu formato é cilíndrico e o peso é de 65 kg; 
• Conjunto motor-bomba para circulação de água no avanço da perfuração; 
• Trépano de lavagem constituído por peça de aço terminada em bisel e 
dotada de duas saídas laterais para a água a ser utilizada; 
• Trado concha com 100 mm de diâmetro e helicoidal com diâmetro de 56 a 
62 mm; 
• Amostrador padrão de diâmetro externo de 50,8 mm e interno de 34,9 
mm, com corpo bipartido. 
 
2.2.2.2. PROCEDIMENTOS 
 
• O amostrador padrão, conectado às hastes de perfuração, é descido no 
interior do furo de sondagem e posicionado na profundidade atingida pela 
perfuração. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
13 
 
 
• Após o posicionamento do amostrador conectado à composição de 
cravação, coloca-se a cabeça de bater no topo da haste e, utilizando-se o 
tubo de revestimento como referência, marca-se na haste, com um giz, um 
seguimento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm. 
 
• A seguir, o martelo é apoiado suavemente sobre a cabeça de bater e 
anotada a eventual penetração do amostrador no solo. 
 
• Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm, após o 
procedimento anterior, prossegue-se a cravação do amostrador até 
completar os 45 cm de penetração por meios de impactos sucessivos do 
martelo padronizado caindo livremente de uma altura de 75 cm, 
anotando-se, separadamente, onúmero de golpes necessários à cravação 
de cada segmento de 15 cm do amostrador. Freqüentemente não 
ocorre a penetração exata dos 45 cm, bem como de cada um dos 
segmentos de 15 cm do amostrador, com certo número de golpes. Na 
prática, é registrado o número de golpes empregados para uma penetração 
imediatamente superior a 15 cm, registrando-se o comprimento penetrado 
(por exemplo, três golpes para a penetração de 17 cm). 
 
• A seguir, conta-se o número adicional de golpes até a penetração total 
ultrapassar 30 cm e em seguida o número de golpes adicionais para a 
cravação atingir 45 cm ou, com o último golpe, ultrapassar este valor. 
 
• O registro é expresso pelas frações obtidas nas três etapas. Por exemplo: 
3/17 - 4/14 - 5/15. As penetrações parciais ou acumuladas devem ser 
medidas com erro máximo de 5 mm. 
 
• A cravação do amostrador, nos 45 cm previstos para a realização do SPT, 
deve ser contínua e sem aplicação de qualquer movimento de rotação 
nas hastes. 
 
• A elevação do martelo até a altura de 75 cm, marcada na haste guia, é 
feita normalmente por meio de corda flexível, de sisal, com diâmetro de 19 
mm a 25 mm, que se encaixa com folga no sulco da roldana da torre. 
 
• Observar que os eixos longitudinais do martelo e da composição de 
cravação com amostrador devem ser rigorosamente coincidentes. 
 
• Precauções especiais devem ser tomadas para que, durante a queda livre 
do martelo, não haja perda de energia de cravação por atrito, 
principalmente nos equipamentos mecanizados, os quais devem ser dotados 
de dispositivo disparador que garanta a queda totalmente livre do martelo. 
 
• Quando a cravação atingir 45 cm, o índice de resistência à penetração 
N é expresso como a soma do número de golpes requeridos para a 
segunda e a terceira etapas de penetração de 15 cm, adotando-se os 
números obtidos nestas etapas mesmo quando a penetração não tiver sido 
de exatos 15 cm. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
14 
 
 
• Quando, com a aplicação do primeiro golpe do martelo, a penetração for 
superior a 45 cm, o resultado da cravação do amostrador deve ser expresso 
pela relação deste golpe com a respectiva penetração. Exemplo: 1/58. 
 
• Quando a penetração for incompleta, o resultado da cravação do 
amostrador é expresso pelas relações entre o número de golpes e a 
penetração para cada 15 cm de penetração, ex: 12/16; 
 
• Quando a penetração do amostrador-padrão com poucos golpes exceder 
significativamente os 45 cm ou quando não puder haver distinção clara nas 
três penetrações parciais de 15 cm, o resultado da cravação do amostrador 
deve ser expresso pelas relações entre o número de golpes e a penetração 
correspondente. Exemplo: 1/65 ; 1/33 - 1/20. 
 
Pessoal, através da figura abaixo é possível visualizar o posicionamento e a 
profundidade adequados para a execução do ensaio. Vejam que se deve 
cravar posicionar o amostrador a uma profundidade igual a 55 cm, 
deixando-se os restantes 45 cm de solo para a realização do ensaio de 
penetração. Em seguida crava-se os primeiros 15cm, sendo que o número 
de golpes necessários à cravação dos 30cm finais será denominado de SPT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amostrador padrão para ensaio SPT. 
 
 
 
2.2.2.3. CRITERIOS DE PARALISAÇÃO DA SONDAGEM 
 
A amostragem do SPT obedece aos seguintes critérios de paralisação: 
• Quando em 3 m sucessivos, os índices de penetração forem maiores 
que 45/15 (45 golpes a cada 15 cm de penetração)(ou seja, 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
15 
 
verifica-se se houve valores maiores que 45 golpes para cravar o 
amostrador em quaisquer 15 cm, num trecho de 3 m; 
• Quando em 4 m sucessivos, os índices de penetração forem entre 
45/15 e 45/30 (ou seja, estando o número de golpes para trechos 
de 15 cm abaixo de 45, verifica-se se a soma dos golpes em dois 
trechos sequenciais de 15 cm é maior que 45, num trecho de 4 m 
sucessivos); 
• Quando em 5 m sucessivos, os índices de penetração forem entre 
45/30 e 45/45 (ou seja, estando o número de golpes para trechos 
sequenciais de 30 cm abaixo de 45, verifica-se se a soma dos golpes 
nos três trechos sequenciais de 15 cm é maior que 45, num trecho de 
5 m sucessivos); 
• Quando há penetração nula numa sequência de 5 golpes. 
Exemplo, 05/0 (não apresenta avanço do amostrador após 5 golpes). 
 
 
Se o impenetrável ocorrer antes dos 8 m, realizam-se novas sondagens a 2 
m do furo inicial, em quadrantes, pois pode ser matacão – fragmento 
natural de rocha normalmente arredondado, com diâmetro entre 0,25 m e 
1,00 m. 
Caso se tenha atingida a condição de impenetrável à percussão, e se queira 
continuar o avanço da sondagem por lavagem, esta deve ser interrompida 
quando, num intervalo de 30 min, o avanço do trépano for menor que 5 
cm em cada 10 min. 
 
2.2.2.4. COLETA DE AMOSTRAS 
 
Na sondagem à percussão são coletadas amostras obtidas pelo amostrador 
e aquelas retiradas nos avanços dos furos entre um e outro ensaio de SPT, 
por trado ou lavagem. 
 
As amostras de trado devem ser acondicionadas em sacos plásticos ou 
ordenadas nas próprias caixas de amostragem. As amostras retiradas por 
sedimentação da água de lavagem ou de circulação também devem ser 
guardadas. Elas são constituídas principalmente pela fração arenosa do solo 
original, pois os finos geralmente são levados pela água de circulação da 
sondagem. 
 
2.2.2.5. INDICE DE RESISTENCIA A PENETRAÇÃO 
 
O índice SPT foi definido por Terzaghi-Peck, que nos diz que o índice de 
resistência à penetração (SPT) é a soma do número de golpes necessários à 
penetração no solo, dos 30 cm finais do amostrador. Despreza-se portanto 
o número de golpes correspondentes à cravação dos 15 cm iniciais do 
amostrador. 
 
Ainda que o ensaio de resistência à penetração não possa ser considerado 
como um método preciso de investigação, os valores de SPT obtidos dão 
uma indicação preliminar bastante útil da consistência (solos argilosos) ou 
estado de compacidade (solos arenosos) das camadas do solo investigadas. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
16 
 
 
 
2.2.2.6. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
Na maioria dos casos, a interpretação dos dados SPT visa à escolha do tipo 
das fundações, a estimativa das taxas de tensões admissíveis do terreno e 
uma previsão dos recalques das fundações. 
Assim, a empresa encarregada de fazer o ensaio fornece um relatório dos 
trabalhos e um desenho esquemático de cada furo. A partir daí, cabe ao 
projetista interpretar os resultados para escolher o tipo de fundação ou, se 
ainda achar os dados inconclusivos, pedir algum ensaio mais específico. 
 
A escolha do tipo de fundação é feita analisando os perfis das sondagens, 
cortes longitudinais do subsolo que passam pelos pontos sondados. A 
pressão admissível a ser transmitida por uma fundação direta ao solo 
depende da importância da obra e também da experiência acumulada na 
região, podendo ser estabelecida em função de índice correlacionado com a 
consistência ou compacidade das diversas camadas do subsolo. 
 
O quadro abaixo apresenta uma correlação do mesmo tipo para solos 
coesivos, igualmente estabelecida por Terzaghi-Peck. Esta correlação entre 
o índice de resistência à penetração e a resistência à compressão simples é 
ainda menos precisa que a anterior e tem também caráter indicativo. 
 
 
Além da tabela acima, é possível estimar a carga admissível em um solo 
mediante a fórmula abaixo: 
 
 
 
Assim, por exemplo, um solo com índice SPT de 20 teria uma tensão 
admissível de 3,47 Kg/cm/² e outro com SPT 16 teria uma tensão 
admissível de 3 Kg/cm/². Mas devemos ressaltar que estes valores, tanto 
das tabelas quanto da fórmula acima, são muito genéricos e imprecisos. Só 
mesmo uma análise criteriosa da sondagem por um técnico especializado 
pode determinar com precisão o melhor valor para a resistência do solo.CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
17 
 
 
Isto porque além do tipo de solo e sua resistência SPT, o projetista deve 
levar em conta outros fatores inerentes às fundações - forma, dimensões e 
profundidade - e ao terreno que servirá de apoio, analisando a 
profundidade, nível d'água e possibilidade de recalques, além da existência 
de camadas mais fracas abaixo da cota de nível prevista para assentar as 
fundações. 
 
2.2.2.7. VANTAGENS DO SPT 
 
• Custo relativamente baixo. 
• Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil 
acesso. 
• Permite coleta de amostras do terreno, a diversas profundidades, 
possibilitando a estratigrafia do mesmo. 
• Através da maior ou menor dificuldade oferecida pelo solo à 
penetração da ferramenta padronizada, fornece indicações sobre a 
consistência ou compacidade dos solos investigados. 
• Possibilita a determinação da profundidade de ocorrência do lençol 
freático. 
 
 
 
2.2.2.8. DESVANTAGENS DO SPT 
 
• A energia aplicada é alta. 
• Necessita fornecimento de água. 
• Não existe a sensibilidade de profundidade para solos saturados e 
moles. 
• Complicado e demorado para instalar e desmobilizar. 
• Identificação precisa do solo é dificultada pela quebra das partículas 
pelo trepano e a mistura dos materiais pela lavagem. 
 
 
 
EM RESUMO, A SONDAGEM A PERCUSSÃO – SPT: 
 
� Atravessa solos relativamente compactos ou duros ; 
� Não ultrapassa blocos de rocha e muitas vezes, pedregulho; 
� O furo é revestido se for instável ; 
� Perfuração com Trépano e remoção por circulação de água 
(lavagem); 
� O ensaio (SPT) é realizado a cada metro de sondagem; 
� Consiste na cravação de um amostrador normalizado (Raymond -
Terzaghi), por meio de golpes de um peso de 65 kgf caindo de 
75cm de altura; 
� Anota-se o nº de golpes para cravar os 45cm do amostrador em 3 
conjuntos de golpes para cada 15cm; 
� O resultado do ensaio SPT é o nº de golpes necessários para 
cravar os 30cm finais; 
� A amostra é deformada. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
18 
 
 
 
Pessoal, isso já caiu assim: 
 
2 - (Analista Judiciário – Engenheiro Civil – TRF 4 – FCC) Entre os diversos 
tipos de ensaios de solo, o mais executado é o SPT (Standard Penetration 
Test) ou sondagem de simples reconhecimento dos solos. Entre as 
características que ele NÃO fornece, é correto citar 
 
(A) o tipo de solo atravessado. 
(B) a resistência oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão. 
(C) a posição do nível de água. 
(D) a cota ou a espessura de cada tipo de solo. 
(E) o módulo de elasticidade e o ângulo de atrito interno. 
 
 
2.2.3 SONDAGENS ROTATIVAS 
 
Quando uma sondagem alcança uma camada de rocha ou quando no 
curso de uma perfuração as ferramentas das sondagens à percussão 
encontram solo de alta resistência, blocos ou matacões de natureza 
rochosa é necessário recorrer às sondagens rotativas. 
As sondagens rotativas têm como principal objetivo a obtenção do 
testemunho, isto é, de amostras da rocha, mas permitem a identificação 
das descontinuidades do maciço rochoso e a realização no interior da 
perfuração de ensaios “in situ”, como por exemplo, o ensaio de perda de 
água, quando se deseja conhecer a permeabilidade da rocha ou a 
localização das fendas e falhas. 
A sondagem realizada puramente pelo processo rotativo só se justifica 
quando a rocha aflora ou quando não há necessidade da investigação 
pormenorizada com coleta de amostras das camadas de solos residuais, 
sedimentares ou coluviais que na maioria dos casos recobrem o maciço 
rochoso. 
 
2.2.3.1. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 
 
O equipamento para a realização de sondagens rotativas compõe-se 
essencialmente de: 
• Sonda (Motor, Guincho e Cabeçote de Perfuração); 
• Hastes de perfuração; 
• Barriletes (Simples, Duplo-Rígido, Duplo-Giratório e Especiais 
• Ferramentas de corte (Coroas compostas por: Matriz de Aço, Corpo da 
Coroa, Saídas de Água e Diamantes); 
• Conjugado motor-bomba (Sistema de circulação de água: Refrigeração, 
expulsão de fragmentos e diminuição da fricção); 
• Tubos de revestimento. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
19 
 
 
 
2.2.3.2. PROCEDIMENTOS 
 
• Instala-se a sonda sobre uma plataforma devidamente ancorada no 
terreno a fim de se manter constante a pressão sobre a ferramenta 
de corte. 
 
• A seguir a composição (haste, barrilete, alargador e coroa) é 
acoplada à sonda e antes desta ser acionada, põe-se em 
funcionamento a bomba que injeta o fluido de circulação. 
 
• A execução da sondagem rotativa consiste basicamente na realização 
de manobras consecutivas, isto é, a sonda imprime às hastes os 
movimentos rotativos e de avanço na direção do furo e estas os 
transferem ao barrilete provido da coroa. O comprimento máximo de 
cada manobra é determinado pelo comprimento do barrilete, que é 
em geral de 1,5 a 3,0 m. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
20 
 
• Terminada a manobra, o barrilete é alçado do furo e os testemunhos 
são cuidadosamente retirados e colocados em caixas especiais com 
separação e obedecendo à ordem de avanço da perfuração. 
 
Nas sondagens rotativas, além da determinação dos tipos de rochas e de 
seus contatos e dos elementos estruturais presentes (xistosidade, falhas, 
fraturas, dobras, etc.), é importante a determinação do estado da rocha, 
istoé, do seu grau de fraturamento e de alteração ou decomposição. 
O grau de fraturamento de uma rocha é representado pelo número de 
fraturas por metro linear em sondagens ou mesmo em paredes de 
escavação ao longo de uma dada direção. 
Entende-se por fratura qualquer descontinuidade que, num maciço 
rochoso, separe blocos, com distribuição espacial caótica. As superfícies 
formadas pela fratura apresentam-se, via de regra, rugosa e irregular. 
Consideram-se logicamente apenas as fraturas originais e não as 
provocadas pela própria perfuração ou escavação. Não são por outro 
lado consideradas as fraturas soldadas por materiais altamente coesivos. 
 
 
Tipos de amostradores e diâmetros dos testemunhos 
 
 
 
Detalhe do amostrador de uma sonda rotativa 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
21 
 
 
 
2.2.3.3. RESULTADOS 
 
Como resultado da sondagem rotativa, são obtidos diversos índices: 
 
-Índice de Recuperação (IR): relação, em cada manobra, entre a 
metragem de testemunho de rocha trazida pelo barrilete e a metragem 
perfurada. Quanto maior o grau de recuperação, menos fragmentada está a 
rocha. Entende-se por porcentagem de recuperação dos testemunhos ou 
amostras de uma sondagem rotativa a relação entre o número de metros 
perfurados numa determinada rocha e número de metros de testemunhos 
recuperados ou amostrados. Assim, por exemplo, se ao se perfurar uma 
profundidade de 3 m foi possível a obtenção de apenas 2,50 m de amostras 
(testemunhos), dizemos que a percentagem de recuperação foi de 83,3%. 
Sua determinação é através de uma simples regra de três. 
 
 
 
 
 
- Índice de Fendilhamento (IF): dá uma idéia do estado de 
fendilhamento natural da rocha. Para cada manobra é contado o número de 
fendas naturais existentes nos testemunhos de rocha, colocados na caixa; 
 
- Índice de Fracionamento (IFr): como no fendilhamento, é determinado 
contando-se o número de pedaços artificiais de testemunhos (armazenados 
na caixa) existentes em cada manobra; 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
22 
 
 
- Alteração: enfraquecimento da rocha devido aos processos físico-
químicos sobre os maciços rochosos. Os graus de alteração são definidos 
para cada tipo litológico ou grupo de rochas de comportamento semelhante 
e fixados a partir de propriedades: cor e brilho, formação de minerais de 
alteração(argilas, limonitas, caolins), estruturas neoformadas (fissuras, 
crostas) e aumento da porosidade. 
 
 
RQD (“Rock Quality Designation”): semelhante ao IR, contando-se na 
metragem de testemunho de rocha trazida pelo barrilete apenas os pedaços 
maiores que 10 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grau de Fraturamento = Índice de Fracionamento: 
 
 
 
 
Qualidade da rocha RQD(%) 
Muito pobre 0 a 25 
Pobre 25 a 50 
Regular 50 a 75 
Boa 75 a 90 
Excelente 90 a 100 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
23 
 
 
- Grau de Coerência: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Testemunhos obtidos com a sondagem rotativa 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
24 
 
 
 
Abaixo, segue uma questão de concurso sobre esse tema. 
 
3 - (INSS 2009 – CESPE) Caso o terreno tenha ocorrência de pedregulho ou 
fragmentos de rocha, a empresa deve substituir a sondagem a trado por 
sondagem rotativa. 
 
2.2.4. SONDAGENS MISTAS: 
 
Entende-se por sondagem mista aquela que é executada à percussão em 
todos os tipos de terreno penetráveis por esse processo, e executada por 
meio de sonda rotativa nos materiais impenetráveis à percussão. 
Os dois métodos são alternados, de acordo com a natureza das camadas, 
até ser atingido o limite da sondagem necessário do estudo em questão. 
Recomenda-se sua execução em terrenos com a presença de blocos de 
rocha, matacões e lascas sobrejacentes a camadas de solo. 
O conhecimento prévio das condições geológicas do local poderá 
recomendar desde o início a provisão de um equipamento de sondagem 
mista, propiciando a execução do reconhecimento em menor prazo e com 
menor custo. 
 
2.2.4.1.EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 
 
Consiste na combinação de equipamentos tradicionais de sondagem à 
percussão e rotativa. Entretanto, o equipamento de percussão deverá ser 
 
provido de tubos de revestimento de grande diâmetro (mínimo 4” a 6”), a 
fim de permitir maior alcance para a perfuração. 
 
2.2.4.2. PROCEDIMENTOS 
 
Na maioria dos casos as sondagens mistas iniciam-se em solo, pelo método 
à percussão. 
Ao ser atingindo o impenetrável à percussão é preciso então revestir o 
comprimento já sondado com o tubo de revestimento de rotativa. O 
revestimento H pode ser introduzido por dentro do de diâmetro de 6”, 
enquanto que o revestimento N só pode ser colocado no interior do furo de 
diâmetro 4”, após o arrancamento deste. 
Quando o novo revestimento atinge a profundidade impenetrável à 
percussão, a operação prossegue como já descrito nas sondagens rotativas. 
Tão logo o sondador percebe a mudança de material (rocha para solo), 
interrompe a manobra e o furo prossegue por percussão com medida do 
início de resistência à penetração, anotando no boletim a profundidade em 
que ocorreu a passagem. 
Encontrando o segundo obstáculo impenetrável à percussão é necessário 
voltar ao processo rotativo, devendo-se para isso revestir o trecho ainda 
não revestido com tubos de diâmetro imediatamente inferior ao que está no 
furo.O segundo obstáculo será perfurado com barrilete de mesmo diâmetro 
do revestimento que está no furo. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
25 
 
 
A perfuração toma o aspecto da figura abaixo com os tubos colocados sob 
forma de telescópio e vai reduzindo o diâmetro à medida que forem 
encontrados obstáculos perfuráveis por rotativa. 
 
 
 
Vejam como isso já foi cobrado em prova: 
 
4 – (PREF. NATAL 2004 – CESPE) As sondagens mistas são aquelas em que, 
em um mesmo furo, são executadas sondagens à percussão e rotativas. 
 
2.2.5. SONDAGENS COM RETIRADAS DE AMOSTRAS 
INDEFORMADAS 
 
De um modo geral as sondagens para retirada de amostras indeformadas 
(6”) são executadas do mesmo modo que as de 2”. Toda a diferença reside 
no maior cuidado com que devem ser feitas e nos tipos de amostradores 
empregados, a alguns dos quais faremos referência a seguir. 
É recomendável que a cravação desses amostradores não seja feita por 
percussão, pois esta é uma das maiores causas de alteração das amostras, 
e sim, como é usual, pela carga de um macaco hidráulico reagindo contra 
uma ancoragem fixada no próprio tubo guia. 
A escolha dos diâmetros interno e externo do amostrador é feita de tal 
maneira que as alterações na amostra sejam as menores possíveis. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
26 
 
 
2.2.5.1. AMOSTRADOR SHELBY 
 
O amostrador "Shelby", utilizado para solos coesivos, entre outras 
particularidades, tem as paredes finas para diminuir o amolgamento da 
amostra, mas, por outro lado, pode resistir aos esforços aplicados para 
penetração sem se romperem. As amostras retiradas apresentam-se 
geralmente com um comprimento pouco menor que o do amostrador. 
Os amostradores "Shelby" permitem que sejam obtidas amostras 
indeformadas de 2" (50,6 mm) de diâmetro. Em casos especiais, utilizam-se 
amostradores de 6" (152,4 mm), que permitem obter amostras de 127 mm 
de diâmetro. 
As amostras obtidas são classificadas e parafinadas, para evitar perda de 
umidade, para então, serem encaminhadas ao laboratório para as análises 
seguintes. Segundo a norma DNER-PRO 02/94, o amostrador Shelby 
permite a retirada de amostras indeformadas. 
 
Retirada de amostra indeformada com cilindro “Shelby” em solo coesivo sem pedregulho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
27 
 
 
RESUMO DOS MÉTODOS DIRETOS 
 
 
MANUAIS Considerações sobre cada tipo de sondagem 
Poços Recomendável para a coleta de amostras 
deformadas ou indeformadas, na forma 
de blocos; 
O perfil exposto permite o exame visual das 
camadas do subsolo e a análise da 
consistência e da compacidade das camadas 
Trincheiras Permite uma análise visual e contínua do 
subsolo, seguindo uma direção, objetivando 
a inspeção visual das paredes e fundo; 
Permite a coleta de amostras representativas 
deformadas e indeformadas. 
Trado Manual Recomendável para profundidades rasas, 
em que a coleta de amostras deformadas 
não inviabilizam os objetivos de uma análise. 
É um método que não pode ser aplicado 
em solos com camadas de pedregulhos, 
matacões, areias muito compactas e 
abaixo do nível d’água. 
MECANICOS 
Sondagens à percussão com 
circulação de água 
Quando as camadas de areia oferecem 
dificuldades de perfuração e de coleta de 
amostra 
Sondagens à percussão SPT Método recomendável para profundidades 
maiores, sendo que também obtém amostras 
deformadas ou semi-deformadas. 
Sondagens rotativas Recomendada para situações com solo 
alterado (cascalho, piçarras) e para a 
presença de rocha. 
Sondagens mistas Recomendável quando durante o ensaio à 
percussão,encontra-se presença de rocha. 
Sondagens especiais com 
extração de amostras 
indeformadas 
Recomendável quando se deseja obter 
amostras indeformadas de solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
28 
 
 
3. ANALISE DO RELATORIO DE SONDAGEM 
 
Bem pessoal, após aprendermos os principais métodos diretos de 
investigação do subsolo, partiremos agora para a análise dos resultados 
obtidos nas sondagens. É importante que saibamos fazer a análise dos 
relatórios de sondagens, pois na última prova da CGU caiu uma questão 
desse tipo. Além disso, a Cespe gosta muita desse tipo de questão. Mas 
logo de cara posso tranquilizá-los de que a análise é bem simples. Após as 
explicações dos exemplos a seguir vocês conseguirão identificar as 
principais características dos relatórios de sondagens. 
Então, vamos lá!! 
 
Após a realização de uma sondagem, seus resultados deverão ser 
apresentados em forma de relatório e anexos. O relatório fornecerá dados 
gerais sobre o local e o tipo de obra, descrição sumária sobre equipamentos 
e outras julgadas pertinentes.Uma planta de localização dos furos e da 
referência de nível (RN) adotada, bem como os perfis individuais de cada 
furo serão apresentados em anexo. Em cada perfil deverão constar 
seguintes informações: 
 
• Número do furo de sondagem; 
• Cota da boca do furo; 
• Data de Início e término da sondagem; 
• Posição das amostras colhidas e das não recuperadas; 
• Profundidade das diversas transições entre camadas e do fim do furo; 
• Os índices de resistência à penetração (SPT); 
• Identificação classificação e a convenção gráfica das amostras segundo a 
NBR 6502/60; 
• Posição do N.A. e data de observação; 
• Processos de perfuração empregados e profundidades atingidas: TH para 
trado helicoidal, CA para circulação de água.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
29 
 
Abaixo segue um exemplo típico de relatório de sondagem: 
 
Primeiramente devemos identificar que tipo de sondagem foi realizado neste 
solo: a percussão, rotativa ou mista. 
Lá em cima a direita do relatório (seta vermelha) identificamos que há o 
peso de 65kg e a altura de queda de 75cm do pilão. Então, pelas 
características acima, trata-se de uma sondagem a percussão a SPT. 
Identificamos que se trata do furo de sondagem S 2 e que o nível da água 
encontra-se a uma cota -0,80m de profundidade. 
Como já estudado, sabemos que o Índice de Resistência à Penetração (SPT 
ou N) é dado pela soma do número de golpes necessários à penetração no 
solo, dos 30 cm finais do amostrador. Então para a determinação do 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
30 
 
 
SPT, devemos desconsiderar o número de golpes da 1ª e 2ª penetrações 
e considerar o número de golpes da 2ª e 3ª penetrações. Por exemplo, 
para a 2ª camada (areia fina,siltosa, com fragmentos de conchas, cinza, 
medianamente compacta), obtemos um SPT variando entre 11 a 28 e 
comparando com a tabela dos índices de resistência à penetração quanto à 
compacidade, encontramos uma solo medianamente compacto para o valor 
de SPT 
 
Fazendo uma outra análise, considerando a 4ª camada (argila muito siltosa, 
com areia fina, cinza, consistência média a rija), o SPT varia de 10 a 15 
golpes. Verificando a classificação quanto à consistência encontramos uma 
classificação para o solo de média a rija. 
 
Pessoal, observando o gráfico de golpes da coluna 2ª e 3ª penetrações, 
verificamos alguns valores do tipo 1/30 ou 2/35. Isso significa, no primeiro 
caso, que em um golpe de pilão, caindo de uma altura de 75 cm, houve 
30cm de penetração. Já no segundo caso, em dois golpes de pilão,houve 
uma penetração de 35cm. No primeiro caso, o número SPT foi de 1 
indicando um solo arenoso fofo e no segundo caso o SPT foi de 1 indicando 
um solo argiloso muito mole. 
 
Índices de resistência à penetração e respectivas designações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
31 
 
 
 
Vamos a outro exemplo: 
 
 
 
 
 
 
Vejam que nesse relatório o gráfico é diferente daquele que analisamos. 
Vamos novamente identificar que tipo de sondagem foi realizada. No canto 
superior direito há a utilização de um amostrador HX de diâmetro interno de 
34,9 mm e externo de 50,8 mm. Como já foi apresentado por vocês, o uso 
desse amostrador se dá na sondagem rotativa. Além disso, identificamos 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
32 
 
que houve a utilização de um pilão de peso 65 Kg, caindo de uma altura de 
75 cm, o que indica que foi realizada uma sondagem SPT. Portanto, como 
foi utilizado tanto a sondagem rotativa quanto a sondagem SPT, tal ensaio 
trata-se de uma sondagem mista. 
Identificamos o nível d’água que está a uma cota de -1,05m. 
Notem que a sondagem SPT termina na cota – 6,00 m e que neste ponto, 
em 45 golpes do pilão só houve a penetração de 19 cm do amostrador 
(45/19), identificando-se um solo muito compacto. 
Em seguida, iniciou-se a sondagem rotativa obtendo-se o RQD(%), 
variando de 75 a 100. Observem que no gráfico da sondagem rotativa em 
que o RQD é 75% há o número 6. Esse número significa o número de 
fraturas por metro. Comparando-se com a tabela de grau de fracionamento 
encontramos uma rocha medianamente fraturada. 
Da mesma forma acontece para o número de fraturas igual a 2. Conforme a 
tabela de grau de fraturamento, indica uma rocha pouco fraturada. 
 
Grau de Fraturamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
33 
 
Pessoal, talvez esteja passando na cabeça de vocês: “Como um assunto 
desse vai cair no concurso?”. Então, vejam: 
 
(TCU 2009 – CESPE) 
 
5 -(TCU 2009 – CESPE) A figura mostra os resultados típicos de uma 
sondagem rotativa 
 
6 - (TCU 2009 – CESPE) As características descritas para a camada de silte 
argiloso não são coerentes com outros resultados apresentados na figura. 
 
7 - (TCU 2009 – CESPE) Os resultados apresentados na figura sugerem que 
pavimentos rígidos, de concreto armado, podem ser construídos 
diretamente sobre a superfície do terreno. 
 
A partir de agora passaremos a comentar questões antigas de outros 
concursos relacionadas ao tema da aula. Essa parte da aula visa a reforçar 
os conhecimentos, bem como complementar alguns detalhes sobre o 
assunto. 
 
No fim da aula serão apresentadas essas questões sem o gabarito, 
favorecendo o treinamento do aluno. 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
34 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0 
 
1 - (PREF. NATAL 2004 - CESPE) A técnica de sondagem mais 
apropriada, em termos de facilidade de execução, para os terrenos 
predominantemente arenosos abaixo do nível d’água freático é a 
sondagem a trado. 
Como visto na aula, a sondagem a trado geralmente penetra somente nas 
camadas de solo com baixa resistência e acima do nível d´água. Além 
disso, ela não é apropriada para terrenos predominantemente arenosos, 
pois esses tipos de solo não possuem coesão ideal para a execução do 
serviço com trado (risco de desmoronamento). Portanto, ERRADA a 
questão. 
GABARITO: E 
2 - (TRF 4ª Região 2007– FCC) Entre os diversos tipos de ensaios de 
solo, o mais executado é o SPT (Standard Penetration Test) ou 
sondagem de simples reconhecimento dos solos. Entre as 
características que ele NÃO fornece, é correto citar 
 
(A) o tipo de solo atravessado. 
(B) a resistência oferecida pelo solo à cravação do amostrador 
padrão. 
(C) a posição do nível de água. 
(D) a cota ou a espessura de cada tipo de solo. 
(E) o módulo de elasticidade e o ângulo de atrito interno. 
 
Bem, pessoal, antes de analisar a questão, percebam que o examinador 
quer a alternativa que NÃO é fornecida no ensaio SPT. É comum nas provas 
da ESAF as questões serem exigidas dessa forma, então ao se defrontarem 
com esse tipo de questão, circulem a expressão negativa da frase e releiam 
o enunciado. Portanto, fiquem atentos, não podemos desperdiçar pontos 
preciosos neste concurso em que cada questão da específica valem 3 
pontos! 
Analisando as alternativas acima: 
(A) o tipo de solo atravessado. 
 
Vimos que no ensaio SPT (Standard Penetration Test), também conhecido 
como “sondagem de simples reconhecimento dos solos” são coletadas 
amostras do solo, então, através dessas amostras é possível verificar o 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
35 
 
tipo de solo que constitui o perfil do terreno analisado. Portanto, correta a 
assertativa. 
(B) a resistência oferecida pelo solo à cravação do amostrador 
padrão. 
 
Também vimos que durante a realização do ensaio SPT é definido o índice 
de resistência à penetração. Esse índice é a soma do número de golpes 
necessários à penetração no solo dos 30 cm finais doamostrador. O valor 
aferido por esse índice vai determinar a resistência de cada camada do solo. 
Está correta a afirmação desta assertativa. 
(C) a posição do nível de água. 
 
Dentre as vantagens do SPT, temos: 
• Custo relativamente baixo. 
• Facilidade de execução e possibilidade de trabalho em locais de difícil 
acesso. 
• Permite coleta de amostras do terreno, a diversas profundidades, 
possibilitando a estratigrafia do mesmo. 
• Através da maior ou menor dificuldade oferecida pelo solo à 
penetração da ferramenta padronizada, fornece indicações sobre a 
consistência ou compacidade dos solos investigados. 
• Possibilita a determinação da profundidade de ocorrência do 
lençol freático. 
 
Portanto, correta a assertativa. 
(D) a cota ou a espessura de cada tipo de solo. 
 
Durante a realização desse ensaio, são anotadas na planilha de sondagem 
as cotas de cada tipo de solo. A diferença entre as cotas dos diversos tipos 
de solos adjacentes determina a espessura dos mesmos. Correta a 
assertativa. 
(E) o módulo de elasticidade e o ângulo de atrito interno. 
 
O SPT não determina o módulo de elasticidade e nem o ângulo de atrito 
interno dos solos. Esses parâmetros são definidos em outros ensaios, tais 
como: cisalhamento direto e compressão triaxial. 
 
Não confundam, o ensaio de SPT traz como resultados: 
 
-a planta de locação, a situação e o RN (Referência de Nível) dos furos; 
-as descrições das camadas do solo; 
-o índice de resistência à penetração; 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
36 
 
 
-o gráfico de resistência x profundidade; 
-a classificação macroscópica das camadas; 
-a profundidade e limite de sondagem à percussão por furo e; 
-a existência ou não de lençol freático e o nível inicial e após 24 horas. 
 
Guardem bem esses resultados, pois o Relatório Final de Sondagem deve 
conter esses dados. 
 
Portanto, errada tal afirmação, sendo esse o GABARITO da questão (letra 
E). 
 
GABARITO: letra E 
3 - (INSS 2009 – CESPE) Caso o terreno tenha ocorrência de 
pedregulho ou fragmentos de rocha, a empresa deve substituir a 
sondagem a trado por sondagem rotativa. 
É exatamente isso que vimos na aula pessoal! 
Quando uma sondagem alcança uma camada de rocha ou quando no 
curso de uma perfuração as ferramentas das sondagens à percussão 
encontram solo de alta resistência, blocos ou matacões de natureza 
rochosa é necessário recorrer às sondagens rotativas. Correta a 
questão. 
GABARITO: C 
4 – (PREF. NATAL 2004 – CESPE) As sondagens mistas são aquelas 
em que, em um mesmo furo, são executadas sondagens à percussão 
e rotativas. 
Na aula vimos que a sondagem mista é aquela que executada à 
percussão em todos os tipos de terreno penetráveis por esse processo, E 
executada por meio de sonda rotativa nos materiais impenetráveis à 
percussão, alternando-se os dois métodos de acordo com a natureza das 
camadas. 
SONDAGEM MISTA = PERCUSSÃO + ROTATIVA 
Então, corretíssima a afirmativa da questão! 
GABARITO: C 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
37 
 
 
 
(TCU 2009 – CESPE) 
 
 
5 - (TCU 2009 – CESPE) A figura mostra os resultados típicos de 
uma sondagem rotativa. 
 
E aí? O que vocês acham? 
 
Claro que não, né?!! Não há camadas de rochas, somente de argila e areia. 
Os resultados correspondem à sondagem a percussão. 
 
Lembrem-se de relacionar sondagem ROtativa com ROcha. 
 
Esse tipo de sondagem utiliza uma perfuratriz (sonda rotativa) com coroa 
diamantada quando o furo de sondagem atinge uma camada de rocha, solo 
de alta resistência, blocos, ou matacões. 
 
GABARITO: E 
6 - (TCU 2009 – CESPE) As características descritas para a camada 
de silte argiloso não são coerentes com outros resultados 
apresentados na figura. 
 
 
Analisando o relatório apresentado na questão: 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
38 
 
 
 
Observem que, de acordo com os critérios de classificação das areias e 
siltes arenosos quanto à consistência ou compacidade, temos o seguinte: 
 
 
Vejam que o relatório classifica a camada de silte argiloso como rija. Porém, 
os resultados dos valores de SPT, de acordo com o relatório apresentado, 
estão entre 3 e 4, e para esses valores a tabela indica camada de solo 
mole. 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
39 
 
 
Para que houvesse coerência entre o indicado no relatório para os valores 
de SPT e as características descritas para a camada de silte argiloso, esses 
valores deveriam se situar entre 11 e 15, conforme indica a tabela. 
 
Desse modo, as características descritas para a camada de silte argiloso 
não são coerentes com outros resultados apresentados na figura. 
 
GABARITO: C 
 
7 - (TCU 2009 – CESPE) Os resultados apresentados na figura 
sugerem que pavimentos rígidos, de concreto armado, podem ser 
construídos diretamente sobre a superfície do terreno. 
 
Pessoal, notem que a camada superficial é constituída de argila com 
consistência muito mole a mole, e possui relevante espessura (5 m), com o 
nível d´água bastante elevado. Tais características dessa camada são 
indesejáveis para o assentamento de pavimentos rígidos, pois os 
sujeitariam a recalques diferenciais. 
 
Não se deve executar o pavimento rígido diretamente sobre solo com baixo 
suporte. Uma solução seria a remoção da total da camada de solo mole 
superficial. 
 
Portanto, considerando que o subleito é constituído de uma camada espessa 
de solo mole e que há presença de água próximo à superfície, não é 
recomendável a construção de pavimentos rígidos diretamente sobre a 
superfície do terreno apresentado. 
GABARITO: E 
8 - (CGU 2008 - ESAF) Em pavimentação, os estudos de solos devem 
abranger três etapas: levantamento dos materiais do subleito, 
levantamento das jazidas para utilização nas camadas do pavimento 
e sondagens para fundações de obras de arte. Baseado no relatório 
de sondagem da figura, qual a profundidade do nível d’água e da 
camada NSPT superior a 20 golpes, respectivamente? 
 
a) 4m e 8m 
b) 5,5m e 7m 
c) 5,5m e 8m 
d) 5m e 8m 
e) 5,5m e 9,5m 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
40 
 
 
 
A questão pede para o candidato identificar: 
► profundidade do nível d’água 
► profundidade da camada NSPT superior a 20 golpes 
Analisando o relatório de sondagem apresentado na questão, podemos 
perceber que o nível d’água está registrado na primeira coluna da esquerda 
para a direita entre as cotas de 5 m e 6 m. Portanto, o nível d’água (N.A) 
possui a profundidade de 5,5 metros. 
Também há uma indicação no final do relatório (parte inferior direita) com 
os seguintes dados: 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
41 
 
 
- Limite de sondagem à percussão: 9,45 metros; 
 
- N.A. inicial = 5,50 metros; 
- N.A. 24 horas = 6,05 metros. 
Como vimos anteriormente, o relatório de sondagem traz os seguintes 
resultados: 
-a planta de locação, a situação e o RN (Referência de Nível) dos furos; 
-as descrições das camadas do solo; 
-o índice de resistência à penetração; 
-o gráfico de resistência x profundidade; 
-a classificação macroscópica das camadas; 
-a profundidade e limite de sondagem à percussão por furo e; 
- a existência ou não de lençol freático e o nível inicial e após 24 horas. 
 
Após o término do ensaio é realizada nova medição do nível d’água, 
decorridas 24 horas. Essa medição serve para indicar a variação do lençol 
freático, e consta como uma observação, como por exemplo: o nível d’água 
subiu 0,55 m no período de 24 horas. 
 
No entanto, o nível d’água final de nível d'água final da sondagem é 
determinado no término do furo, após esgotamento do mesmo e a retirada 
do tubo de revestimento, ou seja, no momento desua constatação. 
 
Guardem bem isso, pois a banca poderia ter dificultado a questão e ter 
colocado entre as alternativas a cota de 6,05 m, o que poderia confundir 
muita gente. 
 
Bem, sabendo que o N.A> se encontra na cota 5,5 m poderíamos eliminar 
as alternativas “A” e “D”. 
 
Já para encontrarmos a profundidade da camada em que o NSPT é superior 
a 20 golpes devemos olhar no relatório o “índice de resistência à 
penetração”, lembrando que, neste caso, só nos interessa a 2ª coluna, dos 
30 cm finais* do amostrador (2ª e 3ª penetrações). A partir de 7 metros 
de profundidade o número de golpes é 23, ultrapassando o NSPT de 20 
golpes, sendo essa, portanto, a profundidade que devemos considerar. 
 
*Pessoal, se não se lembram disso? Então deem uma revisada no ensaio de 
SPT,na parte teórica, pois essa informação é importantíssima (leia-se: 
muito cobrada em concursos!!) 
 
Portanto, a alternativa correta é a letra B pois fornece as seguintes 
profundidades: 
 
► profundidade do nível d’água: 5,5 metros 
► profundidade da camada NSPT superior a 20 golpes: 7 metros 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
42 
 
 
GABARITO: B 
 
9 – (PF 2004 REGIONAL – CESPE) O índice de resistência à 
penetração, ou SPT, de um solo em uma sondagem à percussão é 
igual ao número de golpes de um peso padrão, que cai de uma 
altura padronizada sobre o conjunto de hastes, necessários para a 
cravação de 45 cm do amostrador. 
Acabamos de ver que o índice de resistência à penetração, ou SPT, é 
medido pela cravação dos 30 cm finais do amostrador. 
GABARITO: E 
 
10 - (CEB 2010 – Funiversa) As investigações geotécnicas são tão 
importantes para a obra como, por exemplo, o levantamento 
topográfico. Sem conhecer o solo, grandes erros podem ser 
cometidos, levando uma obra à falência. Para melhor conhecer o 
solo, existe um amplo espectro de sondagens e ensaios que devem 
ser escolhidos e utilizados conforme a situação da obra e do 
terreno. 
 
Standard Penetration Test (SPT) 
 
O SPT é, por enquanto, a sondagem mais utilizada no Brasil. É uma 
sondagem de reconhecimento do solo, criado para coletar amostras. 
O amostrador de SPT desce através de cravação, deixando um 
martelo de 65 kg cair 75 cm. O número N, a quantidade de golpes, 
passou a ser utilizado para obter uma aproximação da resistência 
do solo. 
Internet: (com adaptações). 
Em uma sondagem, em determinado trecho do terreno, foram 
necessários 6 golpes para cravar o amostrador 15 cm no terreno. 
Em seguida, aplicaram-se 7 golpes para cravar o amostrador mais 
15 cm. Foram requeridos 9 golpes, para cravar os últimos 15 cm. O 
número N apresentado no laudo de sondagem para este trecho foi 
igual a 
 
A) 6 
B) 7 
C) 9 
D) 16 
E) 22 
 
Conforme vimos na questão anterior, o número N corresponde à quantidade 
de golpes aplicada nos 30 cm finais da penetração do amostrador. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
43 
 
 
Portanto, deve-se somar 7 golpes com 9 golpes, resultando no número N = 
16. 
 
Gabarito: D 
 
11 – (INSS 2008 – CESPE) Durante o processo de execução do 
ensaio de sondagem para simples reconhecimento do solo, não está 
prevista a determinação do nível de água do lençol freático. 
Vimos que ao ensaio SPT (Standard Penetration Test) também é conhecido 
como “ensaio de sondagem para simples reconhecimento do solo”. 
Erradíssima a questão!! Um dos dados desse ensaio é justamente a 
determinação da cota do N.A. 
Gabarito: E 
12 – (MIN. DO ESPORTE 2008 – CESPE) Sondagens a percussão 
permitirão determinar a posição do nível de água freático no solo de 
fundação. 
Colocamos esta questão somente para vocês verem como os assuntos 
cobrados por muitas vezes se repetem. Esse é um dos benefícios de estudar 
resolvendo exercícios. Como já vimos anteriormente é claro que a 
afirmação está correta! 
Gabarito: C 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
44 
 
 
13 – (BASA 2004 – CESPE) Os valores de índice de resistência à 
penetração obtidos na sondagem a percussão indicam que a argila 
de fundação é uma argila rija. 
Analisando os resultados dos índices de penetração, para a camada de 
argila, temos os seguintes valores: 1; 0; 0; 0; 1 e 3. 
Quando o ensaio registra um valor de 0/45, por exemplo, significa que não 
foi necessário nenhum golpe para que o amostrador penetrasse 45 cm, ou 
seja, o material tem baixíssima resistência, podemos inferir que o 
amostrador penetrou 45 cm apenas com a força do seu peso próprio. O 
mesmo ocorre com valores de 0/60 e 0/40, situações em que o amostrador 
penetrou 60 cm e 40 cm, respectivamente. 
Relembrando aquela tabela de classificação dos solos quanto a resistência: 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
45 
 
 
A argila correspondente é classificada entre muito mole e mole (valores < 2 
e valores entre 3 e 5, respectivamente), pois os registros (1, 0, 0, 0, 1 e 3) 
se encontram entre esses números. 
Como a questão afirma que se trata de argila rija, está errada a assertativa. 
Gabarito: E 
14 – (SESA-ES 2011 – CESPE) A profundidade das sondagens, 
fundamentais para a escolha do tipo de fundação de uma obra, deve 
ser orientada por critérios mínimos, dispostos em norma específica. 
Contudo, a resistência de determinados solos, alguns tipos de obra 
e algumas características do projeto podem exigir a realização de 
sondagens mais profundas ou critérios mais rígidos de paralisação. 
É isso aí! A norma de sondagens de simples reconhecimento com SPT (NBR 
6484) é orientada por critérios mínimos, porém a depender da situação da 
obra (localização, tipo de obra, cargas exigidas, etc), o projetista pode 
exigir realização de sondagens mais profundas ou critérios mais rígidos de 
paralisação do que os previstos na norma. Certa resposta! 
Gabarito: C 
15 – (TRT 7ª Região 2009– FCC) São finalidades da sondagem de 
simples reconhecimento com equipamento SPT, segundo 
normalização vigente: 
 
(A) os índices de resistência à penetração (N) a cada metro; os 
ângulos de estabilidade geológicos dos maciços. 
(B) determinar os tipos de solo em suas respectivas cotas de 
ocorrência; posicionamento do nível de água. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
46 
 
(C) determinar a camada considerada impenetrável ao trado; 
determinar a composição do lençol freático. 
(D) determinar os tipos de solo em suas respectivas cotas de 
ocorrência; determinar a composição do lençol freático. 
(E) determinar os tipos de solo em suas respectivas cotas de 
ocorrência; os ângulos de estabilidade geológicos dos maciços. 
 
A NBR 6484 - Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - 
Método de 
Ensaio traz os seguintes dizeres: 
 
“Esta Norma prescreve o método de execução de sondagens de simples 
reconhecimento de solos, com SPT, cujas finalidades, para aplicações em 
Engenharia Civil, são: 
 
a) a determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades 
de ocorrência; 
 
b) a posição do nível-d’água; e 
 
c) os índices de resistência à penetração (N) a cada metro.” 
 
Portanto, a única alternativa que traz pelo menos duas finalidades desse 
ensaio é a letra B. 
 
Gabarito: B 
 
 
 
 
A tabela acima apresenta os resultados de uma campanha de 
sondagens à percussão do tipo SPT (standard penetration test), 
realizada com o objetivo de se obter parâmetros geotécnicos para o 
dimensionamento de fundações, e executada segundo norma 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
47 
 
 
técnica pertinente. Na tabela, em que N é o índice de resistência à 
penetração do amostrador padrão do método (NSPT-1 a NSPT-4), 
encontram-se os resultados do teste para cada um dos 4 furos e 
para as 8 profundidades amostradas. 
 
Considerando essasituação hipotética, julgue os seguintes itens. 
 
16 - (ABIN 2010 - CESPE) À profundidade -7 m, o solo do furo 4 
apresenta menor resistência à penetração que o solo do furo 2. 
 
 
Vimos no ensaio de SPT que quanto maior o número N, maior a resistência 
à penetração e, consequentemente, maior a capacidade de suporte do solo 
naquela camada. 
 
Pela tabela verificamos que no furo 4, na profundidade de 7 m, foram 
necessários 7 golpes para o amostrador-padrão penetrar os 30 cm finais, 
enquanto no furo 2, na mesma profundidade, foram necessários 14 golpes 
para o amostrador-padrão penetrar a mesma distância. 
 
Portanto, o solo do furo 2 apresenta maior resistência que o do furo 4 na 
profundidade de 7 m. 
 
Gabarito: C 
 
17 - (ABIN 2010 - CESPE) No ensaio referente à profundidade -5 m 
no furo 3, tanto pode ter ocorrido a penetração de 15 cm a cada 6 
golpes, quanto a sequência de 5, 8 e 4 ou de 3, 4 e 8 golpes a cada 
15 cm. 
 
Para a referida profundidade (- 5 m) no furo 3 foram necessários 12 golpes 
para o amostrador-padrão penetrar 30 cm no solo. Lembrem-se que 
despreza-se o número de golpes correspondente à cravação dos 15 cm 
iniciais do amostrador. 
 
Só deve ser contabilizado os 30 cm finais da cravação do 
amostrador!!! 
 
Portanto, poderá ter ocorrido qualquer combinação em que a soma dos dois 
últimos registros resultar em 12 golpes, estando corretas as 3 hipóteses 
trazidas na questão. 
 
Gabarito: C 
 
18 - (ABIN 2010 - CESPE) Para o amostrador padrão no furo 2 
penetrar da profundidade -6 m até a profundidade -7 m, foram 
necessários 59 golpes sucessivos. 
 
Pessoal, o número N não mede o número de golpes necessários para o 
amostrador penetrar de uma profundidade "X" para outra "Y". O objetivo do 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
48 
 
 
teste é que seja feita, naquele ponto (profundidade -6 m, por exemplo), a 
estimativa da resistência e a coleta do material. 
 
Pouco importa quantos golpes foram necessários para escavar o solo da 
camada de profundidade -6 m para a de -7 m. 
 
A contagem dos golpes é feita exatamente na profundidade - 6 m (NSPT = 
10) e na camada -7 m (NSPT = 14). 
 
No caso, da assertiva, o que o CESPE queria era que o aluno acumulasse o 
número de golpes da tabela fornecida para o NSPT-2 desde a profundidade 
-1 m até a -7 m (2 + 2 + 10 +13 + 8 + 10+ 14 = 59) e achasse que esse 
seria o valor de golpes para penetração 
do amostrador até a camada - 7 m. Mas isso não é verdade. Esse tipo de 
registro não é feito no teste. Não se conta a quantidade de golpes 
necessários para o amostrador passar de uma profundidade para a outra, O 
registro de golpes é feita apenas na camada correspondente a cada metro 
de profundidade investigado. 
 
Logo, a informação dada no comando da questão não se confirma na tabela. 
 
Gabarito: E 
 
19 – (PREF. NATAL 2004 – CESPE) Em sondagens à percussão, não é 
possível a determinação da posição do nível d’água freático. 
Sem comentários!!! 
 
Mais uma questão de posição do N.A. com sondagem à percussão. Vejam 
como as questões se repetem! A determinação do nível d’água é uma das 
finalidades desse ensaio. 
 
Gabarito: E 
 
20 – (PREF. NATAL 2004 – CESPE) Amostras indeformadas de solos 
argilosos podem ser obtidas por meio da escavação de poços para a 
retirada cuidadosa de blocos da massa de solo. 
 
Na aula nós dissemos que os poços de inspeção permitem a coleta de 
amostras para a execução de ensaios de laboratório, tanto deformadas 
(não mantém as mesmas propriedades físicas quando retiradas da 
natureza) quanto indeformadas (mantêm as mesmas propriedades físicas 
quando extraídas). 
 
Logo, o que se afirma na questão está correto. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
49 
 
 
A seguir, é transcrita parte de um relatório hipotético de sondagem, 
no qual o método de perfuração utilizado foi o de trado, tendo sido 
fixada no projeto uma investigação até 12 m de profundidade. 
 
Foi realizada uma perfuração com trado, e o material retirado do 
poço foi depositado sobre a superfície do terreno, agrupado em 
montes dispostos segundo suas profundidades e tipos de solos. As 
profundidades de início e de término de cada camada amostrada 
foram medidas com trena metálica. Nos primeiros 6 m de 
profundidade, o avanço do trado foi de aproximadamente 8 cm a 
cada 10 min contínuos de perfuração e, para profundidades 
maiores, foi de 3 cm a cada 10 min de operação. A sondagem teve 
necessariamente de ser interrompida ao atingir 8,20 m de 
profundidade, devido à presença do lençol freático. 
 
21 - (TCU 2007 - CESPE) O processo de amostragem do solo foi 
realizado satisfatoriamente. 
 
Pessoal, veja que durante a aula tratamos desse assunto: amostragem. 
 
Então, dissemos que as amostras retiradas pelo TRADO são sempre 
deformadas, não mantendo as principais características físicas que possui 
o solo na natureza. Elas são coletadas em sacos de lona com etiquetas 
indicativas do nome da obra, local, número do furo e profundidade de 
coleta. 
Quando for necessário determinar a umidade natural do solo, deverão 
ser coletadas amostras em vidros ou recipiente de plástico com 
tampas herméticas e seladas com parafina. 
 
 
 
Bem, a informação trazida na questão afirma que durante o processo de 
coleta das amostras dessa sondagem a trado, o material foi retirado do 
poço e depositado sobre a superfície do terreno, em desacordo com o diz a 
norma. Veja que devem ser tomados cuidados para evitar a contaminação 
do material da amostra com o solo do terreno. 
 
Diante de tal fato, podemos afirmar que, ao contrário do que diz a 
assertativa, o processo de amostragem do solo NÃO foi realizado 
satisfatoriamente. 
 
Gabarito: E 
 
22 - (TCU 2007 - CESPE) A velocidade de avanço do trado confirma 
uma sondagem muito eficiente. 
 
A IN-04/94 da DEINFRA estabelece que um dos critérios de paralisação da 
sondagem a trado é quando o avanço do trado for inferior a 5 cm em 10 
minutos de operação contínua de perfuração. 
 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
50 
 
 
Portanto, a velocidade de 3 cm a cada 10 minutos confirma uma sondagem 
ineficiente. 
 
Além disso, se fizermos as contas vamos chegar a valor de 
aproximadamente 25 horas (!!!) para escavar um furo de 8,20 m. Muito 
tempo, né?? 
 
Logo, está incorreta a questão, pois o avanço do trado NÃO traduz uma 
sondagem eficiente. 
 
Gabarito: E 
 
23 – (TRT 22ª Região – FCC) Para efeito de classificação dos solos, 
em função do índice de resistência à penetração, areias e silte 
arenoso com SPT entre 9 e 18 são designados como: 
 
(A) fofos. 
(B) pouco compactos. 
(C) medianamente compactos. 
(D) compactos. 
(E) muito compactos. 
Pessoal, vejam que as provas da FCC às vezes cobram decorebas, como 
esta questão acima. Não acho que a ESAF vá por esse caminho, mas em 
qualquer caso é bom ter noção de alguns parâmetros. Vejamos novamente 
a tabela de classificação dos solos em função do índice de resistência à 
penetração: 
 
Podemos observar que os valores com SPT entre 9 e 18 são designados 
para areias e siltes arenosos medianamente compactos. 
Portanto, a alternativa correta é a letra C. 
CURSO ON‐‐‐LINE – OBRAS RODOVIÁRIAS ‐‐‐ CGU 
PROFESSORES: FABRÍCIO MARECO E GUSTAVO ROCHA 
 
 
51 
 
 
Gabarito: C 
 
Entre os diversos ensaios de campo de reconhecimento do solo, o 
Standart Penetration Test (SPT) é o mais executado no Brasil e na 
maioria dos países do mundo. A figura abaixo mostra o resultado de 
um ensaio SPT hipotético. 
 
Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem. 
 
24 - (SECONT-ES 2009 CESPE) Os resultados mostram que o solo, 
na profundidade de 5 m e de 8 m, pode ser considerado como 
compressível e pouco resistente. 
 
Primeiramente, vamos saber o que é solo compressível. 
Solo compressível é aquele que tem a característica de se deformar

Continue navegando