Aspectos e Impactos Ambientais - Conceitos e Definições

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Diagnóstico ambiental
Aspectos e Impactos ambientais - conceitos e
definições
Para iniciarmos nossos estudos, vamos fazer uma breve reflexão sobre os
aspectos e impactos ambientais.
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Imagine um dia sua cidade sob neblina, com visibilidade de menos de 1 metro.
Os motoristas começam a abandonar seus carros na estrada, pois é impossível se
locomover.
Pessoas começam a se sentir asfixiadas e começam a encher os hospitais, aos
milhares. O número de queixas respiratórias aumenta e com o passar dos dias a
neblina permanece.
Ambulâncias não conseguem realizar socorros, pois a fumaça é densa, o que
agrava a situação de preocupação com a população.
Todas as atividades externas da cidade são paralisadas. Os trabalhadores não
conseguem chegar no trabalho, e a polícia também é afetada.
Com isso, a segurança fica ameaçada; roubos e demais delitos assombram a
região.
O caos se instala por 4 dias, até o nevoeiro dissipar.
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Essa história, que parece vinda de um filme apocalíptico, pasmem, aconteceu
em Londres, entre os dias 5 e 9 de dezembro de 1952. Calcula-se que até 10 mil
pessoas morreram por conta desse evento e outros milhares tiveram doenças
graves nos pulmões.
Verificou-se que a queima de combustíveis fósseis, junto a características
meteorológicas daqueles dias, concentrou no meio urbano, poluentes danosos a
saúde.
A população foi literalmente sufocada por gases.
Na internet há vídeos e mais informações sobre essa tragédia, procure por
“Grande nevoeiro de Londres”.
Ao analisar o ocorrido percebe-se que naquela época não havia estudos sobre
identificação dos aspectos ambientais, da industrialização massiva de Londres.
Qualquer elemento originado das atividades, produtos ou serviços, que interajam
com o meio, é denominado de aspecto ambiental. Esse conhecimento é crucial para
identificar se algum desses elementos irá causar impactos ambientais. Você lembra
o que é impacto ambiental? Segundo o CONAMA “considera-se impacto ambiental
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas”.
Portanto, ao compreendermos os aspectos ambientais resultantes de um
produto, serviço ou atividade de uma organização, damos o primeiro passo para
levantar os impactos ambientais. No exemplo do Grande Nevoeiro de Londres, os
compostos liberados pela queima do carvão, tais como enxofre e gás carbônico,
estão relacionados ao aquecimento da Terra, à chuva ácida e à toxicidade em
humanos. Você percebeu que os impactos ambientais são tanto na esfera de saúde
quanto de mudanças perigosas ao meio ambiente?
Dessa maneira os riscos ambientais são classificados das seguintes formas:
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Risco interno é a situação de risco ambiental dentro da empresa. A
atividade pode prejudicar a saúde do trabalhador ou contaminar
determinado local. Ao pensarmos no caso inglês, os funcionários das
termelétricas ou indústrias que queimavam carvão tinham real risco de
contaminação com os poluentes.
Risco externo é o potencial de contaminação que o empreendimento
ou organização pode realizar na comunidade e até nas regiões mais
afastadas. Reflita sobre o Grande Nevoeiro de Londres, você acha que
se encaixa nessa classificação?
Risco de contaminação dos produtos, ou seja, mercadorias que
podem causar danos à saúde, seja pelo seu condicionamento
inadequado ou composição. Alguns produtos bem conhecidos, e que
apresentam esse problema, são a telha e a caixa d´água de amianto,
que é um elemento cancerígeno. Há uma polêmica no país sobre se o
uso de amianto nesses itens é realmente perigoso. Sinta-se a vontade
para pesquisar sobre o amianto e descubra o que os especialistas
afirmam sobre o tema!
O contato com contaminantes muitas vezes não é de forma direta, como no
caso dos poluentes atmosféricos. O acúmulo de elementos tóxicos no organismo
muitas vezes perpassa a cadeia alimentar e alcança os humanos. Esse é um
processo muito dinâmico e que varia de acordo com o tipo de ecossistema em
questão. Os metais pesados, a radiação e os componentes orgânicos sintéticos
(artificiais) são os principais elementos de contaminação que se acumulam no
organismo. É muito comum nos primeiros níveis da cadeia alimentar (peixes,
moluscos, crustáceos, plâncton, plantas).
É importante frisar que a ocorrência de qualquer um dos impactos citados
anteriormente é grave. Além disso, a empresa ou organização será a culpada e
responderá, segundo a legislação ambiental vigente e assim sujeitos a penalização.
E é justamente para seguir as regras ambientais, e evitar as consequências da
infração, que há a necessidade dos profissionais do meio ambiente dominarem os
aspectos e impactos ambientais.
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O estudo de aspecto e impacto ambiental também é crucial antes da instalação
do empreendimento em uma área. Existem certas áreas, que podemos chamar de
“zonas de alto risco”; nelas os acidentes ambientais são mais propensos a
acontecer, por causa dos fatores impostos pelo homem ou ainda por características
do próprio ambiente. Assim, definimos que:
Aspectos particulares dos ambientes podem agir como agravantes dos
impactos ambientais negativos.
Condições de riscos presumidos são fatores que podem ser previstos
mediante análise técnica.
A atuação do Poder Público deve ser ativa, principalmente nesses
locais.
Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que 10% das mortes
mundiais devem-se a fatores ambientais, agravados por impactos ambientais
negativos. No entanto, podemos ter uma situação inversa: os fatores ambientais
também podem agir para agravar os impactos resultantes dos acidentes.
Veja alguns dos fatores mais comuns:
Empreendimentos localizados em áreas de risco ou de interesse
ambiental podem oferecer certos níveis de risco.
Obras não regulamentadas podem estar sujeitas à ação ambiental pela
carência de estudos ambientais.
Outro fator de risco é a inobservância das características topográficas e
da dinâmica natural do terreno.
Você se lembra da última notícia de desmoronamento em área de risco que viu
ou leu? Infelizmente é comum nos noticiários sabermos que uma região acidentada
causou ferimentos (e até morte) aos moradores. Lamentavelmente essas tragédias
não são totalmente surpresa para os profissionais, que tem noção dos impactos
ambientais de obras em terrenos com inclinação e sem cobertura vegetal. E na sua
região, há esse tipo de problema? O que tem sido feito? Reflita!
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O conhecimento prévio das condições ambientais pode fazer a diferença na
ocorrência ou não de determinado acidente. A melhor ferramenta de identificação de
tais fatores é o estudo técnico; com algumas perguntas básicas podemos começar a
entender tal análise do ambiente:
Localização do ambiente: trata-se de zona rural ou de zona urbana?
Construções: existem próximo à zona de risco ambiental?
Encostas de morros e penhascos: há nelas cobertura vegetal, casas de
moradia? A topografia é acidentada?
Local de lançamento do efluente: trata-se de oceano, de rio, de lago ou
de lençol freático?
O aumento do controle do homem sobre o meio ambiente geralmente cria
conflitos entre os objetivos humanos e os processos naturais. De acordo com o porte
do empreendimento a ser desenvolvido, podemos mensurar a intensidade do seu
impacto. Grandes projetos obviamente promoverão impactos ambientais muito
intensos. Outro conceito importante na compreensão do impacto ambiental é a
vulnerabilidade ambiental. Este fator está intimamente ligado à intensidade dos
impactos ambientais, visto que algunsambientes suportam pressões mais do que
outros.
Um exemplo de vulnerabilidade ambiental é encontrado na cidade de Ponta
Porã, no Mato Grasso do Sul. Na região o uso do solo para pecuária e agricultura é
intenso, mas em contrapartida as características do solo, em muitas áreas, são
impróprias para essas atividades. O município tem mais de 70% da sua área com
alta vulnerabilidade ambiental! É um número muito expressivo! Quer saber mais?
Busque o artigo “Vulnerabilidade natural e ambiental do município de Ponta Porã,
Mato Grosso do Sul, Brasil”. A leitura do material ajudará na consolidação do
conhecimento.
No caso acima, não podemos nos ater apenas aos três fatores básicos (físicos,
químicos e biológicos); devemos analisar outros aspectos ambientais, como:
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área de proteção ambiental;
parque estadual ou municipal;
monumento histórico ou natural;
horto florestal;
nascentes;
área de várzeas ou alagados;
serras ou morros;
encostas com mais de 30% de declividade;
cobertura vegetal;
níveis de ruídos;
ventos predominantes;
principais usos do solo;
assentamentos urbanos não convencionais (favelas).
A partir desses dados, será possível fazer uma breve análise para identificar, e
posteriormente amenizar, os possíveis impactos decorrentes de um
empreendimento.
Aspectos e Impactos Ambientais - Atividades
impactantes
Para refletirmos sobre as atividades que impactam no meio ambiente, pare e
olhe a sua volta. Reflita por um momento: todas as coisas que você está vendo são
essenciais para a sua sobrevivência? Provavelmente não. Ao longo do último século,
a industrialização massiva aumentou o desejo de bens materiais da população. A
produção, que em outros séculos era basicamente artesanal e para necessidades
básicas, tornou-se um grande negócio que estimula a aquisição de bens.
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O aumento da produção, para atender essa demanda material, foi importante e
necessária para o desenvolvimento tecnológico, de saúde, conforto e geração de
renda à humanidade. Felizmente a preocupação ambiental ganha cada vez mais
força e a consciência de que a natureza está em finitude de recursos está cada vez
mais latente. Mas o caminho para o desenvolvimento sustentável é ainda de modo
geral lento e recebe pouco investimento.
As atividades impactantes afetam um dos seguintes eixos: o ar, o solo ou a
água. Obviamente muitos empreendimentos com suas atividades acabam por
comprometer os 3 eixos. Vamos entender melhor como os impactos acontecem.
Na água:
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Poluição biológica: quando há agentes patogênicos que contaminam a
água, tais como vírus, bactérias, larvas e moluscos. Esses agentes
muitas vezes são vetores de doenças graves e sua presença no meio
aquoso acusa a contaminação. Provavelmente você já leu sobre as
doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Vale a pesquisa na internet
para saber como evitar a proliferação do mosquito e conhecer melhor
as doenças!
Poluição térmica: aumento da temperatura da água por receber rejeitos
de água da indústria. Com isso a fauna e a flora aquática têm seu
habitat alterado e há aumento das chances de morte de diversas
espécies.
Poluição sedimentar: acúmulo de particulados do solo, lançados na
água, pode interferir na entrada de luz solar e consequentemente
prejudicar a fotossíntese. Toda uma cadeia alimentar pode ser
prejudicada.
Poluição química: são agrotóxicos, metais, minerais, produtos
industrializados em geral, que podem alterar o habitat natural do meio
aquático.
Poluição física: acúmulo de agentes físicos como resíduos, papeis,
plásticos e outros, que podem liberar substâncias e causar o mesmo
dano que a poluição química.
Poluição radioativa: liberação de componentes como urânio e plutônio
na água. Esses elementos podem modificar o DNA e causar mutações,
como o câncer.
No solo e no ar:
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Poluição biológica: alguns agentes biológicos podem se depositar no
solo e se propagar no ar, como poluentes.
Poluição térmica: a temperatura alterada do solo pode diminuir sua
fertilidade. No ar, podem inúmeras alterações atmosféricas, advindas
das alterações térmicas.
Poluição sedimentar: poeiras e cinzas do solo podem permanecer no
ar.
Poluição química: agentes químicos podem contaminar diretamente o
solo e consequentemente as plantas. No ar temos os gases poluentes,
liberados das várias atividades humanas.
Poluição física: atinge o solo com depósito de resíduos, estes que
eliminam químicos contaminantes.
Poluição radioativa: as substâncias radioativas alteram a composição
do solo. No ar, podem ser carregadas pelos ventos.
Basicamente as principais atividades que causam maior impacto ambiental são
as relacionadas à produção de energia, mineração, atividades urbanas (ruídos, por
exemplo), industriais e agrossilvopastoris. Agora que você conhece as principais
formas de impactos que a produção de bens, produtos e serviços humanos geram,
vamos conhecer melhor algumas dessas atividades? Leia, a seguir, alguns casos
fictícios:
A empresa A1 atua no ramo metalúrgico. Possui todas as suas
responsabilidades ambientais em dia, pois busca a certificação de qualidade
ambiental. Com isso espera agregar valor a seus produtos, garantir a redução
dos impactos ambientais e ser mais competitiva no mercado. Um profissional
da área de meio ambiente foi contratado para verificar se está habilitada para
certificação. Na primeira semana apresentou os primeiros resultados:
Tabela 1- Associação de atividades, aspectos ambientais e impactos ambientais.
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Atividade Aspectos Impacto
Confecção de
desenhos Descarte de papel
Contribuição para o esgotamento
dos recursos naturais
Confecção dos
modelos primitivos
Descarte de
resíduos de
poliuretano
Contribuição para redução da
vida útil do Aterro Industrial
Usinagem dos
componentes Ruído Incômodos a comunidade
Transporte para a
fundição e retorno
Emissões
atmosféricas Contribuição para o efeito estufa
Fonte: Adaptado de Heuser, 2007.
Você percebe os diferentes tipos de prejuízos que ocorrem nessa empresa? E
isso é apenas uma pequena amostra de todo o processo! Outra fonte de grande
geração de impactos são os canteiros de obras. Esse ramo libera diversos
resíduos e realiza atividades que afetam o meio ambiente. A empresa B1
verificou alguns desses problemas que são apresentados na tabela abaixo:
Tabela 2. Associação de atividades, aspectos ambientais e impactos ambientais.
Atividade Aspectos Impacto
Infraestrutura do terreno Supressão da vegetação Indução de erosão
Infraestrutura do terreno Supressão da vegetação Interferência na flora
Infraestrutura do terreno Supressão da vegetação Drenagem alterada
Fonte: Adaptado de Araújo & Cardoso (2010).
E você, ao pensar nas empresas A1 e B1 o que mais acrescentaria nessas
tabelas? O aspecto ambiental pode ser manejado, com o objetivo de menor impacto
ambiental possível. Levantar todos os dados da empresa é fundamental para se ter
dimensão do cuidado necessário com o meio ambiente. É por meio do estudo inicial
que se começa o Sistema de Gestão Ambiental das organizações.
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Aspectos e Impactos ambientais - Origem,
difusão e etapas da avaliação
Tendo clareza sobre os conceitos de aspecto e impacto ambiental, agora é o
momento de compreender como levantar esses dados e em qual situação. Se a
empresa ou organização irá se instalar, é imprescindível que ela apresente: Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA) e Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Sugerimos
pesquisar na internet ou no nosso material quais estabelecimentos necessitam
desses documentos para estarem em dia com a legislação! Se o empreendimento já
está instalado, provavelmente ele já possuirá esses documentos. Mesmo assim ele
pode querer aprimorar as questões ambientais, como busca de crescimento, ou seja,
certificações ambientais. Ainda pode ser o caso de desenvolvermanutenção do
Sistema de Gestão Ambiental de forma mais eficiente.
Para iniciar a avaliação, primeiramente, é importante a participação de todos os
setores da empresa, afinal você terá que conhecê-la por inteiro! A avaliação consiste
em 4 etapas, que serão apresentadas e exemplificadas a seguir:
Clique nas etapas abaixo para visualizar seu conteúdo.
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Etapa 1 – Seleção de uma atividade, produto ou
serviço
Essa etapa consiste em definir a atividade, produto ou serviço que será
avaliada na empresa. O que for selecionado deve ter significado ambiental e
não ser tão pequeno ao ponto de não compreendermos sua funcionalidade.
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Etapa 2 – Identificação de aspectos ambientais
Essa etapa do trabalho consiste em verificar os aspectos ambientais de
todos os setores da organização que estão envolvidos de alguma forma com os
produtos, serviços ou atividades; itens selecionados para avaliação. Para
encontrar o aspecto ambiental fique atento a essa associação: agente de
poluição (ou recurso natural finito) e o evento (ou causa) envolvido. Por
exemplo, foi identificado efluente contaminado (agente de poluição) e
lançamento (evento) na empresa C1. O aspecto ambiental é lançamento de
efluente contaminado. Vamos ver mais uma situação: a C1 fabrica refrigerante,
utiliza muita água e desperdiça o recurso (evento). Portanto, o aspecto
ambiental é o desperdício de água.
Os aspectos podem ser classificados sob controle, quando a organização
é a única responsável. Outra classificação possível é aspecto sob influência,
nesse caso envolve os fornecedores ou compradores que trabalham com ela.
Nesse caso, a negociação junto a terceiros pode permitir que a empresa
diminua seu impacto ambiental. Por exemplo, o fornecedor entrega, à fábrica
C1, produtos para a composição de refrigerantes, em caixas de plástico. Após
conversarem, ficou acordado que a entrega pode ser feita em caixas de
papelão, o que gera menor custo para ambos e ainda incentiva a reciclagem.
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Etapa 3 - Identificação de impactos ambientais
A etapa 3 é o momento de levantar todos os possíveis impactos
ambientais, tanto os positivos quanto os negativos. Para termos certeza do
impacto o aspecto ambiental foi meticulosamente estudado na etapa 2. Nessa
fase a associação recomendada é: aspecto ambiental com uma determinada
ação causadora do impacto. Mas o que seriam essas ações? Pode ser uma
alteração, contaminação, diminuição, exposição, etc.
Vamos a alguns exemplos:
A mesma empresa C1 tem como aspecto ambiental o desperdício de
água, certo? O evento identificado junto a esse aspecto foi esgotamento. Você
consegue identificar o impacto ambiental produzido? Exatamente: esgotamento
dos recursos naturais. Vamos ver mais um exemplo para ficar claro: na mesma
fábrica foi verificado descarte inadequado de lâmpadas, como aspecto
ambiental. O evento que tal ação pode causar é contaminação. Pense no
provável impacto e, caso queira, converse com seu tutor sobre a resposta!
Para melhor compreensão do funcionamento da empresa é comum o uso
de fluxograma como ferramenta. A ferramenta permite identificar entradas e
saídas e auxiliar na identificação dos aspectos e impactos ambientais. Observe
o fluxograma abaixo para melhor compreensão:
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O fluxograma representa parte do processo de um restaurante industrial. Gêneros
alimentícios e produtos de limpeza são as entradas envolvidas com a atividade de
recebimento de gêneros e produtos de limpeza, a saída são as emissões de poeira e ruído.
Energia elétrica é a entrada envolvida com a atividade armazenagem, a saída são as
emissões de poeira. Água, energia elétrica e produtos de limpeza são as entradas
envolvidas com a atividade preparação a frio dos alimentos, as saídas são efluentes
líquidos, lixo e ruído.
Fluxograma 1. Parte do Processo de um Restaurante Industrial. Fonte:
Moura, 2014.
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Referências:
ARAUJO, Viviane Miranda; CARDOSO, Francisco Ferreira. Análise dos
aspectos e impactos ambientais dos canteiros de obras e suas correlações.
São Paulo: USP, 2010. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2016.
HEUSER, Cristiane. IDENTIFICAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS
AMBIENTAIS EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE DO SETOR
METALMECÂNICO. 2007. 66 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia de
Produção e Sistemas, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2007.
Disponível em: <http://www.producao.joinville.udesc.br/tgeps/tgeps/2007-
01/2007_1_tcc13.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2016.
KLAIS, Halita Beatriz Antunes et al. Vulnerabilidade natural e ambiental do
município de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, Brasil. Ambi-agua, Campo Grande, v.
7, n. 2, p.277-290, 31 ago. 2012. Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias
Hidrográficas (IPABHi). DOI: 10.4136/ambi-agua.786. Disponível em: . Acesso em:
18 fev. 2016.
Etapa 4 – Avaliação da importância dos
impactos
Nessa fase estão em evidência todos os impactos ambientais da
organização. Para definir a importância de cada impacto, pode-se pensar na
quantificação, na severidade, na probabilidade de ocorrência e na duração. Os
impactos ambientais podem variar, conforme a atividade e ramo estudado,
portanto o trabalho se desenvolve conforme as características da produção.
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MOURA, Luiz A. A. de. Qualidade e Gestão Ambiental. 4. ed. Rev. São Paulo:
VALLE, Cyro Eyer do. Capitulo 3 A gestão. In: VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade
ambiental | ISO 14000. São Paulo: Senac, 2014. p. 60-75.